A UNICIDADE DE DEUS
By David K. Bernard, J.D.
Series in Pentecostal Theology, Volume 1
Todas as
referências Bíblicas neste livro são da Versão King James; que foram adptadas
para o português nas versões que utilizamos em nosso país.
Impresso
nos Estados Unidos da América - Traduzido no Brasil pelo Pr. José Carlos C.P.B.
Prefácio
Nestas
páginas a compreensão é mirada. Jesus conheceu a linguagem Aramaica comum. Às
vezes Ele falava hebraico, um idioma que só os estudiosos usavam naquela época.
Jesus poderia conversar em grego, a língua do homem educado. A quem quer que
seja a pessoa com a qual Jesus falou, Seu alvo foi para ser compreendido. O
maior professor de todas as épocas falou em condições que podiam ser
compreendidos.
Profundidade e simplicidade ao mesmo tempo. Que paradoxo! O autor deste livro
tem conseguido fazer o que parece ser impossível. Ele tem transmitido
profundidade intelectual enquanto preservando a simplicidade. É um milagre
teológico. Freqüentemente o realmente profundo é mais simples, e o simples o
mais verdadeiramente profundo. O tratamento da Unicidade de Deus neste livro é
projetado para ser simples; mas as verdades são profundas, estudiosos,
inestimáveis, e essenciais ao povo de Deus e o mundo perdido.
Um livro precisa alcançar pelo menos dois critérios principais para ser um
livro muito vendido (best-seller). Deve ser escrito de forma interessante e
deve preencher uma necessidade. O autor consegue ambos.
Conhecer o autor e a sua visão é entender mais acerca do livro. Eu espero que
você possa o encontrar e o conhecê-lo como eu o conheço. David Bernard é um
exemplo humano de princípios Cristãos. Que estas páginas possam se tornar um
clássico entre nós e um guia para o mundo minucioso que busca enquanto eles
descobrem o único, vivo e verdadeiro Deus. Agora eu recomendo o autor e livro
para você e toda a posteridade.
T. L.
Craft
Jackson,
Mississippi
Traduzido,
corrigido e revisado pelo Pr. José Carlos S. PAULO.
Índice de
Conteúdo
Prefácio do
Autor
Capítulo 1 - MONOTEISMO CRISTÃO
Definição
de Monoteísmo: O Antigo Testamento Ensina Que Há Somente Um Deus; O Novo
Testamento Ensina Que Há Apenas Um Deus; Conclusão
Capítulo 2 - A NATUREZA DE DEUS
Deus É
Espírito; Deus É Invisível; Deus é Onipresente (Presente em todos os lugares);
Deus Tem Corpo?; Deus é Onisciente (Conhece Tudo); Deus é Onipresente (Todo
Poderoso); Deus é Eterno; Deus é Imutável (Não Muda); Deus Tem Individualidade,
Personalidade, e Racionalidade; Os Atributos Morais de Deus; Teofanías; O Anjo
do SENHOR; Melquesedeque; O Quarto Homem No Fogo; Há Teofanías No Novo
Testamento?; Conclusão
Capítulo 3 - OS NOMES E OS
TÍTULOS DE DEUS
O
Significado de Um Nome; Nomes ou Títulos de Deus No Velho Testamento;
Combinação dos Nomes de Jeová; A Revelação Progressiva Do Nome; O Nome de
Jesus.
O Velho
Testamento Testifica Que Jesus é Deus; O Novo Testamento Proclama Que Jesus é
Deus; Deus se Manifestou na Carne como Jesus; O Verbo; Jesus Era Deus Desde o
Princípio de Sua Vida; O Mistério da Piedade; Jesus é o Pai; Jesus é Jeová; Os
Judeus entenderam Que Jesus Afirmava Ser Deus; Jesus é o Único no Trono; A
Revelação de Jesus Cristo; Jesus Tem Todos os Atributos e Prerrogativas de
Deus; Jesus Tem a Natureza Moral de Deus Conclusão
O
Significado de Jesus e Cristo; A Dualidade da Natureza de Cristo; Doutrinas Históricas
a respeito de Cristo; Jesus Tinha uma Natureza humana Completa, Mas Sem pecado.
Jesus podia Pecar? O Filho na Terminologia Bíblica; o Filho De Deus; o Filho do
Homem; O Verbo; Filho Gerado Ou Filho Eterno?; O Começo do Filho; O Término da
Filiação; Os Propósitos do Filho; O Filho e a Criação; O Primogênito; Hebreus
1:8-9; Conclusão.
Capítulo 6 - PAI, FILHO, E
ESPÍRITO SANTO
O Pai; O
Filho; O Espírito Santo; O Pai é o Espírito Santo; A Divindade de Jesus Cristo
é o Pai; A Divindade de Jesus Cristo é o Espírito Santo; Pai, Filho, e Espírito
Santo; Mateus 28:19; I João 5:7; Deus Está Limitado a Três Manifestações?
Conclusão
Capítulo 7 - EXPLICAÇÕES DO ANTIGO TESTAMENTO
Elohim;
Gêneses 1:26; Outros Pronomes no Plural; O Significado de Um (hebraico Echad);
Teofanias; O Aparecimento a Abraão; O Anjo do SENHOR; O Filho e Outras
Referências ao Messias; O Verbo de Deus; A Sabedoria de Deus; Santo, Santo,
Santo; Repetições de Deus ou SENHOR; O Espírito do SENHOR; O SENHOR Deus e Seu
Espírito; O Ancião de Dias E o Filho do Homem; Companheiro de Jeová; Conclusão.
Capítulo 8 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: OS EVANGELHOS
Quatro
Importantes Auxílios ao Entendimento; O Batismo De Cristo; A Voz Do Céu; As
Orações De Cristo; Deus meu, Deus meu, Por que me desamparaste?; Comunicação
De Conhecimento Entre as Pessoas da Divindade? Mateus 28:19; A Preexistência De
Jesus; O Filho Enviado pelo Pai; Amor Entre as Pessoas da Divindade? Outras
Distinções Entre o Pai E Filho; as Passagens que usam com; Dois Testemunhos; O
Uso de Plural; Conversas Entre Pessoas na Divindade? Um Outro Consolador; Jesus
E O Pai São um apenas em propósito; Conclusão.
Capítulo 9 EXPLICAÇÕES DO
NOVO TESTAMENTO:
DE ATOS AO APOCALIPSE
A Mão
direita De Deus; As Saudações nas Epístolas"; A Bênção Apostólica";
Outras Tríplices Referências nas Epístolas e no Apocalipse; A plenitude De
Deus; Filipenses 2:6-8; Colossenses 1:15-17; Hebreus 1; I João 5:7;
Apocalipse 1:1; Os Sete Espíritos De Deus; O Cordeiro Em Apocalipse 5; Por que
Permite Deus que existam versículos das Escrituras sujeitos à Confusão?
Conclusão.
Capítulo 10 OS QUE ACREDITAM NA
UNICIDADE E A HISTÓRIA DA IGREJA
A era
pós-apostólica; Unicidade a crença Dominante No Segundo e no Terceiro Séculos;
Monarquianismo Modalístico; os Crentes da Unicidade desde o Quarto Século até o
Presente; MONARQUIANISMO MODALISTICO: A UNICIDADE NA HISTÓRIA da IGREJA
PRIMITIVA.
Capitulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
Definição
da doutrina da Trindade. Problemas com o triteísmo. Problemas com o
subordinacionismo. Terminilogia não bíblica. Desenvolvimento histórico do
triteísmo. Origens pagãns. Desenvolvimento pós-apostólico. Tertuliano _ o pai
do trinitarianismo cristão. Outros primitivos trinitarianistas. O Concílio de
Nicéia. Após Nicéia. O Credo do Atanasiano. O Credo Apostólico. Conclusão.
Capítulo 12 -
TRINITARIANISMO:
UMA AVALIAÇÃO
Terminologia
não bíblica; Pessoa e pessoa; Três. Triteísmo. Mistério. A Divindade de Jesus Cristo.
Contradições. Avaliação do trinitarianismo. A doutrina da trindade em contraste
com a Unicidade. No que acredita a média dos crentes da igreja? Conclusão.
Índice
Tabela 1: A Natureza Moral
de Deus
Tabela 2: Nomes de Deus no
Antigo Testamento
Tabela 3: Nomes Compostos
de Jeová
Tabela 6: Jesus no livro de
Apocalipse
Tabela 7: Jesus Tem a Natureza
Moral de Deus
Tabela 8: A Dupla Natureza
de Jesus Cristo
Tabela 10: A Plenitude da
Divindade de Jesus Afirmada em Colossenses
Tabela 11: Trinitarianismo e
Unicidade Comparados
Prefácio do Autor
Este
livro é Volume Um de uma série em teologia Pentecostal. Há uma necessidade
genuína para um completo, compreensivo estudo e explanação das verdades
bíblicas fundamentais que cremos piamente, e esta série é designada para ajudar
preencher aquela necessidade. O presente volume tenta trazer junto num só livro
uma discussão completa da Divindade. Ele afirma a unicidade de Deus e a deidade
absoluta de Jesus Cristo. Enquanto vos escrevo este, Volume Dois, intitulado O
Novo Nascimento ainda está no estágio de planejamento e pesquisa. Volume Três,
intitulado Em Busca de Santidade. Foi escrito juntamente com a minha mãe,
Loretta A. Bernard, e foi publicado em 1981.
O alvo
deste livro não é ensinar meramente um dogma de uma denominação, mas para
ensinar a Palavra Deus. É esperança do autor que cada pessoa estudará a matéria
com oração, comparando as visões expressas com a Bíblia. Muitas referências
escriturais são dados no livro para ajudar o leitor na sua busca por verdade
bíblica. Ao mesmo tempo, o autor reconhece que todos nós devemos pedir a Deus
para ungir nossas mentes e iluminar Sua Palavra, se estamos para compreender
propriamente Sua revelação para nós. A letra sozinha matará, mas o Espírito dá
vida (II Coríntios 3:6). O Espírito de Deus nos ensinará e nos guiará em toda a
verdade (João 14:26; 16:13). Finalmente Deus deve dar revelação de quem
Jesus Cristo realmente é (Mateus 16:15-17).
A Unidade
de Deus é baseado em vários anos
de estudos e pesquisas bem como a experiência no ensinar de teologia
sistemática e história da igreja no Jackson College of Ministries em Jackson,
Mississippi. Eu agradeço especialmente a minha mãe por ter lido o manuscrito e
prover numerosas sugestões para o melhoramento, muito dos quais
adotei. Sou grato também a minha esposa, Connie, por prover ajuda
digitando e a meu pai, Reverendo Elton D. Bernard, por ajudar inspirar,
publicar, e promover esta série.
Capítulos
1, 2, 3 e 4 apresentam a doutrina positiva de monoteísmo Cristão como ensinado
pela Bíblia, a doutrina comumente conhecida hoje como a Unicidade. Capítulos 7,
8 e 9 discutem numerosos versículos específicos das Escrituras com a vista a
responder as objeções e refutar interpretações contrárias. Capítulo 10 recorda o
resultado de muitas pesquisas da história de Unicidade na época pós-apostólica
até o presente. Capítulos 11 e 12 explicam a doutrina do trinitarianismo, sua
origem histórica e desenvolvimento, e as maneiras pelas quais divergem na
crença Unicista. Finalmente, Capítulo 13 oferece um resumo breve e conclusão.
Para
poder documentar fontes não bíblicas de informações e ainda preservar uma
leitura agradável, foram colocadas notas de rodapé ao término de cada capítulo.
[Nesta cópia de Internet footnotes as notas de rodapé foram
colocadas em um apêndice. - O editor de Internet bibliography A bibliografia registra todas as
fontes usadas como também um número significativo de outros livros relacionados
com a Unicidade. Também, o glossárioglossary contém definições de termos
teológicos importantes usado no livro.
A não ser
de outra maneira indicado, as definições de palavras em Grego e Hebraico
são de Strnog's Exhaustive Concordance of the Bible. As abreviações a seguir de
várias traduções da Bíblia são usadas ao longo do livro: KJV for King James
Version, RSV for Revised Standard Version, NIV for New International Version,
and TAB for The Amplified Bible. Todas as citações bíblicas são da KJV a não
ser que sejam de outra maneira identificada.
O
propósito deste livro é para ter alguma parte no estabelecimento das verdades
da Palavra de Deus nesta geração. Seu alvo é afirmar monoteísmo Cristão -
ensinamento bíblico de um só Deus. Fazendo assim eu pretendo magnificar Jesus
Cristo acima de tudo. Eu creio que Jesus é Deus manifestado em carne que
toda a plenitude da Divindade habita nEle, e que somos completos nEle
(Colossenses 2:9-10).
Capítulo 1. MONOTEÍSMO CRISTÃO
"Ouve,
Israel: o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR" (Deuteronômio 6:4).
"Deus
é um" (Gálatas 3:20).
Há um
Deus. Há só um Deus. Esta doutrina é o cento da mensagem Bíblica, e tanto o
Velho quanto o Novo Testamento a ensinam claro e enfaticamente.
Apesar da simplicidade desta mensagem e da clareza com que a Bíblia a apresenta,
muitos que acreditam na existência de Deus não entenderam isto. Até mesmo
dentro do Cristianismo, muitas pessoas, inclusive teólogos, não tem entendido
esta mensagem bonita e essencial. Nosso propósito é focalizar esta questão,
afirmar e explicar a doutrina bíblica da unicidade de Deus.
Definição
de Monoteísmo
A crença
em um único Deus é chamada de monoteísmo que deriva de duas palavras gregas: monos,
significando só, singular, um; e theos, significando Deus. Aqueles que
não aceitam o monoteísmo pode ser classificado em uma das seguintes categorias:
ateísta - que nega a existência de Deus; agnóstico - que afirma
ser a existência de Deus desconhecida e provavelmente incognoscível;
panteísta - que compara Deus com a natureza ou as forças do universo; ou
um politeísta - que acredita em mais de um Deus. Diteismo, a
crença em dois deuses, é uma forma de politeísmo, assim como o triteismo, a
crença em três deuses. Entre as principais religiões do mundo, três são
monoteísticas: o Judaísmo, o Islamismo, e o Cristianismo.
Há,
entretanto, dentro das fileiras dos que se denominam cristãos pontos de vistas
divergentes em relação à natureza da Divindade. Uma dessas correntes, chamada
trinitarianismo, afirma que há três pessoas distintas na Divindade - Deus
Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo - mas ainda um só Deus. (Veja o Capítulo 11 -TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
Dentro
dos graus do trinitarianismo, podemos distinguir duas tendências extremas. Por
um lado, alguns trinitarianos enfatizam a unidade de Deus sem ter desenvolvido
uma compreensão cuidadosa do significado das três pessoas distintas da
Divindade. Por outro lado, outros trinitarianos dão ênfase a triplicidade da
trindade a ponto de acreditarem em três seres auto-concientes, e o seu ponto de
vista é essencialmente triteistico.
Além do
trinitarianismo, há a doutrina de binitarianismo que não classifica o Espírito
Santo como uma pessoa separada, mas afirma crer em duas pessoas na Divindade.
Muitos
monoteístas têm destacado que tanto o trinitarianismo quanto o binitarianismo
debilitam o monoteísmo rígido ensinado pela Bíblia. Eles insistem que a
Divindade não pode ser dividido em pessoas e que Deus é absolutamente uno.
Os que
acreditam no monoteísmo rígido se dividem em duas classes. Uma classe afirma
que há só um Deus, e assim fazendo, nega, de uma maneira ou de outra, a
perfeita divindade de Jesus Cristo. Este ponto de vista foi representada na
história da igreja primitiva pelos dinâmicos monarquistas, como Paulo de
Samosata, e pelos Arenistas, liderados por Arius. Estes grupos relegavam Jesus
à posição de um deus criado, deus subordinado, deus filho, ou semideus.
A segunda
classe dos verdadeiros monoteísta acredita em um Deus, mas, além disso,
acredita que a plenitude da Divindade é manifestada em Jesus Cristo. Eles
acreditam que o Pai, Filho, e Espírito Santo são manifestações, modos, funções,
ou relacionamentos que o Deus único tem exibido ao homem. Os historiadores da
igreja têm usado os termos moralismo e monarcianismo modalistico para descrever
esse ponto de vista, sustentado na igreja primitiva por líderes como Noetus,
Praxeas, e Sabellius. (Veja Capítulo 10 CRENTES UNICISTAS
NA HISTÓRIA DA IGREJA.) No
século vinte, aqueles que acreditam tanto na indivisível unicidade de
Deus, quanto na perfeita divindade de Jesus Cristo, freqüentemente usam a termo
Unicidade para descrever aquilo em que crêem. Eles também usam os termos Um
Deus e Nome de Jesuscomo adjetivos para se auto-denominarem, enquanto os
oponentes às vezes usam expressões errôneas e desacreditas como " Só Jesus"
e" Assunto Novo." (O rótulo" Só Jesus " é errôneo porque os
trinitarianos insinua uma negação do Pai e do Espírito Santo. Porém, os que
acreditam na Unicidade não negam o Pai e Espírito, mas antes vêem o Pai e o
Espírito como papéis diferentes do Deus único que é o Espírito de Jesus.)
Em
resumo, o Cristianismo apresentam quatro pontos de vista básicas a respeito da
Divindade: (1) trinitarianismo, (2) binitarianismo, (3)
monoteísmo estrito, com a negação da perfeita divindade de Jesus Cristo, e
(4) monoteísmo estrito com a afirmação da completa deidade de Jesus
Cristo, a Unicidade.
Tendo
examinado de modo geral o conjunto das crenças humanas sobre a Divindade, vamos
olhar o que a Palavra de Deus - a Bíblia - tem a dizer sobre o
assunto.
O Velho
Testamento Ensina Que Não Há Senão Um Deus
A
expressão clássica da doutrina de um só Deus se encontra em Deuteronômio
6:4. "Ouve, Israel: o SENHOR nosso Deus é o único SENHOR." Este verso
da Bíblia se tornou a declaração mais distintiva e importante de fé para os
judeus. Eles chamam isto o Shema, de acordo com a primeira palavra da frase em
hebraico, e eles citam freqüentemente isto em inglês como" Ouve, O Israel,
o SENHOR é nosso Deus, o SENHOR é único". (Também veja o NIV.)
Tradicionalmente, um judeu devoto sempre tentou fazer esta confissão de fé
antes de morrer.
Em
Deuteronômio 6:5, Deus continuou o anúncio do versículo precedente com uma
ordem que requer crença total e amor por Ele como um só e
único Deus: "Amarás pois o SENHOR teu Deus com todo o teu coração, e
com toda a tua alma, e com toda a tua força ". Devemos notar a importância
que Deus atribui a Deuteronômio 6:4-5. Ele ordena que estes versos sejam
colocados no coração (verso 6), ensinados às crianças ao longo do dia (verso
7), atado à mão e à testa (verso 8), e escrito nos umbrais e nas portas das
casas (verso 9). Os Judeus ortodoxos obedecem literalmente essa ordem
ainda hoje amarrando o tefillin (phylacteries) nos seus antebraços
esquerdos e nas testas quando oram, e colocando mezuzzah em suas portas
e portões. (Teffilin são pequenas caixas amarradas ao corpo através de correias
de couro, e mezuzzah são pequenos recipientes contendo pequenos rolos das
escrituras.) Dentro dos dois tipos de recipientes estão versículos das
Escrituras manuscrito em tinta preta por um homem piedoso que observou certos
rituais de purificação dentro de ambos. Os versos da Bíblia geralmente são
Deuteronômio 6:4-9,11: 18-21, Êxodo 13:8-10, e 13:14-16.
Durante
uma viagem para Jerusalém onde nós colhemos a informação anterior, [1] tentamos
comprar o tefillin. O comerciante judeu Ortodoxo disse que ele não vendia
tefillin a cristãos porque eles não acreditam nele e nem têm a devida
reverência a esses versos das Escrituras. Quando nós citamos Deuteronômio 6:4 e
explicamos nossa total concordância a isto, os olhos dele iluminaram e ele
prometeu vender a nós com a condição de que nós tratássemos o tefillin com
cuidado e respeito. A preocupação dele mostra a reverência extrema e
profundidade de convicção que os judeus têm para o conceito de um único Deus.
Também revela que uma razão principal para a rejeição judia do Cristianismo ao
longo de história é a distorção percebida da mensagem de monoteística.
Muitos
outros versos da Bíblia no Velho Testamento afirmam enfaticamente o monoteísmo
estrito. Os Dez Mandamentos começam com, Não terás outros deuses diante de
mim" (Êxodo 20:3; Deuteronômio 5:7). Deus enfatizou este comando
declarando que Ele é um Deus zeloso (Êxodo 20:5). Em Deuteronômio 32:39, Deus
disse que não há nenhum outro deus com ele. Não há nenhum deus semelhante ao
SENHOR e não há nenhum Deus ao lado dEle (II Samuel 7:22; I Crônicas
17:20). só Ele é Deus (Salmo 86:10). Há enfáticas declarações de Deus em Isaias.
"Antes
de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu, sou o
SENHOR; e fora de mim não há salvador" (Isaias 43:10-11).
"Eu sou o primeiro, e eu sou o último; e ao
lado de mim não há nenhum Deus" (Isaias 44:6).
"Há
outro Deus além de mim? Não, não há outra rocha que eu conheça" (Isaias
44:8).
"Eu
sou o SENHOR que faço todas as coisas; que sozinho estendi os céus; e sozinho
espraiei a terra " (Isaias 44:24).
Além
de mim não há outro. Eu sou o SENHOR e não há nenhum outro" (Isaias 45:6).
Não há
outro Deus senão eu; um Deus justo e Salvador; não há além de mim. Olhai para
mim, e sede salvos, vós todos os termos da terra: porque eu sou Deus, e não há
nenhum outro" (Isaias 45:21-22).
"Lembrai-vos
das coisas passadas da antiguidade; porque eu sou Deus, e não há nenhum outro,
eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim" (Isaias 46:9).
"Eu
não darei minha glória a outrem" (Isaias 48:11; veja também Isaias 42:8).
Ó SENHOR
dos exércitos, Deus de Israel que estás entronizado acima dos querubins, tu
somente és o Deus de todos os reinos da terra, tu só fizestes os céus e a terra
(Isaias 37:16).
Há
somente um Deus que é o Criador e Pai da humanidade (Malaquias 2:10). Durante o
Reinado do Milênio, haverá um só SENHOR com um só nome (Zacarias 14:9).
Em
resumo, o Velho Testamento fala de Deus como sendo único. Muitas vezes a Bíblia
chama Deus de o Santo de Israel (Salmo 71:22; 78:41; Isaias 1:4; 5:19;
5:24), mas nunca de " santo dois, santo três," ou " muitos
santos."
Uma
observação comum feita por alguns trinitarianos sobre a doutrina do Velha
Testamento da unicidade de Deus é que Deus teria apenas pretendido dá ênfase à
sua unicidade em oposição aos deuses pagãos, embora Ele ainda existisse
como uma pluralidade. Porém, se esta conjetura fosse verdade, por que Deus não
fez isto claro? Por que os judeus não entenderam uma teologia de "
pessoas" mas insistiu em um monoteísmo absoluto? Nos deixe olhar para isto
do ponto de vista de Deus. Suponha que Ele quis excluir qualquer crença
na pluralidade da Divindade. Como Ele poderia fazer usando terminologia
então-existente assim? Que palavras Ele poderia usar, fortes bastante, para
comunicar sua mensagem ao seu povo? Pensando sobre isso, nós perceberemos que
Ele usou a linguagem mais forte possível capaz de descrever a unicidade
absoluta. Nos versos antes citados em Isaias, nós notamos o uso de palavras e
frases como" nenhum, não há outro, nenhum semelhante, nenhum ao lado de
mim, só, sozinho," e" um só." Seguramente, Deus não pôde fazer
isto mais claro que não existe nenhuma pluralidade na Divindade. Em resumo, o
Velho Testamento afirma que Deus é absolutamente um, em número.
O Novo
Testamento Ensina Que Não Há Senão Um Deus
Jesus
ensinou enfaticamente Deuteronômio 6:4, chamando-o de primeiro de todos os
mandamentos (Marcos 12:29-30). O Novo Testamento pressupõe o que ensina o Velho
Testamento de que há um só Deus e explicitamente repete esta mensagem muitas
vezes.
"Visto
que Deus é um só o qual justificará" (Romanos 3:30).
Não há
senão um só Deus (I Corintios 8:4).
"Para
nós há um só Deus, o Pai" (I Corintios 8:6).
"Mas
Deus é um" (Gálatas 3:20).
"Um
só Deus e Pai de todos" (Efésios 4:6).
"Porquanto
há um só Deus" (I Timóteo 2:5).
"Tu
crês que há um só Deus; fazes bem: os demônios também acreditam, e tremem"
(Tiago 2:19).
Novamente,
a Bíblia chama Deus de o Santo (I John 2:20). Há um trono no céu e apenas
um senta nele (Apocalipse 4:2).
Em
capítulos subseqüentes nós exploraremos em maior profundidade, o monoteísmo do
Novo Testamento, mas os anteriores versos da Bíblia são suficientes para
estabelecer que o Novo Testamento ensina que Deus é um.
Conclusão
Como nós
vimos, a Bíblia inteira ensina um monoteísmo estrito. O povo de Deus sempre foi
identificado com a mensagem de um - único Deus. Deus escolheu Abraão por sua
disposição de abandonar os deuses de sua nação e do seu pai e adorar o único
Deus verdadeiro (Gênese 12:1-8). Deus castigou Israel todas as vezes que o povo
começou a adorar outros deuses, e adoração politeísta foi uma das principais
razões para que Deus finalmente os enviasse para o cativeiro (Atos 7:43). O
Salvador veio ao mundo através de uma nação (Israel) e através de uma religião
(o Judaísmo) cujo povo tinha se libertado finalmente do politeísmo. Eles eram
completamente monoteístas.
Hoje,
Deus ainda exige para Ele uma adoração monoteísta. Nós na igreja somos os
herdeiros de Abraão pela fé, e essa posição de honra exige que tenhamos a mesma
fé monoteísta no Deus de Abraão (Romanos 4:13-17). Como cristãos no mundo
jamais temos que deixar de exaltar e proclamar a mensagem de que há apenas um
único e verdadeiro Deus vivo.
Capítulo 2. A NATUREZA DE DEUS
"Deus é Espírito: e importa que os seus
adoradores o adorarem em espírito e em verdade" (João 4:24).
Para
continuarmos nosso estudo sobre a unicidade de Deus, é essencial que saibamos
mais sobre a natureza de Deus. Claro que, nossas mentes humanas são limitadas e
não podem naturalmente descobrir ou compreender tudo que há para ser conhecido
com relação a Deus, mas a Bíblia descreve com clareza muitas características
importantes e atributos que Deus possui. Neste capítulo nós discutiremos alguns
dos atributos de Deus que os fazem Deus - esses que formam uma parte
essencial e substancial de sua natureza. Nós também estudaremos alguns dos
modos nos quais Deus revelou a sua natureza à humanidade, particularmente por
manifestações visíveis.
Deus É
Espírito
Jesus
proclamou esta verdade em João 4:24. A Bíblia revela se maneira consistente,
desde Gênese 1:2 (" E o Espírito de Deus movia sobre a face das
águas") até Apocalipse 22:17 (" E o Espírito e a noiva dizem,
Vem"). Hebreus 12:9 chama Deus de Pai dos espíritos.
O que é
um espírito? O Dicionário de Webster inclui em sua definição da palavra o
seguinte": UM ser sobrenatural, um ser incorpóreo, racional.geralmente invisível
aos seres humanos mas que tem o poder para ficar visível segundo à sua
vontade. um ser que tem uma natureza incorpórea" ou imaterial. [2] a palavra hebraica traduzida como espírito é
ruwach, e pode significar vento, respiração, vida, raiva, sopro, sem
substancialidade, região do céu, ou espírito de um ser racional. A palavra
grega traduzida por espírito, pneuma, pode significar uma corrente de ar,
respiração, sopro, explosão, vento, brisa, espírito, alma, princípio vital,
disposição, anjo, demônio, ou Deus. [3] todas
essas definições enfatizam que um espírito não tem carne e ossos (Lucas 24:39).
Semelhantemente, Jesus indicou que o Espírito de Deus não tem carne e sangue
(Mateus 16:17). Assim, quando a Bíblia diz que Deus é Espírito, significa que
Ele não pode ser visto ou pode ser tocado fisicamente por seres humanos. Como
um Espírito, ele é um Ser inteligente, sobrenatural que não tem um corpo
físico.
Deus É
Invisível
Considerando
que Deus é um Espírito, Ele é invisível a menos que Ele escolha se manifestar
em alguma forma visível para homem. Deus falou para Moises, Tu não poderás ver
a minha face: porquanto nenhum homem verá a minha face, e viverá" (Êxodo
33:20). "Ninguém jamais viu a Deus (João 1:18; I João 4:12). Não
apenas ninguém jamais viu a Deus, como algum homem é capaz de ver Deus
(I Timóteo 6:16). Várias vezes a Bíblia descreve Deus como invisível
(Colossenses 1:15; I Timóteo 1:17, Hebreus 11:27). Embora o homem possa
ver Deus quando Ele aparece em várias formas, nenhum homem pode ver o Espírito
invisível de Deus diretamente.
Deus É
Onipresente (Presente Em todos Os lugares)
Porque
Deus é um Espírito Ele pode estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo.
Ele é o único Espírito que é verdadeiramente onipresente; para todos os outros
espíritos como demônios, anjos e o próprio Satanás podem ser limitados, a
locais específicos (Marcos 5:10; Judas 6; Apocalipse 20:1-3).
Embora
Deus seja onipresente, nós não O podemos comparar com a natureza, substância,
ou forças do mundo (o que seria panteísmo), porque Ele tem individualidade,
personalidade, e inteligência reais.
Salomão
reconheceu a onipresença de Deus quando orou na dedicação do Templo, dizendo:
Veja, o céu e até o céu dos céus não podem conter (I Reis 8:27; veja
II Crônicas 2:6; 6:18). Deus declarou sua onipresença dizendo: O céu é
meu trono, e a terra é o estrado dos meus pés" (Isaias 66:1; veja também
Atos 7:49). Paulo pregou que o Senhor não está longe de cada um de nós: Pois
nele vivemos, e nos movemos, e existimos" (Atos 17:27-28). Talvez a mais
bela descrição da onipresença de Deus encontramos no Salmo 139:7-13: Para onde
ausentarei do teu espírito? Para onde eu fugirei de tua presença? Se eu subo
aos céus, tu lá estás: se eu arrumar minha cama no mais profundo do abismo, veja,
tu lá estás também. Se tomar às asas da alvorada, e me detenho nos confins dos
mares; Ainda lá me conduzirá, e a tua mão direita me segurará. Se eu disser,
Seguramente a escuridão me cobrirá; até mesmo a noite estará clara sobre mim.
Até as próprias trevas não te serão escuras: a escuridão e a luz são ambos
semelhante para ti. Pois tu formaste o meu interior: tu me teceste no útero de
minha mãe.
Se Deus é
onipresente, por que a Bíblia O descreve como estando no céu? Há várias
razões. (1) Esse fato ensina que Deus é transcendental. Em outras
palavras, Ele está além da compreensão humana e Ele não está limitado a esta
terra. (2) Essa descrição se refere ao centro do raciocínio e atividade de
Deus - sua própria matriz, por assim dizer. (3) Ele se refere à
presença imediata de Deus; quer dizer, a totalidade da glória e do poder Deus a
que nenhum homem mortal pode ver e ainda pode continuar vivo (Êxodo 33:20).
(4) , pode se referir também à manifestação visível de Deus aos anjos nos
céus. Não significando isso, no entanto que Deus não esteja onipresente, não
que esteja limitado a um lugar, ou é limitado a um corpo.
Semelhantemente,
quando a Bíblia diz que Deus veio para terra ou se apareceu a um homem, ele não
nega a sua onipresença. Ela simplesmente significa que o foco da sua atividade
se deslocou para a terra pelo menos no que se refere a determinado indivíduo ou
uma certa situação. Quando Deus vem à terra, o céu não se torna vazio. Ele
continua no céu como sempre. Ele pode agir simultaneamente no céu e na terra,
ou em vários locais em terra. É muito importante que reconheçamos a magnitude
da onipresença de Deus e não a limitemos à nossa experiência humana.
Deus Tem
Corpo?
Sendo
Deus um Espírito invisível e onipresente, Ele certamente não tem um corpo do
modo como entendemos que um corpo seja. Ele realmente assumiu várias formas e
manifestações temporárias ao longo do Velho Testamento de forma que o homem
pudesse vê-lo. (Veja a seção depois em teofanías neste capítulo.) Porém, a
Bíblia não registra qualquer manifestação corpórea permanente de Deus até o
nascimento de Jesus Cristo. Claro que, em Cristo, Deus teve um corpo humano e
agora tem um glorificou, corpo humano imortal.
Fora das
manifestações temporárias de Deus e fora da revelação de Deus em Cristo no Novo
Testamento, acreditamos que as referências bíblicas encontradas aos olhos,
mãos, braços, pés, coração, e outras partes do corpo de Deus sejam exemplos de
linguagem figurativa ou antropomorfismos (interpretações de algo não humano em
termos humanos de forma que homem possa entender).
Em outras
palavras, a Bíblia descreve o Deus infinito em termos humanos finitas, para que
nós O possamos compreender melhor. Por exemplo, o coração de Deus denota seu
intelecto e as suas emoções, não um órgão bombeador do sangue- (Gênesis
6:6; 8:21). Quando Deus disse que o céu era o seu trono e terra era estrado de
seus pés, Ele descreveu a sua onipresença, não um par de pés literalmente
sustentados sobre o globo (Isaias 66:1). Quando Deus disse que a sua mão
direita estendeu os céus, Ele descreveu o seu grande poder e não uma grande mão
desdobrando os céus (Isaias 48:13). "Os olhos do SENHOR estão em todo
lugar" não signifique que Deus tem olhos físicos em todos os locais, mas
indica sua onipresença e onisciência (Provérbios 15:3). Quando Jesus expulsou
demônio pelo dedo de Deus, Ele não baixou um dedo gigantesco vindo dos céus,
mas Ele exercitou o poder de Deus (Lucas 11:20). O refolgar das narinas de Deus
não era partículas literais emitidas por narinas divinas gigantescas, mas o
vento oriental forte enviado por Deus para separar o Mar Vermelho (Êxodo 15:8;
14:21). Na realidade, a interpretação literal de todas as visões e descrições físicas
de Deus nos levariam a acreditar que Deus tem asas (Salmo 91:4) ou rodas
(Daniel 7:9). Em resumo, nós acreditamos em Deus como um Espírito não tem corpo
a menos que Ele escolha se manifestar em uma forma corpórea como Ele o fez na
pessoa de Jesus Cristo. (Veja Capítulo 4 - JESUS É DEUS.)
Alguns
dizem que no Testamento Velho Deus tinha um corpo espiritual visível aos outros
seres espirituais como os anjos. Eles levantam esta hipótese porque os
espíritos humanos parecem ter uma forma capaz de ser reconhecida pelos outros
espíritos (Lucas 16:22-31) e porque algumas passagens indicam que os anjos e
Satanás presenciaram uma manifestação visível de Deus no Velho Testamento (I Reis
22:19-22; Jó 1:6). Porém, Deus não precisava de um corpo espiritual para fazer
isto porque Ele perderia ter se manifestado por várias vezes a outros espíritos
da mesma maneira como se manifestou ao homem. Um verso fundamental da Bíblia
insinua que comumente Deus não é mesmo visível aos seres espirituais a menos
que Ele escolha se manifestar de algum modo": Deus foi manifesto na carne.
"contemplado por anjos (I Timóteo 3:16). Finalmente, se Deus tivesse
mesmo algum tipo de corpo espiritual Ele certamente não estaria limitado a isto
como outros seres espirituais estão confinados a seus corpos; para então Ele
não seria verdadeiramente onipresente. Por exemplo, a onipresença de Deus
significa que Ele poderia ter aparecido simultaneamente aos homens na terra e aos
anjos nos céu. Precisamos ter em mente, Também, que nos tempos do Novo
Testamento Deus escolheu se revelar completamente através de Jesus Cristo
(Colossenses 2:9). Não há nenhuma possibilidade de separar Deus e Jesus, e não
há outro Deus visível fora de Jesus.
Deus é
Onisciente (Conhece Tudo)
Salmo
139:1-6 nos ensina que Deus sabe todas as coisas, inclusive nossos movimentos,
pensamentos, caminhos, modos, e palavras. Jó confessou: " Bem sei que tudo
podes, e que nenhum dos teus pensamentos pode ser frustrados " (Jó 42:2).
Deus tem o conhecimento completo de todas as coisas, inclusive o conhecimento
antecipado do futuro (Atos 2:23). Como a onipresença, onisciência são
atributos que pertence somente a Deus. Ele é o único Deus sábio"
(I Timóteo 1:17). A Bíblia não identifica nenhum outro ser (inclusive
Satanás) que possa ler todos os pensamentos do homem, pode prever o futuro com
exatidão, ou pode saber tudo que há para ser conhecido.
Deus é
Onipotente (Todo Poderoso)
Muitas
vezes ao longo da Bíblia, Deus chama a si mesmo de Todo-poderoso (Gênesis 17:1;
35:11, etc.). Ele tem todo o poder que existe, e nenhum ser pode exercer
qualquer poder a menos que Deus permita isto (Romanos 13:1). Novamente, só Deus
é onipotente, pois só um ser pode ter todo o poder. I Timóteo 6:15 descreve
Deus como Bendito e único soberano, o Rei dos reis, e Senhor dos senhores.Os
santos de Deus nos céus proclamarão Aleluia: pois reina o Senhor nosso Deus o
Todo-poderoso" (Apocalipse 19:6). Deus descreve sua grande onipotência
maravilhosamente em Jó, capítulos 38 a 41.
As únicas
limitações que Deus tem são aquelas que Ele coloca de boa vontade em si mesmo
ou aquelas sendo o resultado de sua natureza moral. Considerando que Ele é
santo e sem pecado, Ele permanece dentro de suas próprias limitações morais.
Então, é impossível, portanto para Deus mentir ou contradizer Sua própria
Palavra (Tito 1:2; Hebreus 6:18).
Deus é
Eterno
Deus é
eterno, imortal, e perpétuo (Deuteronômio 33:27; Isaias 9:6; I Timóteo
1:17). Ele é o primeiro e o último (Isaias 44:6). Ele não tem começo e não terá
fim; outros seres espirituais, inclusive o homem, são imortais no que se refere
ao futuro, mas só Deus é eterno no passado e no futuro.
Deus é
Imutável (Não Muda)
O caráter
e os atributos de Deus nunca mudam : Porque eu sou o SENHOR, não mudo (Malaquias
3:6). É verdade que Deus às vezes se arrepende (muda seu curso de ação em
relação ao homem), mas isso acontece porque o homem muda suas ações. A natureza
de Deus permanece a mesma; apenas Seu futuro curso de ação se modifica para
responder às mudanças do homem. Por exemplo, o arrependimento de Nínive fez
Deus mudar seus planos de destruir aquela cidade (Jonas 3:10). A Bíblia
também, às vezes fala do arrependimento de Deus no sentido de comover-se ou
entristecer-se mas do que no sentido de mudança no seu pensamento (Gênesis
6:6).
Deus Tem Individualidade, Personalidade, e Racionalidade
Deus é um
ser inteligente com vontade (Romanos 9:19) e capacidade de raciocinar (Isaias
1:18). Ele tem uma mente inteligente (Romanos 11:33-34). O fato de o homem ser
capaz de ter emoções indica que Deus tem emoções, pois o homem foi criado
por Deus à sua própria imagem (Gênese 1:27). A natureza emocional essencial de
Deus é o amor, mas Ele tem muitas emoções tais como prazer, piedade ou
compaixão, ódio ao pecado e zelo pela retidão (Salmo 18:19; Salmo 103:13;
Provérbios 6:16; Êxodo 20:5). Ele demora enfurecer, mas Ele pode ter sua
ira provocada (Salmo 103:8; Deuteronômio 4:25). Deus pode ser afligido
(Gênese 6:6) e santificado (Salmo 103:1). Claro que, suas emoções transcendem
nossas emoções, mas podemos descrevê-lo usando condições que descrevem emoções
humanas. (Para mais prova del que Deus é um ser individual com personalidade e
racionalidade, veja as discussões neste capítulo a respeito da onisciência de
Deus e seus atributos morais.)
Os
Atributos Morais de Deus
"Deus
é amor" (I John 4:8, 16). Amor é a essência de Deus; ele é sua mesma
natureza. Deus tem muitas outras qualidades e atributos muitos dos quais
prolongamentos do seu amor.
Tabela 1: A Natureza Moral de
Deus |
||
1 |
Amor |
I João
4:8 |
2 |
Luz |
I João
1:5 |
3 |
Santidade |
I Pedro
1:16 |
4 |
Misericórdia |
Salmo
103:8 |
5 |
Bondade |
Salmo
18:35 |
6 |
Retidão |
Salmo
129:4 |
7 |
Bondade |
Romanos
2:4 |
8 |
Perfeição |
Mateus
5:48 |
9 |
Justiça |
Isaias 45:21 |
10 |
fidelidade |
I Corintios 10:13 |
11 |
Verdade |
João
17:17 |
12 |
Graça |
Salmo
103:8 |
Estes
atributos morais de Deus não são contraditórios, antes operam em harmonia. Por
exemplo, a santidade de Deus exigiu uma separação imediata entre Deus e o homem
quando o homem pecou. Então, a justiça e a retidão de Deus exigiam a morte como
a penalidade do pecado, mas o amor e a misericórdia de Deus procuraram o
perdão. Deus satisfez tanto a justiça quanto a misericórdia pela morte de
Cristo no Calvário e do plano de salvação que daí resultou.
Nós
desfrutamos os benefícios da misericórdia de Deus quando nós aceitarmos a obra
expiatória de Cristo e a aplicamos à nossas vidas pela fé. Quando nós aceitamos
e obedecemos pela fé o plano de salvação de Deus, Deus imputa a retidão de
Cristo a nós (Romanos 3:21-5:21). Então, Deus pode nos perdoar justamente do pecado
(I João 1:9) e pode nos restabelecer a comunhão com Ele sem violar sua
santidade.
A morte
do Cristo inocente, e sem pecado e a imputação da justiça de Cristo em nós
satisfizeram à justiça e à santidade de Deus. Porém, se nós rejeitarmos a
expiação de Cristo, seremos deixados sós para enfrentar o julgamento de Deus.
Neste caso sua santidade exige separação do homem pecador e sua justiça exige a
morte para o homem pecador. Assim justiça e misericórdia são aspectos
complementares, não contraditórios, da natureza de Deus, como é a santidade e o
amor. Se nós aceitamos o amor e a misericórdia de Deus Ele nos ajudará a
satisfazer a sua justiça e santidade. Se nós rejeitamos o amor de Deus e a sua
misericórdia nós temos que enfrentar sozinhos a sua justiça e santidade
(Romanos 11:22).
Claro
que, a lista anterior não contém naturalmente de modo exaustivo as qualidades
de Deus. Deus é transcendental e nenhum ser humano pode compreendê-lo
completamente. "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos,
nem os vossos caminhos são meus caminhos, diz o SENHOR. Porque assim como os
céus são mais altos que a terra, assim são meus caminhos mais alto que vossos
caminhos, e meus pensamentos mais altos que os vossos pensamentos" (Isaias
55:8-9). "Ó profundidade das riquezas tanto da sabedoria como do
conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis
os seus caminhos! Quem, pois conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu
conselheiro? (Romanos 11:33-34).
Teofanías
Um meio
pelo qual Deus se revelava ao nível do homem e tratava com eles no Velho
Testamento era através da teofanías. Uma teofanía é uma manifestação visível de
Deus, e nós normalmente pensamos nelas como de natureza temporária. Como temos
visto, Deus é invisível ao homem. Ele se manifestou em uma forma física. Embora
ninguém possa ver o Espírito de Deus, podemos ver uma representação de Deus.
Aqui segue alguns modos nos quais Deus escolheu se manifestar no Velho
Testamento.
A Abraão
Deus apareceu em uma visão, como um fogareiro de fumegante como uma tocha de
fogo, e como um homem (Gênesis 15:1; 15:17; 18:1-33). Neste último exemplo,
Deus e dois anjos apareceram na forma de três homens (18:2) e comeram comidas
providas por Abraão. Os dois anjos partiram para Sodoma enquanto Deus
permaneceu para falar com Abraão (Gênesis 18:22; 19:1).
Deus
apareceu a Jacó como um homem e com um sonho (Gênesis 28:12-16; 32:24-32). Na
ocasião posterior Jacó lutou com o homem e proclamou, eu vi Deus cara a
cara.A Bíblia também descreve essa aparição como" o anjo" (Oséias
12:4).
Deus
apareceu a Moises em uma nuvem de glória e como fogo no Monte Sinai, falou cara
a cara com ele no Tabernáculo, e revelou a ele sua parte de trás (glória
parcial), mas não sua face (toda Sua glória) (Êxodo 24:12-18; 33:9-11;
33:18-23). Estas referências à face de Deus e a glória de Deus provavelmente
são metáforas da presença de Deus e poderia aplicar a muitos tipos diferentes
de manifestações.
Deus se
manifestou à vista de todo o Israel por trovão, raios, nuvem, e voz de
trombeta, fumaça, fogo, e terremotos (Êxodo 19:11-19; Deuteronômio 5:4-5,
22-27). Ele também mostrou a sua glória e enviou fogo de sua presença à
vista de todo o Israel (Leviticos 9:23-24; 10:1-2).
Jó viu
Deus em um vendaval (redemoinho) (Jó 38:1; 42:5).
Vários
profetas tiveram visões de Deus (Isaias 6; Ezequiel 1:26-28; 8:1-4; Daniel 7:2,
9; Amos 9:1). A Ezequiel Ele apareceu na forma de um homem, envolto em fogo.
Para Daniel Ele apareceu em uma visão noturna como o Ancião de Dias. Muitos
outros versos da Bíblia nos falam que Deus apareceu a alguém mas não descreve
de que maneira que Ele o fez. Por exemplo, Deus apareceu a Abraão, Isaque,
Jacó, e Samuel (Gênesis 12:7; 17:1; 26:2, 24; 35:9-15; I Samuel 3:21).
Semelhantemente, Deus desceu sobre o Monte Sinai e permaneceu com Moises,
revelou-se a setenta e quatro líderes de Israel, desceu em um pilar de nuvem e
se levantou em frente a Moises, Arão, e Miriã, encontrou-se com Balaão à noite,
e em mais duas outras ocasiões (Êxodo 34:5; 24:9-11; Numeros12:4-9; 23:3-10,
16-24).
Além dos
aparecimentos mencionados acima, a Bíblia registra outras manifestações que
muitos acreditam ser o próprio Deus. Em Josué 5:13-15, um homem que trazia uma
espada na mão, apareceu a Josué e se identificou como o" príncipe do
exército do SENHOR." Esse título e o fato de que ele não repreendeu
Josué por adora-lo (diferente de Apocalipse 19:9-10; 22:8-10) sugerem que esta
foi realmente uma manifestação de Deus. Por outro lado, o teor desta passagem abre a
possibilidade de que Josué não adorou o príncipe, mas a Deus por causa do
aparecimento do príncipe.
O Anjo do
SENHOR
Algum dos
numerosos aparecimentos do anjo do SENHOR" parecem ser teofanías. O anjo
do SENHOR apareceu a Hagar, falou como se fosse Deus, e foi chamado Deus por
ela (Gênesis 16:7-13). A Bíblia diz o anjo do SENHOR aparecido a Moises no
arbusto ardente, mais a seguir afirma que Deus falou com Moises naquela ocasião
(Êxodo 3; Atos 7:30-38). Êxodo 13:21 diz que o SENHOR ia adiante de Israel em
uma coluna de nuvem, enquanto Êxodo 14:19 diz que o anjo de Deus era a coluna
de nuvem. O anjo do SENHOR apareceu a Israel em Juízes 2:1-5 e falou como Deus.
Juízes 6:11-24 descrevem o aparecimento do anjo do SENHOR a Gideão e a seguir
diz que o SENHOR olhou para Gideão. Novamente, o anjo do SENHOR apareceu a
Manoá e à sua esposa, e eles acreditaram ter visto a Deus (Juizes 13:2-23).
Em outras
visitações do anjo do SENHOR não encontramos indícios de que fossem
manifestações do próprio Deus, mas freqüentemente as pessoas entendem que sim.
Exemplos disso são os aparecimentos a Abraão no Monte Moriá e a Balaão (Gênesis
22:11-18; Números 22:22-35). Às vezes o anjo do SENHOR não é claramente uma
manifestação de Deus, mas um anjo identificado como um outro ser separado
diferente do SENHOR Deus. Exemplos disso são os aparecimentos a Davi e a
Zacarias (II Samuel 24:16; I Crônicas 21:15-30; Zacarias 1:8-19).
(Veja Capítulo 7 EXPLICAÇÕES DO
ANTIGO TESTAMENTO para
discussão adicional.) O anjo do Senhor no Novo Testamento é aparentemente nada
além de um anjo, e com certeza não se trata de Jesus Cristo (Mateus 1:20; 2:13;
28:2; Atos 8:26).
Analisando
todos estes versos da Bíblia, dizem alguns que o anjo do SENHOR sempre é uma
manifestação direta de Deus. Porém, alguns dos exemplos mencionados acima não
apóiam de fato esta visão e dois deles contradizem isto. Outros dizem o anjo do
SENHOR é uma manifestação de Deus em alguns exemplos e não em outros. Esta
segunda visão parece ser consistente com a Bíblia.
Porém,
uma terceira visão é que o anjo do SENHOR nunca é o SENHOR, mas sempre
literalmente um anjo. Para apoiar esta última visão, dando ênfase que anjos são
porta-vozes, mensageiros, e agentes de Deus. Em outras palavras, esta visão
sustenta ser apropriado dizer" o SENHOR disse" ou" o SENHOR
fez" embora Ele dissesse ou fizesse pela intervenção de um anjo. De acordo
com esse ponto de vista, a descrição de um ato de Deus relatado como um
aparecimento angelical é um modo resumido de dizer que Deus agiu através do
anjo. Desde que os escritores bíblicos deixaram claro desde os princípios dos
relatos, que um anjo foi o agente direto, nenhuma ambigüidade ou discrepância
precisa existir. Sob esse raciocínio, as pessoas que reconheceram a visitação
de Deus ou estavam enganadas na sua crença que tinham visto o próprio Deus ou,
mais plausivelmente, reconheceram que Deus estava usando um anjo para falar com
eles e então se dirigiu a Deus pelo anjo. Não há outro modo para reconciliar
esta terceira visão com versos de Bíblia que identifica o anjo do SENHOR com o
próprio SENHOR: isto é, o anjo apareceu visivelmente, mas o SENHOR também
estava presente de maneira invisível. Assim sendo, as referências ao SENHOR
agindo ou falando podem significar literalmente o SENHOR e não o anjo.
Resumindo,
é evidente que o anjo do SENHOR no Velho Testamento não era sempre Deus mesmo.
Uma pessoa pode argumentar plausivelmente que o anjo do SENHOR nunca era uma
real teofanía, mas não pode combater seriamente que o anjo do SENHOR era sempre
uma teofanía. A explicação mais simples é que a expressão, O anjo do SENHOR,
às vezes se refere a uma teofanía de Deus, mas outras vezes denota nada além de
um simples anjo.
Um
estudioso trinitariano resume assim o ponto de vista predominante como segue:
"No
Velho Testamento o anjo do SENHOR poderia ser apenas um mensageiro de Deus (a
própria palavra em hebraico significa mensageiro), distinto do próprio
Deus (2 Sam. 24:16), ou ele poderia ser identificado com o próprio SENHOR que
fala na primeira pessoa. é típico das teofanías do Velho Testamento o fato de
Deus não poder ter sua forma delineada. Deus é livre para tornar sua presença
conhecida, mesmo quando os seres humanos precisam ser protegidos de sua
presença imediata". [4]
Melquesedeque
Muitos
consideram Melquesedeque como um teofanía (Gênesis 14:18). Hebreus 7:3 diz que
ele era sem pai, mãe, e sem genealogia. Isto poderia significar que ele era
Deus em forma humana, ou simplesmente poderia significar que a origem
genealógica dele não foi registrada. Hebreus 7:4 o chama de homem.
Indiferentemente ao fato de ser considerado um homem comum ou uma teofanía de
Deus em forma de homem, ele foi um tipo ou símbolo de Cristo (Hebreus 7:1-17).
O Quarto
Homem no Fogo
Uma
suposta teofanía é o quarto homem que apareceu no fogo quando foram lançados
Sadraque, Mesaque, e Abedenego na fornalha (Daniel 3:24-25). O rei pagão que
Nebucodonozor disse, Eu, porém vejo quatro homens soltos... e o aspecto do
quarto é semelhante a um Filho dos deuses" (Daniel 3:25). Algumas versões
dizem Ao Filho de Deus Porém, no idioma original (aramaico) não existe o
artigo definido antes da palavra Filho; quer dizer, não há o artigo o
antes de Filho nesta passagem. O NIV e ABA fazem esta frase como um filho dos
deuses.O rei estava usando terminologia pagã e não tinha nenhum conhecimento
da vinda do único Filho de Deus. Provavelmente o rei viu um anjo, porque ele
descreveu esta manifestação como um anjo (Daniel 3:28). Parece que a expressão
um filho dos deuses" pode se referir a seres angelicais (Jó 38:7). No
máximo, o que Nebucodonozor viu pode ter sido apenas uma temporária teofanía de
Deus. Certamente, esta não era uma visão do Filho de Deus descrita no Novo
Testamento, porque o Filho ainda não tinha nascido e a filiação não tinha ainda
começado. (Veja Capítulo 5 O FILHO DE DEUS.)
Há
Teofanías No Novo Testamento?
O Novo
Testamento não registra nenhuma teofanías de Deus em forma humana a não ser
Jesus Cristo. Claro que, Cristo era mais que uma teofanía; Ele não era só Deus
aparecendo-se na forma de um homem, mas Ele era Deus vestido com verdadeiro
corpo e natureza humana. O anjo do Senhor em Mateus 1:20, 2:13, 28:2 e Atos
8:26 parece ser apenas um anjo e nada mais; não há evidência em contrário. Está
claro nessas passagens que o anjo não é Jesus Cristo. Isto está de acordo com a
conclusão de que o anjo do SENHOR no Velho Testamento não era sempre o próprio
SENHOR. A único possível teofanía do Novo Testamento é a pomba no batismo de
Cristo. (Veja Capítulo 8 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO : OS EVANGELHOS para um estudo completo a respeito da pomba e a razão especial
para seu aparecimento).
Por que
essa falta de teofanías no Novo Testamento? A razão é que não há nenhuma
necessidade delas. Deus se revela completamente em Jesus Cristo. Jesus descreve
e revela completamente o Pai (João 1:18). Jesus é a imagem expressa do Deus
invisível, o brilho de sua glória, e a imagem expressa de sua pessoa
(Colossenses 1:15; Hebreu 1:3).
Conclusão
No Velho
Testamento Deus escolheu revelar aspectos de sua natureza ao homem,
através de várias teofanías. Na era do Novo Testamento, a revelação progressiva
de Deus através das teofanías; culminou e encontrou cumprimento perfeito
em Jesus Cristo. Isso nos leva aos Capítulo 3 OS NOMES E TÍTULOS
DE DEUS e Capítulo 4 - JESUS É DEUS e à grande verdade que Jesus e o
único Deus do Velho Testamento..
Capítulo 3. OS NOMES E TÍTULOS DE DEUS
"E não há salvação em nenhum outro: porque
debaixo de céu não existe nenhum outro nome dado entre os homens, por meio do
qual devemos ser salvos" (Atos 4:12).
Embora o
homem não possa compreender completamente a Deus, Deus empregou vários métodos
para se revelar à humanidade. Um destes métodos é o uso de diferentes nomes ou
títulos para identificar a si mesmo.
O
Significado de um Nome
A escolha
de um nome nos tempos da Bíblia, especialmente nos tempos do Velho Testamento,
era muito mais significativo do que costuma ser em nossos dias. As pessoas
usavam nomes freqüentemente para revelar algo sobre as suas características,
história, ou natureza de indivíduos, e Deus também agiu assim. Assim, Deus
mudou o nome de Abrão (significando pai exaltado) para Abraão (pai de uma
multidão), e o nome de Jacó (suplantador) para Israel (o que luta como Deus).
Até mesmo no Novo Testamento, Jesus mudou o nome de Simão (audição) para Pedro
(rocha). As citações da Bíblia Amplificada em nota de rodapé em I Reis
8:43 Faz uma citação de Davis no Dicionário Bíblico, do Comentário de Ellicott
sobre a Bíblia, e do Novo Dicionário Bíblico para destacar o significado do
nome de Deus. Saber o nome de Deus é testemunhar a manifestação desses
atributos e temer aquele caráter que o nome denota. O nome de Deus, quer dizer,
a sua própria revelação. O nome significa a presença ativa da pessoa na
perfeição do caráter revelado.Os professores Flanders e Cresson da
Universidade de Baylor afirmam: para os antigos, o nome é à parte da pessoa, é
uma extensão da personalidade do indivíduo." [5]
Deus usou
alguns nomes como meios aos poucos, se auto-revelar. Por exemplo, em Êxodo Deus
disse: 6:3 Eu me apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, pelo nome de Deus
Todo-poderoso, mas pelo meu nome JEOVÁ eu não lhes fui conhecido.Versos 4 a 8
tornam claro que o significado do nome Senhor ou Jeová para Israel estava
associado com redenção e salvação. Nós sabemos que Abraão realmente usou o nome
Jeová (Gênese 22:14); porém, Deus não fez conhecido a ele o significado
completo deste nome em seu aspecto redentor. Assim, em Êxodo 6:3 Deus prometeu
se revelar a Si próprio ao seu povo de uma nova maneira. Quer dizer, Ele
começou a associar o seu nome com uma compreensão nova do seu caráter e
presença.
Além de
usar nomes para manifestar seu caráter, Deus usou seu nome para manifestar sua
presença. Por ocasião da dedicação do Templo, Salomão reconheceu que Deus era
onipresente e que nenhum templo O federia conter (I Reis 8:27). Como Deus
preenche o universo, Salomão perguntou como o Templo, uma estrutura artificial
erguida pelo homem, poderia conter Deus. Então ele respondeu à sua própria
pergunta lembrando Deus de sua promessa: O meu nome estará ali"
(I Reis 8:29). Embora a onipresença de Deus não pudesse ser limitada ao
Templo, contudo a plenitude de Seu caráter representado por seu nome poderia
habitar ali.
Salomão
continuou orando: "afim de que todos as pessoas da terra possam saber o
seu nome" (I Reis 8:43). Mais uma vez, isto une o nome de Deus com a
revelação de seu caráter. O próprio Deus usou o conceito de seu nome para
representar a revelação de sua natureza e poder. Ele disse ao Faraó: Mas
deveras para isso te hei mantido, a fim de mostrar-te o meu poder; e para que
seja o meu nome anunciado em toda a terra" (Êxodo 9:16).
O nome de
Deus representa Sua autoridade também como o seu poder. Por exemplo, Ele
revestiu com a autoridade de seu nome o anjo que conduziu os Israelitas (Êxodo
23:21). Esse anjo provavelmente era uma teofanía de Deus uma vez que a passagem
expressa a idéia de que o anjo agiu com toda a autoridade do próprio Deus.
O nome de
Deus representa o seguinte: (1) A presença de Deus, (2) A revelação
de Seu caráter, (3) Seu poder e (4) Sua autoridade.
Aqui
estão outros pontos que demonstram a importância dada por Deus ao Seu próprio
nome:
1. Deus
exige temor (reverência, respeito) a Seu nome (Deuteronômio 28:58-59). Ele
ordena que o homem não tome Seu nome em vão (Êxodo 20:7).
2. Deus
adverte Seu povo a não se esquecer do seu nome (Salmo 44:20-21; Jeremias
23:25-27).
3. Deus
promete uma bênção a todo aquele que conhecer o Seu nome (Salmo 91:14-16). Há
uma bênção também para aqueles que se lembram do Seu nome (Malaquias 3:16).
Tendo em
mente o seu significado, vamos examinar alguns nomes usados para Deus no Velho
Testamento.
Nomes ou
Títulos de Deus No Velho Testamento
Abaixo
temos uma lista das palavras primeiro usadas para designar Deus no Antigo
Testamento. [6]
Lista 2: Nomes Para Deus No
Antigo Testamento |
|||
|
Português |
Hebraico
|
Exemplos
nas Escrituras |
1 |
Deus |
Elohim |
Gênesis
1:1 |
2 |
Deus |
El |
Gênesis
14:18 |
3 |
Deus |
Eloah |
Neemias
9:17 |
4 |
Deus |
Elah
(forma aramaica) |
Daniel 2:18 |
5 |
DEUS |
YHWH (Yahweh) |
Gênesis
15:2 |
6 |
SENHOR |
YHWH ou
YH |
Gênesis
2:4 |
7 |
JEOVÁ |
YHWH |
Êxodo 6:3 |
8 |
JAH |
YH (Yah) |
Salmo
68:4 |
9 |
Deus |
Adon |
Joshua
3:11 |
10 |
Deus |
Adonai |
Gênesis
15:2 |
11 |
EU SOU
QUE EU SOU |
Asher
de Eheyeh Eheyeh |
Êxodo
3:14 |
12 |
EU SOU |
Eheyeh |
Êxodo
3:14 |
13 |
Deus
Altíssimo |
El-Elyon |
Gênesis 14:18 |
14 |
O Deus
de visão |
El-Roiy |
Gênesis 16:13 |
15 |
Deus
todo-poderoso |
El-Shaddai
|
Gênesis
17:1 |
16 |
Deus
perpétuo |
El-Olam
|
Gênesis
21:33 |
El
significa força, poder, todo poder, ou, por extensão, divindade. Eloah é
provavelmente um derivado de el, e se refere sempre à Divindade. Elah é a forma
aramaica (Caldéia) de Eloah. Elohim é a forma plural de Eloah, e o Antigo
Testamento usa essa palavra mais do que qualquer outra, para significar Deus.
Neste caso, o plural no hebraico, nesse caso, é uma forma intensiva de denotar
a grandeza, majestade, e os atributos múltiplos de Deus. (Veja Capítulo 7 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO.) A
Bíblia usa também a palavra elohim para se referir a falsos deuses
(Juizes 8:33), seres espirituais (I Samuel 28:13), e a governadores e juízes
(Salmo 82). Nestes casos é traduzido deus ou deuses. Adon significa governador,
dono, ou senhor tanto humano, como angelical, ou divino. Adonai é a forma
enfática de Adon, e especificamente se refere ao Senhor (Deus).
Yahweh
(Jeová) é o nome redentor de Deus no Antigo Testamento (Êxodo 6:3-8), e o nome
sem igual pelo qual o único Deus verdadeiro se distinguiu no Antigo Testamento
de todos os outros deuses (Isaias 42:8). Significa "Aquele que é por si
mesmo, ou o Eterno.Esse conceito também aparece nas expressões "EU SOU O
QUE SOU" e "Eu SOU", usadas por Deus a Seu próprio respeito.
Flandres e Cresson explicam que Yahweh é a forma da terceira pessoa do verbo
"ser" em Hebraico. [7] Yahweh quer dizer "Ele
é." Quando usado por Deus, a forma verbal está na primeira pessoa,
ou "Eu Sou." Em outras palavras, Yahweh e "Eu Sou" são
formas diferentes do mesmo verbo. Além disso, ambas indicam uma existência
ativa (possivelmente causadora ou criativa) muito mais que apenas uma existência
passiva.
No
inglês, Jah aparece uma vez na versão KJV como uma abreviação de Jeová (Salmos
68:4). Jeová aparece apenas quatro vezes na versão KJV (Êxodo 6:3; Salmos
83:18; Isaias 12:2; Isaias 26:4) e apenas três vezes como parte de um nome
composto (Gêneses 22:14; Êxodo 17:15; Juízes 6:24). Em todos os outros lugares,
os tradutores da versão King James usam DEUS ou SENHOR (com maiúsculas) para
representar YHWH ou sua abreviação YH. Na maioria das vezes eles usam SENHOR
(exemplo: Gêneses 2:4), usando DEUS apenas quando Adonai (Senhor)
também apareceu na mesma frase (exemplo: Gêneses 15:2).
Usando
SENHOR para substituir YHWH, eles estavam apenas seguindo uma tradição judaica
antiga de substituir Adonai por YHWH simplesmente quando estavam copiando ou
lendo as Escrituras. Este costume surgiu porque os judeus quiseram salvaguardar
de levar o nome de Deus em vão, o que violaria o Terceiro Mandamento (Êxodo
20:7). Eles pensavam que pela repetição constantemente do nome sagrado de Deus,
poderiam começar a tratá-lo casualmente demais ou mesmo levianamente. O nome de
Deus era tão santo e sagrado que eles não deveriam usá-lo.
Jesus e
os apóstolos também seguiram este costume. O Novo Testamento usa a palavra
grega kurios, significando Senhor, ao citar passagens do Antigo Testamento que
usam YHWH (Mateus 3:3; 4:7, etc.).
Como os
antigos Hebreus não costumavam usar vogais escritas e desde que os judeus
deixavam de pronunciar o nome sagrado, ninguém sabe qual era a pronúncia
original de YHWH. Tudo que temos são as quatro letras hebraicas (chamadas
tetragrama), que normalmente são traduzidas literalmente por YHWH ou JHVH e
pronunciadas com Yahweh (Hebraico) ou Jeová (português). Vamos usar Jeová pelo
resto do livro como é tradicionalmente usado em português e na versão KJV.
Nomes
compostos de Jeová
Além
das designações já citadas para Deus, o Antigo Testamento usa
vários nomes compostos de Jeová para descrever Deus e mais completamente
revelá-lo. Eles são listados no quadro abaixo.[8] Os números 1, 3, e 5
aparecem como tal na maioria das versões inglesas; o resto aparece no
Hebraico mas são traduzidos para o inglês. Além disso, o Novo Testamento usa
ainda por duas vezes o Senhor Sabaoth" (o Senhor dos Exércitos) (Romanos
9:29; Tiago 5:4).
Lista
3:
Nomes Compostos de Jeová |
|||
|
Nome |
Passágem |
Significado |
1 |
Jeová-jireh |
Gêneses 22:14 |
O
SENHOR verá (i.e. proverá). |
2 |
Jeová-rapha |
Êxodo 15:26 |
O
SENHOR que cura, sara. |
3 |
Jeová-nissi
|
Êxodo
17:15 |
O
SENHOR nossa bandeira (i.e., vitória). |
4 |
Jeová-m'kaddesh |
Êxodo 31:13 |
O SENHOR que santifica |
5 |
Jeová-shalom |
Juízes 6:24 |
O SENHOR nossa paz |
6 |
Jeová-sabaoth |
I Samuel 1:3 |
O
SENHOR dos Exércitos (Todo-Poderoso) |
7 |
Jeová-elyon
|
Salmos
7:17 |
O
SENHOR Altíssimo |
8 |
Jeová-raah
|
Salmo
23:1 |
O
SENHOR meu pastor |
9 |
Jeová-hoseenu
|
Salmo
95:6 |
O
SENHOR que nos criou |
10 |
Jeová-tsidkenu |
Jeremiah 23:6 |
O SENHOR Nossa Justiça |
11 |
Jeová-shammah |
Ezekiel 48:35 |
O
SENHOR está presente (Ali) |
A
Revelação Progressiva Do Nome
Ficamos
sabendo que, no Velho Testamento Deus revelou mais sobre Ele mesmo à medida que
as necessidades surgiam na vida do homem, e Ele usou nomes para expressar esta
auto-revelação. Quando Abraão precisou de um cordeiro para o sacrificio, Deus
se revelou como Jeová-jireh, o SENHOR que provê. Quando Israel precisou de
libertação, Deus revelou que o Seu nome Jeová tinha um significado
anteriormente desconhecido com respeito a libertação e salvação (Êxodo 6:3-8).
Quando Israel precisou de proteção para as doença, Deus se revelou como
Jeová-rapha, o SENHOR que cura. Quando Israel precisou vencer seus
inimigos, Deus se revelou como Jeová-nissi, o SENHOR nossa bandeira, i.e.,
vitória. Assim, os nomes e títulos descritos acima, revelam todos
aspectos importantes sobre a natureza de Deus.
Porém,
nenhum deles é uma revelação completa da natureza de Deus. Muitas pessoas no
Velho Testamento perceberam isto; eles desejaram saber mais a respeito de Deus
e expressaram seu desejo pedindo para conhecer seu nome. Quando Jacó lutou com
o homem em Peniel (uma manifestação de Deus), ele perguntou: Dize-me,
rogo-te, como te chamas. Deus não lhe revelou Seu nome, mas o abençoou (Gênese
32:29). Manoá, o pai de Sansão, perguntou para o anjo do SENHOR qual era seu
nome e recebeu a seguinte resposta": Por que perguntas assim pelo meu
nome, visto que é maravilhoso?" (Juizes 13:18). O profeta Agur perguntou a
respeito de Deus," qual é o seu nome, e qual é o nome de seu filho,
se é que o sabes?" (Provérbios 30:4), Ele estava olhando para o futuro,
tentando saber com que nome Deus se revelaria quando Ele apareceria como o
Filho. Zecarias profetizou que a hora virá quando o SENHOR será o rei sobre
toda a terra, e que aquele dia um será o SENHOR, e um só será o seu nome
(Zecarias 14:9).
O Nome
Jesus
Quando
vier a plenitude dos tempos, Deus satisfará os desejos do seu povo e
revelará a Si próprio em todo Seu poder e gloria pelo nome de Jesus. Jesus é o
equivalente grego para o nome hebraico Jehoshua (Números 13:16), Jeshua (Esdras
2:2), ou Joshua (Êxodo 17:9). Atos 7:45 e Hebreus 4:8 mostra que Jesus é o
mesmo nome que Joshua. (Veja NIV.).
Jesus
quer dizer Jeová-salvador, Jeová nossa Salvação, ou Jeová é Salvação. [9] Por isso o anjo disse:
"Ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS: porque ele salvará
o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1:21). A identificação do
nome Jesus com salvação fica particularmente evidente porque a palavra
grega para Jeshua é praticamente idêntico à hebraica para salvação,
especialmente porque o hebraico antigo não usava vogais escritas. Na realidade,
a Concordância Exaustiva Forte traduz Jeshua como Yeshuwa e a palavra hebraica
para salvação como Yeshuwah. Embora outros agüentaram nome de Jehoshua, Joshua,
ou Jesus, o Senhor Jesus Cristo é o único que de fato viveu de acordo com esse
nome. Ele é o único que é de fato o que o nome descreve.
Jesus é a
culminância de todos os nomes de Deus no Velho Testamento. Ele é o nome mais alto,
o mais exaltado jamais revelado à humanidade. (Veja Capítulo 4 - JESUS É DEUS para a prova de que Jesus
preenche todos os onze nomes compostos de Jeová antes citados.) O nome de Jesus
é o nome de Deus que Ele prometeu revelar quando Ele disse: "Por isso o
meu povo saberá o meu nome" (Isaias 52:6). é o único nome de Zecarias 14:9
que encerra e inclui todos os outros nomes de Deus dentro de seu significado. A
igreja do Novo Testamento é identificada pelo nome de Jesus. Na realidade Jesus
disse que nós seríamos odiados entre todos os homens por causa do seu nome
(Mateus 10:22). A Igreja Primitiva foi perseguida por causa do nome de Jesus
(Atos 5:28; 9:21; 15:26), e eles consideraram isto um privilégio a ser contado
merecedor para sofrer pelo seu nome (Atos 5:41). Pedro declarou que o homem
manco (coxo) junto à porta do templo chamada Formosa foi curado pelo nome de
Jesus Cristo de Nazaré" (Atos 4:10). Ele explicou a supremacia e
necessidade deste nome para que recebamos a salvação ": E não há salvação
em nenhum outro; porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome dado entre
homens, por meio de quem nós devemos ser salvados" (Atos 4:12). O Apóstolo
Paulo escreveu: Portanto Deus o exaltou altamente, e lhe deu um nome que está
sobre todo nome: para que ao nome de Jesus se curve todo joelho, nos céus, na
terra, e debaixo da terra" (Filipenses 2:9-10).
Por causa
da posição exaltada deste nome, nós somos exortados confiar no nome de Jesus em
tudo que fazemos ou dizemos : E tudo o que fizerdes seja em palavra ou ação,
fazei-o no nome do Senhor Jesus" (Colossenses 3:17). Nós ensinamos e
oramos no nome de Jesus (Atos 4:17-18; 5:28). Nós expulsamos demônios, falamos
em línguas, recebemos proteção e poder sobrenatural, e oramos pelos
enfermos - tudo no nome de Jesus (Marcos 16:17-18; Tiago 5:14). Sinais e
maravilhas são operados pelo nome de Jesus (Atos 4:30). Oramos e fazemos
pedidos a Deus no nome de Jesus (João 14:13-14; 16:23). Nós nos reunimos no
nome de Jesus (Mateus 18:20). Nós batizamos no nome de Jesus (Atos 2:38).
Isto
significa que o nome de Jesus um tipo de fórmula mágica? Não. Para que o nome
de Jesus seja eficiente nós temos que ter fé em Seu nome (Atos 3:16). Precisamos
ter fé e conhecer aquele que é o único representado por esse nome (Atos
19:13-17). O nome de Jesus é sem igual porque como nenhum outro ele representa
a presença de seu dono. Representa a presença o poder e a obra de Deus. Quando
falamos o nome de Jesus com fé, o próprio Jesus se torna realmente presente e
começa a trabalhar. O poder não vem do modo como o nome soa, mas vem porque a
expressão vocal do nome em fé demonstra obediência à Palavra de Deus e fé na
obra de Jesus. Quando chamamos Seu nome com fé, Jesus manifesta Sua presença,
opera Sua obra, e satisfaz à nossa necessidade.
Pelo nome
Jesus, então, Deus se revela completamente. Vemos, conhecemos, honramos,
cremos, e recebemos Jesus, na mesma medida em que vemos, conhecemos, honramos,
cremos, e recebemos Deus o Pai (João 5:23; 8:19; 12:44-45; 13:20; 14:7-9). Se
nós negarmos Jesus, nós negamos o Pai (I João 2:23), mas se usamos o nome
de Jesus glorificamos o Pai (Colossenses 3:17).
A Bíblia
profetizou que o Messias declararia o nome do SENHOR (Salmo 22:22; veja Hebreu
2:12). Jesus afirmou que Ele tinha manifestado e tinha declarado o nome do Pai
(João 17:6, 26). Na realidade, Ele herdou o nome do Pai (Hebreus 1:4). Como
Jesus manifestou e declarou o nome do Pai? Ele o fez revelando o significado do
nome pelas obras que Ele fez, as quais eram obras de Jeová (João 14:10-11). Da
mesma maneira que Deus no Velho Testamento revelou mais progressivamente sobre
a natureza dele e o seu nome respondendo às necessidades de seu povo, assim
Jesus no Novo Testamento revelou mais a respeito da natureza e nome de
Deus completamente por milagres, curas, expulsando demônios, e perdoando
pecados. Jesus declarou o nome do Pai através de suas obras; por elas provou
que Ele realmente era o Pai, o Jeová do Velho Testamento. (Veja Isaias 35:4-6
com Lucas 7: 19-22.) Demonstrando o poder de Deus conforme as profecias, Ele
provou que Jesus era o nome do Pai.
Por que o
nome de Jesus é a revelação completa de Deus? Simplesmente porque Jesus é Jeová
e em Jesus habita corporalmente toda plenitude da Divindade, inclusive o papel
do Pai (Colossenses 2:9). Ainda estudaremos esta grande verdade no Chapter 4 - JESUS IS DEUS.
Capítulo
4. JESUS É DEUS
"Porquanto
nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade" (Colossenses
2:9).
O fato
que Jesus é Deus está tão firmemente estabelecido nas Escrituras quanto o fato
de que Deus é único. A Bíblia ensina que Jesus é totalmente Deus e Totalmente
Homem; neste capítulo estudarmos a primeira afirmativa e a seguinte,
estudaremos posteriormente no Capítulo 5 O FILHO DE
DEUS.
Nas
próximas seções vamos apresentar e discute as provas bíblicas que Jesus é
Deus, numerando-as para a conveniência do leitor.
O Velho
Testamento Testifica Que Jesus É Deus
1. Isaias
9:6 é um das provas mais poderosas de que Jesus é Deus": Porque um menino
nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros e o seu
nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, O Pai da Eternidade O Príncipe
da Paz." Os termos menino e filho se referem à Encarnação ou manifestação
do "Deus Todo-poderoso" e" do Pai eterno."
2. Isaias
profetizou que o Messias seria chamado Emanuel, isso é, Deus conosco (Isaias
7:14 Mateus 1:22-23).
3. Isaias
descreveu o Messias como rebento do trono de Jessé (o pai de Davi) e como
renovo das raízes de Jessé (Isaias 11:1, 10; veja também Apocalipse 22:16). De
acordo com a carne Ele era um descendente (rebento do tronco) de Jessé e Davi,
mas de acordo com o Seu Espírito Ele era Seu Criador e fonte de vida (raiz).
Jesus usou este conceito para confundir os Fariseus quando Ele citou Salmo
110:1 e perguntou, em essência, Se Davi, pois lhe chama Senhor, como é ele seu
filho (o descendente) de Davi?" (Mateus 22:41-46).
4. Isaias
35:4-6 mostra que Jesus é Deus: Veja, seu Deus. Ele virá e vos salvará. Nessa
passagem encontramos que quando Deus vier, os olhos dos cegos se abrirão, os
ouvidos do surdo serão desimpedidos, os mancos saltarão, e as línguas dos mudos
falarão. Jesus aplicou essa passagem das Escrituras a Si próprio (Lucas 7:22)
e, claro que, em Seu ministério todas essas coisas aconteceram.
5. Isaias
40:3 declara que alguém clamaria no deserto: Preparai o caminho do SENHOR;
endireitai no ermo vereda a nosso Deus." João Batista cumpriu esta
profecia quando ele preparou o caminho para Jesus (Mateus 3:3); Jesus portanto
é o SENHOR (Jeová) e nosso Deus.
6.
Miquéias 5:2 prova que o Messias é Deus. "Mas tu, Belém Efrata... de ti me
sairá o que de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos,
desde os dias da eternidade.
Assim o
Velho Testamento afirma claramente que o Messias e Salvador que estava para vir
seria o próprio Deus.
O Novo
Testamento Proclama Que Jesus é Deus
1. De
acordo com Atos 20:28, a igreja foi comprada com o próprio sangue de Deus, isto
é o sangue de Jesus.
2. Tomé
confessou que Jesus era Senhor e Deus (João 20:28).
3. Paulo
descreveu Jesus como" nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo"
(Tito 2:13; a NIV diz:" nosso grande Deus e Salvador, Jesus
Cristo").
4. Pedro
O descreveu como nosso Deus e Salvador Jesus Cristo" (II Pedro 1:1;
as versões NIV e TAB ambos registram," nosso Deus e Salvador o Jesus
Cristo").
5. Nossos
corpos são templos de Deus (I Corintios 3:16-17), contudo nós sabemos que
Cristo mora em nossos corações (Efésios 3:17).
6. A
carta aos Colossenses, enfatiza a divindade de Cristo fortemente. "Porquanto
nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade" (Colossenses 2:9;
veja também 1:19). De acordo com estes versos da Bíblia, Jesus não é só uma
parte de Deus, mas a totalidade de Deus reside nele. Se houvesse várias pessoas
na Divindade, de acordo com Colossenses 2:9 todas eles habitariam na forma
corpórea de Jesus. Nós nos aperfeiçoamos nele (Colossenses 2:10). O que quer
que seja que precisamos de Deus podemos achar em Jesus Cristo sozinho. (Para um
estudo mais completo de Colossenses 2:9 e outras provas da divindade de
Cristo em Colossenses, veja Capítulo 9 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO : DE ATOS AO APOCALIPSE.)
Concluímos
que o Novo Testamento testifica a completa Divindade de Jesus Cristo.
Deus Se
Manifestou Na Carne Como Jesus
A
afirmação de que Jesus é Deus implica necessariamente em que Deus assumiu a
carne humana. Isso é na realidade o que a Bíblia diz.
1.
"Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado em Espírito, visto
por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido em cima na
glória" (I Timóteo 3:16; veja o verso 15 para confirmação adicional
de que Deus é o assunto do verso 16). Deus foi manifestado (feito visível) na
carne; Deus foi justificado (manifestado justo) no Espírito; Deus foi visto por
anjos; Deus foi crido no mundo; e Deus foi recebido em cima na glória. Como e
quando tudo isto aconteceu? Em Jesus Cristo.
2.
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e O Verbo era Deus.
E o Verbo foi feito carne.(João 1:1, 14). Literalmente, o Verbo (Deus) foi
obrigado ou habitou como em tenda na carne. Quando Deus se abrigou ou se vestiu
de carne? Em Jesus Cristo. Ambos os versos da Bíblia provam que Jesus é
Deus - que Ele é Deus manifestado (revelado, feito conhecido, tornado
evidente, exibido, mostrado) em carne.
Deus é
Espírito sem carne e sangue e invisível ao homem. Para se tornar visível ao
homem e para derramar sangue inocente pelos nossos pecados, Ele tinha que se
tornar carne. (Para saber mais sobre os propósitos do Filho, veja Capítulo 5 O FILHO DE DEUS.) Jesus não é um outro Deus ou uma
parte de Deus, mas Ele é o Deus do Velho Testamento encarnado. Ele é o Pai; Ele
é Jeová que veio em carne para servir de ponte no abismo existente entre o
homem e Deus e criado pelo pecado do homem. Ele vestiu carne como um homem
veste um manto.
Muitos
versos da Bíblia declaram que Jesus Cristo é o Deus do Velho Testamento
revestido de carne com a finalidade de auto-revelação e reconciliação.
3.
"A saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo
(II Corintios 5:19).
4.
"Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito que está no seio do Pai é
quem o tem revelado [falado, revelou] (João 1:18).
5.
"Deus que há vários tempos falou muitas vezes e de muitas maneiras aos
pais pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho. O brilho de sua
glória, e uma imagem expressa de sua pessoa". (Hebreus 1:1-3).
6. Jesus
é a imagem do Deus invisível" (Colossenses 1:15; II Corintios 4:4).
7. Ele é
Deus ocultou em carne (Hebreus 10:20). Como profetizou Abraão, provavelmente
sem entender o significado completo de suas próprias palavras, Deus proverá um
cordeiro pa Si meu filho" (Gênesis 22:8). Deus realmente providenciou um
corpo para Si mesmo : Sacrifício e oferta não quiseste, antes corpo tu
me" preparou (Hebreus 10:5).
8. Jesus
foi o construtor da casa (Deus o Pai e Criador) e também um filho com maior
honra que a própria casa que estabeleceu (Hebreus 3:3-6).
9. Ele
veio para sua própria criação e para seu próprio povo escolhido, mas eles não O
reconheceram nem O receberam (João 1:10-11).
O Verbo
João
capítulo 1 ensina de modo maravilhoso o conceito de Deus manifesto em carne. No
princípio era o Verbo (em grego, Logos). O Verbo não era uma pessoa separada ou
um deus à parte, assim como a palavra de um homem não é uma pessoa separada
dele. O Verbo era antes, o pensamento ou um plano, na mente de Deus. A Palavra
estava no princípio de fato com Deus era o próprio Deus (João 1:1). A
Encarnação existiu na mente de Deus antes do mundo existir. Na verdade, na
mente de Deus o Cordeiro foi morto antes da fundação do mundo (I Pedro
1:19-20; Apocalipse 13:8).
No grego,
logos pode significar a expressão ou o plano tal como existe na mente do
proclamador - como uma peça na cabeça de um autor - ou pode
significar o pensamento como proferido ou caso contrário fisicamente
expresso - como uma peça encenada em um palco. João 1 diz que o Verbo
existia na mente de Deus desde o começo dos tempos. Quando chegou a hora, Deus
pôs Seu plano em ação. Ele pôs carne naquele plano na forma do homem Jesus Cristo.
O Logos é Deus expresso. Como diz John Miller, o Logos é Deus anunciando a Si
mesmo". [10] De fato, a versão TAB traduz
a última frase de João 1:1 como: "O Verbo era o próprio Deus."
Flandres e Cresson afirmam," O Verbo era a intenção de Deus de Se
auto-revelar". [11] Esse pensamento é destacado
posteriormente pelo versículo 14, que diz que o Verbo encarnado tinha a glória
como do unigênito do Pai, e pelo versículo 18, que afirma que o Filho revelou o
Pai.
Na
filosofia grega, o Logos passou a significar razão ou sabedoria como o
princípio controlador do universo. Nos dias de João, alguns filósofos gregos e
teólogos judeus influenciados pelos pensamentos grego (especialmente o pensador
judeu, Philo de Alexandria) considerou no Logos como uma divindade inferior ou
secundária, ou o aceitavam como uma emanação de Deus no tempo. [12] Algumas heresias cristãs,
inclusive uma forma emergente de Gnosticismo, já estavam incorporando essas
teorias em suas doutrinas, e portanto relegando Jesus então a um papel
inferior. João usou deliberadamente a terminologia própria desses pensadores
para refutar estas doutrinas e declarar a verdade. O Verbo não era inferior a
Deus; Ele era Deus (João 1:1). O Verbo não emanou durante um certo tempo de
Deus; estava no princípio com Deus (João 1:1-2). Jesus Cristo, o Filho de Deus,
não era outro senão o Verbo, ou Deus, revelado na carne. Também note que a
palavra grego pros, traduzida como " com" no verso 1, é a
mesma palavra traduzida como " pertencendo a" em Hebreus 2:17 e 5:1.
João 1:1 poderia incluir em seus significados, então, o seguinte": O Verbo
se referia a Deus e a Palavra era Deus," ou," O Verbo pertencia a
Deus e era Deus."
Jesus Era
Deus Desde O Princípio De Sua Vida Humana
Deus foi
manifestado na carne através de Jesus Cristo, mas a que ponto de sua vida Deus
realmente habitou o Filho? A Bíblia declara inequivocamente que a plenitude de
Deus estava em Jesus desde o momento que sua vida humana começou.
1. Mateus
1:23 diz, Veja, uma virgem conceberá, e dará a luz um filho, e ele será
chamado pelo nome dele Emanuel que quer dizer, Deus conosco". Ele era
Deus conosco" desde o Seu nascimento.
2. Os
anjos O adoraram em seu nascimento (Hebreus 1:6), Simeão reconheceu a criança
como sendo o Cristo (Lucas 2:26), Ana viu o bebê como sendo o redentor de
Israel (Lucas 2:38), e os magos adoraram a criança (Mateus 2:11).
3.
Miquéias 5:2 atribuía divindade ao Messias em seu nascimento em Belém, não
depois de sua vida em Nazaré ou Seu batismo no Jordão.
4. Lucas
1:35 explica porque Jesus era Deus desde o princípio de sua vida humana. O anjo
disse a Maria: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te
envolverá com a sua sombra; por isso também o ente santo que há de nascer, será
chamada Filho de Deus. Jesus nasceu de uma virgem, sua concepção sendo
efetuado pelo Espírito Santo. Por causa disto (então"), Ele era o Filho
de Deus. Em outras palavras, Jesus é o Filho de Deus porque Deus, e não um
homem, foi responsável por sua concepção. Deus era literalmente seu Pai.
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito".
(João 3:16). Gerar significa procriar, ser o genitor, ou produzir. Jesus foi
gerado por Deus no útero da virgem a Maria.
Isaias
7:14 também liga a concepção da virgem com o reconhecimento que o Filho assim
nascido seria Deus. Em outras palavras, no momento da concepção, Deus colocou
sua natureza divina na semente da mulher. A criança que nasceria recebeu de
Deus naquele momento sua vida e o lado paterno de sua natureza. Do lado da mãe
recebeu a natureza humana de Maria; do lado do pai (Deus, não José) recebeu a
natureza de Deus. Jesus obteve a natureza divina pelo processo de concepção;
Ele não se tornou divino por algum ato posterior de Deus. Seu nascimento de uma
virgem, Jesus estabelece sua divindade.
Alguns
acreditam que Jesus recebeu a plenitude de Deus em algum momento posterior na
vida dele, como, por exemplo, pela ocasião do seu batismo. Porém, levando em
conta o nascimento de uma virgem e Lucas 1:35 isso não pode ser assim. Jesus
recebeu Sua natureza de divindade como também a natureza de humanidade no
momento de Sua concepção. A descida do Espírito Santo como uma pomba no batismo
de Jesus não era um batismo do Espírito Santo; Jesus já trazia dentro de Si
toda plenitude de Deus (Colossenses 2:9). Antes, Seu batismo, entre outras
coisas, aconteceu como uma unção simbólica para o início de seu ministério
terrestre e como uma confirmação para João Batista de Sua divindade (João
1:32-34). (Para saber mais sobre o batismo de Jesus, veja Capítulo 8 EXPLICAÇÕES DO
NOVO TESTAMENTO: OS EVANGELHOS.)
O
Mistério da Piedade
O fato de
Deus ter se tornado carne que é uma das coisas mais maravilhosas e
incompreensíveis sobre Deus. "E sem controvérsia grande é o mistério de
piedade: Deus foi manifestado na carne
(II Timóteo 3:16). Jesus é
diferente de qualquer outro homem que já existiu, ou que jamais existirá. Ele
tem duas naturezas; Ele é completamente Deus e completamente homem. (Veja
Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS.) A maior parte dos problemas na
mente das pessoas relativos à Divindade, vem deste grande mistério. Eles não
conseguem entender a dualidade da natureza de Cristo e não podem separar
corretamente esses dois papéis. Eles não podem compreender como Deus
poderia assumir a forma de um bebê e habitar entre os homens.
É verdade
que nós não podemos compreender completamente o milagre da concepção - a união
de Deus e o homem - no útero de Maria, mas podemos aceitá-lo pela fé. Na
realidade, se nós não acreditamos que Jesus veio em carne, temos um espírito de
anticristo (II João 7), mas se aceitamos realmente essa doutrina de
Cristo, teremos o Pai e o Filho (II João 9). Ambos, o Pai e Filho são
revelados em Cristo (João 10:30; 14:6-11).
O
mistério de Deus em carne foi uma grande pedra de tropeçando para os judeus. Eles
nunca poderiam entender como Jesus, sendo um homem, poderia também ser Deus
(João 10:33). Porque Ele afirmava ser Deus, eles O rejeitaram e buscaram
matá-lo (João 5:18; 10:33).
Mesmo
hoje, muitos judeus não aceitam a Jesus por esse motivo. Em uma conversa, um
rabino judeu Ortodoxo nos falou que nunca poderia aceitar a Jesus como Deus. [13] Ele sentia que sendo
Deus um Espírito onipresente, invisível Ele nunca poderia ser visto
pelo homem e não podia se tornar visível em carne. O raciocínio dele nos fez
lembrar dos judeus nos dias de Jesus. Como este rabino muitos tentaram limitar
Deus por suas próprias idéias preconceituosas de como Deus poderia, ou não
agir. Além disso, eles não tiveram um conhecimento completo das Escrituras do
Velho Testamento que proclamam a divindade do Messias.
Embora
seja humanamente difícil entender como Deus infinito poderia habitar na carne,
ainda assim, é isso que as Escrituras afirmam. Fizemos o rabino se lembrar de
como Deus apareceu a Abraão na forma de homem em Gênese 18. Ele
admitiu que era um problema pessoal para ele, mas tentou explicar isso em
termos de um antropomorfismo ou linguagem figurativa. Então nos referimos
a outros versos da Bíblia como Isaias 7:14, 9:6, Jeremias 23:6, e Miquéias 5:2
para mostrar que o Messias seria Jeová Deus. O rabino não teve nenhuma resposta
a não ser dizer que nossas traduções destes versos da Bíblia estavam
possivelmente incorretas. Ele prometeu estudá-las melhor.
Jamais
houve um mistério quanto às "pessoas" na Divindade. A Bíblia
claramente afirma que há apenas um Deus, e isso pode ser facilmente entendido
por todos. O único mistério a respeito da Divindade é como Deus pôde vir em
carne, como Jesus pôde nascer tanto Deus quanto homem. Mas a verdade deste
mistério tem sido revelada àqueles que crerem. O mistério de Jesus Cristo foi
mantido em segredo desde que o mundo foi fundado, mas foi revelado na era do
Novo Testamento (Romanos 16:25-26; Colossenses 1:25-27). UM mistério no
Testamento Novo é simplesmente um plano de Deus que não foi compreendido no
Velho Testamento mas que foi feito conhecido a nós. "Nós podemos
entender
o mistério de Cristo que em outras gerações não foi feito conhecido
aos filhos dos homens, como agora foi revelado aos seus santos apóstolos e
profetas pelo Espírito" (Efésios 3:4-5).
Podemos
conhecer o mistério de Deus e do Pai que é Cristo (Colossenses 2:2; também veja
as versões NIV e TAB). Na realidade, Paulo explicou este mistério dizendo que
em Jesus Cristo estão todos os tesouros da sabedoria, conhecimento, e plenitude
de Deus (Colossenses 2:3, 9). O mistério de Deus foi revelado a nós pelo
Espírito de Deus (I Corintios 2:7-10). Esta revelação vem a nós pela Palavra de
Deus que é iluminada pelo Espírito Santo (I Corintios 2:7-10). A luz de Cristo
que é a imagem de Deus brilhou em nossos corações (II Corintios 4:3-4). Não há,
portanto nenhum mistério bíblico sobre a Divindade e certamente nenhum mistério
sobre o número de pessoas na Divindade. O único mistério é Cristo, e Ele nos
foi revelado! O mistério de Deus e o mistério de Cristo convergem na
Encarnação. É que simplesmente o único Deus de Israel veio a terra em carne.
Este mistério foi revelado e a Palavra de Deus declara que ele se tornou
conhecido a nós hoje.
Jesus é o
Pai
Se há
somente um Deus sendo Deus o Pai (Malaquias 2:10), e se Jesus é Deus, então
logicamente segue-se o fato de que Jesus é o Pai. Para esses que de alguma
maneira pensam que Jesus pode ser Deus e ainda não pode ser o Pai, nós
ofereceremos provas bíblicas adicional que o Jesus é o Pai. Elas servirão
também como maior evidência que Jesus é Deus. Na verdade dois versículos da
Bíblia são suficientes para provar este ponto de vista.
1. Isaias
9:6 chama o Filho de Pai da eternidade. Jesus é o Filho profetizado e há
somente um Pai (Malaquias 2:10; Efésios 4:6), assim Jesus deve ser Deus o Pai.
2.
Colossenses 2:9 proclama que toda a plenitude da Divindade habita em Jesus. A
Divindade inclui o papel do Pai, assim o Pai deve habitar em Jesus.
3. Além
destes dois versículos, o próprio Jesus ensinou que Ele era o Pai. Uma vez,
quando Jesus estava falando sobre o Pai, os Fariseus perguntaram: Onde está
teu Pai? Jesus respondeu, não me conheceis a mim, nem a meu Pai: se tivessem me
conhecido, também" deveriam ter conhecido meu Pai (João 8:19). Jesus
continuou dizendo: porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos
pecados" (João 8:24).
Em
algumas versões aparece ele em itálico após eu sou, fato que indica que
ele foi acrescentado pelos tradutores, não existindo no original grego. Jesus
estava na verdade se identificando como o Eu SOU" de Êxodo 3:14. Os
judeus que não entenderam o Ele queria dizer perguntaram: Quem és tu?"
Jesus respondeu, Que é que desde o princípio vos tenho dito? (João 8:25).
Porém, eles não entenderam que ele lhes falava do Pai" (João 8:27). Em
outras palavras, Jesus tentava dizer-lhes que Ele era o Pai e o Eu SOU, e que
se eles não O aceitassem como Deus morreriam em seus próprios pecados.
4. Em
outro lugar Jesus disse: Eu e meu Pai somos um" (João 10:30). Alguns
tentam dizer que Ele era um com o Pai assim como um marido e a esposa são um ou
como dois homens podem ser um quando concordam. Esta interpretação tenta
debilitar a afirmativa de Jesus. Porém, outros versos sustentam de nodo
completo que Jesus não era somente o Filho em Sua humanidade, mas também o Pai
em sua divindade.
5. Por
exemplo, Jesus declarou em João 12:45, E quem me vê a mim vê aquele que me
enviou". Em outras palavras, se uma pessoa ver Jesus no que diz respeito a
sua divindade, vê o Pai.
6. Em
João 14:7 Jesus disse a seus discípulos: Se vós me tivessem conhecido,
conheceríeis também a meu Pai. E desde agora o conheceis e o tendes visto. Ao
ouvir esta declaração, Filipe replicou: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos
basta" (João 14:8). Em outras palavras, ele pediu que Jesus lhes mostrasse
o Pai e então eles ficariam satisfeitos. A resposta de Jesus foi: Há tanto
tempo estou convosco e não me tendes conhecido Filipe? Quem me vê a mim, vê o
Pai; e como dizes tu então, mostra-nos o Pai? Tu não crês que eu estou no Pai,
e o Pai em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o
Pai que permanece em mim, é quem faz as obras. Crede-me que eu estou no Pai e o
Pai em mim; crede ao menos por causa das mesmas obras (João 14:9-11). Esta
declaração vai além de um simples relacionamento harmonioso; ela pode ser visto
como nada menos que a afirmação de Cristo de ser o Pai manifestado em carne.
Como muitas pessoas hoje, Filipe não tinha compreendido que o Pai é um Espírito
invisível e que o único modo de alguém jamais O ver, seria através da pessoa de
Jesus Cristo.
7. Jesus
disse: O Pai está em mim, e eu nele" (João 10:38).
8. Jesus
prometeu ser o Pai de todos os vencedores (Apocalipse 21:6-7).
9. Em
João 14:18 Jesus disse: Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós outros. A
palavra grega traduzida para órfãos é orphanos que a Concordância
Exaustiva de Strong, define como despojado (' órfãos), i.e. sem pais. Jesus
estava dizendo: eu não os deixarei como órfãos" (NIV e TAB), ou eu não o
deixarei órfão: Voltarei para vós.Jesus, falando como o Pai, prometeu que Ele
não deixaria seus discípulos órfãos.
Abaixo se
seguem algumas comparações que oferece prova adicional de que Jesus é o Pai.
10. Jesus
profetizou que Ele haveria de ressuscitar Seu próprio corpo da morte, em três
dias (João 2:19-21), todavia Pedro pregou que Deus ressuscitou Jesus de entre
os mortos (Atos 2:24).
11. Jesus
disse que nos mandaria o Consolador (João 16:7), mas disse, também, que o Pai
enviaria o Consolador (João 14:26).
12. O
Pai, sozinho, pôde trazer os homens a Deus (João 6:44), ainda assim, Jesus
disse que Ele atrairia todos os homens (João 12:32).
13. No
último dia, Jesus ressuscitará a todos os que crerem (João 6:40), embora Deus o
Pai vivifique (dê vida) aos morto e nos levantará (Romanos 4:17;
I Corintios 6:14).
14. Jesus
prometeu responder às orações daqueles que crêem (João 14:14), mas também disse
que o Pai responderia as orações (João 16:23).
15.
Cristo é nosso purificador (Efésios 5:26), mas o Pai também nos santifica
(Judas 1).
16. I
João 3:1, 5 afirma que o Pai nos amou e se manifestou para retirar os nossos
pecados, contudo nós sabemos que era Cristo que foi manifestado no mundo para
tomar pecado (John 1:29-31).
Podemos
compreender facilmente tudo isso se atentarmos para o fato de que Jesus tem uma
dupla natureza. Ele é tanto Espírito como carne, Deus e homem, Pai e Filho. No
lado humano Ele é o Filho do homem; em seu lado divino Ele é o Filho de Deus e
é o Pai habitando em carne. (Veja Capítulo 5 O FILHO DE
DEUS para
saber mais sobre o Filho). (Para saber mais sobre o Pai, Filho e Espírito
Santo, veja) Capítulo 6 - PAI, FILHO, E
ESPÍRITO SANTO
Jesus é
Jeová
As
passagens das Escrituras demonstrando que Jesus é o Pai não enfraquecem nossa
prova de que o Jesus é o único Deus. Abaixo seguem doze versículos das
Escrituras provando especificamente que Jesus é Jeová - o único Deus do
Velho Testamento.
1. Isaias
40:3 profetizou que uma voz clamaria no deserto: Preparai o caminho do
SENHOR" (Jeová); Mateus 3:3 diz que o João Batista é o cumprimento desta
profecia. Sabemos que João preparou o caminho do Senhor Jesus Cristo. Uma vez
que o nome Jeová era o nome sagrado para o único Deus, a Bíblia não aplicaria a
nenhum outro que não o Santo de Israel; aqui ele se refere a Jesus.
2.
Malaquias 3:1 afirma, De repente virá ao seu templo o SENHOR, a quem vós
buscais, o Anjo da Aliança". Isto foi cumprido por Jesus, seja
significando o Templo, literalmente, ou seja, significando o templo do corpo de
Jesus (João 2:21).
3.
Jeremias 23:5-6 fala de um Renovo justo de Davi - uma clara referência ao
Messias - e o chama de SENHOR JUSTIÇA NOSSA." (Também veja JeremiaS
33:15-16.) Em outras palavras, Jesus é "Jeová Justiça Nossa."
4.
Falando de Jeová Isaías diz: "Pelo que o seu próprio braço lhe trouxe
salvação" (Isaías 59:16), e o seu braço dominará" (Isaías 40:10).
Isaías 53:1-2 descreve o Messias como a revelação do braço do SENHOR. Então,
Jesus o Salvador não é outro Deus, mas uma extensão de Jeová em carne humana,
para trazer salvação ao mundo.
5. Isaías
profetizou que a glória do SENHOR seria revelada a toda a carne (Isaías 40:5).
Tendo Jeová dito que não daria a sua glória a nenhum outro (Isaías 42:8;
48:11), sabemos que Ele poderia cumprir essa profecia apenas através da
revelação de Si mesmo. De fato, no Novo Testamento encontramos que Jesus tinha
a glória do Pai (João 1:14; 17:5). Ele é o Senhor da glória (I Corintios
2:8). Quando Jesus vier novamente, Ele virá na glória do Pai (Mateus 16:27;
Marcos 8:38). Se Jesus tem a glória de Jeová, Ele tem que ser Jeová.
6. Jeová
disse: Por isso o meu povo saberá o meu nome: portanto naquele dia saberá que
eu sou quem fala: Eis-me aqui" (Isaías 52:6). Ainda assim sabemos que
Jesus é o único que revelou o Pai, manifestou o nome do Pai, e tornou conhecido
o nome do Pai (João 1:18; 17:6; 17:26). Jesus declarou o nome do Senhor (Salmos
22:22; Hebreus 2:12). Portanto, Ele tem que ser Jeová.
7. O
SENHOR disse, Diante de mim se dobrará todo joelho, toda língua jurará"
(Isaías 45:23). Paulo citou este versículo das Escrituras para provar que todos
permanecerão diante do trono de julgamento de Cristo (Romanos 14:10-11). Paulo
escreveu, também: Para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho (Filipenses
2:10).
8.
Zacarias oferece prova convincente que Jesus é Jeová. Na passagem começando com
Zacarias 11:4, Assim diz o SENHOR meu Deus": Pesaram, pois por meu preço
trinta moedas de prata.Em Zacarias 12:10 Jeová afirmou: olharão para mim a
quem transpassaram.Claro que, foi Jesus que foi vendido por trinta moedas de
prata e quem foi perfurado (Mateus 26:14-16; João 19:34). Zacarias 12:8 diz com
referência ao Messias, a casa de Davi será como Deus.Zacarias escreveu,
também Então virá o SENHOR meu Deus, e todos os santos com ele" e O
descreve lutando contra muitas nações e diz que naquele dia seus pés estarão
sobre o Monte das Oliveiras (Zacarias 14:3-5). Sabemos que Jesus é aquele que
virá de volta ao Monte das Oliveiras como Rei dos reis e Senhor dos senhores
para guerra contra as nações (Atos 1:9-12; I Timóteo 6:14-16; Apocalipse
19:11-16).
9. Quando
Paulo, judeu instruído, fariseu dos Fariseus, perseguidor fanático do Cristianismo,
foi ferido na estrada de Damasco por uma luz ofuscante de Deus, ele perguntou,
Quem és tu, Senhor?" Como um judeu, ele sabia que havia só um Deus e
Senhor, e ele estava perguntando: Quem és tu, Jeová?" O Senhor respondeu,
eu sou Jesus" (Atos 9:5).
10.
Embora Moises tratasse com Jeová Deus, Hebreus 11:26 diz que o Moises
considerou o opróbrio de Cristo como maiores riquezas que os tesouros do Egito.
Assim o Deus de Moises era o Jesus Cristo.
11. O
Salmo 68:18 descreve uma cena na qual Jeová ascende ao alto e conduz cativo o
cativeiro, contudo nós sabemos que Jesus ascendeu às alturas e levou cativo o
cativeiro. Na realidade, Efésios 4:7-10 aplica essa profecia a Jesus.
12.
Apocalipse 22:6 diz: o Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas enviou seu
anjo" a João, mas verso 16 diz, eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos
testificar estas coisas.
Ainda há
muito mais passagens da Bíblia que identifica Jesus com o único Jeová Deus.
Abaixo encontramos uma lista de versículos que lado a lado descrevem Jeová de
determinadas maneiras com versos que descrevem Jesus da mesma maneira. Assim,
todos esses versículos das escrituras provam que Jesus é Jeová.
Lista 4: Jesus é Jeová (I) |
||||
|
Jeová |
|
Jesus |
|
1 |
Todo-poderoso |
Gênesis 17:1 |
Todo-poderoso |
Apocalipse 1: 8 |
2 |
EU SOU |
Êxodo 3:14-16 |
Eu sou |
João 8:58 |
3 |
Rocha |
Salmo 18:2; 28:1 |
Pedra |
I Corintios 10:4 |
4 |
Salvação |
Salmo
18:2 |
Salvação |
Lucas
1:69 |
5 |
Pastor |
Salmo
23:1; Isaias 40:10-11. |
Bom
pastor, Grande Pastor, Sumo Pastor, |
Heb.
13:20; João 10:11; I Pedro 5:4. |
6 |
Rei da
Glória |
Salmo
24:7-10 |
Deus de
Glória |
I Corintios 2:8 |
7 |
Luz |
Salmo
27:1; Isaias 60:19 |
Luz |
João
1:4-9; João 8:12; Apocalipse 21:23 |
8 |
Salvação |
Salmo 27:1; Isaias 12:2 |
Única
Salvação |
Atos
4:10-12 |
9 |
Senhor
dos senhores |
Salmo
136:3 |
Senhor dos
senhores |
Apocalipse
19:16 |
10 |
Santo |
Isaias
12:6 |
Santo |
Atos
2:27 |
11 |
Legislador |
Isaias
33:22 |
Testador
do Primeiro Testamento (a Lei) |
Hebreus
9:14-17 |
12 |
Juiz |
Isaias
33:22 |
Juiz |
Mique. 5:1; Atos 10:42 |
13 |
Primeiro
e o Último |
Isaias
41:4; 44:6; 48:12 |
Alfa e
Omega, Primeiro e Último, Começo e Fim. |
Apocalipse
1:8; 22:13 |
14 |
Único
Salvador |
Isaias
43:11; 45:21; 60:16 |
Salvador |
Tito
2:13; 3:6 |
15 |
Aquele
que dá Água Espiritual |
Isaias
44:3; 55:1 |
Aquele
que dá Água Viva |
João
4:10-14; 7:38-39 |
16 |
Rei de Israel |
Isaias
44:6 |
Rei de
Israel, Rei dos reis, |
João
1:49; Apocalipse 19:16 |
17 |
Único
Criador |
Isaias
44:24; 45:8; 48:13 |
Criador
de tudo |
João 1:3; Colossen. 1:16 |
18 |
Deus
Justo |
Isaias
45:21 |
Justo |
Atos
7:52 |
19 |
Redentor |
Isaias
54:5; 60:16 |
Redentor |
Gálatas
3:13; Apocalipse 5:9 |
Lista 5: Jesus é Jeová (II) |
|||
|
Nome |
Jesus é
nosso: |
Passagens |
1 |
Jeová-jireh
(provedor) |
Provedor
do SACRIFÍCIO |
Hebreus 10:10-12 |
2 |
Jeová-rapha
(aquele que cura) |
Médico |
Tiago
5:14-15 |
3 |
Jeová-nissi
(bandeira, vitória) |
Vitória |
I Corintios
15:57 |
4 |
Jeová-m'kaddesh
(santificador) |
Santificador |
Efesios 5:26 |
5 |
Jeová-shalom
(paz) |
Paz |
João
14:27 |
6 |
Jeová-sabaoth
(Senhor dos Exércitos) |
Senhor
dos Exércitos |
Tiago
5:4-7 |
7 |
Jeová-elyon
(altíssimo) |
Altíssimo |
Lucas
1:32, 76, 78, |
8 |
Jeová-raah
(pastor) |
Pastor |
João
10:11 |
9 |
Jeová-hoseenu
(aquele que nos fez) |
Aquele
que nos fez |
João
1:3 |
10 |
Jeová-tsidkenu
(Justiça) |
Retidão |
I Corintios 1:30 |
11 |
Jeová-shammah
(presente) |
Aquele
que está sempre conosco |
Mateus 28:20 |
As listas
anteriores não estão completas, mas são mais que suficientes para provar que
Jesus é Jeová. Há apenas um Jeová (Deuteronômio 6:4), assim isto significa que
Jesus é o único Deus do Velho Testamento.
Os judeus
Entenderam Que Jesus Afirmava Ser Deus
Os judeus
não compreenderam como Deus poderia vir em carne. Eles não entenderam Jesus
quando em uma ocasião Ele lhes falou que Ele era o Pai (João 8:19-27). Porém,
em muitas outras ocasiões eles realmente compreenderam sua afirmativa de que
era Deus. Uma vez quando Jesus curou um homem no Sábado sagrado e creditou a
obra a seu Pai, os judeus buscaram matá-lo - não apenas porque Ele tinha
violado o Sábado sagrado, mas porque Ele disse que Deus era Seu Pai, fazendo-se
a Si mesmo igual a Deus (João 5:17-18). Uma outra vez, Jesus disse que Abraão
alegrou ao ver o seu dia. Quando os judeus lhe perguntaram como poderia ser
isso, Jesus respondeu: Antes que Abraão existisse, eu sou.Os judeus
imediatamente reconheceram que Ele afirmava ser o EU SOU - o nome pelo qual
Jeová tinha se identificado em Êxodo 3:14 - então procuraram apedrejá-lo
e matá-lo por causa da blasfêmia (João 8:56-59).
Quando
Jesus disse: Eu e meu Pai somos um, os judeus pegaram pedras para lhe atirar
por causa da blasfêmia, porque sendo homem se fazia Deus o Pai (João 10:30-33).
Eles tentaram matá-lo quando Ele disse que o Pai estava nele, novamente porque
Ele estava afirmando ser o Pai (João 10:38-39).
Quando o
Jesus perdoou um homem paralítico de seus pecados, os judeus pensaram que Ele
tinha blasfemado porque sabiam que só Deus pode perdoar pecado (Isaias 43:25).
Jesus, sabendo seus pensamentos, curou o homem; mostrando desse modo Seu o
poder divino e provando Sua divindade (Lucas 5:20-26). Os judeus tinham razão
ao acreditar na existência de um só Deus, ao acreditar que apenas Deus perdoa
os pecados, e ao compreender que Jesus estava afirmando ser o único Deus (o Pai
e Jeová). Eles só estavam errados porque eles recusaram a crer naquilo que
Jesus afirmava.
É
espantoso como algumas pessoas hoje em dia não só rejeitam a afirmativa do
Senhor a respeito da sua verdadeira identidade, como também deixam de
compreender o que Ele realmente afirmou. Até mesmo os judeus contrários a Jesus
perceberam que Jesus afirmava ser Deus, o Pai, e Jeová, mas alguns hoje não
conseguem ver o que as Escrituras declaram tão claramente.
Jesus É O
Único No Trono
Há um só
trono nos céus e apenas Um, sentado no trono. João descreve isso em Apocalipse
4:2: E imediatamente eu me achei em espírito; e eis armado no céu, um trono, e
no trono alguém assentado.Sem dúvida esse alguém é Deus porque os vinte e
quatro anciões ao redor do trono se dirigem a Ele dizendo: " Santo, Santo,
Santo, é o Senhor Deus o Todo-poderoso aquele que era e é, e que há de
vir" (Apocalipse 4:8). Quando nós compararmos essa passagem a Apocalipse
1:5-18, descobrimos uma notável semelhança entre a descrição de Jesus e do
Único sentado no trono. "Eu sou Alfa e Omega, o começo e o fim, diz o
Senhor que é e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso" (Apocalipse
1:8). Os versos 5-7 deixam claro que Jesus é aquele de quem se fala no verso 8.
Além disso, Jesus é claramente o assunto de Apocalipse 1:11-18. No verso 11, Jesus
se identificou como o Alfa e Omega, o primeiro e o último. Nos versos 17-18
Jesus disse: Eu sou o primeiro e o último; Eu sou aquele que vive, estive
morto; mas eis que estou vivo eternamente, Amém; e tenho as chaves da morte e
do inferno. Desde o primeiro capítulo de Apocalipse, portanto, encontramos que
Jesus é o Senhor, o Todo-poderoso, e Aquele que é, que era, e que há de vir.
Desde que as mesmas condições descritivas e títulos se aplicam a Jesus e ao
Único sentando no trono, não é outro senão Jesus Cristo.
Há ainda
maior fundamento para essa conclusão. Apocalipse 4:11 nos diz que o Único no
trono é o Criador, e nós sabemos que Jesus é o Criador (João 1:3; Colossenses
1:16). Além disso, o Único no trono é merecedor de receber glória, honra, e poder
(Apocalipse 4:11); nós lemos que o Cordeiro que foi sacrificado (Jesus) é
merecedor de receber poder, riquezas, sabedoria, força, honra, glória, e louvor
(Apocalipse 5:12). Apocalipse 20:11-12 nos diz que o Único no trono é o Juiz, e
nós sabemos que o Jesus é o Juiz de todos (João 5:22, 27; Romanos 2:16;
14:10-11). Nós concluímos que Jesus é Aquele que está no trono em Apocalipse 4.
Apocalipse
22:3-4 fala do trono de Deus e do Cordeiro. Estes versos falam de um trono, uma
face, e um nome. Então, Deus e o Cordeiro devem ser o único Ser que tem uma
face e um nome e que está sentado no trono. A única pessoa que é tanto Deus e o
Cordeiro é Jesus Cristo. (Para estudo sobre o Ancião de Dias, em Daniel 7, veja
Capítulo 7 EXPLICAÇÕES DO
ANTIGO TESTAMENTO. Para
maior esclarecimento a respeito do Cordeiro, em Apocalipse 5, veja o Capítulo 9 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE.) Resumindo: o Livro do Apocalipse nos fala que
quando chegarmos ao céu, veremos Jesus sozinho no trono. Jesus é a única
manifestação visível de Deus que jamais veremos no céu.
A
Revelação de Jesus Cristo
O Livro
do Apocalipse contém muitas outras afirmações valiosas a respeito da divindade
de Jesus. O propósito de Deus ao fazer com que João escrevesse o livro, era
revelar ou desvelar Jesus Cristo, não somente revelar os acontecimentos
futuros. Na realidade, todas as escritas de João enfatizam a unidade de Deus, a
deidade de Cristo, e a natureza dual de Cristo. João escreveu o Evangelho de
João de forma que crêssemos que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus (João 20:31).
Aceitar Jesus como Filho de Deus significa aceitá-lo como Deus, porque o título
Filho de Deus" significa simplesmente Deus manifestado na carne. (Veja Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS para discussões
adicionais.) João identificou Jesus como Deus, o Verbo, o Pai, e Jeová (o Eu
sou). Todas as escritas de João elevam a divindade de Jesus; o Livro do
Apocalipse não é nenhuma exceção.
Apocalipse
1:1 nos fala que o livro é a revelação de Jesus Cristo. A palavra grega para
revelação é apokalupsis do qual nós obtemos a palavra apocalipse. Significa
literalmente um desvendar ou um descobrir. Certamente o livro é uma profecia de
coisas por vir, mas um das principais razões para esta profecia é revelar
Cristo - mostrar quem Ele realmente é. O estudante zeloso da Bíblia deve
buscar entender as predições no livro; mas, mais importante, ele deverá buscar
compreender a razão dessas profecias. Ele deve buscar entender a revelação de
Jesus Cristo nestes eventos futuros.
O Livro
do Apocalipse apresenta Jesus tanto em sua humanidade quanto em Sua divindade.
Ele é o Cordeiro por causa de nossos pecados, mas Ele é também o Deus
Todo-poderoso no trono. Abaixo temos uma lista de algumas das maneiras pelas
quais o livro apresenta Cristo.
Lista 6: Jesus No Livro Do
Apocalipse |
|||
|
Título |
Comentário |
Passagem
do Apocalipse |
1 |
Testemunha
fiel |
O
profeta e apóstolo |
1:5 |
2 |
Primogênito
dos mortos |
|
1:5 |
3 |
Soberano
dos reis |
|
1:5 |
4 |
Alfa e
Omega |
|
1:8,
11; 21:6; 22:13 |
5 |
Princípio
e Fim |
|
1:8;
21:6; |
6 |
Aquele
que é, que era, e que há de vir |
|
1:8;
4:8 |
7 |
O
Todo-poderoso |
|
1:8;
4:8 |
8 |
Filho
do homem |
O mesmo
que Ancião de Dias em Daniel 7:9 |
1:13 |
9 |
Primeiro
e último |
|
1:17; 22:13 |
10 |
Aquele
que vive, esteve morto, está vivo pelos séculos dos séculos |
|
1:18 |
11 |
Possuidor
dos sete Espíritos |
|
3:1;
5:6 |
12 |
Único
no trono |
|
4:2 |
13 |
Deus |
|
4:8;
21:7 |
14 |
Criador |
|
4:11 |
15 |
Leão da
tribo de Judá |
Humanidade |
5:5 |
16 |
Raiz de
Davi |
O
criador de Davi |
5:5;
22:16 |
17 |
Cordeiro |
Sacrifício
pelos pecados |
5:6 |
18 |
Redentor |
|
5:9 |
19 |
Fiel |
|
19:11 |
20 |
Verdadeiro |
|
19:11 |
21 |
Verbo
de Deus |
|
19:13 |
22 |
Rei dos
reis |
|
19:16 |
23 |
Senhor
dos senhores |
|
19:16 |
24 |
Geração
de Davi |
Humanidade |
22:16 |
25 |
Brilhante
estrela d'alva |
|
22:16 |
Cada um
destes títulos e papéis é uma revelação maravilhosa de Jesus. Junto, eles
representam um retrato daquele que veio em carne, morreu, e ressuscitou, mas,
também, o Único que vive pelos séculos dos séculos o Senhor Deus Todo-poderoso.
O último
capítulo do Apocalipse descreve Deus e o Cordeiro no singular (Apocalipse
22:3-4) e identificam o Senhor Deus dos santos profetas como Jesus (Apocalipse
22:6, 16). Essas referências nos dizem que o Jesus é o Deus da eternidade e que
Ele aparecerá com Seu corpo humano glorificado (o Cordeiro) por toda a
eternidade. A glória de Deus será a luz da Nova Jerusalém brilhando através do
corpo glorificado de Jesus (Apocalipse 21:23). Estes capítulos finais do Livro
de Apocalipse descrevem como Deus revelará (desvendará) a Si mesmo em toda a
Sua glória para todos eternamente. Eles nos contam que Jesus é o Deus eterno e
que Jesus se revelará como Deus pelos séculos dos séculos. Então, o livro
realmente é a revelação de Jesus Cristo.
Jesus Tem
Todos os Atributos e Prerrogativas de Deus
Se mais
alguma prova for necessária para demonstrar que Jesus é Deus, podemos comparar
os atributos de Jesus com os atributos de Deus. Fazendo assim nós descobriremos
que Jesus possui todos os atributos e prerrogativas de Deus, particularmente
aqueles que podem pertencer apenas a Deus. Em Sua humanidade, Jesus é visível,
limitado a um corpo físico, fraco, imperfeito em poder, e assim por diante. Em
Sua natureza divina, porém, Jesus é Espírito; pois Romanos 8:9 fala do Espírito
de Cristo. Em Sua divindade, Jesus era e é onipresente. Por exemplo, em João
3:13 Jesus se referiu ao Filho do homem que está no céu" embora Ele ainda
estivesse na terra. Sua onipresença explica porque Ele podia dizer ainda na
terra usando o tempo presente do verbo: Porque onde estiverem dois ou três
reunidos em meu nome, ali estou no meio deles" (Mateus 18:20). Em outras
palavras, enquanto a plenitude do caráter de Deus estava localizado no corpo
humano de Jesus, o Espírito onipresente de Jesus não podia estar assim limitado.
Enquanto Jesus caminhava pela terra como homem, Seu Espírito estava em todos os
lugares ao mesmo tempo.
Jesus
também é onisciente; porque Ele podia ler pensamentos (Marcos 2:6-12). Ele
conheceu Natanael antes que ele O conhecesse (João 1:47-50). Ele sabe todas as
coisas (João 21:17), e toda a sabedoria e conhecimento estava escondidos nEle
(Colossenses 2:3).
Jesus é
onipotente; Ele tem todo o poder, é o cabeça de todo o principado e potestade,
e é o Todo-poderoso (Mateus 28:18; Colossenses 2:10; Apocalipse 1:8).
Jesus é
imutável (Hebreus 13:8). Ele é eterno e também imortal (Hebreus 1:8-12;
Apocalipse 1:8, 18).
Somente
Deus deveria receber adoração (Êxodo 20:1-5; 34:14), contudo Jesus recebeu
adoração em muitas ocasiões e será adorado de toda a criação (Lucas 24:52;
Filipenses 2:10; Hebreus 1:6). Somente Deus pode perdoar pecado (Isaias 43:25),
contudo Jesus tem poder para perdoar pecados (Marcos 2:5). Deus recebe os
espíritos dos homens (Eclesiastes 12:7), contudo Jesus recebeu o espírito de
Estevão (Atos 7:59). Deus é o edificador dos céus (Hebreus 11:10), contudo
Jesus é o edificador dos céus (João 14:3). Então, nós vemos que Jesus tem todos
os atributos e prerrogativas que pertencem apenas a Deus.
Além
disso, Jesus demonstra todas as outras características que Deus possui. Por
exemplo, enquanto na terra Jesus demonstrava emoções piedosas como alegria,
compaixão, e tristeza (Lucas 10:21; Marcos 6:34; João 11:35). A Bíblia
testifica também que Ele tem os atributos morais de Deus. Abaixo encontramos
uma lista de alguns atributos morais de Jesus que corresponde a esses de Deus.
Lista 7: Jesus Tem a Natureza
Moral de Deus |
||
1 |
amor |
Efésios 5:25 |
2 |
luz |
João 1:3-9 |
3 |
Santidade |
Lucas
1:35 |
4 |
Misericórdia |
Hebreus
2:17 |
5 |
Bondade |
II Corintios 10:1 |
6 |
Retidão |
II Timothy 4:8 |
7 |
bondade |
Mateus
19:16 |
8 |
Perfeição |
Efésios
4:13 |
9 |
Justiça |
Atos
3:14 |
10 |
Fidelidade |
Apocalipse
19:11 |
11 |
Verdade |
João
14:6 |
12 |
Graça |
João1:
16-17 |
Conclusão
O Jesus é
tudo que a Bíblia descreve que Deus é. Ele tem todos os atributos,
prerrogativas, e características do próprio Deus. Para colocar de modo bem
simples, tudo o que Deus é, Jesus é também. Jesus é o único Deus. Não há melhor
modo de sintetizar tudo que dizer com o inspirado Apóstolo Paulo: Porque nele
habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele estais
aperfeiçoados" (Colossenses 2:9-10).
Capítulo 5. O
FILHO DE DEUS
Vindo,
porém a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido
sob a lei (Gálatas 4:4).
No Capítulo 4 - JESUS É DEUS afirmou que Jesus é Deus. Neste
V capítulo vamos estudar o outro lado da dual natureza de Cristo--sua
humanidade-- e o conceito bíblico do Filho de Deus.
O
significado de Jesus Cristo
Antes de
chegarmos ao ponto central deste capítulo, vamos explicar brevemente o
significado das duas palavras, Jesus e Cristo. Jesus é a versão
grega da palavra hebraica Jehoshua, que significa Jeová--Salvador, o
Jeová e a salvação. É o nome escolhido por Deus para seu filho-e-o nome através
do qual Deus revelou a si mesmo, no Novo testamento. É o nome que o Filho
recebeu por herança (Hebreus 1:4). Cristo é o equivalente grego para a
palavra hebraica Messias; a, mas as palavras significam "O
ungido". Especificamente falando, Cristo é um título, não um nome.
Entretanto, nas epístolas e no uso comum hoje em dia, Cristo é usado
muitas vezes, como simplesmente outro nome para Jesus, uma vez que Jesus é o
Cristo. Em muitos casos, Jesus e Cristo são apenas dois nomes usados
indiferentemente para se referir a mesma pessoa sem distinção intencional de
significado.
A Dualidade Da Natureza de Cristo
Na Bíblia, vemos que Jesus Cristo
tinha duas naturezas distintas, de um modo como nenhum outro ser humano jamais
teve. Uma natureza é humana ou carnal; a outra é divina ou Espírito. Jesus era
completamente homem e completamente Deus. O nome Jesus se refere ao eterno
Espírito de Deus (o Pai) habitando na carne. Podemos usar o nome Jesus para
descrever uma de suas duas naturezas, ou ambas. Por exemplo, quando dizemos que
Jesus morreu na cruz, queremos dizer que sua carne morreu na cruz. Quando
dizemos que Jesus vive em nossos corações, queremos dizer que Seu Espírito mora
lá.
Abaixo
encontramos um quadro comparativo que ilustra o que queremos dizer quando
afirmamos que Jesus tem duas naturezas, ou uma dupla natureza.
Lista 8: A Dualidade Da
Natureza De Jesus Cristo |
||||
|
Como
homem, Jesus |
|
Mas
como Deus, Ele: |
|
1 |
Nasceu
como um bebê |
(Lucas
2:7) |
Existiu
desde a eternidade |
(Miquéias
5:2; João 1:1 e 2) |
2 |
Cresceu
mental, física, espiritual e socialmente |
(Lucas
2:52)
|
Nunca
muda |
(Hebreus
13:8) |
3 |
Foi
tentado pelo diabo |
(Lucas
4:2) |
Expulsou
demônios |
(Mateus
12:38) |
4 |
Teve
fome |
(Mateus
4:2) |
Era o
pão da vida e alimentou milagrosamente multidões |
(João
6:35); (Marcos 6:38-44 e 52) |
5 |
.Teve
sede |
(João
19:28) |
Deu
água viva |
(João
4:14) |
6 |
Cansou-se |
João 4:6 |
Deu descanso |
Mateus 11:28 |
7 |
Dormido durante a tempestade |
Marcos 4:38 |
Acalmou a tempestade |
Marcos 4:39-41 |
8 |
Orou |
Lucas 22:41 |
Respondeu às orações |
João 14:14 |
9 |
Foi açoitado e batido |
John 19:1-3 |
Curou doentes |
Mateus 8:16-17; I Peter 2:24 |
10 |
Morreu |
Marcos 15:37 |
Ressuscitou
seu próprio corpo de entre os mortos |
John 2:19-21; 20:9 |
11 |
Foi o
sacrifício pelos pecados |
Hebreus 10:10-12 |
Perdou pecados |
Marcos 2:5-7 |
12 |
Não
sabia todas as coisas |
Marcos 13:32 |
Sabia todas as coisas |
João 21:17 |
13 |
Não tinha autoridade |
João 5:30 |
Tinha toda autoridade |
Mateus 28:18; Colossenses 2:10 |
14 |
Era inferior a Deus |
João 14:28 |
Era igual a Deus |
João 5:18 |
15 |
Era um servo |
Filipenses 2:7-8 |
Era Rei dos reis |
Apocalipse 19:16 |
Podemos
resolver a maior parte das questões a respeito da Divindade se compreendermos apropriadamente
a dualidade da natureza de Jesus. Quando lemos uma afirmativa a respeito de
Jesus, devemos determinar se ela descreve Jesus como um homem ou como Deus.
Além disso, sempre que Jesus fala, nas Escrituras, devemos determinar se Ele
está falando como homem ou como Deus. Sempre que vemos uma descrição das duas
naturezas, com respeito a Jesus, não devemos pensar em duas pessoas na
Divindade, ou dois deuses, mas devemos pensar em Espírito e carne.
Às vezes,
é fácil ficar confundido quando a Bíblia descreve Jesus nesses dois diferentes
papéis, especialmente quando ela o descreve atuando em ambos os papéis, na
mesma história. Por exemplo: Ele podia dormir, num momento, e acalmar a
tempestade no minuto seguinte. Ele podia falar como homem, num momento, e,
então, como Deus no momento seguinte. Entretanto, precisamos nos lembrar,
sempre, que Jesus é totalmente Deus se não, apenas, um homem ungido. Ao
mesmo tempo, ele era completamente homem, não tinha apenas a aparência de um
homem. Ele tinha uma dupla natureza, como nenhum de nós tem, e não
podemos comparar adequadamente nossa existência e experiência com a Dele. O que
poderia parecer estranho ou impossível se aplicado a meros seres humanos, o que
se torna compreensível quando visto no contexto do único que é tanto Deus
completamente quanto completamente homem, ao mesmo tempo.
Doutrinas Históricas a Respeito do Cristo
Através de toda
a história da igreja,
a dualidade da natureza de
Cristo, tem
sido vista de muitas maneiras. Vamos
estudar esses variados pontos de vista, de modo breve e geral. Para referência
e estudo posterior concluímos entre parênteses, vários nomes históricos
associados a essas crenças. Para conhecer mais a respeito desses termos e
doutrinas, procure qualquer boa obra a respeito da história do dogma,
especialmente a história do trinitarianismo e da ciência cristã.
Alguns
acreditam que Jesus foi apenas um homem grandemente ungido e usado pelo
Espírito (Ebionismo veja também Unitarismo). Esse ponto de vista errônea ignora
completamente a natureza de seu Espírito. Outros têm afirmado que Jesus era
apenas um ser espiritual (Docetismo, uma doutrina do Cnosticismo). Esse modo de
pensar ignora Sua natureza humana. João escreveu que aqueles que negam que
Jesus Cristo veio na carne não são de Deus, mas tenho espírito do anticristo (I
João 4:2 e 3).
Há Muitas
crenças erradas, mesmo entre aqueles que acreditam na dupla natureza de Jesus
Cristo. Alguns tentam fazer distinção entre Jesus e Cristo dizendo que Cristo
era um ser divino que habitou temporariamente em Jesus a partir do seu batismo,
mas se apartando do homem Jesus na ocasião de sua morte (doutrina do
Gnosticismo). De modo semelhante, alguns dizem que Jesus era um homem que se
tornou o Deus apenas a partir de determinado ponto de sua vida adulta--por
exemplo, no batismo--como resultado de um ato de adoção por parte de Deus
(monarquianismo dinâmico, Adocionismo). Em outras palavras; e esses pontos de
vista afirmam que Jesus era humano e que foi, eventualmente, dei ficado. Outros
vêem Jesus como uma divindade criada, uma divindade como o pai, mas inferior ao
pai, um semi-deus (Arianismo). Outros, ainda, acreditam que Jesus tem a mesma
essência do pai, embora não seja o pai, mais subordinado ao pai em divindade.
(Subordinacionismo).
Refutamos
essas falsas doutrinas no Capítulo 4 - JESUS É DEUS usando referências das
escrituras. Lá, observamos que Jesus é totalmente Deus (como demonstra
colossenses 2:9) e que Jesus era completamente Deus desde o começo de sua
existência humana (como fica demonstrado por seu nascimento de uma virgem, em
Lucas 1:35).
O
Espírito inspira João e Paulo a refutarem muitas dessas doutrinas errôneas,
particularmente as crenças gnósticas de que Cristo era apenas um ser espiritual
e de que Cristo era um ser inferior ao Deus supremo. Entre outras coisas, os
gnósticos criam que toda a matéria era má. Portanto, eles raciocinavam, Cristo,
como um Espírito divino, não poderia ter um corpo humano real. Sustentando que
o Deus supremo era tão transcendental e santo que não poderia manter contato
direto com o mundo depravado da matéria, eles ensinavam que de Deus partir uma
série de emanação, uma das quais o ser-espiritual Cristo, que veio a este
mundo. O livro de Colossenses refuta essas doutrinas e estabelece que Jesus é o
Deus todo-poderoso encarnado.
Apesar de
a Bíblia ser clara ao enfatizar tanto a completa divindade quanto à completa
humanidade de Jesus, ela não descrevem em pormenores como essas duas naturezas
estão unidos na pessoa única de Jesus Cristos. Isso, também, tem sido objeto de
muita especulação e debate. Talvez haja espaço para pontos de vista diferentes
a esse respeito, uma vez que a Bíblia não se ocupa de ele diretamente. Na
verdade, se há algum mistério a respeito da divindade, esse será determinar
precisamente como Deus se manifestou em carne (veja I Timóteo 3:16). O estudo
da natureza ou a natureza de Cristo é chamado de Cristologia.
Apesar de
a Bíblia ser clara ao enfatizar tanto a completa divindade quanto à completa
humanidade de Jesus, ela não descrevem em pormenores como essas duas naturezas
estão unidos na pessoa única de Jesus Cristos. Isso, também, tem sido objeto de
muita especulação e debate. Talvez haja espaço para pontos de vista diferentes
a esse respeito, uma vez que a Bíblia não se ocupa de ele diretamente. Na
verdade, se há algum mistério a respeito da divindade, esse será determinar
precisamente como Deus se manifestou em carne (veja I Timóteo 3:16). O estudo
da natureza ou a natureza de Cristo é chamado de Cristologia. [14]
Muitos
teólogos, no entanto, inclusive Martinho Lutero, tem ensinado que Nestório, o
principal expoente dessa doutrina, não acreditava numa separação tão drástica,
mas que seus oponentes distorceram e deturparam suas opiniões. Aparentemente,
ele negou que dividisse Cristo em duas pessoas. O conceito principal expresso
por Nestório, era o seguinte: ele pretendia diferenciar as duas naturezas de
Cristo, a fim de que ninguém pudesse chamar Maria de mãe de Deus, como era
prática comum naqueles dias.
No outro
ponto de vista, dentro da Cristologia, afirma que o aspecto humano e divino de
Cristo era tão intermeadas que havia apenas uma natureza dominante e esta é
divina (Monofisismo). Uma crença semelhante que a que afirma que Jesus não
tinha duas vontades, mas apenas uma vontade divina- humana. outros
acreditam que Jesus tinha uma natureza humana incompleta (Apolinarianismo);
isto é, Jesus tinha um corpo humano e alma, mas em vez de um espírito humano,
ele tinha apenas espírito de Deus habitando nele. Outros modos de manifestar
essa crença afirmam que Jesus era um corpo humano animado apenas pelo Espírito
de Deus, ou que Jesus não tinha mente humana, mas, apenas, a mente divina (o
logos).
De um
lado temos um ponto de vista que enfatiza a separação entre as duas
naturezas de Cristo. De outro lado, temos várias opiniões que descrevem uma
natureza divina, totalmente dominante, natureza totalmente unificada, ou uma
natureza humana e incompleta.
Jesus Tinha Uma Natureza Humana Completa, Mas Sem
Pecados
A verdade
pode estar entre esses vários pontos de vista expressos pelos teólogos. O
ensinamento das escrituras é que Jesus tinha uma natureza humana completa e, ao
mesmo tempo, uma natureza divina completa, mas não podemos separar essas duas
naturezas em sua vida terrena. E evidente que Jesus tinha vontade, mente,
espírito, alma e corpo humanos, mas é igualmente evidente que Ele tinha a
plenitude da Divindade residindo naquele corpo. De nosso ponto de vista
finito, seu espírito humana e seu espírito divino eram inseparáveis
O
Espírito divino poderia ser separado do humano pela morte, mas Sua humanidade
era mais que um corpo humano -- um invólucro humano -- com Deus dentro, Ele era
humano em corpo, alma e espírito, com a plenitude do Espírito de Deus habitando
naquele corpo, alma e espírito. Jesus diferia de um outro ser humano comum (que
pode estar pleno do Espírito de Deus) no fato de que Ele tinha toda a natureza
de Deus dentro dele. Ele possuía o poder ilimitado, a autoridade o caráter de
Deus. Além disso, em contraste com alguém nascido de novo, e pleno do Espírito,
o Espírito de Deus estava inextrincável e inseparável mente ligado à humanidade
de Jesus. Sem o espírito de deus teria existido apenas um ser humano inanimado,
sem vida, que não teria sido Jesus Cristo. Somente nesses termos podemos
descrever e distinguir as duas naturezas de Jesus; sabemos que ele agia e
falava em um papel, ou outro, mas sabemos, também, que as duas naturezas não
estavam realmente separadas nele. Com nossas mentes limitadas podemos fazer
apenas uma distinção, não há uma separação das duas naturezas que se fundiam,
perfeitamente, nele.
Embora
Jesus tivesse uma natureza humana completa, ele não tinha a natureza pecadora
da humanidade decaída. Se ele tivesse tido uma natureza pecadora, ele teria
pecado. Sabemos, no entanto, que não teve nem uma natureza pecadora nem cometeu
pecado. Ele era sem pecado, ele não pecou, e o pecado não estava nele (Hebreus
4:15; I Pedro 2:22; I João 3:5). Não tendo pai humano ele não herdou natureza
pecaminosa de Adão. Em vez disso, ele veio como o segundo Adão, com
natureza inocente como a de Adão antes do pecado (romanos 5:12-21; I Corintios
15:45 a 49). Jesus tinha uma natureza humana completa, mas sem pecado
A Bíblia
afirma que Jesus tinha vontade humana e vontade Divina. Ele orou ao pai,
dizendo: "Não se faça a minha vontade, e sim, a tua" (Lucas 22:42).
João 6:38 mostra a existência de duas vontades: ele veio não para fazer sua
própria vontade (vontade humana), mas para fazer a vontade do pai (a vontade
divina).
Que Jesus
tinha um espírito humano parece evidente, quando ele falou, na cruz: "Pai,
nas tuas mãos entrego o meu Espírito!" (Lucas no 23:46). Embora seja
difícil distinguir entre as naturezas humana e divina de seu espírito, algumas
referências aparentemente enfocam um aspecto humano. Por exemplo, "Jesus,
porém, arrancou do íntimo do seu espírito um gemido" (Marcos 8:2),
"Crescia o menino... enchendo-se de sabedoria" (Lucas 2:40),
"Exultou Jesus no Espírito Santo" (Lucas 10:21), "Agitou-se no
espírito" (João 11:33) e "Angustiou-se Jesus em Espírito" (João
13:21).
Jesus
tinha alma, porque ele disse: "A minha alma está profundamente triste até
a morte" (Mateus 26:38; veja marcos 14:34 é) e "Agora está angustiada
a minha alma" (João 12:27). Após sua morte, sua alma visitou o inferno (do
grego Hades -- sepultura o lugar das almas que partiram), como acontecia com
todas as almas antes do calvário (Atos 2:27-30); mas ele venceu o inferno
(outra vez, Hades) e a morte (Apocalipse 1:18).
A alma de
Jesus tinha que estar inseparavelmente ligada ao Espírito divino de Jesus. De
outro modo, Jesus teria vivido como homem, mesmo com o Espírito eterno afastado
dele. Isso não aconteceu, nem podia ter acontecido, tendo em vista que Jesus é
Deus tornado conhecido na carne. Sabemos que Jesus, como Deus, nunca muda
(Hebreus 13:8).
A alma de
Jesus tinha que estar inseparavelmente ligada ao Espírito divino de Jesus. De
outro modo, Jesus teria vivido como homem, mesmo com o Espírito eterno afastado
dele. Isso não aconteceu, nem podia ter acontecido, tendo em vista que Jesus é
Deus tornado conhecido na carne. Sabemos que Jesus, como Deus, nunca muda
(Hebreus 13:8).
Se não
aceitarmos o fato de que Jesus era completamente humano, então as passagens das
escrituras referentes à sua tentação perdem o sentido (Mateus 4:1-18; Hebreus
2:16-18; 4:14-16). Assim também a descrição de sua luta e a agonia no Getsêmani
(Lucas 22:39-44). Duas passagens em Aos Hebreus destacam o fato de que Jesus
foi tentado como somos, ele se qualifica como o nosso sumo sacerdote, nos
entende perfeitamente, e nos ajuda em nossas enfermidades: convinha que em
todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos" (Hebreus 2:17) ;
"Porque não temos um sumo sacerdote que não possa comparecer-se das nossas
fraquezas, antes foi ele tentado em todas as coisas, a nossa semelhança, mas
sem pecado (Hebreus 4:15). Hebreus 5:7 e 8, diz: Ele, Jesus, nos dias da sua
carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem
o podia livrar da morte, e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora
sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu . Esses versículos não
apresentam o retrato de alguém que não tenha sido afetado pelas emoções,
temores e dúvidas. Descrevem, antes, alguém sofrendo essas fraquezas humanas;
ele teve que superar a vontade humana e se submeter ao Espírito eterno.
A humanidade de Cristo orou, chorou, aprendeu a
obedecer, e sofreu. A natureza divina estava no controle e Deus era fiel a seu
próprio plano, mas a natureza humana tinha que buscar auxílio novo Espírito e,
aprender a obedecer ao plano divino. Todos esses versículos das escrituras, com
certeza, mostram que Jesus era completamente humano-- que ele tinha todos os
atributos da humanidade exceto a natureza pecadora herdada por ocasião da
queda. Se negar amos a humanidade de Jesus, que encontraremos em choque com o
conceito de redenção e expiação. Não sendo completamente humano, poderia ser o
sacrifício suficiente para redimir a humanidade? Poderia ele nos servir de
verdadeiro substituto da morte? Poderia ele, realmente, se qualificar como
nosso redentor?
Jesus
podia pecar?
A
afirmação de que Jesus era perfeito em humanidade, nos leva a questão: Jesus
podia pecar? Essa é, realmente, uma pergunta abstrata e enganosa, pois sabemos
que Jesus não pecou (Hebreus 4:15). A resposta é mais acadêmica que prática,
mais especulativa que consistente. Em sua humanidade, Jesus foi tentado por
Satanás e lutou contra sua própria vontade, no Getsêmani. Embora não tivesse
nossa natureza depravada-ele tinha a mesma natureza inocente sem pecado de
Adão, originalmente-ele tinha a mesma capacidade de ir contra a vontade de
Deus, como a tinham Adão e Eva .
A parte
divina de Jesus, certamente, não podia pecar e nem mesmo ser tentada a pecar
(Tiago 1:13) . A parte humana de Jesus, quando vista sozinha, tinha,
teoricamente, a capacidade de pecar. Mas isso é apenas teórico, não o real.
Vista sozinha, parece que a humanidade de Cristo tinha capacidade para optar
pelo pecado. Entretanto, sua natureza humana estava sempre voluntariamente
submissa à natureza divina, à qual não poderia pecar. Assim, de modo prático
Jesus Cristo-visto como a combinação da humanidade e divindade que ele era --
não podia pecar. O espírito estava sempre no controle e à humanidade controlada
pelo espírito não comete o pecado (veja I JOÃO 3:9, para uma analogia).
O que
teria acontecido se a humanidade de Jesus estivesse rebelada contra a liderança
divina? Essa é outra questão totalmente teórica, porque tal coisa não aconteceu
e, na prática, não pode acontecer. Essa questão não leva em conta a presciência
e o poder de Deus. Ainda assim, se alguém insiste em obter uma resposta,
podemos dizer que se a humanidade de Jesus tivesse tentado pecar (uma suposição
tola), 0 Espírito divino de Jesus teria se separado imediatamente do
corpo humano, deixando-o sem vida. Esse corpo inanimado não seria Jesus Cristo,
portanto tecnicamente, Cristo não poderia ter pecado, embora o plano de Deus
tivesse sido temporariamente frustrado.
Uma vez
que Jesus não poderia ter pecado, isso significa que as tentações foram
sem valor? Não. Sendo Jesus, também, completamente humano ele era realmente
capaz de sentir a força e a atração da tentação. Ele venceu a tentação, não
como o próprio Deus, mas como ser humano com todo o poder de Deus à sua
disposição. Ele sabe, agora, por experiência, o que sentimos quando somos
tentados. Naturalmente, ele sabia que seria vitorioso pelo espírito, mas nós
podemos ter a mesma segurança, poder e Vitória, confiando no mesmo Espírito que
estava em Cristo.
Então,
porque Satanás tentou Jesus? Aparentemente, ele não sabia que Jesus seria
vitorioso, inevitavelmente, e não compreendeu, naquela hora, todo o mistério do
Deus encarnado. Se tivesse compreendido, jamais teria incitado o povo à
crucificação.Talvez ele pensasse ter destruído o plano de Deus, com a
crucificação, mas, em vez disso ele realmente o cumpriu. É, também,
provável que o Espírito de Deus tenha permitido que Satanás tentasse Jesus para
que Jesus pudesse sentir a tentação, como nós a sentimos. Foi-nos dito que o
Espírito levou Jesus ao deserto para que fosse tentado (Mateus 4:1; Lucas 4:1).
Vamos
apresentar algumas considerações a esse respeito para aqueles que entendem que
nossa posição deprecia, de algum modo, a realidade das tentações de Cristo.
Sabemos que Jesus não tinha uma natureza pecaminosa. Sabemos que ele não tinha
a inclinação e a compulsão para pecar que temos por causa da nossa natureza
decaída. Ainda assim, esses fatos não desmerecem a realidade da aquilo
que ele experimentou. Ele vivenciou a mesma luta que temos vivenciado. Do mesmo
modo, fato de que, como Deus, Jesus não poderia ter pecado não tira o
mérito da realidade de suas tentações: ele sentiu as mesmas lutas e
provações que nós sentimos. Por outro lado, se dissemos que Jesus podia pecar
estamos desmerecendo sua divindade absoluta, porque estaremos indicando que, de
alguma maneira, Deus existe separado de Jesus e vice-versa.
Concluímos
que a natureza humana de Jesus podia ser, e foi, tentada. Uma vez que a divina
natureza estava no controle, entretanto, Jesus não podia pecar e nem pecou. Se
Jesus tivesse uma natureza humana incompleta, a realidade e o significado das
tentações e da agonia no Getsêmani seriam reduzidos. Acreditamos que ele tinha,
realmente, uma natureza humana completa. Ele experimentou exatamente, aquilo
que o homem experimenta quando é tentado e luta contra a tentação. O fato
de Jesus saber que venceria pelo Espírito, não diminui o valor da realidade das
tentações.
A
questão toda, sobre se Jesus poderia ou não pecar, é abstrata como já
observamos antes. Ela se esgota na afirmativa de que a natureza humana de Jesus
era como a nossa em todos os pontos, exceto quanto ao assunto do pecado
original. Ele foi tentado em tudo, como nós, e, ainda assim, o espírito de
Deus, esteve sempre controlando tudo. O fato mais relevante para nós, é que ele
foi tentado, e, mesmo assim, não pecou.
O Filho
Na Terminologia Bíblica
Devemos
considerar a dualidade da natureza de Cristo enquadrada na estrutura da
terminologia bíblica. O termo Pai se refere a Deus mesmo -- Deus em
toda a sua divindade. Quando falamos do eterno Espírito de Deus, queremos
falar de Deus mesmo, o Pai. Deus Pai, portanto, é um termo bíblico
perfeitamente aceitável para se usar para Deus (Tito 1:4). A Bíblia, no
entanto, não usa nem uma só vez o termo "DEUS FILHO". Não é um termo
correto porque filho de Deus se refere à humanidade de Jesus Cristo. A Bíblia
define o Filho de Deus como a criança nascida de Maria, não como o Eterno
Espírito de Deus (Lucas 1:35). Filho de Deus pode se referir apenas a natureza
humana ou pode se referir ao Deus manifestado em carne -- o que significa
divindade na natureza humana.
Filho de
Deus nunca significa o incorpóreo Espírito, sozinho, entretanto. Não podemos,
jamais, usar o termo "FILHO", corretamente, separado da humanidade de
Jesus Cristo. Os termos "FILHO de DEUS", "FILHO do HOMEM" e
"FILHO", são apropriados e bíblicos. No entanto, o termo "Deus
FILHO", não é apropriado porque, iguala o filho com a divindade única, e
está, portanto em desacordo com as escrituras.
O filho
de Deus não é uma pessoa separada da divindade, mas é a expressão física do
único Deus. O filho é "Imagem do Deus invisível" (Colossenses
1:13-15) e "A expressão exata do seu ser (Deus)" (Hebreus 1:2 e 3),
como um carimbo deixa no papel uma assinatura exatamente igual, ou como um
sinete marca o lacre com a impressão exata, quando pressionado contra a cera,
assim o Filho de Deus é a expressão exata do Espírito de Deus, na carne. O
homem não podia ver o Deus invisível, assim Deus fez uma semelhança exata de si
mesmo na carne, imprimiu sua verdadeira natureza na carne, veio ele mesmo na
carne, para que o homem pudesse vê-lo e conhecê-lo.
Muitos
outros versículos das escrituras revelam que podemos usar o termo "Filho
de DEUS", corretamente, apenas quando ele inclui a humanidade a Jesus. Por
exemplo, o Filho nasceu de uma mulher (Gálatas 4:4), o Filho era unigênito
(João 3:16), o Filho nasceu (Mateus 1:21-23; Lucas 1:35), o Filho não sabia
quando aconteceria a segunda vinda (Marcos 13:32), o Filho não podia
fazer nada de si mesmo (João 5:19), o Filho comia e bebia (Mateus 11:19), o
Filho sofreu (Mateus 7:12), uma pessoa pode blasfemar contra o Filho e ser
perdoada, mas não contra o Espírito (Lucas 12:10), o Filho foi crucificado
(João 13:14; 12:30-34) e o Filho morreu (Mateus 27:40-54; Romanos 5:10). A morte
de Jesus é um exemplo particularmente bom. Seu Espírito divino não morreu mas
seu corpo humano morreu. Não podemos dizer que Deus morreu, portanto, não
podemos dizer que "DEUS FILHO" morreu. Por outro lado, podemos dizer
que o Filho de Deus morreu, que Filho se refere à humanidade.
Como
ficou afirmado acima, "FILHO" nem sempre se refere apenas à
humanidade, mas a divindade e humanidade juntas, como existem na única pessoa
de Cristo. Por exemplo, o Filho tem poder para perdoar pecados (Mateus 9:6). O
Filho estava no céu e na terra, ao mesmo tempo (João 3:13), o Filho subiu ao
céu (João 6 : 62), e o Filho vai voltar, em glória, para julgar e governar
(Mateus 25:31).
Filho De
Deus
Uma
observação deve ser acrescentada a nossa discussão a respeito da expressão
"DEUS FILHO". Em João 1:18 a versão King James usa a frase, "O
filho unigênito" e a versão RSV diz "O único Filho". Entretanto,
a NIV diz "Deus o único Filho", e a TAB". Essas duas últimas
versões são baseadas em variadas leituras de alguns textos gregos. Não
acreditamos que estejam corretas. Se pudéssemos justificar o uso da expressão
"DEUS FILHO", de algum modo seria para destacar, como temos feito,
que "Filho de Deus",pode significar não apenas à humanidade de Jesus
mas também, a divindade enquanto habitando a humanidade. Entretanto, João 1:
18 FILHO para se referir à humanidade, porque ele disse que o Pai
a divindades de Jesus) é revelado pelo Filho. Esse versículo das escrituras não
significa que Deus é revelado por Deus, mas que Deus é revelado na carne
através da humanidade do Filho.
Qual é o
significado do título "FILHO DE DEUS? Ele enfatiza a natureza divina de
Jesus e o fato de ter nascido de uma virgem. Ele é o Filho de Deus porque ele
foi concebido pelo Espírito de Deus, o que tornou Deus, literalmente, seu Pai
(Lucas 12. 35). Quando Pedro confessou que Jesus era "O Cristo, o Filho de
Deus vivo", reconheceu o papel messiânico e a divindade de Jesus (Mateus
16: 16). Os judeus compreenderam o que Jesus queria dizer quando chamava a si
próprio de Filho de Deus e quando chamava Deus seu pai, porque tentaram matá-lo
por afirmar ser Deus (João 5: 18; 10: 33). Resumindo: o título "Filho de
Deus" reconhece a humanidade e chama a atenção para a divindade de Jesus.
Ele significa que DEUS manifestou a si mesmo na carne.
Devemos
notar que os anjos são chamados filhos de Deus (38: 7) por que Deus os criou
diretamente. Do mesmo modo, Adão era o filho de Deus pela criação (Lucas 3:38).
Os santos (membros da igreja de Deus) também são filhos de Deus, porque ele nos
adotou em seu parentesco (Romanos 8:18 a 19). Somos herdeiros de Deus e
co-herdeiros com Cristo, tendo todos os direitos de filiação. Jesus,
entretanto, é o Filho de Deu no sentido em que nenhum outro ser ou é ou pode
ser, porque Jesus é o unigênito Filho de Deus (João 3:16). Ele é o único
jamais concebido ou gerado pelo Espírito de Deus. Assim a sua filiação única
atesta sua divindade.
Filho de
Homem
O termo
"FILHO do HOMEM" chama a atenção primeiramente para a humanidade de
Jesus Cristo; ele faz alusão ao fato de que ele é o rebento da humanidade. O
Velho Testamento usa essa expressão, muitas vezes para se referir à humanidade.
Os seguintes versículos das escrituras, por exemplo, o usa para significar a
humanidade em geral, ou qualquer homem, sem
identificação específica: Salmos 146:3; Isaías 51:12; Jeremias 49:18 (o Salmo
8:4 tem o significado suficiente que se refere profeticamente ao Messias, como
é mostrado em Hebreus 6 e 7).
O termo FILHO do HOMEM" se refere, também muitas vezes, a um homem
específico, especialmente em Ezequiel, onde ele designa o profeta (Ezequiel
2:1, 3,6,8; Daniel 8:17). Em alguns versículos das escrituras ele a indica um
homem a quem Deus deu soberania e poder (Salmos 80:17; Daniel 7:13). Esses
últimos significados aparecem freqüentemente na literatura apocalíptica judaica
do período intertestamental.[15]
Jesus
usou o termo FILHO do HOMEM" referindo-se a si mesmo, muitas vezes. Na
maior parte das ocasiões, ele o usou como sinônimo de que "Eu" ou
como um título, dando ênfase à sua humanidade. Em alguns exemplos, a expressão
implica não simples fato de sua humanidade, bem como o poder e a autoridade
outorgada ao Filho pelo eterno Espírito de Deus (Mateus 24:30; 25:32). Para
resumir: Jesus abordou o título, com suas conotações de poder e de soberano do
mundo, mas aplicou-o a si mesmo em todas as situações. O título serve para nos
lembrar que Jesus era, realmente, um homem.apenas o
O Verbo
Discutimos
o conceito do Verbo no Chapter 4 - JESUS IS GOD. vamos
no entanto, olhar novamente para esse termo, a fim de distingui-lo, no uso, do
termo Filho, o Verbo ou Logos pode significar o plano ou pensamento, como ele
existia na mente de Deus. Esse pensamento era um plano predestinado -- um
acontecimento futuro absolutamente certo e -- e, portanto, tinha uma
realidade ligada a ele que nenhum pensamento humano poderia jamais possuir. O
verbo pode, também significar o plano ou pensamento de Deus enquanto expresso
na carne, quer dizer no Filho. Qual é a diferença, portanto, entre os dois termos,
VERBO e FILHO. O verbo tinha preexistência e o Verbo era Deus (O
Pai), assim, podemos usá-lo sem nos referir à humanidade. Entretanto, o Filho
se refere sempre a encarnação e não podemos usá-lo na ausência do elemento
humano. Exceto como um plano preestabelecido na mente de Deus, o Filho não
tinha pré-existência antes da concepção no ventre de Maria. O Filho de Deus
preexistia em pensamento, mas não em substância. A Bíblia chama de Verbo, esse
plano preestabelecido. (João 01:1 e 14).
Filho
Unigênito Ou o Filho Eterno?
João 3:16 chama Jesus de Filho unigênito de Deus. Muitas pessoas, entretanto, usam
a expressão "FILHO Eterno". Esta expressão é correta? Não. A Bíblia
não a usa nunca e ela expressa um conceito desmentido pelas Escrituras. A
palavra gênito vem do verbo gerar, que significa "Procriar, da
existência, ser o pai". Desse modo, genito, indica um momento
definido no tempo -- o instante quando a concepção se deu. Por definição, o
genitor (pai) sempre existe antes do gerado (rebento). Deve haver um tempo
quando o genitor existe e o gerado ainda não tenha existência, e deve
haver um instante no tempo quando o ato de geração ocorre. De outro modo a
palavra unigênito não tem sentido. Assim, as próprias palavras gênito
e filho contradizem, cada uma, palavra eterno quando aplicada
ao Filho de Deus.
Já discutimos que "FILHO DE DEUS", se refere à humanidade de
Jesus. Está claro que a humanidade de Jesus não é eterna, mas nasceu em Belém.
Só podemos falar de eternidade-passado, presente e futuro-com referência a
Deus. Uma vez que "FILHO de DEUS" se refere a uma humanidade ou
divindade enquanto manifestada em carne, a idéia de um Filho eterno se torna
incompreensível. O filho de Deus teve um começo.
O Começo
Do Filho
A filiação -- ou o papel de filho -- o que começou com a concepção da
criança no ventre de Maria. As escrituras deixam isso completamente
claro.Gálata 4:4 diz: "Vendo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu
filho, nascido de mulher, nascido sob a lei". O filho veio na plenitude do
tempo -- não na eternidade passada. O filho foi nascido de mulher e-não gerado
eternamente o filho foi nascido sob a lei-não antes da lei (veja, também,
Hebreus 7:28). O termo unigênito se refere a concepção de Jesus, descrita em
Mateus 1:18-20 e Lucas 1:35. O filho de Deus foi gerado quando o Espírito
Santo, miraculosamente, fez com que acontecesse a concepção no ventre de Maria.
Isso fica evidente no próprio significado da palavra unigênito de,
também, do relato de Lucas 1:35, que explica que, porque o Espírito Santo
envolveria Maria com sua sombra, por isso, sua criança seria filho o de Deus.
Devemos observar o tempo futuro do verbo nessa frase: "O ente santo que há
de nascer, será chamado Filho de Deus".
Hebreus
1:5-6 revela também que a geração do filho ocorreu em um determinado instante
do tempo em que o filho teve um começo no tempo: "Pois a qual dos anjos
disse jamais: tu és meu filho, eu hoje te gerei? E outra vez: eu lhe serei pai,
e ele me será filho? E, novamente, ao introduzir o primogênito no mundo, diz: e
todos os anjos de Deus o adorem". Desses versículos, podemos
concluir o seguinte: o Filho foi gerado em um determinado dia, no tempo; houve
um tempo quando Filho não existia; Deus profetizou a respeito da futura
existência do Filho ("Será"); e Deus trouxe o Filho ao mundo algum
tempo após a criação dos anjos.
Outros versículos das escrituras enfatizam o fato de que o Filho
foi gerado num determinado dia do tempo -- "Eu hoje te gerei" (Salmos
2:7; Atos 13:33). (Todos versículos do Velho Testamento que mencionam o Filho
são claramente proféticos, prevendo o dia quando o Filho de Deus seria gerado
Salmos 2:7 e 12; Isaías 7:14; 9:6). (Como estudamos no Capítulo 2 A NATUREZA DE DEUS, Daniel
3:25 se refere a um anjo. Mesmo se de fato descrevesse uma teofanía de
Deus, não poderia significar o então inexistente corpo de Jesus Cristo).
A partir
desses versículos, fica fácil ver que o Filho não é eterno, mas foi gerada por
Deus a mais de 2000 anos atrás. Muitos teólogos que não tem aceitado
completamente a grande verdade da unicidade de Deus, tem ainda, rejeitado a
doutrina do "FILHO ETERNO", como auto contraditória, em
desacordo com as escrituras e falsa. São exemplos: Tertuliano (pai da doutrina
do trinitarianismo, na história da igreja primitiva), Adam Clarke (o conhecido
comentarista bíblico), e Finis Dake (anotador da Bíblia pentecostal, que
é essencialmente triteistico).
O Término Da Filiação
A Filiação não apenas teve um começo, mas terá, em pelo menos sentido,
um fim. Isso se torna evidente a partir de I Corintios 15: 23-28
particular o verso 24, que diz: "E então virá o fim, quando Ele (Cristo
entregar o Reino ao Deus e Pai... o versículo 28 diz: "Quando porém,
todas as cousas lhe estiverem sujeitas, então o próprio filho também se
sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em
todos". Esse versículo das escrituras se torna inexplicável se pensarmos
em um " Deus filho" equiparado e co-eterno com Deus Pai. Mas ele se
torna facilmente explicável se nos dermos conta de que "Filho de
Deus" se refere a um papel específico que Deus assumiu temporariamente com
o propósito de redenção. Quando as razões da filiação deixarem de existir Deus
(Jesus) deixará de assumir seu papel de Filho e a filiação será, outra vez,
absorvida pela grandeza de Deus, que retornará a seu papel original como Pai,
criador e soberano de tudo. Efésios 5:27 descreve essa mesma cena em
termos diferentes: "Para apresentar a si mesmo (Cristo) igreja
gloriosa..., Jesus apresentará a igreja a si mesmo! Como pode ser isso à
luz de I Corintios 15:24, que descreve o filho apresentando o reino ao Pai? A
resposta é clara: Jesus em seu papel de filho, e como seu ato final como filho,
apresentará a igreja a si mesmo em seu papel de Deus Pai.
Encontramos, ainda, outra indicação de que a Filiação terá um fim.
Em atos 2:34 e 35. Pedro citou Davi no salmo 110:1: "Disse o Senhor ao meu
Senhor: assenta ti à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por
estrado dos teus pés". Devemos notar a palavra até. Essa passagem descreve
a natureza dual de Cristo, com o Espírito de Deus (o senhor) falando
profeticamente a manifestação humana de Cristo (o Senhor). A mão direita
de Deus representa o poder e autoridade de Deus. Fazer dos inimigos estrado
para os pés significa derrotar completamente o inimigo e tornar bem clara essa
derrota. Nos tempos antigos, o vitorioso, muitas vezes, fazia isso
literalmente, pisando sobre a cabeça o pescoço de seus inimigos (Josué 10:24).
Portanto, a profecia de Salmos 110 é a seguinte: o Espírito de Deus dará poder
e autoridade ao homem Cristo Jesus, o Filho de Deus, até que o Filho tenha
conquistado completamente os inimigos, o pecado e o mal. O Filho terá
poder até que faça isso. O que acontece ao Filho depois disso? Isso significa
que uma pessoa terna da trindade deixará de estar assentada à direita de Deus e
perderá todo o poder? Não. Isso significa simplesmente que o papel do Filho
como soberano cessará. Deus usará seu papel como Filho -- Deus manifestado em
carne -- para vencer Satanás, cumprindo assim, Gênesis 3:15 onde Deus
afirmou que a semente da mulher esmagaria a cabeça do mal. Depois
disso, Deus não precisará mais do papel humano para governar.
Depois
que satanás for lançado no lago de fogo, e todo o pecado for julgado no último
juízo (Apocalipse 20), não mais será necessário que o Filho use o trono do
poder. Jesus Cristo deixará de atuar em sua Filiação e será Deus para sempre.
Isso
significa que Deus deixará de usar o corpo ressurreto e glorificado de Cristo?
Acreditamos que Jesus continuará a usar seu corpo glorificado por toda a
eternidade. Isso está indicado em Apocalipse 22:3 e 4, que descreve um Deus
visível mesmo após o último dos juízos e após a criação do novo céu e da nova
terra: "Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de
Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e nas
suas frontes estará o nome dele". Jesus é sacerdote para sempre, segundo a
ordem de Melquesedeque (Hebreus 7:21), mesmo que ele deixe de atuar em seu
papel de sacerdote, após o último julgamento. O corpo humano glorificado do
Senhor é imortal, assim como serão imortais os nossos corpos (I João 3:2; I Corintios
15:50-54). Embora o corpo glorificado de Cristo continue a existir, todas as
razões para o reinado da filiação terão deixado de existir e todos os papéis
atuados pelo Filho e estarão cumpridos. Mesmo o Filho será colocado sobre
sujeição para que Deus possa ser tudo em todos. É nesse sentido que a filiação
deixará de existir.
O
Propósito Do Filho
Sendo o papel de Filho de Deus temporário, não eterno, por que
escolheu Deus manifestar-se através do Filho? Por que ele gerou o Filho?
O propósito primário do Filho é ser nosso Salvador. A obra da salvação
exigia muitos papéis que só um ser humano poderia cumprir,
incluindo os papéis de sacrifício, propiciação, substituto,
parente-resgatador, reconciliador, mediador, advogado, sumo sacerdote, segundo
dão e exemplo. Esses termos se sobrepõem de muitas maneiras, mas cada um
representa um aspecto importante da obra de salvação que, de acordo com o plano
de Deus, poderia ser cumprida por um ser humano.
De acordo com o plano de Deus, era necessário que o sangue os derramado
para remissão dos pecados do homem (Hebreus 9:22). O sangue de animais não
removeria o pecado do porque os animais são inferiores ao homem (Hebreus
10:4). Nenhum ser humano poderia resgatar o pecado de outro ser humano, porque
todos pecaram e todos trouxeram para si mesmos a penalidade para morte (Romanos
3:23; 6:23). Apenas Deus era sem pecado, mas ele não tinha carne e sangue.
Assim, Deus preparou um corpo para Si mesmo (Hebreus 10:5), para que ele
pudesse viver uma vida sem pecado na carne, que pudessem derramar sangue
inocente para salvar a humanidade. Ele se tornou carne e sangue para poder,
através da morte, vencer o mal e de bem-estar à humanidade (Hebreus 2:14 e 15).
Desse modo, Cristo é nossa propiciação -- o modo pelo qual obtemos perdão, a
satisfação da justiça de Deus, o apaziguamento da santa ira de Deus (Romanos
3:25. O sacrifício de Cristo é o meio pelo qual Deus perdoa nossos pecados sem
comprometer sua justiça. Somos salvos, hoje, pelo sacrifício de Jesus Cristo --
pela oferta do Filho de Deus (Hebreus 10:20; João 3:16). Assim, o Filho é o
sacrifício e a propiciação pelos nossos pecados).
Quando
Filho de Deus se tornou um sacrifício, ele se tornou, também, o nosso
substituto. Ele morreu em nosso lugar, levou sobre se os nossos pecados, que
pagou à pena de morte pelos nossos pecados (Isaías 53:5 e 6 ; I Pedro 2:24).
Ele foi mais que um Marte; ele realmente tomou o nosso lugar. Ele provou a
morte por todos os homens (Hebreus 2: 9). Naturalmente, a única maneira pela
qual Jesus poderia ser nosso substituto e morrer em nosso lugar, seria através
de sua vida em carne.
O
papel de Cristo como nosso parente-resgatador se torna possível através da
filiação. No Velho Testamento, se um homem vendesse sua propriedade. Ou se
vendesse como escravo, um parente próximo tinha o direito de comprar de
volta à propriedade daquele homem , ou de compra sua liberdade, em seu lugar
(Leviticos 25:25; 47:49). Vindo em carne Jesus se tornou nosso irmão (Hebreus
2:11 e 12). Assim, ele qualificou se a si mesmo como nosso parente-resgatador.
A Bíblia o descreve como nosso redentor (Romanos 3:24; Apocalipse 5:9) .
Por
sua humanidade, Jesus Cristo é capaz de mediar, quer dizer, ficar entre o homem
e Deus, e representar o homem diante de Deus. Como mediador Jesus reconcilia o
homem com Deus. Ele traz um homem de volta à comunhão com Deus (II Corintios
5:18-19). O abismo existente entre o Deus
santo e o homem pecador encontrou uma ponte m sem pecado, Jesus Cristo:
"Por quanto a um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo
Jesus, o homem" (1 Timóteo 2:5). Devemos observar com que cuidado Paulo
manteve a unicidade de Deus, esse versículo. Não há distinção em Deus, mais uma
distinção entre Deus e o homem Jesus Cristo. Não há duas personalidades em Deus
a dualidade existe em Jesus como Deus e Jesus como homem. Não é o Deus
intermediário entre Deus e o homem; nem é "Deus Filho". É, antes, o
homem Jesus que o mediador; somente um homem sem pecado poderá se aproximar de
um Deus Santo, em favor da humanidade.
Estreitamente
ligado com o papel de Cristo como mediador sendo papel de sumo sacerdote
(Hebreus 2:16-18; 4:14-16). Em sua humanidade Jesus foi tentado como nós somos;
e por causa de sua experiência humana que ele pode nos ajudar como um sacerdote
chefe de compaixão. Ele penetrou o tabernáculo celestial, esteve atrás do véu,
dentro do mais santo dos lugares e lá ofereceu seu próprio sangue (Hebreus
6:19; 9:11 e 12). Através de seu sacrifício de morte, nós temos acesso direto
ao trono de Deus (Hebreus 4:16; 6:20). O filho é nosso sumo sacerdote, através
de quem pode nos chegar, corajosamente, diante de Deus.
Do
mesmo modo, a filiação permite que Cristo seja nosso advogado, alguém chamado
para nos ajudar (I João 2:1). Se pecarmos, mesmo após a conversão, temos
alguém que pedirá misericórdia, por nós, diante de Deus. É mais uma vez, o
papel do filho que conseguE isso, porque, quando confessando os nossos pecados,
o sangue de Cristo é aplicado sobre esses pecados tornando possível sua
defesa, em nosso favor.
Através de sua humanidade. Jesus é o segundo Adão (I Corintios
15:45-47). Ele veio para conquistar e condenar o pecado na carne, e para vencer
a própria morte (Romanos 8:3; I Corintios 15: 55-57) ele veio como Homem para
que pudesse recolocar Adão como representante da raça humana. Agindo assim, ele
anulou todas as conseqüências da queda de Adão, para todos aqueles que
crêem nele (Romanos 5:12-21). Tudo aquilo que a humanidade perdeu por causa do
pecado de Adão, Jesus contestou de volta, como o segundo Adão o novo
representante da raça humana.
Há um outro aspecto da vitória de Cristo sobre o pecado na carne. Jesus
não apenas feio na carne para morrer, mas, também, para nos dar o exemplo de
uma vida vitoriosa, para que pudéssemos seguisse os passos (I Pedro 2:21). Ele
nos mostrou como viver de modo a vencer o pecado na carne. Ele se tornou o
Verbo de Deus interpretado em carne (João 1:1). Ele se tornou o Verbo vivo para
que pudéssemos compreender claramente como Deus queria que fôssemos.
Naturalmente, ele nos dá poder para seguir seu exemplo. Assim como somos
reconciliados pela sua morte, somos salvos por sua vida (Romanos 5:10). Seu
Espírito nos dá poder para viver a vida justa que Ele quer que vivamos (Atos
1:8; Romanos 8:4). O Filho não apenas apresenta o homem a Deus, como ele,
também, apresenta Deus ao homem. Ele é um apóstolo, alguém escolhido por Deus e
enviado por Deus com um propósito específico (Hebreus 3:1). Ele é um profeta,
apresentando Deus ao homem e revelando a palavra de Deus ao homem (Atos:
3:20-23; Hebreus1: 1 e 2). Sua humanidade é crucial a esse respeito, por que
Deus usou a humanidade do Filho para alcançar o homem, no nível do homem.
Além de proclamar a palavra de Deus, o Filho revelou o homem à natureza
de Deus. Através do Filho, Deus comunicou seu grande amor pelo homem e
demonstrou seu grande poder, de um modo que o homem pode entender. Como
foi explicado nos Capítulo 2 A NATUREZA DE DEUS e Capítulo 3 OS NOMES E TÍTULOS
DE DEUS, Deus usou o nome de Jesus como a revelação culminante de
sua natureza e a pessoa de Jesus como a culminação profética das teofanías do
Velho Testamento. Esse propósito da filiação se expressa em muitos versículos
das escrituras que ensinam a manifestação de Deus na carne. João 1:18 descreve
esse propósito do filho: "Ninguém jamais viu a Deus o Deus unigênito, que
está no seio do Pai, é quem o revelou". Isaías profetizou que essa
revelação aconteceria: "A glória do Senhor se manifestará, e da carne a
verá" (Isaías 40:5). Paulo escreveu, que isso, realmente, aconteceu em
Cristo: "Por que Deus que disse: das trevas resplandeça a luz -- ele mesmo
resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de
Deus na face de Cristo" (II Corintios 4:6). Em outras palavras, o Filho de
Deus se tornou um meio pelo qual o Deus invisível e incompreensível se revelou
ao homem.
Um outro propósito do Filho é providenciar o cumprimento de muitas
promessas do Velho Testamento, feitas a Abraão, e Isaque, Jacó, a nação de
Israel e a Davi. Jesus Cristo cumprirá as promessas relativas aos descendentes
desses homens, e ele fará isso durante o Reino do milênio na terra o
(Apocalipse 20:4). Ele será, literalmente, o rei de Israel e de toda a terra
(Zacarias 14:16 e 17; João 1:49). Deus prometeu a Davi que sua casa e trono
seriam estabelecidos para sempre (II Samuel 7:16). Jesus cumprirá isso, literalmente,
em si mesmo, da verdadeira linhagem de Davi, através de Maria. E sendo herdeiro
do trono de Davi o seu pai legal José (Mateus 1).
A filiação permite a Deus, também, a julgar o homem. Deus é justo
e bom. Ele é, também, misericordioso. Em sua justiça e misericórdia ele
resolveu não julgar o homem até que ele tivesse, realmente, experimentado todas
as tentações e problemas da humanidade e até que tivesse demonstrado que é
possível viver justamente na carne (com poder divino, naturalmente, mas com
mesmo poder que ele tem colocado à nossa disposição). A bíblia afirma,
especificamente, que o Pai não jogará ninguém; somente o Filho será um juiz
(João 5:22 e 27). Deus jogará através de Jesus Cristo (Romanos 2:16). Em outras
palavras, Deus (Jesus) julgará o mundo no papel daquele que viveu na carne, que
venceu o pecado na carne, e que tornou possível que o mesmo poder vencedor
estivesse disponível a toda a humanidade.
Em resumo, ha muitos propósitos para o Filho. No plano de Deus o
Filho era necessário para trazer a salvação ao mundo. Isso incluem os papéis
de: 1) sacrifício, 2) substituto 3) parente-redentor, 4) e conciliador, 5)
mediador, 6) sumos sacerdotes, 7) advogado, 8) segundo Adão, 9) exemplo de
retidão. A filiação também tornou possível para Cristo ser: 10) apóstolo, 11)
profeta, 12) revelador da natureza de Deus, 13) rei e 14) juiz. Todos esses
papéis exigiam um ser humano para que fossem realizados; a partir deles vemos
por ter deus vê o mundo, em carne, como Filho.
Após estudamos os propósitos da filiação, é fácil ver por que o Filho
veio a existir em um determinado instante do tempo, em vez de existir
desde toda a eternidade. Deus simplesmente esperou a plenitude do tempo, quando
todos esses propósitos poderiam, de modo melhor, serem postos em ação (Gálatas
4:4). Assim, o Filho não tinha existência substancial até o momento da
concepção de Cristo, no ventre de Maria.
Após o reinado do milênio e do último julgamento, os propósitos da
filiação estarão cumpridos e o reinado do Filho terá fim. Quando temos em vista
o propósito do Filho, podemos entender que a filiação é temporária e não
eterna: a Bíblia nos diz quando a filiação começou e quando o ministério da
filiação acabará.
Para recordar e para obter maiores explicações sobre alguns conceitos a
respeito do filho, podemos estudar Hebreus 1, que contém várias
referências interessantes a esse respeito. O versículo 3 descreve o Filho
como brilho da glória de Deus e a imagem expressa de sua pessoa. A palavra hypostasis,
traduzida como "Pessoa" na versão King James, significa substância,
natureza ou ser. A NIV traduz o versículo 3, da seguinte maneira: "O Filho
é a radiação da glória de Deus e a representação exata de seu ser". Numa
passagem similar,Colossenses 1:15 diz que o filho é a imagem do Deus invisível.
Vemos, outra vez, que o Filho é uma manifestação visível do Pai, em carne. O
Filho é uma representação exata ou imagem de Deus, com toda a glória de Deus.
Em outras palavras, o Deus invisível (Pai) se manifestou em carne visível, como
o Filho, para que os homens pudessem contemplar a glória de Deus e pudessem
entender como Deus realmente é
Hebreus 1 pode ser visto como uma reafirmação de João 1, passagem na
qual lemos que Deus pai foi feito carne. Hebreus 1:2 diz que Deus nos falou
através do Filho; João 1: 14 diz que o Verbo se fez carne, e João 1:18 afirma
que o Filho revelou Deus o Pai. desses versículos compreendemos que o Filho não
é distinto do Pai em personalidade, mas é o modo pelo qual o Pai revelou a Si
mesmo ao homem.
O Filho e
a Criação
Hebreus 1:2 afirma que Deus criou o universo através do Filho. Do mesmo
modo,Colossenses 1:13-17 diz que todas as coisas foram criadas pelo
Filho, e Efésios 3:9 diz que todas as coisas foram criadas por Jesus Cristo. O
que significam criadas "Pelo Filho", uma vez que o Filho não tinham
uma pré-existência substancial, antes da encarnação?
Naturalmente, sabemos que Jesus, como Deus, pré existiu a encarnação uma
vez que a divindade de Jesus não é outro senão a do próprio Pai. Reconhecemos
que Jesus (o Espírito divino de Jesus) é realmente o criador. Esses versículos
descrevem o Espírito eterno que estava no Filho -- a divindade que mais tarde
foi encarnada como o Filho -- como o criador. A humanidade de Jesus não poderia
criar, mas Deus, que veio no Filho como Jesus Cristo, criou o mundo. Hebreus
1:10 declara que Jesus, como o Senhor, foi o criador.
Essas passagens das escrituras talvez tenham, ainda, um significado mais
profundo: embora o Filho não existisse no tempo da criação, exceto como o Verbo
na mente de Deus, Deus usou seu preconhecimento do Filho, quando criou o mundo.
Sabemos que ele criou o mundo pela palavra de Deus (Hebreus 11:3 ele criou o
mundo tendo em sua mente o conhecimento de seu plano para a encarnação de
redenção na cruz. Talvez, com esses mesmo preconhecimento eles usassem a
filiação para criar o mundo. Quer dizer, ele fundamentou toda a criação na
futura vinda de Cristo. Como John Miller explica: embora ele não manifestasse
sua humanidade até a plenitude do tempo, ainda assim ele a usou e agiu com ela,
desde toda a eternidade". [16] Romanos
5:14 afirma que Adão três figurava aquele que havia de vir, a saber, Cristo;
pois Deus, e evidentemente tinha o Filho em mente, quando criou Adão.
Sabemos que Deus não vive no tempo e que ele não é limitado pelo tempo
como nós somos. Ele conhece o futuro com certeza e pode, com certeza,
predeterminar um plano. Assim, ele pode exigir em um acontecimento futuro
porque ele sabe o que vai acontecer. Ele pode ver coisas que não existem, como
se existissem (Romanos 4:17). Assim foi o cordeiro sacrificado antes da criação
do mundo (Apocalipse 13:8), e é por isso que o homem Jesus pode orar: "E
agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de
ti, antes que houvesse mundo" (João 17:5). Embora Deus criar o homem para
que o amasse e adorasse (Isaías 43:7; Apocalipse 4:11), o pecado do homem teria
contrariado propósito de Deus na criação, não tivesse tido Deus o plano de
restauração homem através do Filho. Deus previu a queda do homem, mas, não
obstante, ele criou o homem uma vez que tinha predestinado o Filho e o futuro
plano da redenção (Romanos 8:29-32). O plano a respeito do Filho estava na
mente de Deus no momento da criação e era necessário para que a criação tivesse
bom êxito. Portanto, ele criou o mundo através do Filho.
Sabemos que os versículos das escrituras que fala da criação pelo Filho
não podem significar que o Filho existia substancialmente no momento da
criação, como pessoa separada do Pai. O Velho Testamento proclama que um ser
individual nos criou, e ele é Jeová, o Pai: "Não temos nós todos um mesmo
pai? Não nos criou o mesmo Deus?" (Malaquias 2:10); "Assim diz o
SENHOR, que te redime, o mesmo que formou desde o ventre materno: eu sou o
SENHOR que faço todas as coisas, que sozinho estendi os céus, e sozinho
espraiei a terra" (Isaías 44:24).
Jesus não foi crucificado, num sentido físico, antes da criação, o Filho
não foi gerado antes da criação, e o homem Jesus não existia para ter glória,
antes da criação. (nota: Jesus falou como homem, em João 17:5, porque por
definição, Deus não ora nem tem necessidade de orar). Como pode abrir descrever
todas essas coisas como existindo antes da criação? Elas existiam na mente de
Deus como um plano futuro e predeterminado. Aparentemente, os versículos das
escrituras, que fala de Deus criando o mundo pelo Filho, querem dizer que Deus
usou e aproveitou seu futuro plano de filiação quando ele criou o mundo. Com
certeza o plano para o Filho e para a redenção e existiu na mente de Deus,
antes e durante a criação. (para maior esclarecimento do assunto, veja o
tratamento que demos a Gênesis 1:26, no Capítulo 7 EXPLICAÇÕES DO
ANTIGO TESTAMENTO.)
Resumindo, podemos olhar a criação pelo Filho, de duas maneiras:
1) o próprio espírito de Deus, que mais tarde se encarnou como Filho,
era o criador.
2) embora o filho não existisse fisicamente, Deus tinha o plano do Filho
em sua mente, no momento da criação e. Ele confiou naquele plano -- ele confiou
na filiação -- para cumprir seu propósito na criação, apesar de seu
preconhecimento do pecado do homem.
O
Primogênito
Hebreus
1:6 chama o Filho de primogênito. E isso não significa que o Filho foi o
primeiro ser criado por Deus, nem mesmo que ele foi criado pois esse mesmo a
versículo indica que a "genitura" ocorreu depois da criação dos
anjos. Com certeza, o Filho não foi "Gerado eternamente", porque o
versículo 5 descreve a genitura acontecendo a um determinado momento no tempo:
"Tu és meu Filho, eu hoje te gerei". Portanto, em que o Filho é o
"Primogênito"?
O termo tem vários sentidos. Em um sentido da palavra, o
Filho não era apenas o primeiro gerado como também o único gerado (João 3:16).
Isso quer dizer, o Filho é a única pessoa, literalmente, concebida pelo
Espírito Santo (Deus); seu nascimento de uma virgem tornou possível que a
completa divindade e a completa humanidade se unissem em uma pessoa. Ainda
mais, o Filho é o primogênito no sentido de que ele foi planejado na mente de
Deus antes de qualquer outra coisa. Além disso, o Filho é o primogênito por ter
sido o primeiro a conquistar o pecado e a morte. Ele é "O primogênito dos
mortos" (Apocalipse 1:5), "O primogênito entre muitos irmãos"
(Romanos 8:29) e "O primogênito de entre os mortos". (Colossenses
1:18). Todos esses versículos usam a mesma palavra grega Prototokos,
como em Hebreus 1:6. Cristo era as primícias da ressurreição, uma vez que ele
foi o primeiro a ser fisicamente ressuscitado e o primeiro a receber um corpo
glorificado (I Corintios 15:20).
Sendo Jesus Cristo o cabeça da igreja, que é chamada a
"Igreja dos (pertencentes) primogênitos" (Hebreus 12:23), podemos
interpretar a designação de Cristo como "O primogênito (prototokos) de
toda a criação", em Colossenses 1:15, como significando primeiro nascido
da família espiritual de Deus a ser escolhido de toda criação. Pela fé nele,
podemos nos tornar filhos de Deus, pelo novo nascimento (Romano 8:14-17 de).
Jesus é o autor e consumador de nossa fé (Hebreus 12:2 ), o capitão de nossa
salvação (Hebreus 2:10), o apóstolo e o sumo sacerdote de nossa confissão
(Hebreus 3:1), e nosso irmão (Hebreus 2:11 e 12). É em seu papel redentor que
ele pode ser chamado de primogênito ou primeiro nascido entre muitos irmãos.
O título de Cristo, de primogênito, tem significado não apenas no
sentido de primeiro em ordem, mas, também, de primeiro em poder, autoridade e
primazia, assim como o irmão mais velho tem primazia entre seus irmãos.
Enquanto aplicado a Cristo, primogênito não significa que ele foi o primeiro
homem fisicamente nascido, mas que ele é o primeiro em autoridade. Esse é o
significado I Colossenses 1:15, quando diz que ele é "O primogênito
de toda a criação", como vemos nos versículos subseqüentes. Os versículos
16-18 descrevem Jesus como criador de todas as coisas, o detentor de todo o
poder e a cabeça da igreja. Em particular, o versículo 18 disse que ele é
"O primogênito de entre os mortos, para em todas as cousas ter a
primazia".
Para resumir, Jesus é o primogênito ou o primeiro nascido, em
vários sentido .1) Ele é o primeiro e único Filho gerado por Deus, pois foi
concebido pelo Espírito Santo. 2) o plano da encarnação existia na mente de
Deus desde o princípio, antes de qualquer outra coisa .3) que em sua
humanidade, Jesus é o primeiro homem a conquistar o pecado e ele é, portanto, o
primeiro nascido da família espiritual de Deus. 4) em sua humanidade, Jesus é o
primeiro homem a vencer a morte e, assim, Ele é as primícias da ressurreição ou
primogênito dos mortos.5) Jesus é a cabeça de toda a criação e a cabeça da
igreja, portanto, Ele é o primogênito no sentido de ter primazia e autoridade
sobre todas as coisas, assim como irmão mais velho, tradicionalmente, tem
primazia entre seus irmãos. Os quatro primeiros pontos se referem a ser o
primeiro em ordem, enquanto o quinto se refere a ser o primeiro em poder e
grandeza.
A designação de Cristo como o primogênito não significa que ele
foi criado ou gerado por um outro Deus. Significa, antes, que como homem,
Cristo é o primeiro e o mais velho dos irmãos, na família espiritual de Deus,
em que Ele tem autoridade e poder sobre toda a criação.
Hebreus
1:8-9
"Mas, acerca do Filho: o teu trono, ó Deus, é para todo o
sempre... Deus, o teu Deus, de ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos
seus companheiros." a primeira parte desta passagem se refere claramente à
divindade do Filho, enquanto a segunda parte se refere à humanidade do Filho. O
escritor de Hebreus está citando uma passagem profética que encontramos no
Salmo 45:6 e 7. Esse assunto não é sobre a Divindade, mas uma afirmação
profética inspirada por deus e tendo em vista a futura encarnação de Deus. Deus
estava falando profeticamente, através do salmista, para se revelar num futuro
papel.
Conclusão
Em conclusão, temos aprendido que o termo "Filho de Deus" se
refere a encarnação, ou a manifestação de Deus com em carne. Deus
planejou o Filho antes do começo do mundo, mas o Filho não
teve real existência substancial até a plenitude do tempo. O Filho teve um
começo porque o Espírito de Deus gerou (concebeu) o Filho no ventre de
Maria. O reinado do Filho terá um fim porque quando a igreja for apresentada a
Deus e quando Satanás, o pecado e a morte, tiverem sido julgados e dominados, o
papel do Filho cessará. O Filho cumpre muitos papéis que no plano de Deus
poderiam ser cumpridos apenas por um ser humano sem pecados. Naturalmente, o
definitivo propósito do Filho e providenciar os meios de salvação para a
humanidade decaída.
Concluímos três coisas a respeito do uso da expressão "Filho
de Deus". 1) não podemos usá-la separadamente da humanidade de Cristo,
porque ela se refere, sempre, a carne ou ao Espírito de Deus em carne.2) Filho
é sempre usado com referência ao termo, porque a filiação teve um começo e terá
um fim . 3) como Deus, Jesus tem todo o poder, mas como Filho ele era limitado
em poder. Jesus era tanto o homem quanto Deus.
A doutrina bíblica do Filho é uma verdade maravilhosa. Ela
apresenta algumas idéias complexas, principalmente porque é difícil para a
mente humana compreender um ser que tenha uma natureza tanto humana
quanto divina. Através do Filho, Deus apresenta vivida- mente sua natureza ao
homem, particularmente seu amor incomparável.
A doutrina do Filho não ensina que Deus Pai amou o mundo de tal maneira
que enviou outra pessoa, "Deus Filho", para morrer e reconciliar o
mundo como Pai. Pelo contrário, ela ensina que Deus Pai amou o mundo de tal
maneira que Se vestiu em carne e deu a Si mesmo, como Filho de Deus, para
reconciliada consigo o mundo (II Corintios 5:19). O único Jeová de Deus, do
Velho Testamento, o grande criador do universo, o humilhou-se a Si mesmo, na
forma de um homem para que o homem pudesse vê-lo, compreendê-lo e se comunicar
com ele. Ele fez um corpo para si mesmo, chamado Filho de Deus.
Deus mesmo providenciou meios para redimir a humanidade. "Viu
que não havia ajuda dor algum e maravilhou-se de que não houvesse um
intercessor pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a
salvação" (Isaías 59:16). Para seu próprio braço providenciou
salvação . Uma compreensão correta do Filho tem, portanto, o efeito de
engrandecer e glorifica o Pai. De seu papel como Filho, Jesus orou ao Pai:
"Eu te glorifiquei na terra... manifestei o teu nome... eu lhes fiz
conhecer o teu nome" (João 17 4,6 e 26.) O Pai revelou a Si mesmo ao mundo
e reconciliou consigo mundo, através do
Filho.
Capítulo
6. PAI, FILHO, E ESPÍRITO SANTO
"Eu
e o Pai somos um" (João 10:30).
"E
eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolado... o Espírito da verdade"
(João 14:16 e 17).
No Chapter 4 - JESUS IS GOD discutimos o conceito de bíblico
do Filho. Neste capítulo, examinaremos o significado dos termos Pai e Espírito
Santo, enquanto aplicados a Deus. Vamos, também, estudar os
relacionamentos e as distinções existentes entre os três termos: Pai, Filho
e Espírito Santo. Será que esses termos identificam, realmente, três
pessoas diferentes ou três personalidades na divindade? Ou será que eles
indicam três papéis, modos, funções ou ofícios diferentes, pelos quais o único Deus
opera e revela a si próprio?
O Pai
A expressão "Deus Pai" é bíblica e se
refere ao próprio Deus (Gálatas
1:1-4). Deus é o
Pai; ele não é meramente Pai do filho,
mas o Pai
de toda a
criação (Malaquias 2:10; e Hebreus
12:9). Ele
é, também, nosso pai, em razão
do novo nascimento
(Romanos 8:14-16). O título pai indica relacionamento entre Deus e o
homem, particularmente
entre Deus e seu Filho
e entre Deus
e o homem
regenerado. Jesus ensinou,
muitas vezes, que Deus
é nosso pai
(Mat. 5:16,45 e 48).
Ele nos ensinou
orar: "Pai nosso que
estados nos céus" (Mateus 6:9). Como
homem, no
entanto, Jesus
tinha, ainda, um relacionamento
especial com Deus de um
modo que nenhum
outro homem jamais teve.
Ele era a
único filho gerado pelo Pai
(João 3:16), o único que foi
realmente concebido pelo Espírito de Deus e
o único que
tinha a plenitude
de Deus,
sem limites.
A Bíblia ensina claramente que há apenas
um Pai (Malaquias 2:10, Efésios 4:6). Ela também
afirma que Jesus é o
único Pai (Isaías 9:6;
João 10:30). O Espírito
que habitava o Filho de
Deus não era
outro senão o Pai.
É importante observar que o
nome do pai
é Jesus, porque
esse nome expressa
e revela plenamente
o Pai.
Em João 5:43, Jesus disse: "Eu
vim em nome
de meu Pai". De
acordo com hebreus 1:4,
o filho "Herdou mais excelente
nome".
Em outras palavras, o filho
herdou o nome
de seu pai. Assim,
entendemos por que Jesus disse
que ele manifestou
e declarou o nome do
pai (João
17:6 e 26).
Ele cumpriu a profecia do velho testamento que afirma que
o Messias declararia o nome
do Senhor (Salmos 22:22;
Hebreus 2:12). Em
nome de quem
veio o filho? Que nome
ele obteve de seu pai, por herança? Que nome
o filho manifestou? A resposta
é clara.
O único nome
que ele usou
foi o nome
de Jesus,
o nome de
seu pai.
O Filho
Basicamente, a expressão
"Filho de Deus"
se refere a
Deus quando manifestado em carne, na
pessoa de Jesus
Cristo, para
a salvação da humanidade.
O nome do
filho é Jesus:
"Ela dará à luz um
filho e lhe porás o nome
de Jesus"
(Mateus 1:21). Uma vez que vai
se refere apenas
à divindade, ao passo
que "Filho
de Deus"
se refere à
divindade enquanto encarnada em humanidade, não cremos
que o Pai seja
o filho.
Embora não acreditamos que
o Pai seja o filho,
acreditamos, com certeza,
que o Pai
está no Filho (João 14:10). Sendo
Jesus o nome
do Filho de
Deus, tanto
em relação à sua divindade
como Pai quanto
à sua humanidade
como filho,
Jesus é o
nome de ambos, do Pai
e do Filho.
O Espírito
Santo
Esse
termo "Espírito Santo", no KJV é traduzido da palavra grega
pneuma.
O Espírito Santo é, simplesmente, Deus.
Deus é santo
(Leviticos 11:44; I Pedro 1:16). De fato,
apenas Ele é santo em Si mesmo.
Deus é também
Espírito (João 42: 4) e há somente um Espírito
de Deus (I Corintios 12:11; Efésios 4:4). Portanto, "Espírito Santo" é um outro
termo para o único Deus.
Fica evidente que o Espírito
Santo é Deus
se compararmos Atos 5:3 com 5:4, e se compararmos I Corintios 3:16 com 6:19.
Essas passagens identificam o Espírito Santo com o
próprio Deus.
Não podemos limitar os termos "Espírito Santo" e "O
Espírito de Deus" ao
Novo Testamento, nem limitar, do mesmo
modo, o
papel ou manifestação
de Deus que
eles descrevem. Encontramos o Espírito mencionado
através de todo o Velho
Testamento, a partir de
Gênesis 1:2. Pedro nos diz
que os profetas
antigos foram movidos pelo Espírito
Santo (II Pedro
1:21).
Se Espírito Santo é simplesmente Deus, porque há
necessidade desse termo? O
motivo é que
ele dá ênfase
a um aspecto
particular de Deus: Ele
enfatiza que ele, que
é um Espírito
Santo, onipresente e invisível,
opera entre todos os homens, em todos
os lugares,
e pode preencher
os corações dos homens.
Quando falamos do Espírito Santo, estamos lembrando
a nós mesmos
da obra invisível
de Deus entre
os homens e
de seu poder
para ungir,
batizar, tornar
plenas, e
a habitar as
vidas humanas. O termo
fala de Deus
em atividade."E
o Espírito de Deus pairava
sobre as águas" (Gênesis 1:2). Ele se refere
a Deus agindo
entre os homens
a fim de
regenerar sua natureza decaída
e capacitá-los a realizar a vontade
sobrenatural de Deus no mundo. Observamos que
o Espírito é o agente
do novo nascimento
(João 3:5; Tito 3:5).
Uma vez que
o Espírito é o próprio
Deus, o modo correto de usarmos os
pronomes Ele e Seu para
nos referimos ao Espírito será
com letras maiúsculas. Muitas
vezes os amos
"Espírito Santo" como uma forma abreviada
de nos referir
ao "Batismo
(ou dom)
Espírito Santo", e, em tais casos, podemos,
a também,
apropriadamente, usar ele e
seu com letras
minúsculas. Quando fazemos isso, temos
que nos lembrar, no entanto, que o
Espírito Santo é Deus e não
simplesmente uma força ou fluído
sem inteligência. Os versículos
seguintes revelam que o Espírito Santo é, de fato, Deus
e não uma
força sem inteligência: Atos 5:3 e 4, 9; 20:23
e 28; 21:11.
Pelo nome de
Jesus o Espírito
é revelado e recebido.
Ele não é
uma pessoa à parte, com
identidade separada, que vem
em outro nome. Jesus disse:
"O Consolador, o Espírito
Santo, a quem o Pai
enviará em meu nome..." (João
14:26).
O Espírito Santo vem,
portanto, em
nome de Jesus.
O Pai é o
Espírito Santo
O único
Deus é Pai de todos, é Santo, e é Espírito. Portanto, os títulos Pai e Espírito
Santo descrevem o mesmo ser. Para dizer de outro modo, o único Deus pode
realmente cumprir dois papéis, de Pai e Espírito Santo. As escrituras atestam
isso.
1- João
3: 16 diz que Deus é o Pai de Jesus Cristo e Jesus se referiu ao Pai como seu
próprio Pai, muitas vezes (João 5:17 e 18). Ainda Mateus 1:18-20 e Lucas 1: 35
revelam, claramente, que o Espírito Santo é o Pai de Jesus Cristo. De acordo
com esses versículos das escrituras, Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e
nasceu, Filho de Deus.
O único
que faz com que haja a concepção é o Pai. Como todos os versículos das
escrituras, que se referem à concepção ou genitura do Filho de Deus, fala do
Espírito Santo como sendo o agente da concepção, fica evidente que o Pai do
corpo humano de Jesus é o Espírito e é lógico concluímos que o Espírito Santo é
o Pai de Jesus Cristo, o filho de Deus.
2 - Joel
2: 27-29 registram as palavras de Jeová Deus: "Derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne". Pedro aplicou esses versículos ao batismo do Espírito
Santo, obviamente o Espírito de Jeová tem que ser um Espírito Santo.
3 - A
bíblia chama o Espírito Santo de "O Espírito do Senhor" (Isaías
40:13), o Espírito de Deus (Gênesis 1: 2), o Espírito do Pai (Mateus 10:20).
Havendo um único Espírito, todas essas expressões devem se referia ao mesmo
ser. O Espírito Santo não é outro senão Jeová Deus, nem outro senão o Pai.
Para um
estudo mais completo da identificação do Espírito Santo com o Pai, considere as
seguintes comparações da Bíblia:
1- Deus
Pai ressuscitou Jesus dos mortos (Atos 2:24; Efésios 1:17-20), todavia o
Espírito ressuscitou Jesus de entre os mortos (Romanos 8:11).
2 - Deus
Pai vivifica (dá vida) aos mortos (Romanos 4:17; I Timóteo 6:13), no entanto
Espírito também o faz (Romanos 8:11).
3 - O
Espírito nos adota, o que significa que Ele é o nosso Pai (Romanos 8:15 e 16).
4 - O
Espírito habita a vida de um cristão (João 14:17; Atos 4:31), o Espírito do Pai
habita os corações dos homens (Efésios 3:14-16). É o pai que vive em nós (João
14:23).
5 - O
Espírito Santo é nosso condicionador (João 14:26, em grego parakletos), mas
Deus Pai é o Deus de toda consolação (paraklesis) que nos conforta (parakaleo)
em toda tribulação (II Corintios 1:3 e 4).
6 - O
Espírito nos retifica (I Pedro 1:2), também o Pai nos santifica (Judas 1).
7 - Toda
a escritura é dada por inspiração de Deus (II Timóteo 3:16), ainda assim, os
profetas do Velho Testamento eram movidos pelo Espírito Santo (II Pedro 1: 21).
8 -
Nossos corpos são templos de Deus (I Corintios 3:16 e 17), são, também, templos
do Espírito Santo (I Corintios 6:19).
9 - O
Espírito do Pai nos dirá o que dizer em tempos de perseguição (Mateus 10:20),
mas o Espírito Santo, também (Marcos 13:11).
De
todos esses versículos das Escrituras, concluímos que o Pai e o Espírito Santo
são, simplesmente, duas descrições diferentes de um único Deus. Os dois termos
descrevem um mesmo ser, mas dão ênfase ou esclarecem diferentes aspectos,
papéis ou funções que Ele possui.
A
Divindade de Jesus Cristo é o Pai
A
divindade residente em Jesus não é senão o Pai. Em outras palavras, o Espírito
no Filho é o Pai. (veja a parte, Jesus é o Pai, no Capítulo 4 - JESUS É DEUS para um estudo completo desse
ponto.
A
Divindade de Jesus Cristo é o Espírito Santo
O
Espírito Santo é chamado de o Espírito de Jesus Cristo (Filipenses 1:19), e de
o Espírito do filho (Gálatas 4:6). 2 Corintianos 3:17 fala do único Espírito:
"Ora o Senhor é o Espírito", e "O Senhor que é o Espírito"
(versículo 18). Em resumo, o Espírito que habita em Jesus Cristo não é outro
senão o Espírito Santo. O Espírito no filho é o Espírito Santo.
Abaixo
veremos o paralelismo de alguns versículos das Escrituras revelam que o
Espírito de Cristo é o Espírito Santo.
1 - O
Espírito de Cristo estava nos profetas do passado (1 Pedro 1: 10 e 11), embora
saibamos que eles vieram movidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:21).
2 - Jesus
ressuscitará os crentes da morte (João 6:40), ainda assim, o Espírito
vivificará (dará vida) os mortos (Romanos 8:11).
3 - O
Espírito ressuscitou a Cristo de entre os mortos (Romanos 8:9-11), embora Jesus
afirmasse que Ele ressuscitaria a Si mesmo de entre os mortos (João 23:19-21).
4 João 14:16 diz que o Pai
enviaria outro Consolador, a saber, o
Espírito Santo, embora, em
João 14:18, Jesus tenha dito:
"Não vos deixarei órfãos, voltarei para
vós outros". Em outras
palavras, o
outro consolador é Jesus em
uma outra forma __em Espírito, e não
em carne.
Jesus explicou isso no versículo 17, dizendo que o
Conservador já habitava entre os discípulos de que Ele
logo estaria neles. Quer
dizer, o
Espírito Santo estava com eles na
pessoa de Jesus
Cristo, mas
o Espírito Santo, o Espírito
de Jesus Cristo, logo estaria
neles. Jesus
explicou mais sobre esse ponto
em João 16:7, dizendo que
ele tinha que
partir, pois, se não, o outro
consulado não viria. Por
que? Enquanto Jesus estivesse junto deles em
carne não poderia
estar presente espiritualmente em seus corações,
mas depois que partisse fisicamente
ele enviaria de novo seu
próprio Espírito para estar com
eles.
5 O Espírito Santo habita o coração dos cristãos
(João 14:16), e ainda assim Jesus
prometeu que a habitaria
seus seguidores até o fim
do mundo (Mateus 28:20).
Do mesmo modo, os crentes
são plenos do Espírito Santo
(Atos 2:4 e 38), e ainda é
Cristo que habita em nós
(colossenses. 1: 27).
6 -
Efésios 3:16 e 17 dizem que tendo Espírito no homem interior, temos Cristo em
nossos corações.
7 -
Cristo Santifica a Igreja (Efésios 5: 26), mas também o Espírito o faz (1 Pedro
1:2).
8 - O
Espírito Santo é o prometido parakletos de João 14:26 (palavra grega
traduzida como "Consolador" na versão King James), e ainda Jesus é o
nosso parakletos em 1 João 2:1 (a mesma palavra grega traduzida como
"Advogado", na versão King James). Devemos notar que o mesmo autor -
o apóstolo João - escreveu ambos os versículos, devendo, presumivelmente, estar
atento ao paralelismo.
9 O
Espírito é nosso intercessor (Romanos 8:26), mas Jesus é, também, nosso
intercessor (Hebreus 7:25).
10 - O
Espírito Santo nos dirá o que falar em tempos de perseguição (Marcos 13:11),
embora Jesus tenha dito que ele o faria (Lucas 21:15).
11 - Em
Atos 16:6 e 7, a RSV e a NIV igualam, amos, o Espírito Santo ao Espírito de
Jesus.
Pai, Filho, e Espírito Santo
Está
claro que os termos Pai, Filho e Espírito Santo não pode
implicar em três pessoas, personalidades, vontade ou serem separados. Eles
podem significar, apenas, aspecto ou papéis diferenciados de um ser - Espírito
- o único Deus. Eles descrevem o relacionamento de Deus com o homem, não
pessoas existentes numa Divindade. Usamos Pai para enfatizar o papel de
Deus como Criador, Pai de espíritos, Pai dos crentes regenerados e Pai da
humanidade de Jesus Cristo. Usamos Filho para significar ambos, a
humanidade de Jesus Cristo e Deus como ele se manifestou na carne com o
propósito de salvar o homem. Usamos Espírito Santo para enfatizar o
poder ativo de Deus no mundo, e entre os homens, particularmente sua obra de
regeneração.
Devemos
observar que esses três títulos não são os únicos que deus possui. Muitos outros
títulos com nomes usados para deus são significativos e aparecem freqüentemente
na bíblia, inclusive termos com SENHOR (Jeová), senhor, palavra, deus
Todo-Poderoso, e o único santo de Israel. A unicidade, como ponto de vista, não
nega o pai, o filho e o Espírito Santo, mas rejeita que esses termos sirvam
para designar pessoas da divindade. Deus tem muitos títulos, mas ele é um único
ponto ele é indivisível quanto à sua existência, mas sua revelação de si mesmo
a humanidade tem sido expressa através de muitos meios, inclusive sua revelação
como o pai, no filho, e como Espírito Santo.
Efésios
3:14-17, que, citamos, várias vezes, neste capítulo, demonstra que o pai, o
espírito e Cristo são um, no sentido descrito. "Por esta causa nem ponha
de joelhos diante do pai, de quem toma o nome de toda a família, tanto no céu
como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que
seja mais fortalecido com poder, mediante o seu espírito no homem interior; e
assim habita Cristo nos vossos corações, pela fé..." a versão King James é
ambígua quanto à "Seu espírito" se referia ao espírito do pai ou
espírito de Cristo. As versões NIV, TAB, RS e o texto grego de Nestle, todos,
tornam claro que "Seu" se refere ao "Pai". Essa passagem e
identifica, portanto, o Espírito que está no coração do cristão como o Espírito
do pai e, também, como Cristo. O pai, Cristo e o Espírito se referem, todos, a
um único Deus indivisível.
O que
podemos comentar a respeito de passagens das Escrituras que parecem descrever mais
que uma pessoa na Divindade? Isso acontece apenas por causa dos anos que têm
sido usadas como argumentos por parte daqueles que acreditam em mais de uma
pessoa da Divindade. Quando uma pessoa liberta sua mente de todas as
interpretações, conotações e doutrinas forjadas pelos homens, vendo esses
versículos do ponto de vista dos seus autores originais (que eram judeus
monoteístas devotos), compreendemos que esses versículos descrevem os títulos
atributos e papéis de Deus ou a dualidade da natureza de Jesus Cristo.
(Para estudo específico desses versículos, veja os ( Capítulo 7 EXPLICAÇÕES DO
ANTIGO TESTAMENTO, Capítulo 8 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: OS EVANGELHOS, e Capítulo 9 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE.)
Apenas
dois versículos das escrituras, em toda a bíblia, mencionam Pai, Filho (ou
Verbo) e Espírito Santo, de modo a sugerir três pessoas, o significado especial
ao número três em relação à Divindade. São, Mateus 28:19 e 1 João 5:7. Ambas as
passagens, no entanto, apresentam sérios problemas para o trinitarianismo.
Mateus
28:19
Ide,
portanto, fazer
discípulos de todas as nações, batizando os
em nome do
pai e do
filho e do
Espírito Santo" (Mateus
28:19).
Nessa passagem, Jesus ordenou
a seus discípulos
que batizar sem "Em
nome do pai
e do filho
e do Espírito
Santo". No entanto, esse versículo
o não ensina
que o pai, o filho
e o Espírito
Santo seja
três pessoas separadas. Ele
ensina antes, que os
títulos de pai, filho
e Espírito Santo identificam um nome e, portanto,
um ser.
O versículo diz, explicitamente,
"Em nome", não
"nos nomes".
Para dirimir qualquer dúvida de qualquer a
distinção singular plural seja significativa
o tenha sido
deliberadamente por deus, precisamos, apenas,
ler Gálatas 3:16, onde Paulo
dá ênfase ao
significado do singular teu descendente", referindo-se a Gênesis 22:17. Muitos
estudiosos trinitárianista têm
reconhecido, ao menos parcialmente, o significado do singular, em Mateus 28:19. Por exemplo,
o professor presbiteriano James Buswell afirma: O nome, não nomes do Pai, do
Filho e do Espírito Santo, no qual devemos ser batizados, deve ser entendido
como Jahweh, o nome do Deus-Triúno." [17] Essa maneira de ver o singular
está correta, embora sua identificação do nome singular esteja errada. Jeová ou
Yahweh era o nome de Deus revelado no Velho Testamento, mas Jesus é o nome de
Deus revelado no Novo Testamento. Entretanto, o nome Jesus inclue Jeová, uma
vez que Jesus significa Jeová-Salvador.
Pai,
Filho e Espírito Santo descrevem todos, o único Deus;
portanto a frase em Mateus 28:19 descreve, simplesmente, o único nome do único
Deus. O Velho Testamento prometeu que viria um tempo quando Jeová teria um nome
e esse único nome se tornaria conhecido
(Zacarias 14:9; Isaías 52:6). Sabemos que o único
nome de Mateus 28:19 é Jesus, por que Jesus é o nome do pai (João 5:43; Hebreus 1: 4), do Filho
(Mateus 1:21 e do Espírito Santo (João 14:26). A igreja do Novo
testamento entendeu assim, pois batizava no nome de Jesus Cristo (Atos
2:38;8:16;10:48;19:5; 22:16; 1 Corintios 1:13). O próprio Mateus
confirmou essa interpretação permanecendo ao lado de Pedro e dos outros apóstolos
durante o sermão no qual Pedro ordenou que o povo fosse batizado em nome de
Jesus Cristo (Atos 2:14-38).
Alguns afirmam que as referências
em atos não
significam que o nome de
Jesus fosse pronunciado oralmente como parte forma do batismo. Entretanto,
isso parece ser uma tentativa
de torcer a
linguagem para adaptá-la à uma
doutrina e prática errôneas. Atos 22:16 diz: "Levanta-te, recebe o
batismo e lavo
os teus pecados, invocando o
nome dele".O Novo
testamento interlinear
Greco-Inglês diz:"Invocando o nome". Esse versículo
indica, portanto, que o
nome de Jesus
era invocado oralmente por ocasião do batismo. Tiago 2:7, diz:"Não são eles
os que blasfemam
ao bom nome
que sobre vós
foi invocado?" a
fraseelogia grega indica que
o nome era
invocado sobre os cristãos,
num momento específico. A
bíblia amplificada diz:"Não
são eles que
caluniam e blasfemam aquele nome
precioso pelo qual são distiguídos
e chamados (o nome
de Cristo invocado
no batismo)?"
Para termos um exemplo do que significa Em nome de
Jesus, precisamos apenas da história de cura do coxo, em atos 3. Jesus disse
para pelos enfermos em seu nome Marcos 16:17 (e 18), e Pedro disse ao
coxo que ele
estava curado em nome de
Jesus (atos
4:10). Como isso aconteceu? Pedro,
realmente, pronunciou as palavras: em
nome de Jesus Cristo (atos
3:6). O nome Jesus, invocado com fé, conseguiu o milagre. O nome significa
poder ou autoridade, mas se significado não afastam o fato de que Pedro tenha
invocado, moralmente, o nome de Jesus ao efetuar a cura.
Si as muitas
passagens, em atos,
que se referem
ao batismo pela água,
em nome de
Jesus, não
descrevem uma formula batismal, então a
verdade é que
Mateus 28:19 também não
indicam uma fórmula. Essa
interpretação deixaria a igreja sem
qualquer fórmula batismal para distinguir o batismo cristão
do batismo judaico e do
batismo pagão. Mas, o senhor não nos
deixou sem uma fórmula batismal;
a igreja cumprir
corretamente as instruções dadas por Jesus em Mateus
28:19, quando os
apóstolos e usavam o nome
de Jesus no
batismo pela água.
Muitas enciclopédias e muitos historiadores
da igreja concordam
que a fórmula
de batismo original usada na história da
igreja primitiva era "Em
nome de Jesus". O
professor luterano Otto Heick, por exemplo, diz: no princípio,
o batismo era
administrado em nome de Jesus, mas, gradualmente, passou a ser
administrado em nome do Deus-Triúno:
Pai, filho e Espírito Santo". [18] Essa não foi uma
afirmativa impensada, porque ele, mais tarde, reafirmou seu
ponto de vista:"No
princípio o batismo era em nome
de Cristo".[19]
Essa interpretação de que nome, Jesus,
em Mateus 28:19, em contrato maior
apoio na completa
descrição dos acontecimentos, dos quais esse
versículo é uma parte.
Em Mateus 28:18 e 19, Jesus
disse:
Ou dá à autoridade me foi dada no
céu e na
terra. I de, portanto, fazer
discípulos de todas as nações, batizando as
em nome..." em outras
palavras Jesus disse: Eu
tenho todo o poder,
portanto batizar aí em meu
nome".
Toda a lógica
da passagem seria distorcida, se a lêssemos como o: Eu tenho todo o
poder, portanto, batizar em
nome de três
pessoas diferentes". Nos outros registros
da grande comissão, o nome
de Jesus figura
com destaque (marcos 16:17; Lucas 24:47). O de Mateus
diz: Em
nome do pai
e do filho
e do Espírito
Santo". Marcos:
o "Em
meu nome". E Lucas: o "Em seu nome". Todos se referem ao nome de
Jesus.
Devemos nos lembrar
que o batismo
pela água é
administrado por causa de nossa
vida passada, de pecado; para a
"Remissão 2... Pecados" (atos
2:38). Sendo
nome de Jesus
o único que
salva (atos
4:12) ,é lógico que seja o nome
usado no batismo. Jesus mesmo
ligou seu nome
a remissão dos pecados: E que em
seu nome se pegasse arrependimento para remissão de pecados,
a todas as
nações, começando
de Jerusalém" (Lucas
24:47).
Mateus 28:19 não ensina
que há três pessoas em um
único Deus,
mais dá,
antes, três
títulos de Deus todos eles, apropriadamente aplicados a Jesus
Cristo. Esses
títulos resumem os diferentes papéis de Deus
ou modos de
sua revelação; por sua
referência ao "nome", no singular, a passagem
chama a atenção
para o único
nome de Deus
que é revelado no Novo testamento. Esse nome
é Jesus.
Maior luz sobre
a interpretação de que o
nome de Deus
e Jesus vem
de uma comparação
entre apocalipse 14 :1 e apocalipse 22:3 e 4. Há um
nome para o
Pai, Deus, e o cordeiro. O
cordeiro Jesus, assim Jesus
é o nome
de Deus e
do Pai
I João 5:7
"Pois a três
que se dão
testemunho no céu; que
o pai,
a palavra,
e o Espírito
Santo; e esses três são
um. (I João 5:7)
Embora esses versículos das
escrituras sejam, muitas vezes, usado por
aqueles que acreditam na existência
de três pessoas
em deus,
ele, na
realidade, refuta a esse
ponto de vista, pois afirma:
"Esses três são um". Alguns interpretam
esse texto como significando um em união
como marido e esposa são um. Mas é
preciso destacar que esse ponto
de vista é
essencialmente politeísta. Se a
palavra um se refere à
união, em
vez de uma
designação numérica, então à
divindade pode ser vista como
muitos deuses em um conselho
ou governo unido. Se
devesse significar união, o
versículo deveria ser: "Estes três concordam entre si,
como um".
É, também,
interessante notar que si versículo
não usa a palavra
Filho, mas palavra. Se Filho era o nome especial de
uma pessoa distinta na Divindade, e se esse versículo estivesse tentando ensinar que há
pessoas separadas, porque usa
a palavra em
lugar de Filho? Filho não se refere, primária mente, à divindade, mas palavra, sim. A palavra não
é uma pessoa
separada do pai, assim
como homem e sua palavra
não são pessoas
separadas. A palavra é, antes,
o pensamento o plano na
mente de deus
e também a
expressão de Deus.
De modo semelhante, o Espírito
Santo não é
uma pessoa separada do pai, como um
homem e seu
espírito não são pessoas distintas. O Espírito
Santo apenas descreve o que
Deus é.
1 João 5:7, disse
que os três
dão testemunho no céu;
que dizer,
Deus testemunhou a si mesmo
em três maneiras
de atividade ou revelou a
si mesmo de
três modos.
Ele tem,
pelo menos,
três papéis celestiais: Pai, palavra (e não Filho), e Espírito Santo. Além disso,
esses três papéis descrevem um Deus:"Estes três
são um".[20]
* Apenas explicamos 1 João 5:7 de modo coerente
com o resto
das escrituras. Há, entretanto, concordância
praticamente unânime, entre os
estudiosos da bíblia, de
que esse versículo
não faz,
é realmente, de modo
algum, parte
em da bíblia! Todas as
principais traduções desde a versão
King James tem omitido esse versículo, inclusive revised standard version the Amplified Bible, o a new International
version, bem como o texto grego (texto de
Nestle), amplamente aceita. A NIV
traduz 1 João 5:7 e 8 como
o:"Por que a
três que testemunham: o espírito, água e
o sangue;
e estes três estão em
acordo".
A versão King James inclue o versículo 7 apenas
porque a edição
de 1522 do
texto grego compilado por Erasmo, o incluía. Anteriormente, Erasmo tinha
a excluído essa passagem de suas edições
de 1516 e 1519, porque
ela não estava
em Nenhum dos 5.000 manuscritos gregos, mas apenas
nos últimos manuscritos da vulgata- a
versão latina usada, pela
a igreja católica
romana. Quando
a igreja católica
pressionou Erasmo para que ele
incluísse esse versículo, ele
prometeu que o faria se
eles pudessem contra a pelo
menos um manuscrito
que o registrasse. Finalmente conseguiram
um e,
então, com
relutância, Erasmo acrescentou o versículo, embora o manuscrito apresentado fosse datado de
1520.(veja Norma Geisler e
William Nix, em uma introdução geral para a Bíblia, Chicago: Moody Press), 1968,p. (370). Assim, parece plausível
que algum copista
super zeloso tenha visto "ha três
que dão testemunho" e tenha
decidido inserir uma explicação própria a respeito.
Na realidade, a passagem
em questão
está completamente desligada do
resto do discurso
de João,
I e interrompe
o fluxo lógico de sua argumentação.
Embora toda a
evidência indique que esta passagem
não fazia parte
originariamente de 1 João, Deus protege
e preserva com sua mão, a sua
palavra. Apesar
dos esforços do homem,
Deus não permitiu
que a passagem
viesse a
contradizer Sua palavra. Quer
alguém acredite que 1 João 5:7 fosse
parte original da Bíblia,
quer acredite que tenha sido
inserida mais tarde, ela
não ensina que existem três
pessoas em Deus, mas, sim, reafirma o ensino
bíblico de um Deus indivisível,
com várias manifestações.
Deus se
Limita A Três Manifestações?
Discutimos, neste capítulo, três
principais manifestações de deus.
Isso significa que deus se
limita a três
papéis? Os
termos pai,
filho e Espírito
Santo englobam tudo
aquilo que deus é?
Apesar da importância
que essas manifestações
têm no plano
de redenção e salvação do
Novo testamento, e não
parece que deus possa ser
limitado a esses três papéis, títulos ou
manifestações. Deus manifestou assim mesmo de
muitas maneiras, no velho
testamento. Ele se revelou
em muitas teofanías,
inclusive em forma humana e
em forma angelical
(veja o
Capítulo 2 A NATUREZA DE DEUS.) A Bíblia usa muitos
outros nomes e títulos para
Deus. Por
exemplo: SENHOR
(JEOVÁ)
e SENHOR,
aparecem freqüentemente na Bíblia.
Deus se revelou
ao homem em
muitos outros relacionamentos, também. Ele
é, por
exemplo, Rei, Senhor, e
Noivo, o
Marido, Irmão, Apóstolo,
Sumos Sacerdotes, Cordeiro,
Pastor e o
Verbo embora Pai, Filho
e Espírito Santo representem s importantes papéis, títulos
ou manifestações de Deus,
não se limita
a esses três, nem o
número três tem qualquer significado
especial, com
relação a Deus.
Uma explicação popular de Pai, Filho e
Espírito Santo é de que há
um Deus que
se revelou como Pai na
criação, Filho
na redenção e Espírito Santo na regeneração. O reconhecimento
destas três manifestações não implica em que
Deus seja limitado
às três ou que exista uma
tríade na natureza
de Deus.
Além disso,
não há uma
distinção total entre uma manifestação e outra.
Por exemplo, Deus era
o Espírito Santo, anteriormente, na criação
e usou seu
papel como espírito na criação
(Gênesis 1: 2). Mais ainda,
Deus usou seu
papel como filho--quer dizer,
ele dependia de seu plano para
a futura filiação--antes, na criação
(Hebreus 1:2). (veja
o estudo sobre
o filho e
a criação,
no Capítulo 5 O FILHO DE DEUS e estudos sobre Gênesis 1: 26 no Capítulo 7 EXPLICAÇÕES DO
ANTIGO TESTAMENTO.) Deus é nosso
pai na regeneração
tanto quanto na criação,
porque pelo novo nascimento nós nos tornamos
filhos espirituais de Deus.
Não podemos confinar Deus a três ou
a qualquer número de papéis
ou títulos nem podemos.Dividi-lo,
porque ele é um.Mesmo porque
seus títulos e papéis se
sobrepõem. Ele pode se
manifestar de muitos modos,
mas ele é
um e apenas
um ser.
Como podemos,
então, nos
referir a Deus
o de um
modo que descreva tudo que
ele é?
Que nome inclui os muitos papéis e atributos de
Deus? Podemos, naturalmente usar simplesmente o termo deus
ou nome do
Velho Testamento-- JEOVÁ. Temos,
no entanto,
um novo nome
que nos foi
revelado--o nome de
Jesus. Quando
usamos o nome
de Jesus,
abrangemos tudo que Deus é. Jesus é
o Pai e, o Filho, e o Espírito Santo. Jesus resume todos
os nomes compostos
de Jeová. Jesus
é tudo que
Deus é.
Quaisquer que sejam os papéis ou manifestações de Deus, estão todos em Jesus
(Colossenses 2: 9). Podemos usar
o nome de
Jesus para o próprio Deus, pois ele
representa a totalidade do caráter de Deus, seus atributos
e sua auto-revelação.
Conclusão
A Bíblia fala do Pai, do Filho
e do Espírito
Santo como diferentes manifestações, papéis, modos, títulos,
atributos, relacionamento com o homem,
as funções de um Deus, mas
ela não se
refere ao Pai, Filho e
Espírito Santo como três pessoas,
personalidades, vontades, mentes
os deuses. Deus é o Pai
de todos nós
e de um
modo um ímpar, é o pai do homem
Jesus Cristo. Deus se
manifestou em carne, na
pessoa de Jesus
Cristo, chamado
o Filho de
Deus. Deus
é, também, chamado de
Espírito Santo, o que
enfatiza sua atividade na as
vidas e assuntos
do homem.
Deus não está
limitado a essas três manifestações. Entretanto,
na gloriosa revelação do único
Deus, o
Novo testamento não se desvia
do Monoteísmo estrito do Velho Testamento. Antes,
a Bíblia apresenta
Jesus como o Pai, o Filho e
o Espírito Santo. Jesus
não é apenas
a manifestação de uma de
três pessoas da à divindade, mas ele
é a encarnação
do Pai,
o Jeová do Velho Testamento. Na realidade, em Jesus
habita corporalmente toda a plenitude da
Divindade.
Capítulo 7. EXPLICAÇÕES DO VELHO TESTAMENTO
Nos
capítulos anteriores, apresentamos as verdades bíblicas básicas a respeito de
Deus. O afirmam os que ele é essencialmente um e que a plenitude de Deus habita
em Jesus. Neste capítulo, vamos discutir algumas passagens do velho testamento
que alguns trinitárianista costumam usar numa tentativa de contradizer essas
verdades básicas. Vamos examinar essas referências para demonstrar que elas não
são contraditórias, antes, se harmonizam com o resto da Bíblia.Nos Capítulo 8 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: OS EVANGELHOS e Capítulo 9 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE faremos o mesmo com algumas passagens do Novo
Testamento.
Elohim
A palavra
hebraica mais comumente usada é Eloim. Essa é a palavra
original em quase todas as passagens do Velho Testamento, onde, em português, a
palavra Deus é usada. Ela é a forma plural da palavra hebraica Eloah,
que significa Deus ou Divindade.
Muitos
estudiosos concordam que o uso do plural Elohim indica a
grandeza de Deus ou seus múltiplos atributos; ela não traz implícita uma noção
de pluralidade de pessoas ou personalidades. Os judeus não viam, certamente, a
forma plural como um comprometimento a seu firme monoteísmo: Flanderes e
Cressson explicam que o uso do plural no hebraico tem outra função que apenas
indicar pluralidade: "A forma da palavra, Elohim, é plural. Os hebreus
pluralizavam os nomes para expressar grandeza ou majestade". [21]
A própria
Bíblia revela que a única maneira para se compreender a forma plural de Elohim
é entender que ela expressa a majestade de Deus e não uma pluralidade na
divindade, tanto pela sua insistência sobre o único Deus como pelo uso de Elohim
em situações que definitivamente retratam apenas uma pessoa ou personalidade.
Por exemplo, Elohim identifica a singular manifestação de
Deus, em forma humana, para Jacó (Gênesis 32:30). Os israelitas usavam a
palavra Elohim para o bezerro de ouro que construíram no
deserto (Êxodo 32: 1, 4, 8,23 e 31), embora a Bíblia registre claramente que
havia apenas um bezerro de ouro (Êxodo 32: 4,5, 8,19-20,24 e 35). O Velho
Testamento usa, muitas vezes, Elohim para deuses pagãos
únicos, tais como Ball-Berite (Juízes 8:33), Camos (Juízes 11:24), Dagom
(Juízes 16:23), Baal-Zebube (II Reis 1:2 e 3), e Nisroque (II Reis
19:37). A Bíblia usa Elohim até mesmo com referência a
Jesus Cristo (Salmos 45:6; Zacarias 12:8-10; 14:5) e ninguém sugere que exista
uma pluralidade de pessoas em Jesus. Portanto, a palavra Elohim não indica três
pessoas na divindade. Apenas um ser chamado Elohim lutou
com Jacó, apenas um bezerro de ouro foi chamado Elohim, e
um Senhor Jesus Cristo é Deus manifestado em carne.
Gênesis 1:26
Também
disse Deus: façamos o homem à nossa imagem.
Por que
esses versículos usam para nome plural para Deus? Antes de responder, vamos
observar que a Bíblia ou usa pronomes no singular para se referir a Deus, e
centenas de vezes. O próprio versículo seguinte usa o singular para mostrar
como Deus cumpriu o versículo 26: "Criou Deus, pois, o homem à sua
imagem" (Gênesis 1:27). Gênesis 2:7 diz: "Então formou o SENHOR Deus
ao homem". Devemos, portanto, a justa o plural de 1:26 com singular de 1:27
e 2:7. Precisamos olhar, também, a criatura a imagem de Deus, que é o homem.
Deixando de lado o modo como identificamos os vários componentes que formam o
nome, esse item, definitivamente, uma personalidade vontade. Ele é uma pessoa
em todos os modos. Isso indica que o criador, a cuja imagem o homem foi feito é
também um ser com uma personalidade e vontade. Ele é uma pessoa em todos os
modos. Isso indica que o criador, a cuja imagem o homem foi feito é também um
ser com uma personalidade vontade.
Qualquer
interpretação de Gênesis 1:26, que aceite a existência de mais de uma pessoa em
Deus, enfrenta pelas sérias contestações. Isaías 44:24 disse que o SENHOR criou
o céu sozinho e criou a terra por si mesmo. Havia apenas um criador, de acordo
com Malaquias 2:10. Além disso, se o plural de Gênesis 1:26 se refere ao Filho
de Deus, como podemos conciliar esse fato com registro das Escrituras de que o
Filho não era nascido até, pelo menos, 4000 anos mais tarde, em Belém? O Filho
nasceu de uma mulher (Gálatas 4:4); se o Filho estava presente no começo, quem
foi sua mãe? Se o filho é um ser espiritual, quem era a mãe de Seu Espírito?
Se
Gênesis 1:26 não pode significar duas ou mais pessoas na divindade, o que
significa? Os judeus têm, tradicionalmente, interpretado que a passagem indica
que Deus falou com os anjos, no momento da criação. [22] Isso não significa que os anjos
tomaram parte ativa na criação, mais que Deus nos informou a respeito de seus
planos e solicitou seus comentários de cortesia e respeito. Em pelo menos uma
outra ocasião, Deus falou com os anjos e pediu sua opinião, ao formular seus
planos (I Reis e 22:19-22). Sabemos que os anjos estavam presentes por ocasião
da criação (Jó 38:4-7).
Outros
comentadores têm sugerido que Gênesis 1:26 descreve, simplesmente, Deus
aconselhando-se com sua própria vontade. Efésios 1:11 sustenta esse ponto de
vista, dizendo que Deus opera todas as coisas "Conforme o conselho da sua vontade".
Por analogia, isso é como homem dizendo "Vamos ver", mesmo quando
está planejando sozinho.
Outros
explicam essa passagem como um plural de majestade ou literário. Quer dizer, na
maneira formal de falar ou escrever quando um orador ou o escritor se refere a
si mesmos, muitas vezes, no plural, especialmente se o orador faz parte da
realeza. Os exemplos bíblicos de plural majestático podem ser citados para
ilustrar essa prática. Por exemplo, Daniel disse ao rei Nebucodonozor:
"Este é o sonho; e também a sua interpretação diremos ao rei", mesmo
que apenas Daniel passasse a dar a interpretação diante do rei (Daniel 2:36). O
rei Artaxexes e se referia a si mesmo, alternadamente, no singular e no plural
em sua correspondência. Certa vez, ele escreveu: "A carta que nos
enviastes foi distintamente lida na minha presença" (Esdras 4:18). Numa
carta para Esdras, Artaxexes usou "mim", em um lugar (Esdras 7:131) e
"nós", em outro (7:24).
O
uso do plural, em Gênesis 1:26, pode, também, se semelhante ao plural usado em Elohim,
denotando a grandeza e a majestade de Deus ou seus múltiplos atributos. Em
outras palavras, o pronome no plural estar apenas concordando com o plural do
substantivo Elohim.
Uma outra
explicação, ainda, seria a de que essa passagem descreve a precognição de Deus
sobre a futura vinda do filho, como muitas outras passagens proféticas
encontradas nos Salmos. Precisamos ter em mente que Deus não vive no tempo.
Seus planos são reais para ele ainda que estejam no futuro no que se refere a
nós. Ele chama a existência as coisas que não existem (Romano 4 :17). Um dia é
como mil anos para Ele e mil anos como um dia (II Pedro 3: 8). Seu
plano--o Verbo--existia desde o princípio na mente de Deus (João 1:1). No que
dizia respeito a deus, o cordeiro foi sacrificado antes da fundação do mundo (I
Pedro 1:19 e 20; Apocalipse 13:8). Não deve causar surpresa que Deus pudesse
olhar pelos corredores do tempo e endereçar uma afirmativa profética ao filho.
Romanos 5:14 afirma que Adão prefigurava aquele que estava para vir, isto é,
Jesus Cristo. Quando Deus criou Adão, ele já tinha pensado na encarnação e
criou Adão, tendo esse plano em mente.
Levando
esta idéia um pouco adiante, e Hebreus 1:1 e 2 diz que Deus fez o mundo pelo
filho. Como poderia ser isso se o filho não existiu a não ser a partir de certo
ponto no tempo, muito depois da criação? (Hebreus 1:5 e 6). (Veja Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS.) Para parafrasear John Miller
(citado no Capítulo 5 O FILHO DE DEUS), Deus usou a filiação para
fazer o mundo. Quer dizer, ele fez tudo articulado com a futura vinda de
Cristo. Embora ele não manifestasse a humanidade até que viesse a plenitude do
tempo, ela estava em seu plano desde o começo e ele a usou e agiu com ela,
desde o princípio. Ele criou o homem a imagem do futuro Filho de Deus, e criou
o homem sabendo que, embora o homem viesse a pecar, a futura filiação
providenciaria um caminho para a salvação. Deus criou o homem para amá-lo e
adorá-lo (Isaías 43:7; Apocalipse 4:11). No entanto, por causa de seu
preconhecimento, Deus sabia que o homem cairia em pecado, frustrando assim o
seu propósito. Se toda a perspectiva de futuro fosse essa, Deus não teria
criado homem. Mas deus tinha em sua mente o plano da encarnação e o plano da
salvação através da morte expiatória de Cristo. Assim, mesmo sabendo que o
homem iría pecar Deus sabia, também, que pelo Filho de Deus e o homem seria
regenerado e poderia cumprir o seu propósito original. Fica claro, então, que
quando Deus criou o homem, ele tinha em mente a futura vinda do Filho. É nesse
sentido que Deus criou o universo pelo Filho, ou usando o Filho, porque sem o
Filho, todo o propósito de Deus, ao criar o homem, perderia o sentido.
Resumindo:
Gênesis 1:26 não pode significar uma pluralidade na Divindade por que isso ia
contradizer todo o resto das Escrituras. Temos apresentado em várias outras
explicações conciliatórias. 1 - Os judeus e muitos cristãos vêem essa passagem
como se referido aos anjos. 2 - Muitos outros cristãos a vêem como uma
descrição de Deus se aconselhando com sua própria vontade 3 - Seria plural de
majestade, ou literário. 4- O pronome estaria, simplesmente, concordando com Elohim.
5 - Uma preferência profética a futura manifestação do filho de Deus.
Outros
Pronomes No Plural
No Velho Testamento, há vários outros exemplos de passagens onde Deus
usa o pronome plural, a saber: Gênesis 3: 22,11:7 e Isaías 6:8. Uma leitura
desses versículos mostrará que eles podem simplesmente significado Deus e os
anjos (todos os três versículos) ou, possivelmente, Deus e a justiça (Isaías
6:8). Qualquer uma das quatro explicações anteriores, dadas para Gênesis 1:26,
poderia justificar o uso do plural.
O
Significado de Um (Hebraico, Echad)
Sem hesitação a Bíblia afirma que Deus é um (Deuteronômio 6:4).
Alguns trinitarianos sugerem que um, com respeito a Deus, significa um
em unanimidade e não, absolutamente, um em valor numérico. Para
sustentar essa teoria, apelam para a palavra hebraica echad, que a
Bíblia usa para expressar o conceito de um Deus. A palavra,
aparentemente, tanto pode significar um em união, quanto um
numericamente, pois Strong a define como "Unidade, um,
primeiro". Os exemplos bíblicos da palavra usada no sentido de absoluta
unicidade numérica são esclarecedores: uma lista de reais cananitas, cada um
deles designado pela palavra echad (Josué 12:9-24); o profeta Micaías (I
reis 22.8); Abraão (Ezequiel 33:24); uma lista de portas da cidade, cada qual
designada por echad (Ezequiel 48:31-34); e o anjo Miguel (Daniel 10:13).
Com certeza, em cada um dos exemplos acima echad significa um em valor
numérico. A vista de muitas passagens do Velho Testamento que descrevem em
termos inequívocos a absoluta unicidade de Deus (veja o Capítulo 1 O MONOTEISMO CRISTÃO especialmente a
referência em Isaías), é evidente que echad, como usado por Deus,
significa a absoluta unicidade numérica de seu Ser. Enquanto expressa um
conceito de unidade, echad implica, realmente, numa unidade dos
múltiplos atributos de Deus, não numa união cooperativista de pessoas
separadas.
Se echad não significa uma unidade numérica, então não teremos
argumentos contra o politeísmo, porque três (ou mais) deuses separados poderiam
ser um em unidade de mente e propósito. É claro, entretanto, o propósito do
Velho Testamento de negar o politeísmo, e ele usa echad para significar
um em valor numérico.
Teofanías
Uma teofanía é uma manifestação visível de Deus (veja o Capítulo 2 A NATUREZA DE DEUS.) Sendo
Deus onipresente, ele pode se manifestar diferentes pessoas, em diferentes
lugares, ao mesmo tempo. Não há necessidade do conceito de mais de um Deus para
se explicar qualquer uma das teofanías; o único Deus pode se manifestar de
qualquer forma, a qualquer tempo, em qualquer lugar.
Vamos analisar algumas teofanías específicas ou supostas teofanías
muitas vezes usadas para sustentar o conceito de uma divindade
multi-personalizada.
Aparecimento
a Abraão
Gênesis 18:1 diz que Jeová apareceu a Abraão nos carvalhais de Manre. O
versículo dois diz que Abraão levantou os olhos e viu três homens. Alguns
trinitárianista tentam usar esses três "Homens" para provar a
trindade de Deus. Entretanto, o versículo 22 revela que dois dos
"Homens" deixaram Abraão e partiram para Sodoma, mas Jeová permaneceu
para falar, ainda por mais tempo, com Abraão. Quem eram os outros dois homens?
Gênesis de 19:1 diz que dois anjos chegaram a Sodoma, naquele anoitecer. Fica
claro que as três manifestações humanas que apareceram a Abraão eram Jeová e
dois dos seus anjos.
Alguns interpretaram Gênesis 19:24 como significando duas pessoas:
"Então fez o SENHOR chover enxofre e fogo, da parte do SENHOR, sobre
Sodoma e Gomorra". Mas, isso não significa que um SENHOR, na terra, tenha
pedido a um outro SENHOR, no céu, que fizesse chover fogo e enxofre, porque há
um só Deus (Deut. 6:4). Esse é, antes, um exemplo de reafirmação. Muitas
passagens do Velho Testamento enunciam uma idéia de duas maneiras diferentes
como um artifício literário ou para dar mais ênfase. Não há evidência de que
após sua temporária manifestação a Abraão, Deus tenha se demorado por ali e
viajado até Sodoma para superintender sua destruição. A Bíblia apenas diz que
os dois anjos foram para Sodoma. A NIV mostra claramente que Gênesis 19:24
apenas repete a mesma idéia de duas maneiras: "Então o Senhor fez chover
fogo enxofre sobre Sodoma e Gomorra da parte do Senhor, desde os céus".
Devemos notar que ambas as afirmativas descrevem o Senhor com um único ser em
um único lugar, fazendo uma coisa - nos céu, fazendo chover fogo.
O Anjo do
SENHOR
Já estudamos este assunto no Chapter 2 - THE NATURE OF GOD. Muitas
passagens que descrevem a visita do anjo do SENHOR indicam, também, que o anjo
era realmente uma manifestação do próprio Jeová. A afirmação não oferece
problema algum, uma vez que é muito fácil para o único Deus se manifestar em
forma de anjo.
Muitas passagens descrevem o anjo do SENHOR como um ser separado
do SENHOR. Portanto, essas passagens devem se referir a um anjo, literalmente,
embora, "O anjo do SENHOR" possa estar em outras passagens. Realmente
é possível interpretar a maior parte das passagens sobre "O anjo do
SENHOR" (e muitos o fazem) como significando, literalmente, um anjo e não
uma manifestação de Deus. Sob esse ponto de vista, as passagens que atribuem
atos do SENHOR ao anjo, não significam que o anjo é o próprio SENHOR. Elas
significam, antes, que o SENHOR realizou aquelas ações através de delegação aos
seus anjos para que o fizessem. Por exemplo, o SENHOR falou, ou o SENHOR
apareceu, enviando um anjo para falar ou aparecer. Há, portanto, dois modos
para explicarmos as passagens onde aparece "O anjo do SENHOR, coerente
com o único Deus. Primeiro, podemos concordar que o anjo do SENHOR é uma
manifestação de Deus em algumas passagens, mas simplesmente um anjo em
passagens que descrevem claramente dois seres. Com alternativa, podemos afirmar
que o anjo do SENHOR não descreve uma real manifestação de Deus, mas apenas um
anjo que atua como agente e mensageiro de Deus. As palavras em hebraico e grego
para anjo significam, simplesmente, mensageiro.
Há um problema interessante relacionado com o aparecimento do anjo do
SENHOR a Davi, junto à eira de Ornã (II Samuel 24:16 e 17; I Crônicas 21:15-30;
II Crônicas 3:1). II Samuel 24:16 e 17 descrevem, claramente, o anjo do SENHOR
como separado do SENHOR, todavia passagem em II Crônicas diz que o SENHOR
apareceu a Davi. Há três modos de se conciliar as passagens. Primeiro, devemos
notar que o SENHOR aparece em itálico na versão King James. Isso significa que
o tradutor do acrescentou uma palavra que não aparecia realmente no original,
mas que nele estava subentendida ou que era necessária para melhor compreensão
do texto. Possivelmente o sujeito da sentença seria "O anjo do
SENHOR" em vez de o SENHOR. Segundo podemos usar uma explicação semelhante
àquela já apresentada no Chapter 2 - THE NATURE OF GOD. Isto
é, é correto afirmar que o SENHOR apareceu a Davi, quando ele enviou seu anjo a
Davi, assim como é correto dizer que o SENHOR falou a alguém quando Ele usa um
anjo, uma voz, uma impressão na mente, em vez de uma conversa direta, com uma
manifestação visível de; de modo semelhante às profecias, quando o escritor ou
o morador usa a primeira vez ("Eu") mesmo quando a fonte é,
claramente, Deus. Terceiro, podemos dizer que, ambos, o anjo e o SENHOR,
aparecem a Davi, com I Crônicas descrevendo a primeira aparição e II Crônicas,
a segunda. Em qualquer dos casos, essas passagens não podem mostrar mais que um
SENHOR.
As passagens mais complexas, em relação ao anjo do SENHOR, estão em
Zacarias. Zacarias 1:7-17 descreve uma visão que o profeta teve. Na visão, ele
viu um homem montado num cavalo vermelho, parado entre as murteiras foi
identificado como o anjo do SENHOR. Presumivelmente ele era o anjo que estava
falando com Zacarias, embora alguns acreditem que havia dois anjos presentes.
De qualquer modo, o anjo do SENHOR falou ao SENHOR e o SENHOR respondeu
(versículos 12 e 13), provando assim que o anjo do SENHOR não era o SENHOR,
pelo menos nessa passagem. Então, o anjo que falava com um Zacarias, proclamou
aquilo que o SENHOR dissera (versículos 14-17). Portanto, o anjo não era o
SENHOR, mas simplesmente agir como mensageiro e repetiu o que o SENHOR tinha
dito. Zacarias chamou o anjo de Senhor (versículo 9, em hebraico adon,
significando mestre ou soberano), mas não o chamou de SENHOR (Adonai) ou
SENHOR (YAHWEH ou Jeová). Naturalmente, Senhor não é um termo reservado
apenas para Deus, como Senhor e SENHOR o são; pois podemos nos dirigir,
adequadamente, mesmo a um homem, usando o título de Senhor (Gênesis
24:18).
Zacarias 1:18-21 descreve duas outras visões. Nessa visão dos quatro
chifres, Zacarias fez uma pergunta, o anjo o respondeu e o SENHOR lhe mostrou
quatro ferreiros (versículos 18-20). Então, Zacarias fez uma segunda pergunta e
"ele" respondeu (versículo 21). O "ele" do versículo 21,
era o mesmo anjo que tinha estado falando antes-o mesmo "ele" do
versículo 19. Se "ele" no versículo 21, fosse realmente o SENHOR
então o SENHOR estava falando, naquele versículo, usando o anjo. Portanto,
nessa passagem, o SENHOR deu as visões e o anjo fez as explicações. Isso não
significa que o anjo seja Deus.
Em Zacarias 2:1-13, encontramos um segundo anjo que declarou
a palavra do SENHOR, ouvida por Zacarias, ao primeiro o anjo. Outra vez, isso
não significa que o segundo o anjo fosse Deus, mas apenas que ele estava
transmitindo a mensagem de Deus. Assim sendo o primeiro anjo, definitivamente,
não era Deus ou ele já saberia qual era a mensagem de Deus.
Zacarias 3: 1-10 apresenta uma nova situação. Primeiro, Josué o
sumo sacerdote, estava diante do anjo do SENHOR e de Satanás (versículo 1).
"Mas o SENHOR disse a Satanás: o SENHOR te repreende" (o versículo
2). A maneira mais fácil de explicar um texto é dizer que o profeta escreveu
"O SENHOR disse" querendo dizer que o SENHOR falou através do anjo.
Por isso as palavras foram "O SENHOR te repreende" e não "Eu te
repreendendo". A seguir, o anjo começou a falar a Josué como se fosse Deus
(versículos 3 e 4). Talvez a explicação mais simples seja a de que o anjo era
um mensageiro de Deus e não o próprio Deus, porque o anjo começou a usar frases
como Diz o SENHOR (versículos 6-10).
A explicação mais lógica sobre os anjos, em Zacarias, pode ser resumida,
como se segue. Por todo o livro de Zacarias, o anjo do SENHOR não era o SENHOR,
mas um mensageiro do SENHOR. Isso, às vezes, se torna a óbvio quando o anjo usa
frases como "Assim diz o SENHOR", enquanto outros versículos omitem
essas frases explicativas. O SENHOR falou em todas as passagens, usando seu
anjo. Há, ainda, outras explicações possíveis, como as três seguintes: o anjo não
era o SENHOR, mas estava investido do nome do SENHOR; o anjo não era o SENHOR,
nos capítulos 1 e 2, mas era o SENHOR no capítulo 3; ou o SENHOR falou
diretamente, em Zacarias 3:2 e 3:4, enquanto o anjo permanecia em silêncio.
Resumindo: não precisamos aceitar duas pessoas de Deus para explicar o
"Anjo do SENHOR", nessas várias passagens. Os judeus, com certeza,
não tem problema para conciliar o anjo do SENHOR com sua crença no monoteísmo
absoluto.
O Filho e
Outras Referências Ao Messias
Há muitas referências ao Filho Velho Testamento. Elas significam uma
dualidade na Divindade? Elas provam a preexistente do Filho? Vamos analisar
essas passagens para responder a essas questões.
O Salmo 2:2 fala do SENHOR e de seu ungido. O salmo 2:7 diz:
"Proclama o decreto do SENHOR: ele me disse: tu és meu Filho, eu hoje te
gerei". O Salmos 8:4 e 5 falam do Filho do homem. O Salmo 45:6 e 7 e os
Salmos 110: 1 contém, ambos, referências bem conhecidas a respeito de Jesus
Cristo, o primeiro O descrevendo como Deus e como um homem ungido e o segundo,
o descrevendo como o Senhor de Davi. Provérbios 30:4, Isaías 7:14 e Isaías 9:6,
também mencionam o Filho. Entretanto, uma leitura destes versículos mostrará
que tem, cada um deles, natureza profética. Os capítulos 1 e 2 de Hebreus citam
cada uma das passagens acima, dos Salmos, e as descrevem como profecias
cumpridas por Jesus Cristo.
Assim, as passagens, nos Salmos, não se referem a uma conversa entre
duas pessoas da divindade, mas são retratos proféticos de Deus e do homem
Cristo. Descrevem Deus gerando e ungindo o homem Cristo (Salmos 2:2-7), o homem
Cristo se submetendo a vontade de Deus e se tornando um sacrifício pelos
pecados (Salmos 45:6-7), e Deus glorificando e dando poder ao homem Cristo
(Salmos 110:1). Tudo isso se cumpriu quando Deus se manifestou em carne, como
Jesus Cristo. (para conhecer mais a respeito de uma suposta conversa entre
pessoas da Divindade, veja o Capítulo 8 - EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: OS EVANGELHOS. Para maior explicação a respeito da mão
direita de Deus, mencionada nos Salmos 110:1, veja o Capítulo 9 - EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE.)
As passagens em Isaías são claramente proféticas, uma vez que usam o
tempo futuro. Em resumo: as referências ao Filho, encontradas no Velho
Testamento, se antecipam ao futuro, ao dia quando o Filho seria gerado. Elas
não falam de dois deuses ou de duas pessoas em Deus, mas sim da humanidade na
qual Deus viria a se encarnar. Do mesmo modo, outras referências do Velho
Testamento ao Messias São proféticas e o apresentam como Deus e homem (Isaías
4:2; 42:1-7; Jeremias 23:4-8; 33:14-26; Miquéias 5:1-5; Zacarias 6:12 e 13).
Qualquer dualidade vista nesses versículos das escrituras indica uma distinção
entre Deus e a humanidade do Messias.
Para um estudo do quarto homem no fogo (Daniel 3:25), veja o
Capítulo 2 - A NATUREZA DE DEUS. A
passagem não se refere ao Filho de Deus, gerado no ventre de Maria, mas a um
anjo, ou talvez a uma telefonia temporária de Deus.
O Verbo
de Deus
Ninguém pode afirmar, seriamente, que o Verbo de Deus, no Velho
Testamento, seja uma segunda pessoa na Divindade. O Verbo de Deus é parte dele
não pode ser separada. O Verbo de Deus não significa uma pessoa distinta tanto
quanto a palavra de um homem não significa que ele seja composto por duas
pessoas. O salmo 107:20 diz: "Enviou-lhes a sua Palavra". Isaías
55:11 diz: "Assim será palavra que sair da minha boca". Desses
versículos fica claro que o Verbo de Deus é algo que pertence a Ele e é uma
expressão vinda dele, não uma pessoa separada da Divindade.
A Sabedoria
de Deus
Alguns vêem uma distinção de pessoas nas descrições da sabedoria de
Deus, particularmente aquelas em Provérbios 1:20-33; 8:1-36 e 9:1-3. No
entanto, essas passagens das escrituras simplesmente personificam a sabedoria
como um artifício literário e poético. Todos nós conhecemos muitos exemplos, na
literatura, onde um autor personifica uma idéia, emoção ou qualquer coisa
intangível, em busca de ênfase, mas vida e ilustração. É fácil notar o engano
completo de tentar fazer a personificação literária da sabedoria, na Bíblia,
implicar em uma pessoa distinta de Deus, porque em todas as passagens citadas a
sabedoria é personificado como uma mulher! Assim, se a sabedoria é a segunda
pessoa na Divindade, a segunda pessoa é feminina.
O modo correto de considerar a sabedoria, na Bíblia, é vê-la como um
atributo de Deus -- parte de sua onisciência. Ele usou sua sabedoria ao criar o
mundo (Salmos 136:5; Provérbios 3:19; Jeremias 10:12). Assim como a sabedoria
de uma pessoa não se separada da própria pessoa, também a sabedoria de Deus não
é uma pessoa separada de Deus. A sabedoria é algo que Deus possui e algo que
ele reparte com os homens.
Naturalmente, Cristo sendo Deus manifestado em carne, toda a
sabedoria de Deus está em Cristo (Colossenses 2:3). Ele e a sabedoria de Deus,
bem como o poder de Deus (I Corintios 1:24). Isso não significa que Cristo seja
uma pessoa distinta de Deus, mas, antes, que em Cristo habita toda a sabedoria
de todo o poder de Deus (juntamente com os outros atributos de Deus). Através
de Cristo, Deus revela aos homens sua sabedoria e seu poder. A sabedoria é
simplesmente um atributo de Deus descrito no Velho Testamento e revelado por
Cristo no Novo Testamento.
Santo,
Santo, Santo
Essa tríplice repetição, encontrada em Isaías 6:3, significa, de algum
modo, que Deus é uma trindade? Não achamos que essa teoria mereça crédito.
Repetição dupla ou tripla era uma prática literária hebraica comum, e acontece,
muitas vezes, nas Escrituras. Ela era usada, basicamente para conseguir maior ênfase.
Por exemplo, Jeremias 22:29 diz: "Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do
SENHOR". Esse versículo, certamente, não indica três terras. (se a
tríplice repetição da palavra santo tem qualquer outro significado, este é a
sugestão da existência passada, presente e futura de Deus, registrada em
apocalipse 4:8). Concluímos que "Santo, santo, santo" destaca
enfaticamente a santidade de Deus e não implica na pluralidade de pessoas.
Repetições
de Deus ou Senhor
Há evidência da pluralidade de pessoas nas repetições de Deus ou
SENHOR, no mesmo versículo, tais como as tripas repetições (Números 6:24-26;
Deuteronômio 6:4 e as duplas repetições (Gênesis 19:24; Daniel 9:17; Oséias
1:7)? Uma leitura atenta dessas passagens nos mostrará que não indicam
pluralidade na Divindade. Vamos analisá-la resumidamente).
Números 6:24-26 é, simplesmente, uma bênção tripla. Deuteronômio
6:4 diz que Deus é um. Duas das repetições nos versículos são:
"SENHOR" e "DEUS". Será que todas as vezes que em que
"SENHOR" e "DEUS" aparecem, indicam duas pessoas para Deus?
Claro que não. Identificam, apenas, o único Deus como sendo o SENHOR (Jeová)
adorado por Israel. Já examinamos Gênesis 19:24, neste capítulo. Em Daniel
9:17, o profeta simplesmente fala de Deus na terceira pessoa, e, em Oséias 1:7,
Deus fala de si mesmo na terceira pessoa. Isso não é incomum, porque no Novo
Testamento Jesus falou de si mesmo usando a terceira pessoa (Marcos 8:38).
Resumindo: todas as passagens das escrituras que repete as palavras de Deus,
SENHOR, ou algum outro nome para Deus, seguem um uso comum, normal. Nenhuma
delas sugere uma pluralidade na Divindade.
O
Espírito do SENHOR
Várias passagens no Velho Testamento mencionam o Espírito do SENHOR.
Isso não nos traz problema algum, pois Deus é Espírito. A expressão
"Espírito do Senhor" meramente destaca que o SENHOR é, realmente, um
Espírito. Ela dá ênfase à obra do SENHOR entre os homens e sobre os indivíduos.
Não sugere pluralidade de pessoas mais do que quando falamos sobre o espírito
de um homem. Realmente, o SENHOR deixa isso claro quando ele fala "O meu
Espírito" (Isaías 59:21).
O SENHOR
Deus e Seu Espírito
Essa expressão, encontrada em Isaías 48:16, não indica duas pessoas,
assim como as frases do tipo "Um homem e seu espírito" o "Um
homem e sua alma", não indicam pluralidade. Por exemplo, o rico insensato
falou com sua alma (Lucas 12:19), mas isso não significa que ele fosse duas
pessoas. "SENHOR DEUS" significa a soma total de Deus em toda a sua
glória e transcendência, enquanto "Seu ESPÍRITO" se refere aquele seu
aspecto com o qual o profeta teve contato e que se movia sobre o profeta. O
próprio versículo seguinte (Isaías 48:17) fala de "O Santo de
Israel", não de dois ou três santos. Isaías 63:7-11 fala do SENHOR e de
"Seu Espírito Santo" enquanto Isaías 63:14 fala do "Espírito do
SENHOR". Está claro que não existe diferenciação de pessoas entre Espírito
e SENHOR. (veja o Capítulo 9 - EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE para ter mais exemplos
do Novo Testamento, nos quais, e não significa distinção de pessoas). O
SENHOR é um Espírito, e o Espírito do Senhor é, simplesmente, Deus em ação.
O Ancião
de Dias E o Filho do Homem
Daniel teve uma visão, registrada em Daniel 7:9-28, na qual ele viu duas
figuras. O primeiro ser que Daniel viu foi chamado o Ancião de Dias. Suas
vestes eram brancas com na neve, seus cabelos como pura lã, seu trono era
chamas de fogo com rodas de fogo ardente. Ele estava assentado no trono e
julgava milhares de pessoas. Então, Daniel viu "Um como o Filho do
homem" se aproximando do Ancião de Dias. Esse homem recebeu o domínio
eterno sobre todos os povos e um reino que jamais será destruído. Alguns
trinitárianista interpretam essa visão como sendo a visão de Deus, o Pai e
Deus, o Filho. Entretanto, vamos examinar a passagem um pouco mais
acuradamente.
No livro do Apocalipse, parece que o Ancião de Dias não é outro senão
Jesus Cristo mesmo! Apocalipse 1:12-18 descreve Jesus Cristo vestido com vestes
talares, cabelos como alva lã olhos como chama de fogo e pés semelhantes ao
bronze polido, como que refinado numa fornalha. Além disso, muitas passagens
das escrituras explicam que Jesus Cristo, o Filho do homem, será o juiz de
todos (Mateus 25:31-32; João 5:22 e 27; Romanos 2:16; II Corintios 5:10). Ainda
mais, Jesus se assentará no trono (IV capítulo). Na visão de Daniel, o chifre
(Anticristo) fazia guerra até a chegada do Ancião de Dias (Daniel 7:21-22), mas
sabemos que Jesus Cristo voltará a terra e destruirá os exércitos do anticristo
(Apocalipse 19:11-21). Em resumo, concluímos que a descrição de Jesus, no
Apocalipse, é igual à descrição do Ancião de Dias, em Daniel 7. Se o Ancião de
Dias em Daniel 7, é o Pai, então Jesus deve ser o Pai.
Em Daniel 7: 13, um como que o Filho homem se aproxima do Ancião
de Dias e recebe dele, o domínio. Quem é esse? A cena parece ser a visão de um
homem que representa os santos de Deus. Essa explicação é, possivelmente, a que
está mais de acordo com o capítulo. Daniel recebeu a interpretação da visão, a
partir do versículo 16. O versículo 18 diz que os santos do Altíssimo possuirão
o reino para todo o sempre. Então, o versículo 22 diz que os santos possuirão o
Reino. Os versículos 26 e 27 dizem que o Reino e o domínio (mesmas palavras do
versículo 14) serão dados aos santos do Altíssimo e que o Reino será reino
eterno. O versículo 27 conclui afirmando que todos os domínios estarão, em
última instância subordinados a Deus.
Daniel 7:16-28, portanto, nos da interpretação de 7:9-14. Em seus
próprios termos, o capítulo identifica o "Como o Filho do
homem".Devemos observar a falta do artigo definido ("O") nessa
tradução, o que reflete a falta do mesmo na linguagem original. Devemos,
também, ter em mente que, no Velho Testamento, "Filho do homem" pode
se referir a qualquer homem em particular (Ezequiel 2:1) ou à humanidade, em
geral (Salmos 8:4; 146:3; Isaías 51:12). Nos Salmos 80:17 a expressão significa
um homem a quem Deus delegou soberania e poder. Assim, a interpretação de que
"Filho do homem" representa os santos está de acordo com o uso da
expressão em outras passagens nas Escrituras.
Alguns comparam "Um como o Filho do homem" de Daniel com
Jesus Cristo, uma vez que Jesus muitas vezes se chamou de o Filho do homem. Essa
identificação, entretanto, a interpretação dada pelo próprio texto de Daniel 7.
Se Daniel pretendia se referir ao Cristo, por que não o chamou de
Messias, como o fez em 9:25? Além disso, mesmo que o "Filho do
homem", em Daniel, fosse Jesus Cristo "Um como o Filho do
homem", não precisaria, necessariamente, ser. De fato, a expressão poderia
indicar que o homem na visão de Daniel não é Jesus, mas apenas alguém parecido
com Ele, quer dizer, os santos da igreja. Sabemos que os santos são filhos de
Deus, co-herdeiros com Cristo, irmãos de Cristo, (Romanos 8:17 e 29; I João 3:1
e 2).
De qualquer modo precisamos lembrar que a visão de Daniel era profética
em sua natureza e não descritiva de uma situação real, em seu tempo. Se
presumirmos que o homem em Daniel 7 é Jesus Cristo, então, no máximo, a visão
mostra Jesus em dois papéis: do Pai do Filho. Ela não pode ensinar duas pessoas
porque o Ancião de Dias é identificado com Jesus em sua divindade. No máximo,
essa passagem pode retratar a dual natureza e o papel de Jesus, semelhante
mente a visão em Apocalipse 5 sobre o Único no trono (Deus em toda sua
divindade) e o Cordeiro (Jesus em seu papel humano e sacrifical). (Veja no Capítulo 9 - EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE explicação mais completa
dessa passagem do Apocalipse).
Em conclusão, tanto "Um como o Filho do homem" como "Um
semelhante a um Filho do homem", de Daniel 7, representam os santos que
herdaram o Reino de Deus. Se a passagem, realmente, se referir a Jesus Cristo,
então estará se referindo a Ele em seu papel humano, assim como o Ancião de
Dias O descrevem em seu papel divino.
Companheiro
de Jeová
Em Zacarias 13:7, o SENHOR falou do Messias e O chamou "O homem que
é meu companheiro". A chave para a compreensão desse versículo é ter em
mente que o SENHOR descrevia um "Homem". Quer dizer, Ele estava
falando a respeito do homem Jesus Cristo, dizendo que esse homem seria
companheiro, ou alguém chegado a Ele. Esse versículo não descreve um Deus
chamando o outro Deus de "Meu Deus companheiro". Isso está mais claro
ainda nas versões NIV e TAB. A primeira traduz a expressão como "O homem
que está perto de mim", e a segunda a traduz como "O homem que está
associado a mim". Somente Jesus Cristo, o homem sem pecado, poderia se
aproximar do Santo Espírito de Deus e está, realmente, junto de Deus. É por
isso que I Timóteo 2:5 diz: "Porquanto há um só Deus e um só Mediador
entre Deus e os homens, Cristo Jesus, o homem". Naturalmente, por Cristo,
podemos alcançar comunhão com Deus.
Conclusão
O Velho Testamento não ensina nem sugere uma pluralidade de pessoas na
divindade. Podemos, satisfatoriamente, explicar todas as passagens do Velho
Testamento usadas por alguns trinitárianista para ensinar a pluralidade de
pessoas, harmonizando-as com as muitas outras passagens que, inequivocamente,
ensinam o monoteísmo estrito. Com certeza, os judeus não tiveram dificuldade
para aceitar todo o Velho Testamento com a Palavra de Deus, e, ao mesmo tempo,
aderirem à crença de um Deus indivisível. Do princípio ao fim, e sem
contradição, o Velho Testamento ensina a bela verdade de um só Deus.
Chapter 8. EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: OS EVANGELHOS
Esse capítulo estuda referências encontradas nos Evangelhos, que têm
sido usadas por alguns para ensinar a pluralidade de pessoas na Divindade.
Embora faça parte do próximo capítulo o exame de certas passagens de Atos ao
Apocalipse, esse capítulo explica a algumas delas enquanto relacionadas a
questões suscitadas nos Evangelhos. Precisamos colocar todos esses versículos
das Escrituras em harmonia com o resto da palavra de Deus, que ensina um único
Deus. De um modo bem interessante, esses versículos, quando corretamente
entendidos, afirmam a unicidade de Deus.
Quatro
Importantes Auxílios Ao Entendimento
Desde o início de nosso estudo, temos enfatizado quatro pontos
importantes. Se o entendermos claramente, muitos dos nossos aparentemente
difíceis versículos das Escrituras, se tornarão prontamente explicáveis.
1) Quando vimos um plural (especialmente uma dualidade) usando com
referência a Jesus, precisamos pensar na humanidade e na Divindade de Jesus
Cristo. Há uma dualidade real, mas ela é uma distinção entre o Espírito e
carne, não uma distinção de pessoas em Deus.
2) Quando lemos uma passagem relativa a Jesus, devemos nos
perguntar se ela se refere a ele em seu papel de Deus, ou em seu papel de
homem, ou a ambos. Ele está falando como Deus ou como o homem, nessa passagem?
Lembre-se de que Jesus tem uma dualidade de natureza que ninguém jamais
possuiu.
3) Quando encontramos um plural referente a Deus, devemos
entendê-lo como uma pluralidade de papéis ou de relacionamentos com a
humanidade, não uma pluralidade de pessoas.
4) Devemos nos lembrar que os escritores do Novo Testamento
não tinham, no momento em que escreveram as escrituras, noção da doutrina
da Trindade, a qual surgiria muito mais tarde. Eles vinham de uma herança
judaica estritamente monoteísta; a existência de um Deus único não era, para
eles, absolutamente, um ponto de discussão. Algumas passagens podem nos parecer
"trinitárianista" ao primeiro olhar, porque trinitárianistas, através
dos séculos, as tem usado e interpretado de acordo com sua doutrina. Mas para a
Igreja Primitiva, que não tinha noção da futura doutrina da trindade, essas
mesmas passagens eram muito normais, comuns e prontamente atendidas em
sua percepção do poderoso Deus em Cristo. Para eles, não havia
contradição entre o estrito monoteísmo e a Divindade de Jesus.
Tendo em mente esses quatro pontos, vamos voltar a algumas passagens
específicas das Escrituras.
O Batismo
De Cristo
"Batizado em Jesus, saiu logo d'água, e eis que se lhe abriram os
céus, e viu o Espírito de Deus descendo como bomba, vindo sobre ele. E eis uma
voz dos céus, que dizia: este é o meu Filho amado, em quem me comprazo"
(Mateus 3:16 e 17).
De acordo com essas passagens, o Filho de Deus foi batizado,
o Espírito desceu como uma bomba, e uma voz falou, vinda do céu. Lucas 3:22
acrescenta uma informação, dizendo que "O Espírito Santo desceu sobre ele
em forma corpórea como pomba".
Para entender a cena corretamente, precisamos nos lembrar que Deus é
onipresente. Jesus é Deus, e foi Deus manifestado em carne, enquanto esteve
sobre a terra. Ele não podia e não sacrificou sua onipresença, enquanto esteve
na terra, porque esse é um dos atributos básicos de Deus, e Deus nunca muda. O
corpo físico de Jesus, naturalmente, não era onipresente, mas seu Espírito era.
Além disso, embora a plenitude do caráter de Deus habitasse o corpo de Jesus, o
Espírito onipresente de Jesus não podia ser assim confinado. Desse modo, Jesus
podia estar no céu e na terra, ao mesmo tempo (João 3:13) e com dois ou três de
seus discípulos, a qualquer tempo (Mateus 18:20).
Tendo em mente a onipresença de Deus, podemos compreender o batismo de
Cristo, muito facilmente. Não foi difícil, de modo algum, para o Espírito de
Jesus falar dos céus e enviar manifestação de seu Espírito em forma de pomba,
mesmo quando seu corpo humano estava no rio Jordão. a voz e a pompa não
representavam pessoas separadas, assim como a voz de Deus, vinha do Sinai, não
significava que a montanha é uma pessoa inteligente, separada da Divindade.
Sendo a voz e a pomba manifestações simbólicas de um Deus
onipresente, podemos perguntar o que significam. Qual era seu propósito? Primeiro,
precisamos perguntar qual era o propósito do batismo de Jesus. Certamente
ele não foi batizado para remissão dos pecados, como nós, porque ele era sem
pecados (I Pedro 2:22). Em vez disso, a Bíblia diz que ele foi batizado para
cumprir toda justiça (Mateus 3:15). Ele é nosso exemplo e foi batizado para nos
deixar um exemplo a ser seguido (I Pedro 2:21).
Além disso, Jesus foi batizado como um modo de se manifestar, ou se
tornar conhecido para Israel (João 1:26 e 27,31). Em outras palavras, Jesus usou
o batismo como ponto de partida de seu ministério. Ele foi uma declaração
pública de quem ele era e do que tinha vindo fazer. Por exemplo, por ocasião do
batismo de Cristo, João Batista entendeu quem era Jesus. Até o batismo, ele não
sabia que Jesus era realmente o Messias, e, após o batismo ele estava apto a
declarar ao povo que Jesus era o Filho de Deus e o cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo (João 1:29-34).
Tendo estabelecido o propósito do batismo de Cristo, vamos ver
como a pomba e a voz facilitaram esse propósito.
João 1:32-34 afirma, claramente, que a pomba é um sinal que veio
por causa de João Batista. Sendo João o precursor de Jeová (Isaías 40:3),
ele precisava saber que Jesus era realmente Jeová vindo em carne. Deus tinha
dito a João que aquele que seria batizada com Espírito Santo seria
identificado pelo Espírito que desceria sobre ele. Naturalmente, João era
incapaz de ver Espírito de Deus ungido a Cristo, portanto Deus escolheu uma
pomba como sinal visível de seu Espírito. Por isso a pomba era um sinal
especial para João, para fazê-lo saber que Jesus era Jeová e o Messias.
A pomba era, também, um tipo de unção que significava o início do
ministério de Cristo. No Novo Testamento, profetas, sacerdotes e reis eram
ungidos com óleo para indicar que Deus os havia escolhido (Êxodo 28:41; I Reis
19:16). Os sacerdotes, em particular, eram lavados em água e ungidos com óleo
(Êxodo 29:4 e 7). O óleo simbolizava o Espírito de Deus. O Velho Testamento
profetizou que Jesus seria ungido de modo semelhante (Salmo 2:2; 45:7; Isaías
61:1). De fato, a palavra hebraica Messiah (Cristo, em grego) significa "O
Ungido". Jesus veio para cumprir os papéis de profeta, sacerdote e rei
(Atos 3:20-23; Hebreus 3:1; Apocalipse 1:5). Ele veio, também, para cumprir a
lei (Mateus 5:17 e 18), e para cumprir sua própria lei, ele precisava ser
ungido como profeta, sacerdote e rei..
Sendo Jesus o próprio deus e um homem sem pecados, não era suficiente
que fosse ungido por um homem pecador e com olhos simbólico. Em lugar disso,
Jesus foi o ungido diretamente pelo espírito de deus. Desse modo, por ocasião
de seu batismo pela água, Jesus fez oficialmente ungido para o início de seu
ministério terreno, não pelo olho simbólico, mas pelo espírito de deus na forma
de uma pomba.
A voz veio do céu por causa do povo. João 12:28-30 registra um
acontecimento semelhante no qual uma voz veio do céu e confirmou a divindade de
Jesus para o povo. Jesus disse que a voz viera não por sua causa, mas por causa
do povo. A voz era a maneira de Deus apresentar Jesus, formalmente, a Israel,
como o Filho de Deus. Muitas pessoas estavam presentes ao batismo de Jesus, e
muitos estavam sendo batizados (Lucas 3:21), portanto o Espírito destacou
o homem Jesus e o identificou a todos como o Filho de Deus, através de
uma voz miraculosa, vinda do céu. Isso era muito mais eficiente e convincente
que uma declaração feita por Jesus, como homem. De fato, parece que essa
manifestação miraculosa demonstrou, efetivamente, na ocasião de seu batismo, o
propósito de Jesus.
O batismo de Jesus não nos ensina que Deus é três pessoas, mas, apenas,
revela a onipresença de Deus e a humanidade do Filho de Deus. Quando Deus fala
a quatro pessoas diferentes, em quatro diferentes continentes, ao mesmo tempo,
não pensamos em quatro pessoas de Deus, mas, o sim, na onipresença de Deus.
Deus não pretendeu, com o batismo, revelar aos monoteístas espectadores judeus
uma manifestação radicalmente nova de pluralidade da Divindade, e não temos
indícios de que os judeus têm interpretado dessa maneira o acontecimento. Até
mesmo muitos dos modernos estudiosos têm visto o batismo de Cristo não como uma
indicação da trindade, mas como uma referência à "Unção autorizada de
Jesus como o Messias".[23]
A Voz Do
Céu
Três vezes, na vida de Jesus, uma voz veio do céu: por ocasião de seu
batismo, em sua transfiguração (Mateus 17:1-9), e após sua entrada triunfal em
Jerusalém (João 12:20-33). Acabamos de explicar que a voz não indica uma pessoa
separada na Divindade, mas, apenas, uma outra manifestação do Espírito
onipresente de Deus.
Em cada um desses três casos, a voz não foi por causa de Jesus,
mas por causa de outros, e ela veio com o propósito específico. Como já
estudamos, a voz, no batismo de Cristo, era parte do início de seu ministério
terreno. Ela veio por causa do povo, assim a pomba desceu por causa de João. A
voz apresentou Jesus como Filho de Deus: "Este é meu Filho amado, em
quem me comprazo" (Mateus 3: 17). A voz, na transfiguração, era,
inquestionavelmente, por causa do os discípulos que ali estavam, pois sua
mensagem era: "Esse é o meu Filho amado, em quem me comprazo: a ele
ouvi" (Mateus 17:5). A terceira manifestação da voz aconteceu quando um
grupo de gregos (aparentemente prosélitos gentios) vieram ver Jesus. Jesus
explicou que a voz não era por sua causa, mas por causa do povo (João 12:30).
As
Orações De Cristo
As orações de Cristo indicam uma distinção de pessoas separadas entre Jesus
e o Pai? Não. Ao contrário, suas orações indicam uma distinção entre o Filho de
Deus e Deus. Jesus olhou em sua humanidade, não em sua divindade. Se as ações
de Jesus demonstram que a natureza divina de Jesus é diferente do Pai, então,
Jesus é inferior ao Pai, em divindade. Em outras palavras, se Jesus ou como
Deus, então sua posição na divindade seria, de algum modo, inferior às outras
"Pessoas". Esse exemplo destrói efetivamente o conceito de uma
trindade de pessoas idênticas.
Como pode Deus orar e ainda ser Deus? Por definição, Deus em sua
onipresença não tem necessidade de orar, e em sua unicidade não tem outro a
quem ele possa orar. Se as operações de Jesus provam que existem duas pessoas
na divindade, então uma dessas pessoas se subordina a outra e não é, portanto,
completa e verdadeiramente Deus.
Qual é, então, a explicação para as orações de Jesus? Só pode ser
a de que a natureza humana de Jesus orou ao eterno Espírito de Deus. A natureza
divina não precisava de ajuda; somente a natureza humana. Como disse Jesus, no
jardim do Getsêmani, a vontade humana se submeteu a vontade divina. Através da
oração, sua natureza humana aprendeu a ser submissa e obediente ao Espírito de
Deus (Filipenses 2:8; Hebreus 5:7 e 8). Essa não foi uma luta travada entre
duas vontades divinas, mas uma luta entre as vontades divina e humana que havia
em Jesus. Como homem submeteu-se ao Espírito de Deus, e dele recebeu força.
Alguns podem se opor a esta explicação, argumentando que ela significa
que Jesus orou a Si mesmo. Entretanto, precisamos nos dar conta que,
diferentemente de qualquer outro ser humano, Jesus tinha duas naturezas
perfeitas e completas -- a humanidade e à divindade. O que poderia ser absurdo
ou impossível para o homem comum, não é tão estranho tratando-se de Jesus. Nós
não dizemos que Jesus orou a si mesmo porque isso implicaria, de modo
incorreto, em que Jesus tivesse apenas uma natureza, como o homem comum. Antes,
afirmamos que a natureza humana de Jesus orou ao Espírito divino de Jesus, que
habitava o homem.
A escolha é simples. Ou Jesus, como Deus, orou ao Pai, ou Jesus, como
homem, orou Pai, ou Jesus, como homem, orou ao Pai. Se a primeira alternativa
for verdadeira, então, temos uma forma de submissão ou Arianismo, no qual uma
das pessoas da Divindade é inferior, e não o equivalente, a outra pessoa da
Divindade. Isso contradiz o conceito bíblico de um único Deus, a completa
divindade de Jesus, e a onipresença de Deus. Se a segunda alternativa estiver
correta, e assim acreditamos, então não existe nenhuma distinção de pessoas na
divindade. A única distinção existente está entre a humanidade é a divindade,
não entre Deus e Deus.
"Deus, Meu, Deus
Meu, Por Que Me Desamparaste?"
Este versículo (Mateus 27:46) não pode escrever uma separação real entre
o Pai e o Filho por que Jesus é o Pai. Jesus disse: "Eu e o Pai somos
um" (João 10:30). A Bíblia diz que "Deus estava em Cristo,
conciliando consigo o mundo" (II Corintios 5:19). Jesus era Deus Pai
manifestado em carne para reconciliar consigo mesmo, o mundo. O grito de Jesus
na cruz não significa que o Espírito de Deus tivesse se separado do corpo, mas
que não havia ajuda do Espírito em sua morte sacrificial de substituição a
humanidade pecadora. Não era uma pessoa da divindade sendo abandonada por
outra, mas a natureza humana sentindo a ira e o julgamento de Deus sobre
os pecados da humanidade.
Não havia dois Filhos -- um Filho Divino e um Filho humano -- mas
havia duas naturezas -- Divindade e humanidade -- fundidas em uma pessoa. O
Divino Espírito não poderia ser separado da natureza humana e a vida ainda
continuar. Mas, em sua agonia de morte, Jesus sofreu a dor pelos nossos
pecados. A morte veio quando ele entregou o seu Espírito.
Em outras palavras, o que Jesus poderia dizer quando clamou: "Deus
meu, Deus meu, porque me desamparaste? Era que Ele tinha tomado o lugar do
homem pecador na cruz e estava recebendo a punição pelos pecados. O sofrimento
não foi diminuído por causa de sua divindade. Sendo que todos pecamos (Romanos
3:23) e sendo o salário do pecado a morte (Romanos 6:23), toda a
humanidade (exceto o Cristo sem pecado) devia morrer. Cristo tomou nosso
lugar e sofreu a morte que nós merecíamos (Romanos 5:6-9). Na cruz ele
experimentou a morte por todos os homens (Romanos 2:9). Essa morte foi mais que
uma morte física; ela abrangia a morte espiritual, que é a separação de Deus
(II Tessalonicenses 1:9; Apocalipse 20:14).
Nenhum ser vivo da terra sentiu essa morte espiritual em seu mais
alto grau, porque todos nós vivemos e nos movemos e existimos em Deus (Atos
17:28). Mesmo o ateísta goza de muitas coisas boas como a alegria, o amor e a
própria vida. Tudo que é bom vem de Deus (Tiago 1:17), e toda vida tem
origem nele e é mantida por ele. Mas, Jesus provocou a morte definitiva -- a
separação de Deus que o pecador sentirá no lago de fogo. Ele sentiu a angústia,
a desesperança e o desalento, como se ele fosse um homem abandonado eternamente
por Deus. Assim, a natureza humana de Jesus gritou na cruz, quando Jesus tomou
sobre si o pecado do mundo todo e sentiu castigo eterno da separação por causa
do pecado (I Pedro 2:24).
Não devemos supor que o Espírito de Deus se separou do corpo de
Jesus no momento em que ele proferiu as palavras: "Deus meu, Deus meu,
porque me desamparaste?" o Espírito Divino deixou o corpo humano somente
por ocasião da morte. Hebreus 9:14 diz que Cristo se ofereceu a Deus pelo
Espírito eterno. Também Jesus disse a seus discípulos, a respeito de sua morte:
"Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis dispersos, cada um para
sua casa, e me deixareis só; contudo não estou só, porque o Pai está
comigo" (João 16:32). Assim, o Espírito eterno de Deus, o Pai, não deixou
o corpo humano de Cristo até sua morte.
Comunicação
De Conhecimento Entre As Pessoas Da Divindade?
Alguns acreditam que a Bíblia descreve transferência de conhecimento
entre diferentes pessoas na divindade. Esse é um argumento perigoso pois
traz implícita a idéia de que possa haver uma pessoa na divindade sabendo algo
que uma outra pessoa não saiba. Isso implica numa doutrina de personalidades e
mentes separadas em Deus, o que, por sua vez, leva ao triteismo ou politeísmo.
Vamos examinar melhor algumas passagens das Escrituras. Mateus
11:27 diz: "Ninguém conhece o Filho senão o Pai, e ninguém conhece o Pai
senão Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar". Esse versículo
afirma, apenas, que ninguém pode compreender quem o Filho (a manifestação de
Deus na carne), é, exceto pela revelação divina (do Pai). Jesus, sem dúvida,
tinha isso em mente quando disse a Pedro: "Não foi carne e sangue quem to
revelou, mas meu Pai que está nos céus" (Mateus 16:17). Foi-nos dito que
nenhum homem pode dizer que Jesus é o Senhor senão pelo seu Espírito (I
Corintios 12:3). O Pai revelou aos homens sua natureza e caráter, pela encarnação
-- através de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
Romanos 8:26 e 27 dizem: "O mesmo Espírito intercede por nós",
e "Aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito".
Essas afirmativas indicam apenas uma pluralidade de funções do Espírito. De um lado,
Deus coloca seu Espírito em nossos corações para nos ensinar a orar e para orar
através de nós. De outro lado, Deus ouve nossas preces, sonda e conhece nossos
corações e compreende as orações que ele ora através de nós, pela interseção de
seu próprio Espírito. Esse versículo não implica na separação de Deus e seu
Espírito, porque Deus é Espírito. Nem ele indica uma separação de Cristo, como
aquele que sonda os corações, do Espírito como intercessor, porque a Bíblia
afirma, também, que Cristo intercede por nós (Hebreus 7: 25; Romanos 8:34), e o
Espírito sonda todas as coisas, inclusive nossos corações. "Mas Deus no-lo
revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo
as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as cousas do homem, senão
o seu próprio Espírito que nele está? Assim também as cousas de Deus ninguém as
conhece senão o Espírito de Deus" (I Corintios 2:10 e 11). Embora o
Espírito sonde "As profundezas de Deus ", não devemos pensar que há uma
separação entre Deus e seu Espírito. O que nos é dito é que Deus revela coisas
a nós pelo seu Espírito em nossas vidas. Seu Espírito em nós comunica verdades
de sua mente para nossa mente: "Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito,
porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as profundezas de
Deus". Então a passagem compara o homem e seu espírito, com Deus e Seu
Espírito. Um homem não é duas pessoas, nem Deus.
Mateus
28:19
Já estudamos Mateus 28:19 no Capítulo 6 - PAI, FILHO, E
ESPÍRITO SANTO, mostrando que ele descreve Deus com múltiplos
ofícios, mas com somente um nome. O ponto enfocado não é uma pluralidade, mas a
unicidade.
A
Preexistência De Jesus
Muitas passagens das escrituras se referem à a existência de Jesus,
antes do começo de sua vida humana. Entretanto, a Bíblia não nos ensina que ele
existia separado e distante do Pai. O Espírito de Jesus existiu desde toda a
eternidade porque Ele é o próprio Deus. A humanidade de Jesus, no entanto, não
existiu antes da encarnação, a não ser como um plano na mente de Deus. Podemos
afirmar, portanto, que o Espírito de Jesus preexistiu à encarnação, mas não
podemos dizer que o Filho à encarnação em qualquer sentido substancial. João
1:1 e 14 são um bom resumo do ensino data preexistência de Jesus: "No
princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus... E o
verbo se fez carne... "Em outras palavras, Jesus existiu como Deus, desde
toda a eternidade. O plano da futura filiação existia em Deus, desde o
princípio -- como uma idéia na mente de Deus. Posteriormente, esse Verbo se
tornou carne -- como extensão de Deus Pai, em forma humana. (Para melhor
explicação desse conceito, em João 1, veja o Capítulo 4 - JESUS É DEUS. Para
saber mais sobre o Filho e a preexistência de Cristo, inclusive a
exposição de Hebreus 1, veja o Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS).
Vamos aplicar esses conceitos há vários versículos que falam da
preexistência de Cristo. Podemos entender João 8:58 ( " antes que
Abraão existisse, eu sou") como uma referência a preexistência
de Jesus como o Deus do Velho Testamento. Do mesmo modo, podemos entender João
6:62 ("Que será, pois, se virdes o Filho do homem subir para o lugar onde
primeiro estava?"), com Jesus usando expressão "Filho do homem"
mais para significar "Eu" ou "Mim" do que para enfatizar
sua humanidade. Em João 16:28, Jesus disse: "Vim do Pai". Isso se
refere, também, à sua preexistência como Deus. A natureza divina de Jesus era
Deus Pai, por isso a dupla natureza de Cristo podia dizer: "Vim do
Pai". Essa afirmativa pode descrever, também, o governo o plano que
existia na mente de Deus, que se tornou carne e foi enviado ao mundo.
Em João 17:5, Jesus orou: "E agora, glorifica-me, ó Pai,
contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse
mundo". Outra vez, Jesus falava da glória que ele tinha com Deus, no
começo, e da glória que o Filho tinha no plano e na mente de Deus. Essa
afirmativa não pode significar que Jesus preexistiu com glória como o Filho.
Jesus estava orando, portanto, ele devia estar falando como homem, não como
Deus. Sabemos que a humanidade não preexistiu a encarnação, portanto, Jesus
estava falando a respeito da glória que o Filho tinha no plano de Deus, desde o
princípio.
Outros
versículos relacionados com a preexistência de Jesus como Deus,São tratados nos
Capítulo 4 - JESUS É DEUS, Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS, e Capítulo 9 - EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE.
O
Filho Enviado Pelo Pai
João 3:17
e 5:30, juntamente com outros versos da Bíblia, afirmam que o Pai enviou o
Filho. Isso significa que Jesus, o Filho de Deus, seja uma pessoa separada do
Pai? Sabemos que não é assim porque muitos versos da Bíblia ensinam que Deus se
manifestou na carne (II Corintios 5:19, I Timóteo 3:16). Ele deu-se a
Si mesmo; Ele não enviou outra pessoa (João 3:16). O Filho foi enviado por Deus
como um homem, não como Deus": Deus enviou seu Filho, nascido de uma
mulher" (Gálatas 4:4). A palavra enviou não implica preexistência do Filho
ou preexistência do homem. João 1:6 afirma que João Batista era um homem
enviado por Deus, e sabemos que ele não existiu antes de sua concepção. Ao
invés disso, a palavra enviou indica que Deus escolheu o Filho com um propósito
especial. Deus elaborou um plano, revestiu de carne aquele plano, e então o pôs
em operação. Deus deu para o Filho uma tarefa especial. Deus se manifestou em
carne para alcançar um objetivo especial. Hebreus 3:1 chamadas Jesus de o
Apóstolo de nossa confissão, apóstolo que significa" a pessoa
enviada" em grego. Resumidamente, enviar o Filho enfatiza a humanidade do
Filho e o propósito específico para o qual o Filho nasceu.
Amor
Entre Pessoas Em Na Divindade?
Um
argumento filosófico popular a respeito da trindade está baseado no fato que
Deus é amor. O argumento básico é o seguinte: Como pode Deus ser amor e mostrar
amor antes de ter criado o mundo, a menos que fosse uma pluralidade de pessoas
que se amavam entre si? Essa linha de raciocínio é falha por várias razões.
Primeiro, mesmo sendo correta não provaria uma trindade. Na realidade, poderia
conduzir ao politeísmo. Segundo, por que Deus precisa provar-nos a natureza
eterna de Seu amor? Por que não podemos aceitar a declaração simplesmente que
Deus é amor? Por que limitamos Deus a nosso conceito de amor, argumentando que
Ele não poderia ter sido amor na eternidade passado a menos que Ele tivesse um
objeto então-existente de amor? Terceiro, como a solução trinitária evita o
politeísmo e ao mesmo tempo evita dizer simplesmente que Deus amava a Si
próprio? Quarto, não podemos limitar Deus no tempo. Ele podia nos amar e o fez,
desde a eternidade passada. Embora nós não estivéssemos ainda, Ele previa a
nossa existência. Para Sua mente nós existimos e Ele nos amava.
João 3: 35,5:20 e 15:9 afirmam que o Pai ama o Filho, e João 17:24
diz que o Pai amou Jesus antes que o mundo fosse fundado. Em João 14:31 Jesus
expressou amor pelo Pai. Todas essas afirmações não significam pessoas
distintas. (não é estranho que essas passagens omitam o Espírito Santo desse
relacionamento de amor?). O que esses versículos expressam é o relacionamento
entre as duas naturezas de Cristo. O Espírito de Jesus amava a humanidade e
vice-versa. O Espírito amavam o homem Jesus assim como ele ama toda a
humanidade, e o homem Jesus amava a Deus assim como todo homem deve amar a
Deus. Lembre-se, o Filho veio ao mundo para nos mostrar o quanto Deus nos ama
e, também, para ser nosso exemplo. Por causa desses dois objetivos a serem
alcançados, o Pai e o Filho mostraram amor um pelo outro. Antes que o mundo
fosse fundado, Deus sabia que ele se manifestaria como o Filho. Ele amou esse
plano, desde o começo. Ele amou aquele futuro Filho tanto quanto ele nos amou
desde o princípio dos tempos.
Outras
Distinções Entre o Pai e Filho
Muitos versículos das Escrituras fazem distinção entre o Pai e o Filho
no que diz respeito a poder, grandeza e conhecimento. Entretanto, é um grande
erro usá-los para mostrar a existência de duas pessoas na Divindade. Se existe
uma distinção entre o Pai e Filho, na divindade, então o Filho é subordinado,
ou inferior, ao Pai, em divindade. Isso significaria que o Filho não é
plenamente Deus, porque, por definição, Deus não é inferior a ninguém. Por
definição, Deus tem todo o poder (onipotência) e todo o conhecimento
(onisciência). Para entendermos esses versículos devemos olhá-los como
distinguindo entre a divindade de Jesus (o Pai) e a humanidade de Jesus (o
Filho). A humanidade ou o papel da filiação de Cristo está subordinado à sua
divindade.
João 5:19 diz: "O Filho nada pode fazer de Si mesmo, senão somente
aquilo que vir fazer o Pai; porque tudo que este fizer, o Filho também
semelhantemente o faz". (veja, também, João 5:30; 8:28). Em Mateus 28:18,
Jesus proclamou: "Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra", o
que significa que o Pai deu a ele esse poder. Em João 14:28, Jesus disse:
"O Pai é maior do que eu". A primeira carta aos Corintios 11:3, afirma
que o cabeça de Cristo é Deus. Todos esses versículos indicam que a natureza
humana de Jesus não podia fazer nada de si mesma, mas recebia poder do
Espírito. A carne estava sujeita ao Espírito.
Ao falar de sua segunda vinda Jesus disse: "Mas a respeito
daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão
somente o Pai" (Marcos 13:32). A humanidade de Cristo não sabia todas as
coisas, mas o Espírito de Jesus sabia.
João 3:17 fala do Filho como tendo sido enviado por Deus. Em João
6:38, Jesus disse: "Porque eu desci do céu não para fazer a minha própria
vontade; e, sim, à vontade daquele que me enviou". (Jesus não veio de si
mesmo, isto é, de sua humanidade, mas ele foi enviado por Deus (João 7:28);
8:42; 16:28). O Filho não ensinou sua própria doutrina, mas aquela do Pai (João
7:16 e 17). Ele não ensinou seus próprios mandamentos, mas ensinou e guardou os
mandamentos do Pai (João 12:49-50; 15: 10). Ele não buscou sua própria glória,
mas glorificou o Pai (João 8:50; 17:4). Todas essas passagens descrevem a
distinção existente entre Jesus, como homem (Filho) e Jesus como Deus (Pai). O
homem Jesus não teve sua origem na humanidade, nem o homem Jesus veio para
manifestar a humanidade. O Espírito formulou o plano, concebeu o bebê no
ventre, colocou naquela carne todo caráter e qualidade de Deus, e, então,
enviou aquela carne ao mundo para manifestar Deus ao mundo. No final, aquela
carne terá cumprido seu propósito. O Filho então voltará a ser, parte do plano
de Deus para que Deus possa ser tudo em todos (I Corintios 15:28).
Esses versículos descrevem o relacionamento da natureza humana de
Cristo como homem, com sua natureza divina, como Deus. Se as interpretarmos
como fazendo uma distinção entre duas pessoas chamadas Deus Pai de Deus Filho,
cairemos em contradição. Teríamos o Deus Filho com as seguintes características
que não são de Deus: ele não teria, de Si mesmo, qualquer autoridade; Ele não
saberia todas as coisas; Ele não faria sua própria vontade; Ele teria alguém
maior que ele próprio; Ele teria sua origem devida a outro alguém; e ele,
eventualmente, perderia sua própria individualidade. Esses fatos das Escrituras
contradizem o conceito de "Deus Filho.
As
Passagens Que Usam Com
Como explicarmos o uso da palavra com, em João 1:1 e 2 e I João
1:2? João 1:1 diz que o verbo estava com Deus, e continua, dizendo que o
Verbo era Deus. Como foi explicado no Capítulo 4 - JESUS É DEUS, o
Verbo é o pensamento, o plano, ou expressão na mente de Deus. É assim que o
Verbo poderia estar com Deus e, ao mesmo tempo, ser o próprio Deus. Devemos,
também, notar que a palavra grega pros, aqui traduzida como
"com", é traduzida como "Referente a", em Hebreus 2:17 e
5:1. Portanto, o Verbo estava com Deus, no sentido de pertencer a Deus e não no
sentido de uma pessoa à parte, além de Deus.
Mais que isso, se Deus, em João 1:1, significa Deus Pai, então o
Verbo não é uma pessoa separada por que o versículo poderia ser lido assim:
"O Verbo estava com o Pai e o Verbo era o Pai". Para que isso
implicasse em uma pluralidade de pessoas em Deus, seria necessária uma mudança
na definição de Deus, no meio do versículo.
Devemos também notar que I João 1:2 não indica que o Filho estava com
Deus na eternidade. Afirma, antes, que a vida eterna estava com o Pai.
Naturalmente, Jesus Cristo manifestou a vida eterna para nós. Ele é o Verbo da
vida no versículo um. Entretanto, isso não significa que a vida eterna existia
como uma pessoa separada do Pai. Significa, simplesmente, que o Pai possuía
vida eterna em Si mesmo-Ele estava com Ele - desde o princípio. Essa vida
eterna ele a mostrou a nós, através do seu aparecimento na carne, em Jesus
Cristo.
Dois
Testemunhos
Jesus disse: "Não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou.
Também na vossa lei está escrito que o testemunho de duas pessoas é verdadeiro.
Eu testifico de mim mesmo, e o Pai, que me enviou, também testifica de
mim" (João 8:16-18). Pouco antes desses versículos, Jesus havia dito:
"Eu sou a luz do mundo" (versículo 12). Esta era uma afirmação de seu
papel messiânico (Isaías 9:2; 49:6). Os fariseus replicaram: "Tu dás
testemunho de ti mesmo, logo teu testemunho não é verdadeiro" (João 8:13).
Em resposta a essa acusação, Jesus explicou que Ele não era o único a testemunhar,
mas que dois davam testemunho do fato de que Ele era o Messias, o Filho de
Deus. As duas testemunhas eram o Pai (o divino Espírito) e o homem Jesus. Em
outras palavras, tanto Deus Pai como homem Jesus podiam testificar que o Pai
estava manifestado em carne, em Jesus. Jesus era ambos, Deus e homem de ambas
as naturezas podiam testificar esse fato. Nenhuma separação de pessoas, na
divindade era necessária para que tal ocorresse. Na verdade, se alguém entende
que as duas testemunhas eram pessoas separadas em uma trindade, ela precisa
explicar porque Jesus não disse que havia três testemunhas. Afinal de contas, a
lei requeria duas testemunhas, mas pedia três, se possível (Deuteronômio.17:6;
19:15). Quando Jesus se referiu a seu Pai, os fariseus questionaram Jesus a
respeito do Pai, sem dúvida se perguntando quando teria o Pai testemunhado
diante deles. Em vez de dizer que o Pai era outra pessoa na divindade, Jesus
identificou-se com o Pai-o "Eu sou" do Velho Testamento (João
8:19-27). Os dois testemunhos vinham do Espírito de Deus e do homem Cristo, e
ambos testificavam que Jesus era Deus na carne.
O Uso Do
plural
Várias vezes Jesus se referiu ao Pai e a Si mesmo, no plural essas
passagens estão no livro de João, o escritor no Novo Testamento que mais do que
qualquer outro, identificou Jesus como Deus e o Pai. É um erro supor que o uso
do plural significa que Jesus é uma pessoa separada do Pai, na divindade. Esse
uso, no entanto, indica uma distinção entre a divindade (Pai) e à
humanidade (Filho) de Jesus Cristo. O Filho, que é visível, revelou Pai, que é
invisível. Jesus disse: "Se conhecêsseis a mim, a também conheceríeis a
meu Pai (João 8:19); Aquele que me enviou... Não me deixou só (João 8:29);
Quem me odeia, odeia também a meu Pai" (João 15:23); "Mas agora não
somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim, como a meu Pai"
(João 15:24); e, "Não estou só, porque o Pai está comigo" (João
16:32). Esses versículos das uma usam o plural para expressar um tema
consistente: Jesus não é apenas um homem, mas Ele é Deus, também. Jesus não era
um homem comum, como Ele parecia ser exteriormente. Ele não estava só; Ele
tinha o Espírito do Pai em seu interior. Isso explica a dual natureza Jesus e
revela a unicidade de Deus..
Como o Pai estava com Jesus? A explicação lógica é que Ele estava em
Jesus. Portanto, se você conhece Jesus, você conhece o Pai; se você vê Jesus,
vê o Pai; e se você odeia Jesus, você odeia o Pai. II João 9 afirma: "O
que permanece na doutrina, esse tem assim o Pai como o Filho" e. Qual é a
doutrina de Cristo? É a doutrina que afirma que Jesus é o Messias; Ele é o Deus
do Velho Testamento manifestado na carne. Quer dizer, o apóstolo escreveu que
se compreendermos a doutrina de Cristo, entenderemos que Jesus é ambos, o Pai
que o Filho. Não negamos, assim, nem o Pai, nem o Filho. Quando aceitamos a
doutrina de Cristo, aceitamos a doutrina de ambos, do Pai e do Filho. É verdade
também, que se negamos o Filho estamos negando o Pai, mas se confessamos o
Filho, temos confessado, também, o Pai (I João e 2:23).
Uma outra passagem com plural que merece especial atenção, João 14:23
"Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos
para ele e faremos nele morada". A chave para o entendimento desse
versículo é ter em conta que o Senhor não estava falando de habitar em nós
fisicamente. Além do mais, se há dois Espíritos Deus, um do Filho e outro do
Pai, haveria pelo menos dois Espíritos em nosso coração. Entretanto, Efésios
4:4 declara que há um Espírito. Sabemos que João 14:23 não quer dizer entrada
corpórea, porque Jesus tinha dito: "Naquele dia vós conhecereis que Eu
estou em meu Pai e vós em mim e Eu em vós" (João 14:20). Naturalmente nós
não estamos em Jesus no sentido físico. Portanto, o que significa essa
passagem? Ela significa uma união _ um em mente, propósito, plano de vida _ com
Cristo. Essa é a mesma idéia expressa em João 17:21-22, quando Jesus orou:
"A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai; em mim e eu em ti,
também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste. Eu lhes
tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o
somos".
Mesmo assim, porque Jesus usou o plural ao falar da união dos crentes
com Deus? Naturalmente, Deus tinha planejado a salvação para reconciliar o
crente com Ele mesmo. Mas, o homem pecador não pode aproximar se de um Deus
santo, e um homem finito não pode compreender um Deus infinito. O único modo
pelo qual podemos nos reconciliar com Deus e compreendê-lo é através de sua
manifestação na carne, através do homem sem pecados, Jesus Cristo. Quando somos
um com Jesus, automaticamente somos um com Deus, uma vez que Jesus não é apenas
um homem, mas, também, Deus. Jesus usou o plural para enfatizar o fato de
que, para estarmos unidos com Deus, precisamos, primeiro, receber a expiação
através do sangue de Jesus. Há apenas um mediador entre o homem e Deus, o homem
Jesus (I Timóteo 2:5). Ninguém vem ao Pai a não ser por intermédio de Jesus
(João 14:6). Para estarmos doutrinariamente corretos, precisamos confessar que
Jesus veio em carne (I João 4:2-3). Quando recebemos Cristo, temos recebido
ambos, o Pai e o Filho (II João 9). Nossa união com o Pai e o Filho não é uma
união com duas pessoas da divindade, mas simplesmente uma união com Deus
através do homem Jesus: "A saber, que Deus estava em Cristo, reconciliando
consigo o mundo" (II corintios 5:19).
Uma outra maneira de se pensar a respeito de nossa união com Deus é nos
lembrarmos dos dois ofícios diferentes ou relacionamentos, representados pelo
Pai e pelo Filho. O crente tem a sua disposição as qualidades de ambos os
papéis, tais como a onipotência do Pai e o sacerdócio e a submissão do Filho.
Ele tem o Pai e o Filho. Entretanto, ele recebe todas essas qualidades de Deus
quando recebem o único o Espírito de Deus, o Espírito Santo. Ele não recebe
dois ou três Espíritos. Quando Deus vem habitar o crente isso se chama o dom
(ou batismo) do Espírito Santo, e esse dom põe à nossa disposição todos os
atributos e papéis de Deus: "Pois, em um só Espírito, todos nós fomos
batizados em um corpo" (I Corintios 12:13).
Se, por outro lado, uma pessoa interpretasse João 14:23 e
17:21-22, como descrevendo a união de duas pessoas na divindade, então, para
ser coerente, teria que interpretar que as Escrituras afirmam que os crentes se
tornam membros da divindade, assim como Jesus. Essas passagens, claramente
aludem a união com Deus que o Filho de Deus tem é que podemos usufruir,
acreditando no evangelho e obedecendo-o. (Jesus, naturalmente, ele, também, um
com o Pai no sentido de que Ele é o Pai, mas não é isso que esses versículos,
em particular, descrevem).
Conversas
Entre Pessoas Na Divindade?
Não há registro na Bíblia de uma conversa entre duas pessoas de Deus,
mas há muitas representações de comunhão entre as duas naturezas de Cristo. Por
exemplo, as orações de Cristo retratam sua natureza humana buscando auxílio do
eterno Espírito de Deus.
João 12:28 registra um pedido, da parte de Jesus, para que o Pai
glorificasse seu próprio nome. Uma voz do céu falou, respondendo a esse pedido.
Isso demonstra que Jesus era um homem, na terra, mas seu Espírito era o Deus
onipresente no universo. A voz não veio por causa de Jesus, mas por causa
daqueles que ali estavam (João e 12:30). A oração e a voz não constituem uma
conversa entre duas pessoas na Divindade; pode-se dizer que é uma comunicação
entre a humanidade de Jesus e sua Divindade. A voz era um testemunho ao povo,
vindo do Espírito de Deus e revelando a aprovação de Deus ao Filho.
Hebreus 10:5-9 cita uma passagem profética do salmo 40:6-8. Nessa
representação profética da vinda do Messias, Cristo, como homem, fala ao Deus
eterno, expressando sua obediência e submissão à vontade de Deus com. Essa cena
é essencialmente semelhante àquela da oração de Cristo no Getsêmani. É óbvio que
Cristo está falando como homem, porque ele diz: "Antes corpo me
formaste" e "Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade".
Concluindo, a Bíblia não registra conversas entre pessoas na divindade,
mas entre as naturezas divina e humana. Interpretar essas duas naturezas como
"Pessoas" cria a crença de pelo menos, dois "Deuses". (é
muito estranho que o Espírito Santo nunca tome parte nessa conversas!). Além
disso, "Pessoas" implicaria em inteligências separadas em uma divindade,
um conceito que não difere do politeísmo
Um Outro
Consolador
Em João 14:16, Jesus prometeu enviar um outro Consolador. No versículo
26, ele identificou o Consolador como o Espírito Santo. Isso quer dizer que o
Espírito Santo é outra pessoa na Divindade? Não. Fica claro que no contexto que
o Espírito Santo é, simplesmente, Jesus em uma outra forma de manifestação. Em
outras palavras, "Outro Consolador" significa Jesus no Espírito, em
oposição a Jesus na carne. No versículo 16, Jesus falou com os dois discípulos
a respeito de outro Consolador. Então, no versículo 17, Jesus lhes falou que já
conheciam o Consolador porque ele habitava com eles e estaria neles. Quem vivia
com os discípulos naqueles dias? Jesus, naturalmente. O Espírito de Jesus
habitava com os discípulos uma vez que o Espírito se vestia de carne, mas,
logo, o Espírito estaria o nos discípulos, pelo dom do Espírito Santo. Jesus
tornou isso claro, quando disse, no versículo 18: "Não vos deixarei
órfãos, voltarei para vós outros".
Jesus foi para os céus em seu corpo glorificado para poder formar um
novo relacionamento com seus discípulos, enviando de volta Seu próprio
Espírito, como Consolador. Ele disse a eles: "Convém-vos que eu vá, porque
se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu
vo-lo enviarei" (João 16:7). O Espírito Santo é o Espírito de Cristo
(Romanos 8: 9; II Corintios 3:17 e 18). Quando temos o Espírito em nós, temos
Cristo em nós (Efésios 3:16 e 17).
Em resumo, Jesus tinha convivido com os discípulos, fisicamente, por, aproximadamente,
três anos, mas tinha chegado a hora dele partir. Entretanto, ele prometeu que
não os deixaria só, sem consolo, como órfãos. Em vez disso, ele prometeu voltar
de um modo novo. O ele não voltaria num corpo visível para habitar entre eles e
ser limitado por aquele corpo, mas voltaria em Espírito para que pudesse
habitar neles. Portanto, o Consolador, o Espírito Santo, é Espírito de Jesus.
Ele é Jesus manifestado de uma outra forma; Jesus pode estar conosco e em nós.
Ele pode estar em todos os discípulos, pelo mundo todo, ao mesmo tempo e ele
pode cumprir sua promessa de estar conosco até o final dos tempos (Mateus
28:20).
Jesus e o
Pai São Um Apenas Em Propósito?
De acordo com João 17:20 e 22, os cristãos devem ser um, em relação uns
aos outros, assim como Jesus era um com o Pai. Isso destrói nossa crença de que
Jesus é o Pai? Não. Nessa passagem, Jesus falou como homem -- como o Filho.
Isso é evidente porque ele estava orando ao Pai, e Deus não precisa orar. Em
sua humanidade, Jesus era um com o Pai, no sentido de unidade de propósito,
mente e vontade. Nesse sentido, os cristãos podem ser um com Deus e
um,uns com os outros (Atos 4:32; I Corintios 3:8; Efésios 2:14).
Precisamos lembrar que o Filho não é o mesmo que o Pai. O título Pai
não se refere a humanidade, enquanto Filho se refere. Embora Jesus
seja ambos, Pai e Filho, não podemos dizer que o Pai é o Filho.
Que em João 17:21 e 22, Jesus, falando como homem, não afirmou que
ele era o Pai. No entanto, outras passagens descrevem a unicidade de
Jesus com o Pai, num modo que transcende a mera unicidade de propósito, e de um
modo que indica que Jesus é o Pai. Esse é um nível adicional de unicidade que
está além do nosso alcance porque fala de sua absoluta divindade. Quando Jesus
disse: "Eu e o Pai somos um", os judeus entenderam corretamente que
ele queria dizer que ele era Deus, e procurar matá-lo (João 10:30-33). Naquela
ocasião, Ele não apenas proclamou unidade com Deus, mas identidade com Deus.
Jesus disse, também: "Quem me vê a mim, vê o Pai" (João 14: 9). Não
importa quanto um cristão seja unidos com Deus, nunca poderia fazer tal
afirmação. Não importa quão unidos dois cristãos sejam, não podem dizer:
"Se você me viu, viu meu amigo". Assim também entre marido e mulher,
mesmo que sejam uma só carne (Gênesis 2:24). Portanto, a unicidade de Jesus com
o Pai significa mais que a unicidade que possa ser encontrada no relacionamento
humano. Como homem, Jesus era um como Pai no sentido de unidade de
propósito, mente e vontade (João 17:22). Como Deus, Jesus é um com o Pai no
sentido de identidade com o Pai -- no sentido em que Ele é o Pai (João 10:30;
14:9).
Conclusão
Em conclusão, ou os Evangelhos não apresentam pessoas na Divindade. Os
Evangelhos não ensinam a doutrina da trindade, mas, simplesmente, ensinam que
Jesus tinha duas naturezas -- humana e divina, carne e Espírito, Filho e Pai.
Há referências, no plural, ao Pai e ao Filho, no livro de João, mas esse mesmo
livro ensina a divindade de Jesus e a unicidade de Deus, mais que qualquer outro.
Quando examinamos melhor essas referências no plural, achamos que, longe de
contradizer o monoteísmo, elas reafirmam, realmente, que Jesus é o único Deus e
que o Pai se manifesta no Filho.
No capítulo a seguir, nos voltaremos para outros livros do Novo
Testamento: Atos, as Epístolas e o Apocalipse, para completamos o nossos
estudo. Como acontecem com os Evangelhos, esses livros ensinam a unicidade de
Deus, sem separação de pessoas.
Capítulo 9. EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: DE ATOS AO APOCALIPSE
Este capítulo é uma continuação do Capítulo 8 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: OS EVANGELHOS. Ele explica alguns versículos do Novo
Testamento, de Atos ao Apocalipse, que são, às vezes, usados para ensinar a
pluralidade de pessoas na Divindade. No (Capítulo 8 EXPLICAÇÕES DO NOVO
TESTAMENTO: OS EVANGELHOS trata de alguns desses versículos, enquanto relacionados
a questões levantadas pelos Evangelhos).
A Mão
Direita De Deus
Numerosas passagens, no Novo Testamento, nos falam de Jesus assentado à
mão direita de Deus. Pedro usou essa expressão em Atos 2:34, citando o Salmo
110:1.
De acordo com Atos 7:55, Estevão levantou seus olhos para os Céus,
enquanto era apedrejada até a morte e "viu a glória de Deus, Jesus, que
estava à sua direita." o que significa essa expressão? Significa que há
duas manifestações físicas de Deus, no céu? Deus e Jesus, com o segundo
permanecendo permanentemente a mão direita de Deus? Foi isso que Estevão viu?
Não é correto interpretarmos "a mão direita de Deus",
literalmente, como uma mão física. Primeiro porque nenhum homem jamais, a Deus,
nem ninguém pode vê-lo (João 1:18; I Timóteo 6:16; I João 4:12). Deus é
Espírito e, como tal, Ele é invisível (I Timóteo 1:17). Ele não tem uma
mão direita física, a menos que Ele escolha se manifestar em forma humana.
Sabemos que Estevão não viu, literalmente Deus de Jesus, separados. Se ele viu
duas pessoas, porque iria ignorar uma delas, orando apenas a Jesus? (Atos
7:59 e 60). Se ele viu manifestações físicas, separadas, do Pai e do Filho, por
que não viu o Espírito Santo, a terceira pessoa?
Uma leitura cuidadosa de Atos 7:55, nos permitirá afirmar que Estevão
não viu Deus separado de Jesus. O versículo 55 não diz que Estevão viu o
Espírito de Deus, mas nos diz que ele viu "A glória de Deus e Jesus. No
versículo 56, Estevão disse: Eis que vejo céus abertos e o Filho do homem em
pé à destra de Deus . A única imagem visual ou pessoa que Estevão realmente
viu foi Jesus Cristo.
Outros
problemas surgem quando tomamos "A mão direita de Deus" no seu
sentido literal. Jesus está sentado à mão direita de Deus, como registra Atos
2:34, ou está em pé à destra de Deus, como está registrado em Atos 7:55 e 56?
Jesus está sentado sobre a mão direita de Deus, e estendida, o está sentado ao
lado da mão direita? Jesus está no colo de Deus? (João 1:18). O que
comentar a respeito de Apocalipse 4:2, que descreve no trono no céu e Um que
está sentado no trono? O Pai está sentado no trono, e Jesus está assentado ao
lado? O que dizer, então, a respeito do fato de Jesus ser o que está sentado no
trono? (Apocalipse 4: 2,8; 1: 8,18).
Obviamente,
então, a descrição de Jesus, à mão direita de Deus, tem que ser figurativa ou
simbólica. Na verdade isso fica evidente a partir de numerosas referências,
através de toda a Bíblia, a mão direita de Deus. No Salmo 16:8, Davi escreveu:
"O SENHOR, tendo-o sempre à minha presença; estando ele à minha direita
não serei abalado". Será que isso significa que o SENHOR estava sempre,
fisicamente, presente à direita de Davi? O Salmo 77:10 diz: "E logo me
lembrei dos anos da destra do Altíssimo". O salmista prometeu se lembrar
dois anos quando Deus tinha a mão direita? O Salmo 9:1 declara, a respeito do
SENHOR: "A sua destra e o seu braço santo lhe alcançaram a vitória".
Isso significa que Deus derrotou seus inimigos, tendo a mão esquerda mantida às
costas, e esmagando-os com a sua mão direita física? O Salmo 109:30 de uma
firma que o SENHOR "Se põe em à direita do pobre". Ele, fisicamente,
permanece junto aos pobres, durante todo o tempo? O SENHOR declarou, em Isaías
48:13: "A minha destra estendeu os céus", e, em que o Isaías 62:8 o
SENHOR jogou pela sua mão direita. Deus estendeu uma grande mão e,
literalmente, cobriu o céu? O Deus colocou sua mão esquerda sobre sua mão
direita e jurou por ela? Jesus expulsou demônios pelo dedo de Deus (Lucas
11:20). Ele apanhou dos céus um dedo gigantesco e expulsou o demônio das
pessoas?
Naturalmente,
a resposta a todas essas perguntas é "Não". Portanto, precisamos
entender "Mão direita de Deus" num sentido figurativo, simbólico ou
poético e não no sentido físico, real. Assim sendo, o que significa a frase?
Na
Bíblia, a mão direita significa força, poder, importância e preeminência, assim
como no nosso uso comum, em frases como: "Ele é minha mão direita",
ou, "Eu daria minha mão direita por isso". O estudioso
trinitárianista Bernard Ramm diz: "Falamos da onipotência de Deus em
termos de mão direita, porque, entre os homens, a mão direita é símbolo de
força e autoridade. Nos referimos a estar assentado à direita de Deus
como primazia, porque nos relacionamentos sociais dos homens, a posição à direita,
ocupada pelo hóspede era o lugar de mais alta honra".[24]
É
interessante e instrutivo usarmos alguns exemplos bíblicos para mostrar essa
associação que existe entre a mão direita e o poder. Êxodo 15:6 proclama:
"A tua destra, ó SENHOR, e gloriosa em poder". O Salmo 98:1 e o Salmo
110:1 associam a destra de Deus com a vitória sobre os inimigos. Quando a
Bíblia fala de Jesus sentado à direita de Deus, ela quer dizer que Jesus tem
todo o poder de autoridade de Deus. O próprio Jesus deixou isso claro, em
Mateus 26:64: "Entretanto, eu vos declaro que desde agora vereis o Filho
do homem assentado à destra do Todo-Poderoso, e vídeos sobre as nuvens do
céu". (veja, também, Marcos 14:62; Lucas 22:69). Desse modo, Jesus
declarou ter todo o poder de Deus; por conseqüência, ele declarou que ele mesmo
era Deus. Os judeus entenderam essas declarações e por causa delas, o sumo
sacerdote acusou Jesus de blasfêmia (Mateus 26:65). Aparentemente, o sumo
sacerdote conhecia o significado dado à mão direita no Velho na e, assim
compreendeu que Jesus estava afirmando ter o poder de Deus e ser Deus. I Pedro
3: 22 demonstra que a "Destra" significa que Jesus tem todo o poder e
autoridade: "O qual, depois de ir para o céu, está à destra de Deus,
ficando-lhe subordinados anjos, e potestades, e poderes". Do mesmo modo,
Efésios 1:21-22 usa essa expressão para dizer que Jesus tem primazia sobre todo
principado, e potestade, e poder, e domínio e de todo nome. Essa passagem liga,
também, a mão direita com a exaltação de Cristo. Nesse contexto, Ato 5:31
afirma: "Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a príncipe e Salvador, a
fim de conceder a Israel arrependimento e a remissão de pecados".
(veja, também, Salmos 110:1; Atos 2:33 e 34).
Ato
5:31 indica que a mão direita ou braço de Deus, às vezes, se referem
especificamente o poder de salvação de Deus. Muitos outros versículos das
Escrituras falam da desta de Deus como representando a libertação e a vitória
que Deus como concede a seu povo (Êxodo 15:6; Salmo 44:3; Salmo 98:1). Isaías
59:16 diz: "O seu próprio braço e lhe trouxe a salvação". Parece,
portanto, que a discrição de Jesus à direita de Deus significa que Jesus é o
poder salvador de Deus. Esse conceito está de acordo com a associação da
posição de Jesus à direita de Deus e seu papel mediador, particularmente sua
obra como nosso intercessor e sumo sacerdote (Romanos 8:34; Hebreus 8:1).
Mesmo
compreendendo a destra de Deus dessa maneira, podemos ainda nos deixar intrigar
porque a Bíblia fala, às vezes, de Jesus "Assentado " à direita
de Deus (como em Hebreus 10:12) em vez de simplesmente dizer que ele está à
direita de Deus (como em Romanos 8:34). É provável que essa frase, em particular,
indique que Jesus recebeu completa glória, poder e autoridade, a um
determinado ponto, no tempo. Essa exaltação começou com sua ressurreição e se
completou com sua ascensão. Naquele momento ele se libertou de todas as
limitações humanas e restrições físicas da auto limitação à qual Jesus se
submetera na encarnação, como está descrita em Filipenses 2:6-8. Ele cumprira
seu papel como homem sobre a face da terra.
Jesus não
está mais submisso a fragilidade e fraquezas humanas. Não é mais o servo
sofredor. Sua glória majestade e seus outros atributos divinos não estão mais
escondidos do espectador casual. Ele, agora, exerce seu poder como Deus,
através de um corpo humano glorificado. Agora, ele mostra e se mostrará, como o
Senhor de tudo, o Justo Juiz, e o Rei de toda terra. Foi por isso que
Estevão não viu Jesus como o homem comum que Ele parecia ser quando estava na
terra, mas viu a Jesus com a glória e o poder de Deus. Assim, também, João viu
Jesus revelado como Deus em toda sua glória e poder (Apocalipse 1). Essa exaltação,
glorificação e revelação de Cristo culminou em sua ascensão. Marcos 16:19 diz:
"De fato o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e
assentou-se a à destra de Deus".
A frase
"Assentou-se" indica que a obra sacrificial de Cristo não vai
continuar, mas está completa. "Depois de ter feito a purificação dos
pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas.(Hebreus 1:3). Ora,
todos sacerdotes se apresentam dia após dia a exercer o serviço sagrado e a
oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios... Jesus, porém tendo oferecido,
para sempre, um único sacrifício pelos pecados, a sentou-se à destra de Deus,
aguardando, daí em diante, até que os seus inimigos sejam postos por estrado
dos seus pés.(Hebreus 10:11-3).
Em
resumo, encontraríamos muitas contradições se interpretássemos a descrição de
Jesus à destra de Deus como significando um posicionamento físico de dois
Deuses, com corpos separados. Se entendermos essa descrição como simbolizando
poder, força, autoridade, a preeminência, vitória, exaltação e capacidade de
salvar de Jesus, manifestados na carne, então eliminaremos os conceitos
conflitantes. Mais que isso, essa interpretação condiz com o uso da expressão
"A mão direita de Deus", através de toda a Bíblia. A "Mão
direita" revela a onipotência e a absoluta divindade de Jesus e sustenta a
mensagem de um Deus em Cristo.
Voltando
à questão original, o que Estevão, realmente, viu? Está claro que ele viu
Jesus. Isaías 40:5, com referência à vinda do Messias, diz: "A glória do
SENHOR se manifestará, e toda a carne a verá". Jesus é a glória de Deus
revelada. Estevão viu a glória de Deus, quando ele viu Jesus. Ele viu Jesus
irradiando a glória que possuía como Deus e com todo o poder e autoridade de
Deus. Em resumo, ele viu o Cristo exaltado. Ele viu Jesus, não simplesmente
como homem, mas como o próprio Deus, com toda a glória, poder e autoridade. Por
isso ele invocou a Deus dizendo: Senhor Jesus, recebe o meu Espírito! (Atos
7:59).
As
Saudações Nas Epístolas
A maior
parte das epístolas apresenta uma saudação que menciona Deus, o Pai e o Senhor
Jesus Cristo. Paulo, por exemplo, escreveu: "Graça a vós outros e paz da
parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo" (Romanos 1:7), e:
"Graça a vós outros e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor
Jesus Cristo" (I Corintios 1:3). Será que essas expressões indicam uma
separação de pessoas? Se as interpretássemos assim, teríamos que responder a
sérias questões.
Primeiro,
por que essas saudações não mencionam o Espírito Santo? Ainda que elas sejam
interpretadas como ensinando uma separação de pessoas, elas não comprovam a
doutrina da trindade. Assim interpretadas essa saudações poderiam ensinar o
binitarianismo; poderiam, também, relegar o Espírito Santo a um papel menor, na
trindade.
Segundo,
se interpretarmos outras passagens semelhantes para indicar pessoas separadas
na divindade, poderemos, facilmente, encontrar quatro pessoas na divindade. Por
exemplo, colossenses 2:2 fala do "Mistério de Deus, Cristo". Outros
versículos das escrituras falam sobre o "Senhor Jesus e Deus Pai"
(Colossenses 3:17; Tiago 1:27) ou "Nosso Deus de Pai" (I
Tessalonicenses 1:3). I Tessalonicenses 3:11 diz: "Ora, o nosso mesmo Deus
de Pai, com Jesus, nosso Senhor, dirijam-nos o caminho até a vós".
Portanto, se e separa diferentes pessoas, temos, pelo menos, quatro pessoas:
Deus, o Pai, o Senhor Jesus Cristo, e Espírito Santo.
Se as
saudações não indicam pluralidade de pessoas na divindade, o que elas
significam? Fazendo referência ao Pai e a nosso Senhor Jesus Cristo, os
escritores estavam dando ênfase aos dois papéis de Deus e a importância de o
aceitarmos em ambos os papéis. Não apenas precisamos acreditar em Deus como nós
criador e Pai, mas devemos aceitá-lo, também, manifestado em carne, através de
Jesus Cristo. Todos devem saber que Jesus veio na carne e que ele é tanto Deus
como Cristo (Messias). Conseqüentemente, as saudações reforçam a crença, não
apenas em Deus, que os judeus e muitos pagãos aceitavam, mas, também, em Deus
revelado em Cristo.
Isso explica
por que era desnecessário mencionar o Espírito Santo; o conceito de Deus, como
Espírito, estava encerrado no título de Deus pai, especialmente na mente dos
judeus. Precisamos nos lembrar, também, que a doutrina da trindade não surgiu
senão muito mais tarde, na história da igreja. (veja o Capítulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO.) Portanto, essas expressões não soavam nem um
pouco estranhas aos escritores ou aos leitores.
Um estudo
do original grego é muito interessante, em relação a essas passagens onde
encontramos as saudações. [25] A palavra traduzida por e
vem da palavra Grega Kai. Ela pode ser traduzida como"
e" ou como" até " (no sentido de" isto é" ou" que
é igual a"). Por exemplo, a versão KJV traduz kai como" e" em
II Corinthians 1:2 mas como" até " em verso 3. Verso 2
diz," de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo," enquanto o verso
3 diz," Deus, até o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo". Verso 2
poderia aparecer corretamente como," de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus
Cristo". O KJV traduz kai até " como" em vários outros lugares,
inclusive as frases" Deus, até o Pai" (I Corinthians 15:24;
Tiago 3:9) e" Deus, até nosso Pai" (I Tessalonicenses 3:13).
Assim as saudações poderiam se ler da mesma maneira que," de Deus
nosso Pai, até o Senhor Jesus Cristo". Para apoio adicional disto, o grego
não tem o artigo definido (" o") antes de" Senhor Jesus
Cristo" em quaisquer das saudações. Assim, ainda que traduzimos kai
como" e," as frases se lêem literalmente," de Deus nosso Pai e
Senhor Jesus Cristo."
Pode ser
traduzido como "e" ou como "igualmente" (no sentido de
"isso é" ou "que é igual a"). Por exemplo, o KJV traduz kai
como "e" em II Coríntios 1:2, mas como "igualmente" no
verso 3. O Verso 2 diz, "de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus
Cristo", enquanto o verso 3 diz, igualmente "Deus, o Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo". O Verso 2 poderia aparecer-se
corretamente como, "de Deus nosso Pai, igualmente do Senhor Jesus
Cristo". O KJV traduz kai "igualmente" como em vários outros
lugares, inclusive as frases "Deus, ao Pai" (I coríntios 15:24; Tiago
3:9) e igualmente, Deus nosso Pai" (I Tessalonicenses 3:13). Assim as
saudações poderiam ser lidas da mesma maneira que facilmente, "de Deus
nosso Pai, igualmente o Senhor Jesus Cristo". Para apoio adicional disso,
o grego não tem o artigo definido ("o") antes de "Senhor Jesus
Cristo" em quaisquer das saudações. Assim, igualmente se traduzirmos kai
como "e", as frases lidas ao pé da letra, "de Deus nosso Pai e
Senhor Jesus Cristo.
Mesmo
quando kai é traduzida como "e", os tradutores, a maior parte
das vezes, concordam que a frase indica apenas um ser ou pessoa. Abaixo estão
alguns exemplos:
O Uso de
Kai
Lista 9: O Uso do Kai |
|||
|
Referência bíblica |
Versão |
Tradução |
1 |
Galatas 1:4 |
KJV |
Deus e nosso Pai |
|
|
NIV |
nosso Deus e Pai |
|
|
ABA |
nosso Deus e Pai |
2 |
Efésios 5:5 |
KJV |
O reino
de Cristo e de Deus |
|
|
NIV |
O reino
de Cristo e de Deus |
|
|
NIV (nota de rodapé) |
Ou'
reino de Cristo e Deus |
3 |
Colossenses 2:2 |
KJV |
O
mistério de Deus, e do Pai, e de Cristo |
|
|
NIV |
O
mistério de Deus Isto é, Cristo |
|
|
NIV (nota de rodapé) |
Alguns manuscritos,
Deus o mesmo o Pai, e de Cristo |
|
|
TAB |
Deus
[que é] o Cristo |
4 |
|
KJV |
A graça
de nosso Deus e o Senhor Jesus Cristo |
|
|
NIV |
A graça
de nosso Deus e o Senhor Jesus Cristo |
|
|
NIV (nota de rodapé) |
Ou'
Deus e Senhor, Jesus Cristo |
5 |
I Timoteo 5:21 |
KJV |
Antes
Deus, e o Senhor Jesus Cristo |
|
|
NIV |
À vista
de Deus e Cristo Jesus |
6 |
Tito 2:13 |
KJV |
O
grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo |
|
|
NIV |
Nosso
grande Deus e Salvador, Jesus Cristo |
|
|
TAB |
Nosso
grande Deus e Salvador Cristo Jesus |
7 |
II Pedro 1:1 |
KJV |
Deus e
nosso Salvador Jesus Cristo |
|
|
NIV |
Nosso
Deus e Salvador Jesus Cristo |
|
|
TAB |
Nosso
Deus e Salvador Jesus Cristo |
8 |
Judas 4 |
KJV |
O único
Senhor Deus, e nosso Deus Jesus Cristo |
|
|
NIV |
Jesus
Cristo nosso único Soberano e Senhor |
|
|
TAB |
Nosso
único Mestre e Senhor, Jesus Cristo, |
Essa
tabela mostra que Kai, vezes de às, identifica como de Deus o Pai, mesmo de ou
o Jesus, como Deus. Daí fica fácil notar que Kai, às vezes identifica
Jesus como Pai, uma vez que a construção gramatical é semelhante, nos três
casos.
Concluímos,
então, que as saudações não indicam qualquer distinção de pessoas em Deus. No
máximo, o uso de Kai nesses casos, indica uma distinção de papéis,
manifestações ou nomes pelos quais o homem conhece Deus. Em pelo menos alguns
casos, o uso de Kai realmente identifica Jesus como sendo Deus - como
sendo Pai.
"A
Bênção Apostólica"
II
Corintios 13:13 diz: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e
a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós". Ainda uma vez devemos
nos lembrar que Paulo escreveu esse versículo das Escrituras, num tempo quando
o trinitarianismo não era senão uma doutrina no futuro, e, portanto, o
versículo, na época não parecia complicado ou incomum. Basicamente, o versículo
expressa três aspectos o atributo de Deus que podemos conhecer e obter.
Primeiro, a graça de Deus. Deus tornou sua graça acessível à humanidade através
de sua manifestação na carne, Jesus Cristo. Em outras palavras, favor
imerecido, ajuda divina, e salvação vem até nós pela obra expiatória de Jesus.
Deus é amor, e amor sempre tem sido parte da sua natureza básica. Ele nos amou
antes mesmo de se envolver em carne, como Cristo. E, finalmente, o batismo do
Espírito Santo nos dá comunhão com Deus e com nossos companheiros que crêem:
"Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo - o corpo
de Cristo (I Corintios 12:13). Tendo Espírito de Deus habitando em nós, não a
presença do corpo físico de Jesus Cristo, temos um relacionamento contínuo e
atual com Deus, de modo diferente daquele disponível aos santos no Velho
Testamento.
II
Coríntios 13:13 é lógico e compreensível, quando o interpretamos como os três
importantes relacionamentos que Deus compartilhou conosco ou como três
diferentes obras, executada por um único Espírito. Há diversidade de operações,
mas apenas um Deus operando tudo em todos (I Corintios 12:4-6).
Outras
Tríplices Referências Nas Epístolas E Apocalipse
Diversos
outros versículos das Escrituras estabelecem a identidade de Deus através de
três títulos ou nomes. Entretanto, muitos mais versículos usam apenas duas
identificações para Deus em particular, Deus e Senhor Jesus Cristo. Mas, a
maior parte dos versículos das Escrituras usam apenas uma designação para Deus.
Nas referências tríplices não parece haver qualquer significado especial no que
diz respeito à divindade; nenhuma delas implica em separação de pessoas. Vamos
analisá-las, uma de cada vez.
Efésios
3:14-17 usa os seguintes títulos para descrever Deus: "Pai",
"Espírito", e "Cristo". De modo interessante, essa passagem
da ênfase a um único Deus, sem distinção de pessoas, porque ela descreve o
Espírito, I, como o Espírito do Pai e, então, como Cristo em nosso coração.
Embora a KJV não seja clara a respeito do significado de "Seu", as
NIV, TAB, RSV, e o texto grego de Nestle, demonstram claramente que "Seu
Espírito" significa "O Espírito do Pai". Assim, nessa passagem,
o Pai, o Espírito, e Cristo são todos identificados como o mesmo ser. A única
distinção se acha na frase: "Pai de nosso Senhor Jesus Cristo", que distingue
entre o Espírito de Deus e sua manifestação na carne.
Efésios
4:4-6 afirma que há um Espírito, um Senhor e um Deus e Pai. Outra vez, isso
prova a unicidade de Deus. O único Deus é Espírito e Ele é o Senhor de tudo. A
idéia básica expressa nesses versículos é a da unicidade de Deus, não a de uma
triplicidade. Por que esse pensamento foi reafirmado de três maneiras
diferentes? O versículo 4 relaciona o único Espírito com a afirmativa de que há
um corpo, lembrando-nos que o único Espírito de Deus nos batiza no único corpo
( I Coríntios 12:13). O versículo 5 agrupa "um Senhor", "uma
fé" e "um batismo", indicando que devemos condicionar nossa fé e
nosso batismo à pessoa, ao nome e à obra do Senhor Jesus, não apenas a uma
crença em Deus como Espírito. O versículo 6 resume tudo, dizendo: "um só
Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos (isto é, Senhor), age por meio de
todos e está em todos (isto é, é o Espírito em você)". O único Deus é o
único Senhor e o único Espírito.
Uma
interpretação trinitarianista de Efésios 4:4-6 não é lógica porque separa Jesus
de Deus. Se esses versículos afirmam a existência de três pessoas, elas seriam:
Deus e pai, Senhor, Espírito. Essa afirmação implica que o Pai é Deus num modo
em que Jesus não o é. É contra a teoria da trindade pensar em Jesus como separado
de Deus. Os trinitarianista devem ser coerentes com sua teoria e aceitar Jesus
como o único Deus da Bíblia ou então abandonar sua teologia de um único Deus.
De acordo
com Hebreus 9:14, Cristo se ofereceu a Deus através do Espírito eterno. O
assunto do versículo é o sangue de Cristo, portanto obviamente, o versículo se
refere ao papel humano e intercessor de Cristo. Como Cristo ofertou seu grande
sacrifício? Através de sua natureza divina -- o Espírito eterno -- que não é
outro senão o Pai. No Getsêmani, Jesus orou ao Pai e recebeu dele força para
suportar a crucificação. Esse versículo ensina, simplesmente, que Cristo foi
capaz de oferecer seu corpo humano a Deus, através do auxílio do Espírito de
Deus.
Do mesmo
modo, I Pedro 3:18 diz que Cristo foi condenado à morte na carne, mas reviveu
(foi revivido) pelo Espírito para que ele pudesse nos levar a Deus. Sabemos que
Jesus ressuscitou a si mesmo de entre os mortos por seu próprio Espírito divino
(João 2:19-21; Romanos 8:9 -11). Em outras passagens da Bíblia diz que Deus
ressuscitou Jesus de entre os mortos (atos 2:32). Assim, temos o homem Cristo
ressuscitado dos mortos pelo Espírito de Deus -- a natureza divina de Cristo --
para reconciliar com Deus a humanidade.
I Pedro
1:2 menciona a presciência de Deus Pai, a santificação do Espírito e o sangue
de Jesus. Esse versículo descreve, simplesmente, diferentes aspectos de Deus e
em relação à nossa salvação. Primeiro, presciência, é parte da onisciência de
Deus, e Ele a tinha antes da encarnação e antes da posterior emanação do
Espírito. Assim, é natural que nós a associe mos com papel de Deus como Pai. Em
segundo lugar, Deus não tem sangue a não ser pelo homem Jesus, assim é mais
natural dizer o sangue de Jesus, que o sangue de Deus e o sangue de Espírito.
Finalmente, somos santificados, colocado separados do pecado, pelo poder da
presença de Deus habitando em nós, ele, portanto, Pedro, naturalmente, falou da
santificação pelo Espírito. Quanto a II Coríntios 13:13, a Bíblia usa o modo
mais lógico para descrever esses atributos ou ofícios de Deus, isto é
associando-se com os papéis, nomes, ou títulos que Deus possui.
Judas 20
e 20 é um outro versículo das escrituras semelhante a esse. Fala de oração
Espírito Santo, do amor de Deus, e da misericórdia de Jesus. Como antes,
podemos entender isso facilmente como expressando diferentes operações de Deus
pelo uso de papéis mais intimamente associados com essas obras.
Apocalipse
1:4 e 5 dizem: "Graça e paz a vós outros, da parte daquele que é, que era
e que há de vir, da parte dos sete Espíritos que se acham diante do seu trono,
e da parte de Jesus Cristo". De acordo com o versículo 8, Jesus é
Aquele" que é, que era e que há de vir". Ele é aquele que está
assentado no trono (Apocalipse 4:2 e 8). Os sete Espíritos pertencem a
Jesus (Apocalipse 3:1; 5:6). Esta passagem, portanto, nos mostra,
simplesmente, variados modos de olhar para o único Deus, que é Jesus Cristo.
Versículo 5 menciona Jesus Cristo, além da descrição precedente de Deus, a fim
de enfatizar sua humanidade, porque esse versículo chama Jesus de
primogênitos dos mortos.
Se uma
pessoa entender que essa passagem significa a existência de três pessoas, o que
a impediria de dividir o Espírito em sete pessoas, baseada no versículo 4?
Também o versículo 6 fala de "Seu (de Jesus Cristo) Deus e
Pai", e a mesma lógica acharia ai duas pessoas -- Deus e Pai.
Resumindo,
diversos versículos das escrituras usam três títulos ou nomes para Deus. Em
cada caso a Bíblia usa uma maneira muito natural e fácil de entender, a fim de
descrever uma pluralidade de papéis, atributos, ou ofícios de Deus. Em muitos
casos, esses versículos, na realidade, providenciam a maior evidência de que a
um só Deus, sem distinção de pessoas.
A
Plenitude De Deus
Neste
livro temos destacado Colossenses 2:9 várias vezes, porque ensina que toda a
plenitude da Divindade habita, corporalmente, em Jesus Cristo. Entendemos que
isso significa que tudo o que Deus possui -- seus atributos, poder e caráter --
está em Jesus. Pai de Filho e Espírito Santo, Jeová, Verbo, etc., estão todos
em Jesus. Alguns trinitarianista tentam rebater essa interpretação referindo-se
a Efésios 3:19, que diz que como cristãos, podemos ser tomados de toda a
plenitude de Deus. Portanto, argumentam, Colossenses 2:9 não indica a plena divindade
de Jesus mais do que Efésios 3:19 indica a plena divindade dos cristãos. Vamos
responder a esse argumento, analisando esses dois versículos, um de cada vez.
Colossenses
2:9 não se refere a plenitude da divindade do mesmo modo que Efésios 3:19. Imediatamente
após afirmar que toda a plenitude da divindade habita corporalmente em Jesus, a
Bíblia acrescenta: "Também nele estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de
todo principado e potestade · (Colossenses 2:10). Em outras palavras, tudo
aquilo que necessitamos está em Jesus, e Jesus é onipotente. Essas afirmativas
se baseiam no versículo 9, e, portanto, o versículo 9 deve realmente significar
que tudo que Deus possui está em Jesus.
De fato,
esse é a única conclusão lógica, em relação a esse ponto, com base no assunto
tratado pelo livro. Os capítulos 1 e 2 fazem a seguintes declarações a respeito
de Jesus:
Lista 10: A Plenitude Da
Divindade De Jesus Afirmada Em Colossenses |
||
|
Verso |
Descrição de Jesus |
1 |
1:15 |
Ele é a
imagem do Deus invisível |
2 |
1:16 |
Ele é o
Criador de todas as coisas |
3 |
1:17 |
Ele
está antes de todas as coisas (Eterno) |
4 |
1:17 |
Nele
tudo subsiste |
5 |
1:18 |
Ele é a
Cabeça da igreja |
6 |
1:18 |
Ele
tenha a primazia |
7 |
1:19 |
Nele
reside toda a plenitude de Deus |
8 |
1:20 |
Ele
reconciliou com Deus todas as coisas |
9 |
2:3 |
Ele tem
todos os tesouros da sabedoria e conhecimento (Onisciência) |
10 |
2:5 |
Devemos
ter fé nele |
11 |
2:6 |
Devemos
andar nele |
12 |
2:7 |
Devemos
ser radicados e edificados nele |
13 |
2:9 |
Toda a
plenitude da Divindade habita nele corporalmente |
14 |
2:10 |
Nele
estamos aperfeiçoados |
15 |
2:10 |
Ele é a
Cabeça de todo o principado e potestade (Onipotência) |
Devemos
notar que em Colossenses 2: 2 o assunto é "O mistério de Deus,
Cristo", ou como diz a NIV "O mistério de Deus, a saber, Cristo".
O versículo 9 é apenas uma elaboração ou explicação complementar desse
mistério. O mistério de Deus (Cristo) é que toda a plenitude da divindade
habita em Cristo. Assim, vemos, pelo contexto, que Colossenses 2:9 é uma
explicação da completo divindade de Cristo.
A palavra
grega para Divindade, em Colossenses 2:9 é Theotes. A palavra corporalmente
nos lembra a palavra encarnação que significa a corporificação de um
Espírito em forma terrena. Juntando ambos, Colossenses 2:9 nos diz que Jesus é
a encarnação da plenitude de Deus -- Ele é a manifestação corpórea de tudo que
Deus é. A Bíblia amplificada traduz Colossenses 2: 9: "Porque nele toda a
plenitude da Divindade continua a habitar em forma corpórea -- dando completa
expressão à natureza divina". Ela traduz Colossenses 1:19 como:
"Porque foi do agrado do Pai que toda divina plenitude -- a soma total de
perfeição, dos poderes e dos atributos divinos -- habitassem nele
permanentemente. A NIV traduz Colossenses 2:9 como: "Porque em Cristo toda
a plenitude da Divindade habita em forma corpórea". E traduz Colossenses
1:19 com: "Por que foi do agrado de Deus ter toda sua plenitude habitando
nele".
Buscando
outras traduções de Colossenses 2:9 encontramos, no Novo Testamento do
Século Vinte: "Porque em Cristo a Divindade habita encarnada em toda
sua plenitude". O Novo Testamento em inglês moderno (J. B.
Phillips) diz: "É nele que Deus se expressa completo e perfeitamente
(dentro dos limites físicos que ele mesmo se impôs em Cristo)"; e, Cartas
Vivas: parafraseando as Epístolas diz: "Porque em Cristo
existe tudo de Deus em um corpo humano".
Fica
claro, portanto, que Colossenses 1:19 e 2:9, descrevem a completa Divindade de
Jesus Cristo. Não podemos corretamente, aplicar a nós mesmos as afirmativas
encontradas em Colossenses 1 e 2. Não somos a encarnação da plenitude de Deus.
Nem somos oniscientes, onipotentes, etc. seja o que for que Efésios 3:19 queira
significar, não pode ser a mesma coisa que Colossenses 1:19 e 2: 9.
O que
Efésios 3:19 quer dizer, então, quando afirma: "Para que sejais tomados de
toda a plenitude de Deus? Quando observamos o contexto, vemos o que a passagem
enfatiza: os cristãos poder que a plenitude de deus neles porque eles têm a
Cristo. Uma vez que Cristo é a plenitude de Deus, quando temos Cristo em nós,
temos a plenitude de Deus. O versículo 17 fala de Cristo habitando nosso
coração, e o versículo 19 nos diz que podemos ter a plenitude de Deus, quando
temos a Cristo. Longe de negar a divindade absoluta de Cristo, Efésios 3:19
estabelece, uma vez mais, tem tudo que há em Deus está em Cristo. Colossenses
2:10 reforça essa interpretação da passagem em Efésios, afirmando: também nele
(Cristo) estás aperfeiçoados". A NIV o torna ainda mais claro: "Em
Cristo recebereis a plenitude...Do mesmo modo a TAB diz: "E estais
nele, tornados defeitos e tendo alcançado a plenitude de vida -- em Cristo
estais plenos da Divindade".
Isso traz
à tona uma questão: em que um cristão difere do homem Cristo, se ambos têm
residente em si, a plenitude da Divindade? A resposta é Jesus é Deus revelado
na carne. Ele tem sua natureza divina porque ele foi concebido pelo Espírito de
Deus. Sua natureza humana tem a natureza divina habitando-a, mas sua natureza
divina Deus. Portanto, nada pode, jamais, separa Jesus de sua divindade.
Podemos viver sem o Espírito de Deus em nós e Espírito pode se afastar de nós,
mas isso não pode acontecer com o homem Jesus. Cristo tem todos os atributos e
o caráter de Deus como sua própria natureza, enquanto nós o temos apenas por
que Cristo habita em nós. A natureza de Deus não é a nossa. Podemos deixar que
ela brilhe em nós e nos oriente (caminhando segundo o Espírito), mas, também,
podemos sufocá-la e deixa a nossa própria natureza humana predomina (caminhando
segundo a carne). Jesus Cristo tem toda a clínica de Deus culturalmente, porque
ele é o próprio Deus e encarnado. Podemos ter a plenitude de Deus em nossas vidas
apenas quando permitimos que Jesus Cristo viva em nós.
Há,
ainda, um outro aspecto que devemos considerar com respeito a Colossenses 2:9.
Alguns apontam que o propósito de Paulo ao escrever a passagem não era se opor
ao trinitarianismo, mas sim ao Gnosticismo. Paulo, naturalmente, não dirigiu
sua argumentação diretamente contra o trinitarianismo, pois essa doutrina não
havia surgido ainda! Paula estava, sem dúvida, se colocando contra a crença
Gnóstica que sustentava ser Cristo uma emanação inferior do supremo Deus.
Permanece, no entanto, o fato de que a linguagem de Paulo, inspirada pelo
Espírito Santo, exclui o trinitarianismo. Colossenses é, claramente, uma
afirmação da crença da unicidade. Não importa contra a qual das crenças falsas
Paulo estava se opondo; o que permanece e a sua doutrina positiva. A doutrina
da unicidade que ele ensinou permanece, com certeza, em oposição ao
Gnosticismo, mas permanece, também, contra o trinitarianismo e contra qualquer
outra crença que negue o fato de que a completa divindade habita em Jesus
Cristo.
Filipenses
2: 6-8
Essa passagem descreve Jesus
Cristo da seguinte maneira: "Pois ele, subsistindo em forma de Deus não
julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de servo, tornando-se e semelhança de um homem; e,
reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até
a morte, e morte de cruz". A NIV diz: "Aquele que, sendo Deus em sua
própria natureza, não considerou a igualdade com Deus como algo a ser
alcançado, antes, seu humilhou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante
aos homens. E, sendo achado semelhante ao homem, humilhou-se e se tornou
obediente até a morte -- e morte na cruz!
Aparentemente,
esse versículo está afirmando que Jesus e tinha a natureza que Deus, que Ele
era o próprio Deus. Deus não tem nenhum igual (Isaías 40:25; 46:5 e 9). O único
modo pelo qual Jesus pode ser igual a Deus é sendo Deus. Assim, Jesus era igual
(o mesmo que) Deus no sentido de que ele era Deus. Entretanto, Ele não
considerou suas prerrogativas de Deus como algo a ser seguro ou mantido a
qualquer custo, mas Ele desejou por tudo isso de lado e assumir a natureza
humana para que pudesse salvar a humanidade perdida. Ele voluntariamente, se
humilhou, servo obediente, e se entregou à morte de cruz.
Os
trinitarianistas interpretam esse versículo das Escrituras como descrevendo 2
pessoas na divindade-Deus Pai e Deus Filho. Sob esse ponto de vista, o Filho
tinha a mesma natureza do Pai, mas não era o Pai. Eles argumentam que o Filho
divino encarnou, não o Pai. Muitos trinitarianistas argumentam ainda que na
encarnação esse Filho divino se submeteu ou se esvaziou de muitos de seus
atributos como Deus, inclusive da onipresença. Assim, eles falam do Kenosis
ou esvaziamento de Cristo que vem da palavra grega Kenoo, na primeira
parte do versículo 7. Embora essa palavra contenha em seu significado o
conceito de "Esvaziar", muitas versões não escolhem esse significado.
Aqui são três traduções para Kenoo, em Filipenses 2:7 "Aniquilou se
a si mesmo" (KJV), "Anulou se" (NIV), e "Desde o jogo se
(de todos os privilégios e méritos legítimos)" (TAB).
Do ponto
de vista da unicidade Jesus não é Deus Filho, mas é tudo que Deus é, inclusive
o Pai é Filho. Assim, em sua divindade, Ele é verdadeiramente igual ou idêntico
a Deus. A palavra é igual, aqui significa que a natureza divina de Jesus
era a própria natureza de Deus Pai. Jesus não se despojou dos atributos da
divindade, antes se despojou de suas prerrogativas legítima como Deus, enquanto
habitou, como homem, entre os homens. O Espírito de Jesus e que era o próprio
Deus, jamais perdeu nada de sua onisciência, onipresença ou onipotência.
Esse
versículo se refere unicamente às limitações que Jesus impôs-se a si mesmo com
respeito à sua vida humana. Como as três traduções, antes citadas, indicam, o Kenosis
de Cristo consistiu numa entrega voluntária da glória e dos méritos, e não numa
entrega de sua natureza de Deus. Cristo, como o homem, não recebeu a honra que
lhe era devida como Deus. Em vez de agir em seu legítimo papel de Rei da
humanidade, Ele se fez servo da humanidade. Como o homem Ele se submeteu à
morte na cruz. Ele não morreu como Deus, mas como o homem. Portanto, esse
versículo expressa um pensamento muito bonito: embora Jesus fosse Deus, Ele não
insistiu em manter todos os seus direitos de Deus. Em vez disso, Ele,
voluntariamente, se despojou de seus direitos à glória e a honra sobre a terra,
assumindo a natureza do homem e morrendo. Ele fez tudo isso para nos
providenciar a salvação.
Como
resultado da humilhação de Cristo, Deus (o Espírito de Jesus) exaltou
enormemente Jesus Cristo (Deus manifestado em carne). Jesus tem um nome que é
sobre todos os nomes -um nome que representa tudo o que Deus é. O Espírito de
Deus deu esse nome a Cristo (Messias), por que Cristo era Deus manifestado em
carne. Também, Jesus Cristo tem todo o poder sobre as coisas no céu, na terra,
e debaixo da terra. Toda língua confessar que Jesus Cristo é Senhor, dando,
dessa maneira, glória Deus Pai, na vez que o Pai está em Cristo. Filipenses
2:9-11 afirma: "Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o
nome que está acima de todo o nome, para que o nome de Jesus se dobre todo
joelho, nos céus, na terra e de baixo da terra, e toda linda confesse que Jesus
Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai"
Muitos,
talvez a maior parte dos trinitarianistas entendem, na verdade, o Kenosis
de Cristo de um modo coerente com a unicidade. Por exemplo, um preeminente
estudioso diz que Cristo não "E esvaziou" assim mesmo, realmente, dos
atributos da divindade, pois isso significaria a abdicar da divindade, o que
faria de Jesus um mero semi-deus. [26] Ao contrário, ele explica a
passagem do seguinte modo: Jesus não renunciou à sua divindade, mas a seu ser
na forma de Deus. Ele não se desfez de seus atributos divinos, mas o ocultou-os
na fraqueza da carne humana. Eles estavam sempre à disposição, mas Ele escolheu
não usá-los, ou Ele os usou de um novo modo. Ele impôs limitações a Si mesmo.
Sua glória e majestade celestiais não estavam mais aparentes. Resumindo, Ele
ocupou sua divindade em na humanidade, mas sua divindade era ainda evidente aos
olhos da fé.[27]
Colossenses
1:15-17
Já explicamos esses versículos no
Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS, que inclui, ainda, um estudo
sobre a pré existência de Jesus, Seu papel de Criador, e Seu título de
primogênito de entre os mortos.
Hebreus 1
Estudamos
várias partes dessas passagens no Capítulo 5 O FILHO DE
DEUS,
particularmente os versículos 2,3,6, de 8-10.
I João 5:7
O Capítulo 6 - PAI, FILHO, E
ESPÍRITO SANTO explica esse versículo.
Apocalipse
1:1
"Revelação
de Jesus Cristo, que Deus lhe deu." aqui encontramos a distinção entre o
eterno Espírito de Deus e o homem Cristo. Apenas o Espírito poderia revelar os
eventos do final dos tempos. A humanidade de Cristo não poderia saber essas coisas
(Marcos 13:32), portanto, Jesus Cristo as conhecia unicamente através do
Espírito. Além disso, a divindade de Cristo não era um produto de sua
humanidade, mas a união divino-humana era um produto da divindade. O
livro do Apocalipse não revela apenas as coisas por vir, mas revela também
divindade de Jesus Cristo e o conhecimento de ambos devem vir do Espírito de
Deus. Muito depressa entendemos que o Apocalipse revela verdadeiramente
Jesus como Deus, porque já no primeiro Capítulo João tem uma visão de Jesus, em
toda a na glória e poder de Deus.
Os
Sete Espíritos De Deus
Essa
frase aparece em Apocalipse 1: 4,3:1, e 5:6. Será que ela descreve sete pessoas
na Divindade? Não, mas se algumas pessoas aplicarem a mesma lógica à essa
passagem que usam a respeito de outras passagens das Escrituras, então terão
sete pessoas no Espírito. A Bíblia nos faz saber, no entanto, que há apenas um
Espírito (I Coríntios 12:13; Efésios 4:4).
Por que,
então, Apocalipse fala de sete espíritos? Devemos recordar que Apocalipse é um
livro pleno de simbolismo. Além disso, sete é um número muito simbólico
na Bíblia, e, freqüentemente, representa perfeição, conclusão, plenitude. Por
exemplo, Deus descansou da criação ao sétimo dia (Gênesis 2:2), o Sabbath do
Velho Testamento era ao sétimo dia (Êxodo 20:10), o candelabro no tabernáculo
tinha sete velas (Êxodo 25:37), Noé levou sete pares de animais limpos
para a arca (Gênesis 7:2), Jesus disse ao seus discípulos que perdoassem a um
irmão sete vezes por dia (Lucas 17:4), e o livro do Apocalipse contém
cartas às sete igrejas (Apocalipse 1:11).
Assim, os sete espíritos de Deus indicam, simplesmente, a plenitude e a
perfeição do Espírito de Deus. Esse é apenas um modo de dar ênfase a totalidade
do Espírito de Deus. A frase pode, também, aludir aos sete aspectos do Espírito
registradas em Isaías 11:2, especialmente porque tanto Isaías quanto apocalipse
descrevem os sete espíritos como pertencentes a Jesus.
Isso nos
leva a um outro ponto: a Bíblia não identifica sete espíritos como sete pessoas
separadas ou mesmo como uma pessoa separada. Antes, João nos disse, claramente,
que os sete espíritos pertencem a Jesus Cristo (Apocalipse 22:17). Assim, os
sete espíritos representam simbolicamente a plenitude e o poder do único
Espírito Santo que não é outro senão o Espírito de Jesus.
O
Cordeiro Em Apocalipse 5
Apocalipse
5:1 descreve alguém sentado no trono, no céu com o livro (rolo) em sua mão
direita. Então, nos versículos 6 e 7 descreve um Cordeiro que vem e toma o
livro na mão direita daquele que está sentado no trono. Será que isso significa
que há duas pessoas em Deus? Não. Uma vez mais queremos lembrar que o livro do
Apocalipse é grande mente simbólico. Primeiro João não viu o invisível Espírito
de Deus, ó porque o próprio João disse que o homem a um jamais o vira (João
1:18; I João 4:12). De fato nenhum homem pode ver a Deus (I Timóteo 6:16).
Apocalipse 5:5 diz que um "Leão" abriria o livro, mas, em vez disso,
no versículo 6, João viu um "Cordeiro". O versículo 6 diz que o
Cordeiro tinha sido morto, mas mesmo assim, se movia. Ele tinha sete olhos, que
simbolizam os sete espíritos ou o setenário Espírito de Deus (versículo 6) e a
onisciência de Deus (Provérbios 15:3). O Cordeiro tinha sete chifres, que segui
ficam a plenitude do poder de Deus ou a onipotência de Deus, porque os chifres,
na bíblia, usualmente, simbolizam poder. (veja Zacarias 1:18 e 19; Apocalipse
17:12-17). Toda a descrição da cena demonstra a natureza simbólica da passagem.
Para compreendê-la precisamos descobrir quem é Aquele no trono quem é o
Cordeiro.
Apocalipse
4:2 e 8 descrevem Aquele que está no trono como o "Todo-Poderoso, aquele
que era, que é e que há de vir". Ainda, em Apocalipse 1:8, Jesus descreve
a si mesmo como "O Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o
Todo-Poderoso". (veja 1:11-18 e 22:12-16 para mais provas de que é Jesus
quem fala em 1:8). Aquele que está no trono é, também, o juiz (Apocalipse
20:11-12) e, sabemos que Jesus será um Juiz de todos (João 5:22 e 27; Romanos
2:16; 14:10 e 11). Podemos, portanto, concluir que aquele que está sentado no
trono é Jesus, com toda a sua divindade poder.
O
Cordeiro é Filho de Deus-Jesus Cristo em humanidade, particularmente em seu
papel sacrificial. O Novo Testamento identifica Jesus como Cordeiro que
derramou seu sangue pelos nossos pecados (João 1:36; I Pedro 1:19). É por isso
que Apocalipse 5:6 descreve o Cordeiro como sacrificado em. Deus não poderia
morrer, e não morreu; apenas à humanidade Jesus morreu. Portanto, o Cordeiro
representa Jesus somente em sua humanidade como sacrifício pelo pecado. O
restante do V capítulo prova isso, também, ao descrever o Cordeiro como nosso
Redentor.
Que se
Cordeiro não é apenas o ser humano comum fica evidente uma vez que Ele tenha
plenitude do Espírito de Deus, inclusive a onisciência e a onipresença
(versículo 6). Ele tem outro papel como Leão da Tribo de Judá e como a raiz de
Davi (versículo 5). O Leão significa o papel real de Cristo e sua descendência
do rei Davi. Jesus era da tribo de Judá (Mateus 1:1-3; Lucas 3:33), que era a
tribo real desde o tempo de Davi. O leão é o símbolo de Judá como soberano
(Gênesis 49:9-10). A raiz de Davi faz alusão ao papel de Cristo como origem
(criador) de Davi e Deus de Davi.
Há ainda,
um outro fato que dá sustento ao nosso ponto de vista de que o Cordeiro
representa Jesus em sua humanidade mais do que uma segunda pessoa na divindade.
O Cordeiro aparece para abrir o livro que está na mão de Deus. Muitos
interpretam esse livro como sendo o documento da redenção. Outros o vêem como
símbolo dos mistérios e planos de Deus. De qualquer modo, ele devia ser aberto
por um ser humano, porque Deus não nos redimiria nem revelaria a Si mesmo a
nós, em seu papel de Deus transcendental. Ele usou sua manifestação em carne
humana como um meio tanto para se revelar como para ser nosso parente
resgatador. (veja Levítico 25:25; 47-49). Portanto, o Cordeiro representa a
humanidade de Cristo.
Muitos
eminentes estudiosos trinitarianistas concordam que Apocalipse 5 é simbólico e
não descreve Deus Pai no trono e Deus Filho ao lado do trono. The Pulpit
Commentary identifica aquele que está no trono como Deus triuno, [28] e o Cordeiro como Cristo, em seu
ofício humano. Ele afirma: "O Filho, em seu ofício humano; como indicado
por sua forma sacrificial de Cordeiro, pode tomar e revelar os mistérios da
eterna divindade, na qual Ele, como Deus, toma parte". [29] Assim, mesmo aos olhos de
estudiosos trinitarianistas, essa cena não indica a existência de uma trindade
na Divindade.
Podemos
concluir que a visão, em Apocalipse 5, descreve, simbolicamente, as duas
natureza se e os dois papéis Jesus Cristo. Como Pai, Juiz, Criador e Rei, Ele
se assenta no trono; porque em sua divindade Ele é o Senhor Deus
Todo-Poderoso.Como Filho, Ele apareceu como um Cordeiro sacrificado; porque em
sua humanidade Ele é o sacrifício, morto por nosso pecado. João não viu o
invisível Espírito de Deus, mas ele teve uma visão retratando, simbolicamente,
Jesus no trono em seu papel de Deus e como um Cordeiro em seu papel de Filho de
Deus, sacrificado pelo pecado.
Se uma
pessoa insistir em tomar literalmente essa passagem comprovadamente simbólica,
então terá que concluir que João não viu duas pessoas de Deus, mas, antes, viu
um Deus no trono em um Cordeiro perto do trono. Isso não é lógico, mas revela
que o esforço dos trinitarianistas de fazer da passagem uma prova da trindade,
é vão.
Outros
versículos do Apocalipse tornam claro que o Cordeiro não é uma pessoa separada
de Deus. Em particular, Apocalipse 22:1 e 3 falam do "Trono de Deus e do
Cordeiro", referindo-se ao único trono de 4:2 e 5:1. Depois de mencionar
"Deus e o Cordeiro", Apocalipse 22:3 falam dos "Seus
servos", e o versículo 4 se refere a "Sua face" e seu
"Nome". O Cordeiro e a glória de Deus iluminam a Nova Jerusalém
(Apocalipse 21:23), embora o Senhor Deus seja a luz (Apocalipse 22:5).
Portanto, "Deus e o Cordeiro" são um único ser. A frase se refere a
Jesus Cristo e indica sua dual natureza.
Concluímos
que Apocalipse 5, simbólica por natureza, revela a unicidade de Deus. Ela
descreve Um no trono, mas descreve, também, um Leão, uma Raiz e um Cordeiro.
Será que essa descrição revela quatro seres na divindade? Claro que não. Há,
antes, apenas Um no trono. O Leão, a Raiz, e o Cordeiro representam, todos de
forma simbólica, as características e as qualificações do Único digno de abrir
os selos do livro. O Leão nos diz que Ele é o Rei da tribo de Judá. A Raiz nos
fala que Ele é o Criador. O Cordeiro nos conta que Ele é Deus encarnado em
nosso sacrifício. É apenas nesse último papel que Ele pode ser nosso Redentor,
e pode abrir o livro. Portanto, Apocalipse 5 ensina que há um Deus e esse único
Deus veio na carne como o Cordeiro (o Filho) para se revelar a humanidade e
redimir o homem do pecado.
Porque
Permite Deus Que Existam Versículos Sujeitos À "Confusão"?
Muitas
pessoas perguntam: Se a doutrina da unicidade e correta, porque Deus permite a
alguns versículos que, aparentemente, trazem confusão ao assunto? Por exemplo,
se deus pretendia que batizássemos em nome de Jesus, porque permitiu que Mateus
28:19 fosse registrado tal como se encontra? Mesmo entendendo que esse
versículo significa que devemos batizar no nome de Jesus Cristo, ele não é uma
fonte desnecessária de confusão?
Nossa
resposta dupla. Primeiro esses versículos das escrituras não trazem confusão,
quando lidos no contexto original. Deus não pode ser responsabilizado pelos
enganos dos homens. O versículo, como está registrado em Mateus, era
compreendido perfeitamente, na época apostólica, e não é culpa de Deus que mais
tarde os doutrinadores tenham torcido o significado das escrituras,
interpretando-a fora do contexto.
Segundo,
Deus, às vezes, tem o propósito a apresentar a verdade de modo a deixá-la meio
oculto. Em Mateus 13:10, por discípulos perguntaram a Jesus porque ele falava
ao povo em parábolas. Ele explicou que os mistérios do Reino dos céus não eram
dados ao povo (versículo 11). Por quê? "Por que, vendo, não vêem; e,
ouvindo, não ouvem entendem... Porque o coração deste povo está em um merecido,
de mal grado ouviram com seus ouvidos, e fecharam os seus olhos; para não
suceder que vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, entendam com o coração,
se convertam e sejam por mim curados". (Mateus 13: 13 e 15). Em outras
palavras, o povo não quer, realmente, ouvir, ver e entender mais sobre Deus. Se
ele falasse a Ele claramente, talvez entendessem apesar de sua falta de anseio
espiritual. Portanto, Jesus falava por parábolas para que apenas àqueles que
têm realmente fome e sede de justiça pudessem ser satisfeitos (Mateus 5:6), é
que somente aqueles que procurassem diligentemente pudessem encontrar a verdade
(Hebreus 11:6). Após dar essa resposta, Jesus continuou a explicar a seus
discípulos a parábola que tinha acabado de contar a multidão.
Poderia
Deus permitir que alguns versículos das escrituras se tornassem pedra de
tropeço àqueles que estão satisfeitos com as tradições dos homens e aqueles que
não procuram a verdade sincera e honestamente de todo o coração? Poderia ser
que esses mesmos versículos se tornassem grandes revelações para os que
honestamente buscam a intenção do Espírito? Se assim for, isso coloca uma
grande responsabilidade sobre aqueles que foram instruídos conhecendo a
verdade. Se não possuem a fome e o amor pela verdade e iguais àqueles exigidos
dos outros, por Deus, eles próprios, eventualmente, abandonaram a
verdade
(II Tessalonicenses 2:10-12). Talvez isso explique porque muitos, entre os
cristãos, jamais encontrem a verdade; porque alguns que a alcançaram vieram a
perdê-la, e porque alguns que possuem pelo menos parte dela acabam perdendo o
que tem.
Conclusão
Tendo
pesquisado por toda a bíblia nos últimos três capítulos desse livro, concluímos
que em nenhum lugar ela ensina a separação de pessoas na divindade. Além disso,
não encontramos nem a palavra trindade nem a doutrina da trindade em
qualquer lugar da bíblia. De fato, a única vez em que encontramos o número 3
ligado explicitamente a Deus, é no versículo dúbio das escrituras, I João 5:7.
Mesmo assim, aquele versículo descreve as manifestações de Deus no céu e concluem
que "Esses três são um".
O Novo
Testamento, na verdade ensina a dualidade da natureza de Jesus Cristo, e essa é
a chave para a compreensão da divindade. Uma vez que obtenhamos a revelação de
quem Jesus é, realmente-a saber, o Deus do Velho Testamento habitando em carne
- toda a escritura se harmoniza.
É
interessante notar duas coisas a respeito dos versículos das escrituras usados
pelos trinitarianistas para ensinar a pluralidade de pessoas na divindade.
Primeiro, muitos desses versículos na verdade são fortes provas da unicidade.
Exemplos: Mateus 28:18-19; João 1:1-14,14: 16-18; I João 2: 23, 5:7. Segundo,
muitos desses versículos, se interpretados do ponto de vista trinitarianista,
levam a uma doutrina não trinitarianista, tal como o Arianismo, o binitarianismo
ou o triteísmo. Por exemplo, muitos usam as corações de Cristo para provar que
o Pai é uma pessoa separada do Filho. Se isso significa que o Filho orou em seu
papel de Deus (uma pessoa da divindade), somos levados a acreditar na
subordinação ou inferioridade de "Deus Filho" em relação a Deus Pai.
Essa interpretação destrói a doutrina trinitarianista que afirma que o Filho é
equivalente ao Pai, e leva a uma forma de Arianismo.Por outro lado, se o Filho
orou em seu papel de homem, então essa explicação sustenta a crença na
unicidade e não serve ao trinitarianismo. Esse mesmo argumento destrói os
argumentos trinitarianista que se baseiam nos versículos das escrituras que
dizem que o Pai é maior que o Filho, que o Filho não tem todo o poder, nem todo
o conhecimento.
Do mesmo
modo, os argumentos trinitarianistas de que conversas registradas, comunicação
de amor e comunicação de conhecimento indicam várias pessoas na divindade,
levarão a doutrina errônea. Seus argumentos estabeleceriam três inteligências,
três vontades e três personalidades separadas. Caem no erro do triteísmo
(crença em 3 deuses)-algo em que os trinitarianistas professam não acreditar.
Semelhantemente, se eles argumentam que Estevão viu, literalmente, dois corpos
de Deus no céu, não podem fugir ao conceito de uma pluralidade de deuses.
Uma vez
que a maior parte dos textos de prova usados pelos trinitarianistas falam de 2,
e não de 3, parece que sua interpretação deveria estabelecer o binitarianismo
(crença em duas pessoas apenas), ou, pelo menos, uma subordinação do Espírito
Santo ao Pai e ao Filho. De qualquer modo, qualquer uma das doutrinas contradiz
o trinitarianismo ortodoxo.
Em
resumo, muitos dos assim chamados textos de prova do trinitarianismo devem ser
explicados de modo coerente com a unicidade ou levarão as doutrinas que são
negadas pelos próprios trinitarianistas. Por outro lado, o ponto de vista da
unicidade explica claramente de modo harmônico toda a escritura. Ele é coerente
com o monoteísmo e estrito do Velho Testamento e preserva a crença cristã no
Filho de Deus que morreu por nossa redenção e a doutrina do Espírito Santo que
torna real a salvação de nossas vidas.
Capítulo 10. OS QUE ACREDITAM NA UNICIDADE E A
HISTÓRIA DA IGREJA
Como
temos visto nos capítulos precedentes, a Bíblia ensina, de modo coerente, a
unicidade de Deus. No entanto, a igreja, hoje, quer nos fazer crer que, através
de toda a história, a igreja cristã tenha aceitado a doutrina da trindade. Será
verdade? Os líderes da igreja, na era pós-apostólica, eram trinitarianistas?
Há, na história da igreja, pessoas que tenham acreditado na Unicidade?
Em nossos
estudos sobre esse assunto, chegamos a três conclusões que passaremos a
discutir neste capítulo. 1- Tanto quanto podemos afirmar, os primeiros líderes
cristãos, nos dias que se seguiram imediatamente à era apostólica, acreditavam
na Unicidade. Não há dúvidas de que jamais ensinar a doutrina da trindade, como
ela se apresenta mais tarde e como existe nos dias de hoje. 2- Mesmo após o
aparecimento da doutrina da trindade, na parte final do segundo século, ela não
tomou o lugar da unicidade, como doutrina dominante até por volta de 300 d C.,
e não se estabeleceu universalmente senão mais tarde, no quarto século. 3 -
Mesmo depois do crime de Arianismo se tornar dominante, os crentes da unicidade
continuarão a existir através de toda a história da igreja.
A Era
Pós-Apostólica
Os
historiadores da igreja concordam que a doutrina da trindade não existiu, como
a conhecemos hoje, imediatamente depois da era pós-apostólica. (veja o Capítulo 11 -
TRINITARIANISMO: DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO.) Os líderes cristãos que vieram
logo após os Apóstolos e não se referiam a uma trindade, antes, afirmavam sua
crença no monoteísmo do Velho Testamento e aceitavam sem questionar a Divindade
e a humanidade de Jesus Cristo. [30] Uma vez que esses líderes deram
ênfase a doutrina associadas à Unicidade, podemos supor que a igreja
pós-apostólica aceitavam a unicidade de Deus.
Os mais
prementes patriarcas pós-apostólicos foram Hermas, Clemente de Roma, Policarpo
e Inácio. Seu ministério abrangeu o período de mais ou menos 90 a 140 d.C.
Irineu,
um preeminente líder cristão, que morreu por volta de 200 d.C., tinha uma
teologia essencialmente Cristocêntrica e a crença firme de que Jesus era Deus
manifestado em carne. Ele acreditava que o Logos, que se encarnou em Jesus
Cristo, estava na mente de Deus, e era o próprio Deus. [31]
Alguns
estudiosos classificam Irineu como um crente na "trindade econômica".
Esse ponto de vista afirma que não há trindade eterna, mas, apenas, uma
trindade temporária. É muito provável, portanto, quem Lineu acreditasse numa
tríplice idade de papéis ou atividades de Deus mais do que numa trindade de
pessoas, acreditando, assim, na Unicidade. O certo é que ele não acreditava na
doutrina da trindade do modo como ela se estabeleceu mais tarde.
Não
encontramos referências à trindade como tal os primeiros escritos
pós-apostólicos; eles se referem a apenas um Deus e a Jesus como Deus.
Possíveis referências a uma emergente doutrina trinitarianista, entretanto,
aparece em alguns escritos do segundo século, principalmente em algumas
referências que parecem apontar a uma fórmula batismal triúna.
Há várias
explicações possíveis para essas poucas referências a um conceito trinitariano,
existentes nesses escritos. 1 - Os leitores e estudiosos trinitarianistas podem
ter entendido mal essas passagens devido a sua própria tendência, assim como
interpretaram mal as passagens bíblicas tais como Mateus 28:19. 2 - há
uma forte possibilidade de que os copistas trinitarianistas, mais tarde,
intercalaram (adicionaram) passagens de sua própria autoria -- uma prática
muito comum na história da igreja. Isso é muito provável uma vez que as únicas
cópias existentes desses primeiros inscritos foram feitas centenas de anos após
os originais. Existe, por exemplo, um escrito primitivo chamado Didakhe que
afirma que a comunhão deveria ser ministrada apenas àqueles que são batizados
no nome do Senhor, mas menciona, também, o batismo em nome do Pai, do Filho, do
Espírito Santo.
[32] Entretanto, a cópia mais antiga
existente do Didakhe está datada de 1056 d.C. [33] Sem dúvida falsas doutrinas já
tinham começado surgido entre a igreja, em alguns casos. De fato, falsas doutrinas
existiam mesmo nos dias apostólicos (Apocalipse 2 e 3) até mesmo falsas
doutrinas a respeito de Cristo (II João 7; Judas 4). Levando tudo isso em
consideração, no entanto, concluímos, a partir da evidência histórica, que os
líderes da igreja, nos tempos que se seguiram imediatamente aos dias dos doze
apóstolos de Cristo, acreditavam na Unicidade.
Unicidade -- A Crença Dominante No
Segundo e No Terceiro Século
Temos
salientado que a unicidade era a única crença significativa nos dois primeiros
séculos, com relação à Divindade. Mesmo quando formas de binitarianismo
começaram a se desenvolver, não alcançaram projeção senão no final do terceiro
século. Durante esse tempo, havia muitos notáveis líderes e mestres da
Unicidade que se opunham à essa mudança na doutrina. (para apoio à nossa
afirmativa de que a Unicidade era a crença predominante durante o período que
se seguiu aos apóstolos veja o estudo intitulado "Monarquianismo
Modalistico: Unicidade na história da Igreja Primitiva", no final deste
capítulo. É um estudo a respeito dos maiores mestres da Unicidade e sua
doutrina durante esse período da história da igreja).
Monarquianismo
Modalístico
Monarquianismo
Modalístico é o termo usado, muitas vezes, pelos historiadores da igreja para
se referir ao ponto de vista da Unicidade. A enciclopédia Britânica o define do
seguinte modo:
O Monarquianismo Modalístico,
aceitando que toda a plenitude da Divindade habita em Cristo, se opôs à
"Subordinação" de alguns escritores da igreja, e sustentou que os
nomes Pai e Filho eram somente diferentes designações do mesmo sujeito, o único
Deus, que 'com referência às relações que tinha previamente mantido com o mundo
é chamado Pai, mas que com referência à sua aparição em humanidade, é
chamado o Filho.[34]
Os mais
prementes líderes modalistas foram Noetus, de Smirna ,Práxeas, e Sabellius
.Noetus foi mestre de Práxeas, na Ásia Menor; Práxeas pregou em Roma, por volta
de 190, e Sabellius pregou em Roma por volta de 215. [35] Por ser Sabellius o mais
conhecido dos modalistas, os historiadores, muitas vezes, chamam a doutrina de
Sabelionismo. Sabellius se baseou fortemente nas Escrituras, especialmente em
algumas passagens, tais como: Êxodo 20:3, Deuteronômio 6: 4 Isaías 44:6 e João
10:38.[36] Ele disse que Deus revelou a Si
mesmo, como o Pai na criação, Filho na encarnação e Espírito Santo na
regeneração e santificação. Alguns interpretam essa afirmativa como querendo
dizer que ele acreditava que essas três manifestações fossem estritamente
consecutivas no tempo. Se for assim interpretada, Sabellius não refletia as
crenças do antigo modalismo ou da moderna Unicidade.
A
Enciclopédia Britânica descreve da seguinte maneira, a crença de Sabellius:
"Sua proposição central era, com efeito, que o Pai, o Filho e Espírito
Santo são a mesma pessoa, três nomes ligados a um mesmo ser. O que mais pesava
para Sabellius era interesse monoteísta".[37]
Encontramos
muito de nossa informação sobre os modalistas em Tertuliano (falecido em 225),
que escreveu um trabalho contra Práxeas. Nesse tratado ele registrou que
durante o seu ministério, "A maior parte dos crentes" aderiu a
doutrina da Unicidade.
"O
simples, na verdade (não os chamarei de ignorantes ou iletrados) que sempre
constituem a maioria dos crentes, são iniciados na dispensação (de três em um),
no próprio terreno em que sua regra de fé e os traz da pluralidade de deuses do
mundo para o único Deus verdadeiro; não entendendo que, embora Ele seja o único
Deus, tem que ser aceito em sua própria economia. A ordem numérica e a
distribuição da trindade, eles presumem ser uma divisão da unidade".[38]
Os
Crentes Da Unicidade Desde O Quarto Séculos Até O Presente
Encontramos
evidência da existência de muitos outros crentes da unicidade através de toda a
história da igreja, além daqueles descrito no documento apresentado neste
capítulo. Achamos que os crentes que descobrimos representam apenas a ponta de
um iceberg. Alguns escritores têm encontrado evidências da existência da
doutrina da unicidade entre os Priscilianistas (de 350 a 700), Euchetas (por
volta de 550 a 900), e Bogomilos (por volta de 900 a 1400). [39] Parece que a maior parte dos e
crentes da unicidade não deixaram registro escrito. Outros tiveram suas obras
escritas destruídas pelos seus oponentes vitoriosos. Muitos foram perseguidos
em martirizados, e seus movimentos foram destruídos pelo cristianismo oficial.
Não sabemos quantos dos crentes da unicidade e de seus movimentos a história
deixou de registrar, ou, quantos dos assim chamados hereges eram, na realidade,
crentes da unicidade. O que encontramos, no entanto, revela que a crença da
unicidade sobreviveu apesar da violenta oposição que enfrentou.
Na idade
média, o preeminente estudioso e teólogo Abelardo (1079-1142) foi acusado de
ensinar a doutrina de Sabellius (unicidade). [40] Seus inimigos o impediram de
continuar ensinando. Ele procurou refúgio num mosteiro em Cluny, França, e lá
morreu.
Com a
reforma muitos se opuseram a doutrina da trindade, aceitando a crença da
unicidade. Um antitrinitarianista famoso do tempo da reforma foi Miguel Serveto
(1511-1553), físico espanhol. Ele teve apenas alguns seguidores, embora alguns
historiadores o considerem como força motriz do desenvolvimento do
unitarianismo. Ele, entretanto, não era, absolutamente, unitarista, pois
aceitava Jesus como Deus. O modo como é descrito indica, claramente, que ele
era um verdadeiro crente da unicidade: "A negação, por parte de Serveto,
da tripersonalidade da divindade e da eternidade do Filho, junto disse que seu
anabatismo tornou seu sistema abominável tanto aos católicos quanto aos
protestantes, apesar de ser intenso Biblicismo, sou apaixonada devoção a pessoa
de Cristo, e seu esquema Cristocêntrico do universo".[41]
Serveto
escreveu: "Não há outra pessoa de Deus a não ser Cristo... a completa
divindade do Pai está nele". [42] Serveto foi tão longe a ponto de
chamar a doutrina da trindade de monstro de três cabeças. Ele acreditava que
ela, necessariamente, levava ao politeísmo que era um engano proveniente do
diabo. Ele acreditava, também, que porque a igreja aceitara o trinitarianismo,
Deus permitiria que ela viesse a ser governada pelos papas e assim, perdesse a
Cristo. Ele não podia entender por que os protestantes mesmo se afastando do
catolicismo ainda insistiam em manter a doutrina da trindade, não bíblica e
criada pelos homens.
Serveto
foi queimado numa fogueira, em 1553, por sua crença na unicidade, com a
aprovação de João Calvino (embora Calvino preferisse que fosse decapitado). [43]
Emmanuel
Swedenborg (1688-1772) foi um escritor religioso e filósofo sueco que
manifestou um bom entendimento da unicidade de Deus. Ele ensinou várias outras
doutrinas que são muito diferentes daquilo que cremos, mas ele compreendeu o
que Jesus é, realmente. Ele usou o termo trindade, mas observando que
significava apenas "Três tipos de manifestações" e não uma trindade
de pessoas eternas. Ele o usou Colossenses 2:9 para provar que toda a
"Trindade" estava em Jesus Cristo, e se referiu a Isaías 9:6 e João 10:30
para provar que Jesus era o Pai. Ele negava que o Filho tivesse sido gerado
desde a eternidade, afirmando que o Filho de Deus era a humanidade pela qual
Deus enviara a Si mesmo o mundo. Ele acreditava, também, que Jesus era Jeová
Deus, que assumira a humanidade para salvar o homem. Swedenborg escreveu:
"Aquele
que não buscar o Deus verdadeiro do céu e da terra, não poderá entrar no céu,
porque o céu é céu do único Deus, e esse é Jesus Cristo, que é Jeová, o Senhor,
desde eternidade o Criador, no tempo o Redentor, e para a eternidade o
Regenerador: conseqüentemente, Aquele que é, ao mesmo tempo, o Pai, Filho e
Espírito Santo; e esse é o evangelho que deve ser pregado".[44]
Para ele
Deus (Jesus) se compunha do Pai, do Filho, e do Espírito, assim como o homem se
compõe da alma, do corpo e do espírito - uma analogia inapropriada. No entanto,
a explicação de Swedenborg para a divindade é espantosamente semelhante à aceita
pelos crentes da unicidade, hoje.
O século
XIX viu o aparecimento dos escritores da unicidade. John Miller, ministro
presbiteriano, foi um desses crentes da unicidade, na América. Em seu livro:
"É Deus uma Trindade?", escrito em 1876, ele o usou uma terminologia
ligeiramente diferente daquela dos modernos escritores da unicidade, mas as
crenças que ele expressava são basicamente idênticas às dos crentes da
unicidade, hoje. É espantoso ler seu livro e ver quão perto ele se coloca do
ensino da moderna unicidade, inclusive em seu modo de entender Mateus 28:19.
Miller acreditava que a doutrina da trindade não era bíblica e que ela impedia
enormemente a igreja de alcançar os judeus e os muçulmanos. Ele declarou,
enfaticamente, a perfeita divindade de Jesus Cristo.
Os
crentes da unicidade existiram, também, na Inglaterra do século XIX. David
Campbell relatou ter encontrado um livro, escrito em 1828, que ensinava a
unicidade. [45] O autor era John Clowes, pastor
da igreja de São João, em Manchester.
O século
XX a força mais significativa da unicidade têm sido os Pentecostais da
unicidade, embora alguns estudiosos classifiquem o famoso teólogo neo-ortodoxo,
Karl Barth, como modalista (unicidade). [46] Charles Parham, o primeiro líder
do movimento pentecostal do vigésimo século, começou a ministrar o batismo pela
água, em nome de Jesus, embora, aparentemente, não ligasse essa prática a uma
negação explícita do trinitarianismo. [47] Depois de 1913, muitos
Pentecostais rejeitaram o trinitarianismo e a fórmula batismal trinitarianista,
dando início ao movimento da moderna unicidade Pentecostal.
Hoje
existe várias organizações da Unicidade Pentecostal. As maiores com sede nos
Estados Unidos da América são: A Igreja Pentecostal Unida Internacional (sem
dúvida a maior), As Assembléias Pentecostais do Mundo, As Igrejas Mundiais da
Bíblia de Nosso Senhor Jesus Cristo, As Assembléias do Senhor Jesus Cristo, A
Igreja do Senhor Jesus Cristo da Fé Apostólica, e A Santa Igreja Vencedora
Apostólica de Deus. Grupos da Unicidade Pentecostal com sede em outros países
inclua A Igreja de Pentecostal Unida da Colômbia, igreja nacional e a maior
igreja não católica do país; A Assembléia Apostólica da Fé em Cristo Jesus, com
sede no México; o movimento da Unicidade Pentecostal na Rússia.; e a Verdadeira
Igreja de Jesus, uma igreja nacional fundada por crentes chineses no continente
mas cuja sede está agora em Taiwan. Há muitas organizações menores
(aproximadamente 130 no mundo), igrejas independentes, e comunidades
carismáticas que professam a doutrina da Unicidade Pentecostal. NO BRASIL, AS
MAIS CONHECIDADAS SÃO: IGREJA EVANGÉLICA APOSTÓLICA COM SEDE EM CAMPINAS, SP
IGREJA VOZ DA VERDADE COM SEDE EM SANTO ANDRÉ, SP IGREJA ASSEMBLÉIA UNICISTA
DO SENHOR JESUS CRISTO COM SEDE EM VITÓRIA, ES E COMUNIDADE PENTECOSTAL DO
BRASIL ENTRE OUTRAS.
Para
documentar algumas das afirmativas feitas nesse capítulo, reproduzimos, a
seguir, em estudo preparado em 1978 para uma aula de religião na Rice
University, em Houston, Texas. Note, particularmente, duas importantes
conclusões nos primeiros parágrafos: 1. O trinitarianismo não estava
solidamente estabelecida até o final do quarto século; 2. A grande maioria dos
cristãos da primitiva igreja pós-apostólica adotavam a unicidade, e esta
foi a doutrina mais poderosa a se opor ao ponto de vista trinitarianista,
quando este ganhou adeptos entre os líderes da igreja.
Essas
conclusões e a informação apresentada no estudo não são apenas de nós mesmo,
mas foram por nós recolhidas de conhecidos historiadores da igreja e de outras
respeitáveis fontes apresentadas nas notas de rodapé e na bibliografia.
MONARQUIANISMO
MODALISTICO:
A UNICIDADE NA HISTÓRIA DA IGREJA
PRIMITIVA
por David Bernard
Qual é a
natureza de Deus? Qual o relacionamento de Jesus Cristo com Deus? Essas duas
questões são fundamentais para o cristianismo. A resposta tradicional dos
cristãos é dada por sua doutrina da trindade. Entretanto, nos primeiros séculos
do cristianismo, essa formulação não era, de modo algum, a definitiva. De fato,
a Nova Enciclopédia Católica afirma que, nos séculos D.C. "Uma
solução trinitarianista estava ainda por vir" e que o dogma
trinitarianista "Não estava solidamente estabelecido... até o final do
quarto século". [48]
Havia
muitas explicações a respeito da natureza de Deus e Cristo, muitas das quais
com boa aceitação pelo mundo todo. Uma das mais importantes delas foi o monarquianismo
modalistico, que afirmava tanto a absoluta unicidade da divindade quando a
divindade de Jesus Cristo.
De acordo
com a história da igreja Adolf Harnack, o monarquianismo modalistico era o mais
perigoso rival do trinitarianismo, no período de que 180 D.C até 300 D.C. De
escritos de Hipólito, Tertuliano e Orígenes, ele inclui que o modalismo era a
teoria oficial, em Roma, por quase uma geração, e era "Adotado pela grande
maioria dos cristãos".[49]
Apesar de
sua notória importância, é difícil chegar a uma completa descrição do que era,
realmente o monarquianismo modalistico. Alguns dos mais três preeminentes
modalistas foram Noetus, bispo de Ancyra, e Commodiano. Pelo menos dois bispos
romanos (mais tarde classificados como papas), Callitus e Zephyrinus, foram
acusados de serem modalistas, por seus oponentes. É difícil conseguir
informação acurada respeito desses homens e suas crenças porque as fontes
históricas existentes foram todas escritas por seus oponentes trinitarianistas
cujo interesse era refutar a doutrina de seus antagonistas.
Sem
dúvida, a doutrina dos modalistas foi mal interpretada, mal apresentada em
distorcida, nesse processo. É impossível, portanto, encontrar uma descrição
precisa das crenças de um modalista, em particular. Entretanto, colocando lado
a lado as diferentes afirmativas a respeito desses diversos homens, é possível
chegarmos a um razoável entendimento do modalismo. Por exemplo, havia,
provavelmente, algumas diferenças na teologia de Noetus, Praxeas, Sabellius e
Marcellus, mas quais eram essas diferenças fica difícil determinar. É certo, no
entanto, que cada um deles afirmava a perfeita divindade de Jesus Cristo não
admitindo existência de distinção de pessoas na Divindade.
A
doutrina modalista é comumente explicada como sendo, simplesmente, a crença de
que Pai, Filho e Espírito Santo são apenas manifestações, o modo de um Deus (à
monarquia), e não três pessoas distintas (hipóstase). Ela deve ser diferenciada
do monarquianismo dinâmico que também sustenta a unicidade de Deus, mas
afirmando ser Jesus com ser subordinado, inferior. Mais precisamente, a
monarquianismo modalistico é a crença que considera "Jesus como a
encarnação da divindade" e o Pai encarnado.[50]
Esse
ponto de vista tem óbvia vantagem de manter a forte tradição monoteísta judaica
afirmando, ao mesmo tempo, a crença dos primeiros cristãos em Jesus, como Deus.
Simultaneamente, ela evita os paradoxos e mistérios do dogma trinitariano.
Entretanto, os trinitarianistas argumentam que ela não explica adequadamente o
Logos, o Cristo pré-existente, ou a distinção bíblica entre o Pai e o Filho.
Uma análise do modalismo revela suas respostas a essas objeções.
Os
monarquianistas modalísticos não apenas tinham um conceito de Deus diferente
daquele dos trinitarianistas, como tinham, também, definições diferentes do
Logos e do Filho. Sua posição básica era a de que o Logos (o Verbo, em João 1)
não é um ser pessoal distinto, mas está unido a Deus do mesmo modo que um homem
e sua palavra. Ele é um poder "Indivisível e inseparável do Pai",
como Justino, o mártir, descreveu a crença. [51] Para Marcellus, o Logos é o
próprio Deus, particularmente sob o aspecto de sua atividade. [52] Assim, o conceito
trinitarianista de Logos como um ser separado (baseado na filosofia de Philo)
era rejeitado. Os modalistas aceitavam a encarnação do Logos em Cristo, mas
para eles isso significava simplesmente a extensão do Pai, em forma humana.
Muito
ligada a essa idéia está definição modalística do Filho. Eles afirmavam que o
Filho se refere ao Pai vindo em carne. Práxeas negava a preexistência do Filho,
usando o termo Filho aplicado apenas a encarnação. [53] A distinção entre o Pai e o
Filho é que Pai se refere a Deus em Si mesmo, mas Filho se refere ao Pai
enquanto manifestada na carne (em Jesus). O Espírito de Jesus era o Pai, mas Filho
se refere especificamente à humanidade e divindade de Jesus. Claramente, então,
os modalistas não queriam dizer que Pai e Filho fossem
recíprocos, em terminologia. Queriam, antes, afirmar que as duas palavras não
implicam hipóstases (pessoas) distintas de Deus, mas apenas diferentes modos de
um único Deus.
Pondo
lado a lado os dois conceitos de Logos e Filho, vemos como os modalistas
pensavam a respeito de Jesus. Noetus disse que Jesus era o Filho por causa de
seu nascimento, mas que Ele era também o Pai. [54] A doutrina modalística do Logos
identifica o Espírito de Cristo como o Pai. A encarnação era como uma teofania
final na qual o Pai se revela completamente. No entanto, esse não era o
Docetismo (a crença de que Jesus era apenas um ser espiritual), porque tanto
Práxeas quanto Noetus enfatizaram os a natureza humana de Jesus, especialmente
seus sofrimentos e suas fraquezas humanas. Como no trinitarianismo, Jesus era
"Verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus".
Para os
modalistas, Jesus era a encarnação de toda a Divindade e não apenas a
encarnação de uma pessoa separada chamada Filho ou Logos.
A mais
comum objeção feita ao monarquianismo modalistico era o Patripassionismo, que
significa, implicitamente que o Pai sofreu e morreu. Tertulliano foi o primeiro
a assim acusar os modalistas. Ele entendia que o modalismo significava que o
Pai é igual ao Filho. Mas isto significaria que o Pai morreu, uma clara
impossibilidade. Desse modo, Tertulliano procurou ridicularizar e negar o modalismo.
Outros
historiadores, tomando os argumentos de Tertulliano como verdade, rotularam a
doutrina modalistica como Patripassianismo. Não há, entretanto, nenhum registro
de qualquer modalista afirmando,explicitamente que o Pai sofreu ou que o Pai
morreu. Sabellius evidentemente , negava a acusação de Patripassionismo. [55]
O assunto
todo pode ser facilmente resolvido, percebendo-nos que o modalismo não
ensinava, como Tertulliano suppôs, que o Pai é o Filho, sim, que o Pai está no
Filho. Como afirmou Commodiano, "O Pai entrou no Filho, em Deus onde que
seja."[56] Semelhantemente, Sabellius
explicou que o Logos não era o Filho mas era vestido pelo Filho." [57] Outro modalistas em resposta à
acusação,explicavam que o Filho sofreu, enquanto o Pai simpatizava ou
"sentia com." [58] Com isso quiseriam dizer
que o Filho, o homem Jesus, sofreu e morreu. O Pai, o Espírito de Deus
dentro de Jesus, não poderia ter sofrido ou poderia ter morrido em qualquer
sentido físico, mas, ainda assim, Ele deve ter sido afetado por, ou participou
no sofrimento da carne. Adequadamente, Zephyrinus diz: "Conheço apenas um
Deus, Cristo Jesus, e além dele nenhum outro que nasceu ou possa ter sofrido
não foia o Pai que morreu mas o Filho."[59]
Apartir
dessas declarações parece claro que os modalistas afirmaram que o Pai não era a
carne, mas foi revestido ou manifestado na carne. A carne morreu, mas o
Espírito eterno não. Portanto, o Patripassianism é um e termo enganandor
e incorreto para ser usado em relação ao monarquianismo
modalistico.
Basicamente,
então, monarquianismo modalistico ensinavam que Deus não tem nenhuma
distinção de número mas de nome ou modo apenas. O termo Filho se refere à
Encarnação. Isso significa que o Filho não é uma natureza eterna, mas um modo
da atividade de Deus, criado especialmente com a finalidade de salvar a humanidade.
Não há um Filho pre-existente, mas podemos falar de um Cristo
pre-existente uma vez que o Espírito de Cristo é o próprio Deus. O Logos é
visto como se referindo à atividade de Deus. Jesus é, portanto o Verbo ou a
atividade do Pai revestido de carne. O Espírito Santo não é um ser separado
tanto quanto o Logos. O termo Espírito Santo descreve o que Deus é, e se refere
ao poder e açãode Deus no mundo. Assim, ambos os termos Logos e
Espírito Santo se referem ao próprio Deus, em maneiras específicas de
atividade.
O efeito
do monarquianismo modalistico é reafirmação do conceito do
VelhoTestamento de um, Deus indivisível que pode e realmente se
manifesta, e o seu poder de várias maneiras diferentes. Além disso,
Jesus Cristo é identificado como aquele Deus que se manifestou através da
encarnação em um corpo humano. O Modalismo dessa maneira, reconhece muito
mais que o trinitarianismo, a completa Divindade de Jesus, que é
exatamente o aquilo que os modalistas afirmam.. [60] A perfeição e plenitude de Deus
é Jesus.
Em
resumo, o monarquianismo modalistico pode ser definido como crença de
que Pai, Filho, e Espírito Santo são manifestações do único Deus sem
distinções de pessoas. Além disso, o único Deus se expressa completamente na
pessoa de Jesus Cristo.
Capítulo 11. TRINITARIANISMO: DEFINIÇÃO E
DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO
Temos tentado
apresentar o ensinando positivo das Escrituras sem levar em conta as tradições
humanas. Porém, nós não podemos tratar do assunto da Divindade sem descrever o
desenvolvimento histórico do ponto de vista mais amplamente aceito pelos
cristãos, a doutrina da trindade. Neste capítulo nós definiremos o
trinitarianismo, traçar rapidamente seu desenvolvimento histórico, e
discutiremos algumas das ambigüidades e problemas inerentes dentro da doutrina.
No Capítulo 12 - TRINITARIANISMO:
UMA AVALIAÇÃO,
esboçaremos conclusões a respeito do trinitarianismo, comparando essa doutrina
com os ensinamentos Bíblicos, mostrando alguns problemas sérios
relacionados com ela à luz de passagens Bíblicas, e contrastando isto com
convicção da Unicidade.
Definição
da Doutrina da Trindade
Trinitarianismo
é a crença na existência de três pessoas em um Deus. Isso tem sido afirmado de
diversas maneiras, tal como "um Deus em três Pessoas",[61] ou "três pessoas em uma
substância." [62] Ela afirma que, em Deus, há três
distinções de essência e não apenas de atividades. [63] Os nomes dados a essas três
pessoas são: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
A
doutrina trinitárianista ortodoxa, como se desenvolveu através dos séculos,
afirma também que essas três pessoas são co-iguais em poder e autoridade,
que são co-eternas no passado, presente, e futuro, e que a a mesma
natureza divina está contida plenamente em cada uma delas. [64] Porém, cada uma dessas pessoa
recebe uma característica única quando vista em relação às outras: o Pai não
foi gerado, o Filho foi gerado, e o Espírito foi originado. [65] Os trinitárianista afirmam às
vezes que é exibida a singularidade do Pai na criação e a do Filho na
redenção, e a do Espírito na santificação, contudo todos os três participem
ativamente em cada obra com funções, com importância diversa. [66] Desde que cada um participa da
obra dos outros, não há clara distinção básica entre eles.
Os
trinitárianista chamam estas três pessoas de trindade ou Deus triuno. Um
estudioso trinitárianista descreve a trindade como segue: "A
Trindade não deve ser entendida como um Deus em três manifestações nem
como uma tríade simétrica de pessoas com funções separadas; ao invés a Trindade
significa um Deus em três modos de existência - Pai, Filho, e Espírito, e cada
um desses participa da atividade dos outros." [67] Os Trinitárianista
freqüentemente usam a figura de um triângulo para explicar sua doutrina. Os
três cantos representam os três membros da trindade, enquanto o triângulo
completo representa Deus como a trindade inteira. Assim, o Pai não é o Filho
não é o Espírito Santo. Além disso, nem o Pai, o Filho ou o Espírito nenhum
deles é completamente Deus sem os outros. (Veja Capítulo 12 - TRINITARIANISMO:
UMA AVALIAÇÃO para uma
tabela que especifica numa lista, os dogmas essenciais do trinitarianismo e os
compara com as doutrinas essenciais da Unicidade.)
Problemas
com o Triteismo
Os
trinitarianos ortodoxos negam o triteismo que é a crença em três deuses. Porém,
quando chamados a explicar como pode haver três pessoas distintas e ainda
apenas um único Deus, explicam finalmente que a trindade é um mistério que
nossas mentes humanas finitas não podem compreender completamente. [68]
Considerando
que os trinitarianos tentam rejeitar o conceito de três deuses, ficam
usualmente relutantes em descrever Deus em termos de três seres,
personalidades, ou indivíduos. Um trinitário afirmou:" Nenhum teólogo Cristão
importante tem argumentado que há três seres auto-concientes na
Divindade." [69] Um outro escritor trinitário
rejeita a idéia de que a trindade está composto de três indivíduos, mas
ele denuncia uma ênfase exagerada na unicidade a qual (ele diz) conduz a
uma visão judaica de Deus. [70]
Essa
relutância em usar termos que dividem Deus distintamente é recomendável; porém,
pessoa é em si mesma, uma dessas palavras. Webster define pessoa
como" um ser humano individual" e" a personalidade individual de
um ser humano." [71]
Não se
trata apenas de uma mera discussão sobre terminologia; durante toda história do
trinitarianismo, muitos trinitarianos tem interpretado praticamente o conceito
de pessoa, e mesmo teologicamente, como significando três seres. Por exemplo,
os três Capadocios do quarto século (Gregório de Nyssa, Gregório Nazianzus, e
Basílio de Cesárea) enfatizaram a triplicidade da trindade a ponto de aceitarem
três personalidades. [72] Boecio (c. 480 - c. 524)
definiu pessoa como uma substância individual com uma natureza
racional." [73] Dos tempos medievais até hoje,
os trinitárianista tem muitas vezes representado a trindade com a figura de
três homens, ou com a figura de um velho, um jovem e um pombo.
Hoje, nos
círculos Pentecostais trinitário, há um conceito de Divindade que implica
declarado triteismo. Isto se torna evidente nas declarações seguintes feitas
por três trinitário Pentecostais - um famoso anotador bíblico, um
evangelista proeminente, e um escritor.
"O que entendemos por Trindade
Divina é o fato de haver três pessoas separadas e distintas na Divindade, cada
uma das quais possuindo seu próprio corpo espiritual pessoal, alma pessoal, e
espírito pessoal no mesmo sentido em que cada ser humano, anjo ou qualquer
outro ser possui seu próprio corpo, alma, e espírito... Assim, há três pessoas
separadas em individualidade divina e pluralidade divina. A palavra Deus é
usada como singular ou uma palavra plural, como por exemplo, a palavra sheep,
que em inglês, significa tanto um carneiro como um rebanho. [74]
"Assim, há três pessoas
separadas na divina individualidade e pluralidade divina... Individualmente
cada uma é chamada Deus; coletivamente podemos nos referir a elas como a um
Deus por causa de sua unidade perfeita... Tudo o que pode pertencer
coletivamente a Deus, também pode aplicar igualmente a cada membro da
Divindade, como indivíduos. Porém há algumas particularidades que estão
relacionadas individualmente a cada uma das pessoas da divindade no que diz
respeito à posição, a ofício, e a obra que não podem ser atribuídas a qualquer
outro dos membros da Divindade." [75]
O
terceiro trinitárianista Pentecostal, um escritor, cita uma definição de pessoa
do Dicionário de Webster: "um individual particular.Ele então
dá sua própria definição : UMA pessoa é aquele que tem intelecto,
sensibilidade, e vontade.Ele tenta reconciliar o uso trinitário da palavra
pessoa.
"Quando o termo pessoa
é aplicado a qualquer ser criado, representa um indivíduo absolutamente
separado dos outros; mas quando aplicado ao Pai, Filho, e Espírito Santo, o
sentido de pessoa deve ser qualificada para excluir uma existência
separada, pois embora os três sejam distintos, são inseparáveis - um
Deus. Não obstante, com esta qualificação, pessoa permanece o termo que mais
aproximadamente enuncia o permanente modo de existir na Divindade." [76]
É
evidente que muitos trinitarianos interpretam sua doutrina para significar três
personalidades, três seres, três mentes, três vontades, ou três corpos na
Divindade. Eles negam que por pessoa queiram significar apenas
manifestações, papéis, ou relacionamentos com o homem. Em vez disso, defendem
uma eterna triplicidade de essência embora admitindo ela seja um mistério
incompreensível. Reduzem o conceito da unicidade de Deus a uma unidade de
várias pessoas. Pela sua definição, eles convertem o monoteísmo numa espécie de
politeísmo, diferindo de politeísmo pagão no fato de haver uma concordância
perfeita e perfeita unidade entre os deuses. Apesar das negativas trinitárias,
isso é politeísmo - triteismo, para ser exato - e não o monoteísmo
ensinado pela Bíblia e apoiado pelo Judaísmo.
Problemas
com o Subordinacionismo
Os
trinitarianos negam também qualquer forma de subordinação de uma pessoa à outra
em poder ou eternidade. Porém, eles dizem freqüentemente que Deus Pai é o
cabeça da trindade, Deus Filho é gerado pelo Pai, e o Espírito se originou do
Pai do Filho ou de ambos. Novamente, eles insistem que não há nenhuma
contradição, porque nossas mentes finitas simplesmente não podem compreender a
plenitude do significado descrito por esses relacionamentos.
Porém,
nós sabemos que através de toda história, proeminente trinitarianos
interpretaram sua própria doutrina de certo modo que subordina Jesus Cristo ou
o torna inferior. Tertulliano, o primeiro expositor proeminente do
trinitarianismo, ensinou que o Filho era subordinado ao Pai e que a trindade
não é eterna. [77] Ele ensinou que o Filho não
existiu no princípio como uma pessoa separada, mas foi gerada pelo Pai para
realizar a criação do mundo. Além disso, Tertulliano afirmou que a distinção de
pessoas cessaria no futuro. Origen, o primeiro grande proponente do
trinitarianismo no Leste, também viu o Filho como subordinado ao Pai em
existência e ele sugeriu que até mesmo a oração deveria ser feita unicamente ao
Pai. [78] Ambos os homens quiseram
mencionar a divindade de Cristo quando usaram o termo Filho. Então, pode
ser dito que o trinitarianismo começou com uma doutrina que subordina Jesus a
Deus.
Em
círculos trinitarianos modernos, há uma forma de subordinationismo quando
ostrinitarianos usam as limitações humanas de Cristo para provar uma distinção
entre Deus Pai e "Deus Filho" em vez de uma simples
distinção entre a natureza divina de Cristo ( Pai) e sua natureza humana
( Filho). Por exemplo, nota seu uso das orações de Cristo, falta de
conhecimento, e falta de poder para provar que "Deus Filho" é
diferente de Deus o Pai. Até mesmo quando afirmam a co-igualdade do Filho
e Pai, eles a negam de uma maneira prática e confessam que eles não
entendem o que isto realmente significa
Os
crentes Unicista declaram que o Filho foi subordinado ao Pai. Porém, eles não
crêem que o Jesus é subordinado ao Pai da maneira que os trinitarianos o fazem.
Em vez disto, eles afirmam que Jesus no seu papel humano como o Filho foi
subordinado e limitado, mas Jesus no seu papel divino como o Pai não foi
subordinado ou limitado. Em outras palavras, a natureza humana de Jesus foi
subordinada à natureza divina de Jesus. Separando o Pai e Filho em pessoas
separadas, os trinitarianos negam que Jesus é o Pai, diminuindo inevitavelmente
assim a plena deidade de Jesus. Apesar das suas negações, com efeito, sua
doutrina subordina Jesus ao Pai em deidade.
Terminologia
Não Bíblica
Existe
severos problemas com terminologia trinitariana. Primeiro, a Bíblia em nenhuma
parte usa a palavra trindade. A palavra três não aparece em relação a
Deus em nenhuma tradução da Bíblia exceto na versão inglês King James Version,
e somente uma vez naquela tradução - no verso duvidoso de I João 5:7. Até mesmo
nesta passagem se lê, "estes três são um." [Da mesma forma as
diversas versões da Bíblia Sagrada na língua Portuguesa não se refere a Deus
com a palavra três,nem aparece a palavra tindade. Os tradutores da Versão
Revisada de acordo com os Melhores Textos em Hebraico e Grego reconhece que uma
parte do texto duvidoso de I João 5:7 foi acrescentado erroneamente por
tradutores da antiguidade,e deixaram fora a parte que normalmente se encontra
entre cochetes, que indica que não se encontra nos textos originais.]
A palavra
pessoa não aparece em relação a Deus, também exceto duas vezes no
KJV. Jó 13:8 refere para mostrar parcialidade. Hebreus 1:3 diz que o Filho é a
expressa imagem da própria pessoa [A Bíblia na língua Portuguesa não usa
a palavra pessoa nessa instância, mas a palavra Ser.] de Deus (onde significa
natureza ou substância), não uma segunda pessoa. A Bíblia nunca usa a palavra
plural pessoas para descrever a Deus. (A única exceção possível,
seria em Jó 13:10, "acerbamente vos repreenderá se em oculto fordes
parciais" mas este versículo obviamente demoliria o trinitarianismo se ele
se aplica a Deus!)
Em
resumo, como admitem muitos estudantes trinitários, a Bíblia não expressa a
doutrina da trindade explicitamente. The New Catholic Encyclopedia declara: Há
o reconhecimento por parte de exegetas [intérpretes] e teólogos Bíblicos
que
alguém não deveria falar de Trinitarianismo no Novo Testamento sem
qualificações sérias
exegese [interpretação] do Novo Testamento é aceita
agora como não só tendo mostrado para isso o idioma verbal mas até mesmo os
padrões de característica de pensamento do patristico [ pais da igreja] e o
desenvolvimento conciliatório [conselhos das igrejas] teria sido bastante
estranho à mente e cultura dos escritores do Novo Testamento." [79]
O teólogo
protestante trinitáriano Emil Brunner declarou, "A doutrina da
Trindade em si mesma, porém, não é uma doutrina Bíblica e isto realmente não
por acidente mas de necessidade. Ela é o produto de reflexão teológica sobre o
problema
. A doutrina eclesiástica da Trindade não somente é o produto de
genuíno pensamento Bíblico , ela é também o produto de especulação
filosófica que é remoto do pensamento da Bíblia.[80]
Desenvolvimento
histórico do Trinitarianismo
Se o
trinitarianismo não veio da Bíblia, de onde então ele se originou? Não há
nenhuma pergunta que o trinitarianismo Cristão se desenvolveu durante vários
séculos de tempo depois que o Novo Testamento foi escrito. De acordo com
A Nova Enciclopédia católica , os historiadores de dogma e os teólogos
sistemáticos reconhecem "que quando alguém fala de um
Trinitarianismo não qualificado, se tem mudado do período de origens Cristãs a,
digamos, ao último quadrante do 4º século
Do que tem sido visto até agora,
poderia surgir a impressão que o dogma Trinitário é em última análise uma
recente invenção do 4ª século. De certo modo, isto é verdade mas
insinua uma interpretação extremamente rígida das palavras chaves Trinitáriana
e dogma
A formulação um Deus em três Pessoas não foi solidamente estabelecido,
certamente não completamente assimilada na vida Cristã e sua profissão de fé,
antes do fim do 4º século. Mas é precisamente esta formulação que tem primeira
reivindicação ao título a dogma Trinitáriana." [81]
Traçamos
brevemente o desenvolvimento histórico desta doutrina em Cristandade, mas
primeiro deixo-nos explorarmos algumas raízes pagãs de trinitarianismo.
Origens
Pagãs
O
estudioso trinitáriano Alexander Hislop afirma que - os babilônico
louvavam um Deus em três pessoas e usaram o triângulo eqüilateral como um
símbolo desta trindade. No seu livro, Hislop mostra que quadros usados na
Assíria antiga e na Sibéria para representar divindades triunas. Ele também
traça mais as idéias trinitárianas no culto babilônico do pai, mãe, e
filho, dizendo que a trindade babilônica foi "o Pai Eterno, o
Espírito de Deus encarnado em uma mãe humana, e o Filho Divino, o fruto daquela
encarnação". [82]
O
historiador Will Durant descreve a trindade no Egito antigo. "Ra, Amon, e
um outro deus, Ptah, foram combinados como três incorporações ou aspectos de
uma deidade suprema e triuna."[83] O Egito também tinha uma
trindade divina de pai, mãe, e filho em Osiris, Isis, e Horus. [84]
Trindades
existem em outras religiões importantes pagãs como Hinduísmo, Budismo, e
Taoísmo. O Hinduísmo tem tido uma trindade suprema desde os tempos antigos:
Brahma o Criador, Shiva o Destruidor, e Vishnu o Preservador. Um estudioso descreveu
esta crença: "Brâmane-Atman, a última realidade impessoal alcança uma
manifestação tríplice religiosamente significante ou trimurti [tríade de
deuses] pelas três deidades pessoais que representam as funções divinas de
criação, destruição, e preservação respectivamente."[85] Esta trindade é as vezes
representada por uma espécie de um Deus com três cabeças.
O Budismo
também tem uma espécie de trindade. O Mahayana (do norte) escola de Budismo tem
a doutrina de um corpo triplo" ou Trikaya.[86] De acordo com esta cença há três
"corpos" do Buda-realidade. O primeiro é a eterna, realidade cosmica,
o segundo é a manifestação divina do primeiro, e o terçeiro é a manifestação
terrestre do segundo. Além disso, muitos budistas adoram estátuas de Buda com
três cabeças. [87]
Taoísmo,
a antiga religião mística da China, tem um trindade oficial de deuses
supremos - o Imperador Jade, Lao Tzu, e Ling Pao - chamadas as Três Purezas. [88]
A
trindade filosófica aparece em Platão e se torna muito significante no
Neo-platonismo.[89] Claro que, a filosofia grega, e
pensamento particularmente Platônico e Neo-platônico, teve uma influência
principal na teologia da igreja antiga. Por exemplo, a doutrina trinitáriana do
Logos originou do filósofo Philo Neo-platônico. (Veja Capítulo 4 - JESUS É DEUS.) Assim, podemos ver que a
idéia de uma trindade não originou com a Cristandade. Mas Era uma
característica significante de religiões pagãs e filosofias antes da era
cristã, e sua existência hoje em várias formas sugestiona uma origem pagã
antiga.
Desenvolvimentos
Pós-Apostólicos
As
Escrituras não ensinam a doutrina da trindade, mas trinitarianismo tem suas
raízes no paganismo. Como, então, veio esta doutrina pagã achar um lugar na
Cristandade? Para uma resposta a esta questão, temos confiado primeiramente nos
professores seminaristas luteranos principalmente Otto Heick e E. H. Klotsche,
o professor de história da igreja de Universidade do Yale, Roland Bainton,
professor de universidade John Noss, o notável filósofo-historiador Will
Durant, e a Enciclopédia de Religião e Éticas.
No Capítulo 10 - OS QUE ACREDITAM NA
UNICIDADE E A HISTÓRIA DA IGREJA, notamos que os pais pós-apostólicos (90 -
140 D.C.) não abraçaram a idéia de uma trindade. Pelo contrário, eles
enfatizaram o monoteísmo do Velho Testamento, a deidade de Cristo, e a
humanidade de Cristo. Os apologistas gregos (130 - 180 D.C.) também enfatizaram
a unidade de Deus. Porém, alguns deles moveram para o
trinitarianismo.
Esta
tendência em direção ao trinitarianismo começou por fazer o Logos (a Palavra de
João 1) uma pessoa separada. Seguindo um pensamento na filosofia grega,
particularmente nos ensinamentos de Philo, alguns dos apologistas gregos
começaram a ver o Logos como uma pessoa separada do Pai. Porém, isto não era
trinitarianismo mas uma forma de binitarianismo, e uma que subordinou o Logos
ao Pai. Para eles somente o Pai era o Deus real e o Logos eram um ser
divino criado de segunda ordem. Eventualmente, o Logos foi comparado com o
Filho. Aparentemente, a fórmula batismal triuna
se tornou uma prática entre algumas igrejas Cristãs, embora que haja
poucas referências primitivas a ele poderia ser ou recitações de Mateus 28:19
ou interpolações somadas por copistas posteriores. Além disso, durante este
tempo, nomeado um apologista chamado Theophilus usou a palavra tríade (triados)
para descrever a Deus. Porém; ele não usou isto para significar uma trindade de
pessoas provavelmente mas antes uma tríade das atividades de Deus.
Irenaeus
(morreu c. 200) é freqüentemente considerado o primeiro teólogo
verdadeiro desta época. [90] Ele enfatizou a manifestação de
Deus em Cristo por causa da redenção. Alguns estudiosos tem caracterizado as
crenças de Irenaeus como "trinitarianismo econômico." Por isto querem
dizer que ele não creu em uma trindade eterna ou uma essência da
trindade mas somente numa trindade que é temporária em natureza -
provavelmente a trindade das atividades de Deus ou somente suas operações.
Irenaeus que não usou a doutrina grega do Logos identificou o Logos com o
Pai. Sua teologia teve três características chave: uma ênfase
bíblica forte, uma reverência por tradição apostólica, e uma ênfase forte
de Cristocentrico . Parece ele não era um verdadeiro trinitário mas no máximo
uma figura transitiva.
Em
resumo, no primeiro século depois dos apóstolos, a doutrina da trindade não
tinha nem mesmo ainda se desenvolvido. Porém, em alguns círculos uma forma de
binitarianismo subordinationistica emergiu baseado em idéias filosóficas
gregas, uma doutrina denunciada no primeiro capítulo do Evangelho de João.
(Veja Capítulo 4 - JESUS É DEUS The New Catholic Encyclopedia
diz de trinitarianismo nesta época na história da igreja: "Entre os Pais
Apostólicos, remotamente não tinha havido nada ainda igual e chegado a tal uma
mentalidade ou perspectiva ; entre os Apologistas do segundo século, pouco mais
que focalizar o problema como aquele da pluralidade dentro da Única
Divindade
Na última análise, a realização da teologia do segundo século
foi limitada
UMA solução trinitariana ainda estava no futuro." [91]
Tertuliano
- O Pai Do Trinitarianismo Cristão
Tertulliano
(c. 150 - c. 225 D.C.) foi a primeira pessoa registrada pela história para usar
as palavras trindade (latim: trinitas), substância (substância), e pessoa
(persona) em relação a Deus. [92] Ele foi o primeiro a falar de
três pessoas em uma substância (o latim: una substantia et tres personae).
Tertulliano aderiu à concepção econômica da trindade. Quer dizer, ele creu que
a trindade existe somente com a finalidade de revelação, e depois que
isso tem sido realizado a distinção entre as pessoas cessará. Porém, ele
definitivamente diferiu de Irenaeus em que ele usou a doutrina do Logos dos
apologistas gregos. Tertulliano comparou o Logos com o Filho. Ele acreditava
que o Pai trouxe o Logos a existência para a criação do mundo e que o Logos era
subordinado ao Pai. A doutrina da trindade não apresentou nenhum problema para
Tertulliano, pois sua teologia inteira apoiou-se no pensamento que o
quanto mais impossível é o objeto da fé, o mais certo ela é. Ele foi
caracterizado pela declaração, "eu acredito porque é absurdo."
Existe
alguma questão sobre o que Tertulliano realmente significou por sua formulação
trinitariana, especialmente seu uso da palavra latim persona. De acordo com o
manual de termos teológicos, na lei Romana a palavra significa uma entidade ou
pessoa legal.[93] No drama ela significa a máscara
usada por um ator ou, por extensão, um papel feito por um ator. Nenhum uso
necessariamente indica o significado moderno de pessoa como um ser
auto-consciente. Por exemplo, um ator poderia fazer vários papéis (personae) e
uma corporação legal (persona) poderia consistir de diversos indivíduos. Por outro
lado, presumivelmente a palavra poderia também designar seres humanos
individuais.
No quarto
século, a palavra grega hypostasis foi usado na formulação oficial da
doutrina trinitária. De acordo com Noss, hypostasis era uma palavra abstrata
significado subsistência ou manifestação individualizada. Ele diz, "Quando
esta formulação foi traduzida para o latim, o grego um tanto abstrato por
manifestação individualizada se tornou a palavra bastante concreta persona , e
foram sugeridas conotações de personalidade distinta e auto-suficiente de certo
modo não entendida pelo fraseado grego original. " [94] Porém, esta palavra latina
concreta foi precisamente aquela que Tertulliano tinha usado anteriormente. Um
outro estudioso declara que até a época que hypostasis foi traduzido
persona as duas palavras foram basicamente equivalente ambas significado
"ser individual." [95]
É
aparente que muitas pessoas na época de Tertulliano opunham sua nova
formulação. Pela sua própria admissão da maioria dos crentes pelo seu dia
rejeitaram sua doutrina por duas razões: Sua Regra de Fé (credo primitivo
ou declaração de crença) proibiu politeísmo, e sua doutrina dividiu a
unidade de Deus. [96] Nosso conhecimento dos crentes
modalistas (Unicistas) primitivos, Noetus e Praxeas, vêm da sua oposição
forte a Tertulliano e sua oposição forte contra eles. Se Tertulliano quisesse
dizer somente que Deus teve três papéis, máscaras, ou manifestações, não havia
nenhum conflito com modalismo, especialmente desde que Tertulliano não creu em
uma trindade eterna. Então, concluímos que Tertulliano quis dizer três
diferenças essenciais em Deus e que persona não conotou ou implicou uma
personalidade distinta, como sugerido por Noss. Em todo caso, é claro que na
época de Tertulliano os crentes Unicistas, viram sua doutrina como agudamente
oposta a sua própria, que foi a cença majoritária da época.
Aqui é
uma anotação final sobre Tertulliano. Ele se tornou um seguidor de Montanus, um
herege primitivo que reivindicou ser o Paraclete (Consolador) prometido em João
14 e o último profeta antes do fim do mundo. Tertulliano eventualmente começou
louvar o celibato e condenar o matrimônio. No final, ele foi excomungado junto
com o resto dos Montanistas.
Outros
Trinitarianos Primitivos
Tertulliano
introduziu a terminologia do trinitarianismo e se tornou seu primeiro grande
proponente no Ocidente, mas Orígene (morto 254 d.C.) se tornou seu primeiro
grande proponente no Oriente. [97] Orígene tentou fundir a
filosofia grega e o Cristianismo em um sistema de conhecimento elevado que os
historiadores freqüentemente descrevem como Gnosticismo Cristão. Ele
aceitou a doutrina grega do Logos (isto é que o Logos foi uma pessoa
separada do Pai), mas ele somou uma característica sem igual não proposto até
sua época. Esta foi a doutrina do Filho eterno. Ele ensinou que o Filho ou
Logos foi uma pessoa separada desde toda a eternidade. Além disso, ele disse que
o Filho foi gerado desde toda a eternidade e está sendo gerado eternamente. Ele
reteve a subordinação do Filho ao Pai em existência ou origem, mas chegou mais
perto à doutrina posterior de co-igualdade.
Orígene
teve muitas crenças heréticas devido a sua aceitação de doutrina da filosofia
grega, sua ênfase no conhecimento místico em lugar de fé, e a sua interpretação
extremamente alegórica das Escrituras. Por exemplo, ele creu na preexistência
das almas dos homens, negou a necessidade da obra redentora de Cristo, e creu
na salvação final dos maus, inclusive o diabo. Para estas e outras doutrinas
heréticas, ele foi excomungado da igreja. Concílios da igreja formalmente
anatematizou (amaldiçoou) muitas das suas doutrinas em 543 e 553.
Outros
trinitarianos proeminentes da história da igreja primitiva foram Hippolytus e
Novatian. Hippolytus foi o oponente trinitário de Sabellius. Ele opôs
Callistus, bispo de Roma, e encabeçou um grupo cismático contra ele. Apesar
disto, a Igreja católica o canonizou mais tarde.
Novatian
foi um dos primeiro em enfatizar o Espírito Santo como uma terceira pessoa. Ele
ensinou subordinação do Filho ao Pai, dizendo que o Filho foi uma pessoa
separada, mas teve um começo e veio do Pai. Cornelius, bispo de Roma,
excomungou Novatian por acreditar que vários pecados sérios não podiam ser
perdoados se cometidos depois da conversão.
O
Concílio de Nicéia
Ao final
do terceiro século, o trinitarianismo tinha substituído o modalismo (Unicidade)
como a crença apoiada pela maioria da Cristandade, embora as visões primitivas
de trinitarianismo ainda não estavam na forma da doutrina moderna.
Durante a
primeira parte do quarto século, uma grande controvérsia sobre a Divindade deu
ao seu clímax - o choque entre os ensinamentos de Atanásio e Arius. Arios
desejou preservar a unicidade de Deus e ainda proclamar a personalidade
independente do Logos. Como os trinitarianos, ele igualou o Logos com o Filho e
com Cristo. Ele ensinou que Cristo é um ser criado - um ser divino, mas
não da mesma essência que o Pai e não co-igual com o Pai. Em outras palavras,
para ele Cristo é um semideus.
Com
efeito, Arius ensinou uma forma nova de politeísmo. Arius definitivamente não
era um crente Unicista, e o movimento Unicista moderno rejeita fortemente
qualquer forma do Arianismo.
Em
oposição a Arius, Athanasius tomou a posição que o Filho é co-igual, co-eterno,
e co- essência com o Pai. Esta é agora a opinião do trinitarianismo moderno.
Portanto, enquanto Tertulliano apresentou muitos conceitos e termos trinitários
à Cristandade, Athanasius pode ser considerado o verdadeiro pai do
trinitarianismo moderno.
Quando a
controvérsia Ariana-Athanasiana começou a varrer pelo Império romano, o
Imperador Constantino decidiu intervir. Recentemente convertido ao Cristianismo
e fazendo isto então a religião aceita ele sentia a necessidade de proteger a
unidade da Cristandade pelo bem-estar do império. De acordo com tradição sua
conversão veio como o resultado de uma visão que ele viu pouco antes de uma
batalha crucial. Supostamente, ele viu uma cruz no céu com uma mensagem
dizendo: Neste sinal conquista.Ele seguiu para ganhar a batalha, se
tornando co-imperador em 312 D.C. e imperador exclusivo em 324 D.C. Quando a
grande controvérsia Ariana-Athanasiana ameaçou dividir seu império recentemente
ganho e destruir seu plano para usar o Cristianismo consolidando e mantendo
poder político, ele convocou o primeiro concílio ecumênico da igreja que
aconteceu em Nicéia em 325 D.C.
Constantino
não foi nenhum modelo perfeito de Cristianismo. Em 326 ele matou seu
filho, sobrinho, e esposa. Ele adiou o seu batismo de propósito até pouco antes
da sua morte, sobre a teoria que ele seria assim purificado de todos os
pecados da sua vida. Durant diz a respeito dele, "Cristianismo foi para
ele um meio, mas não o fim
Enquanto o Cristianismo converteu o mundo, o mundo
converteu o Cristianismo e demonstrou o paganismo natural da humanidade." [98]
Estabelecendo
o Cristianismo como a religião preferida do Império Romano (que ultimamente a
levou a se tornar a religião oficial do estado), Constantino radicalmente
alterou a igreja e acelerou sua aceitação de rituais pagãos e doutrinas
heréticas. Como historiador da igreja, Walter Nigg diz: "assim que o
Imperador Constantino abriu as comportas e as massas do povo fluíram
completamente para a Igreja de mero oportunismo , a imponência do caráter
Cristão se terminou." [99]
Quando o
Concílio de Nicéia se reuniu, Constantino não estava interessado em qualquer
resultado particular, enquanto que os participantes chegassem a um acordo. Uma
vez ocorrendo isto, Constantino colocou todo o seu poder em apoio do resultado.
"Constantino que tratou
quetões religiosas somente de um ponto de vista político, assegurou
unanimidade por banir todos os bispos que não assinariam as novas
profissões de fé. Foi desta maneira que a unidade foi concebida. Foi
completamente desconhecido que um credo universal deveria ser instituído
somente ou puramente na autoridade do imperador
Nenhum bispo disse uma
única palavra contra esta coisa monstruosa." [100]
Heick
divide os participantes em Niceia em três grupos: uma minoria de Arianos, uma
minoria de Athanasianos, e uma maioria que não entenderam o conflito, mas
queriam a paz. [101] O Concílio finalmente adotou um
credo que claramente denunciou Arianismo mas disse pouco em relação de
ensinamento trinitário finalmente positivo. A frase fundamental declarada
que Cristo era da mesma essência (grego: homoousios) como o Pai e não somente
como uma essência (homoiousios). De forma bastante interessante, os modalistas
(crentes Unicistas) tinha usado primeiramente a palavra escolhida
(homoousios) para expressar a identidade de Jesus com o Pai. Muitos que
defenderam sem suscesso o uso do último termo (homoiousios) não
tencionaram realmente que Jesus era diferente do Pai em substância,
mas antes queriam evitar as implicações Unicistas do primeiro termo.
Assim o credo resultante foi uma rejeição clara de Arianismo, mas uma rejeição
não-tão-clara de modalismo (Unicidade).
A versão
original do Credo Niceno formulada pelo Concílio de Nicéia em relação a
Unicidade é como segue:
"Cremos em um Deus, o
Pai Todo-poderoso , o criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um
Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, ou único gerado, isto.é.,
da natureza do Pai. Deus de Deus, Luz de Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro
Deus, gerado, não formado, de uma substância com o Pai, por quem todas as
coisas foram feitas , tanto as coisas no céu e coisas na terra; quem por
nós homens e por nossa salvação veio e foi feito carne e assumiu a
natureza do homem, sofreu e ressuscitou no terceiro dia, ascendeu ao céus, (e)
virá julgar novamente os vivos e os mortos. E no Espírito Santo. Mas a igreja
santa e apostólica anatematiza aqueles que dizem que havia uma época quando ele
não existia, e que ele foi feito de coisas não existentes, ou de uma outra
pessoa ou ser, dizendo que o Filho de Deus é mudável, ou mutável."[102]
Não há
uma declaração clara da trindade neste credo, mas ele afirma que Jesus é de uma
substância com o Pai em oposição ao Arianismo. Não há nenhuma referência ao
Espírito Santo como uma pessoa separada na Divindade, mas ele meramente
expressa uma crença no Espírito Santo. Este Credo Niceno original indica uma
distinção pessoal entre Pai e Filho e declara que o Filho não é mudável ou
mutável. Esta última frase é um afastamento da doutrina bíblica do Filho e
apóia trinitarianismo moderno desde que ela ensina um Filho eterno.
Basicamente, então, o Concílio de Nicéia tem uma significância tripla: ele é
uma rejeição de Arianismo; ele é a primeira declaração oficial incompatível com
modalismo (Unicidade); e ele é a primeira declaração oficial em apoio ao
trinitarianismo.
Depois de
Nicéia
A vitória
trinitária de Niceia, portanto, não estava completa, porém. Os próximos
sessenta anos foi uma batalha entre os Arianos e os Athanasianos. Alguns
participantes no concílio como Marcellus, bispo de Ancyra, saíram a favor do
Sabellianismo (Unicidade).[103] Arius enviou uma carta
conciliatória a Constantino que o fez reabrir o assunto. Um concílio realizado
em Tiro em 335 atualmente reverteu a doutrina Niceno em favor do
Arianismo. Athanasius foi ao exílio, e Arius teria sido restabelecido como
bispo se não tivesse morrido na noite anterior. [104]
Athanasius
foi banido cinco ou seis vezes durante este período. Muito do conflito foi
devido a circunstâncias políticas. Por exemplo, quando o filho de Constantino,
Constantius chegou ao poder ele apoiou os Arianos, depondo os bispos
Athanasianos e apoiando os Arianos nos seus lugares. A controvérsia produziu
lutas políticas violentas e muito derramamento de sangue.
O
professor Heick credita o último sucesso de Athanasianismo à eloqüência e
perseverança do próprio Athanasius. "O fator decisivo na vitória
foi a
determinação firme de Athanasius durante uma vida longa de perseguição e
opressão."[105] Porém, não foi até o segundo
concílio ecumênico, convocado pelo Imperador Theodosius e realizado em
Constantinopla em 381, que o assunto foi resolvido. Este concílio, realizado
depois da morte de Athanasius, ratificou o Credo Niceno. Resolveu
também outro grande assunto que tinha o estado assolando após Niceia,
isto é a relação do Espírito Santo a Deus. O Espírito Santo era uma pessoa
separada na Divindade ou não? Muitos pensaram que o Espírito era uma energia,
uma criatura, ou um ser angelical. O concílio acrescentou declarações ao
Credo Niceno original para ensinar que o Espírito Santo era uma
pessoa separada como o Pai e o Filho.
Não foi
até o Concílio de Constantinopla em 381, então, que a doutrina moderna da
trindade ganhou vitória permanente. Aquele concílio foi o primeiro em declarar
que Pai, Filho, e Espírito Santo inequivocamente eram três pessoas separadas de
Deus, co-iguais, co-eternos, e de co-essência. Um Credo Niceno revisado
veio do concílio em 381. A forma presente do Credo Niceno que
provavelmente emergiu ao redor do ano 500, [106] é então mais fortemente
trinitário que o Credo Niceno original.
Havia uma
outra grande ameaça a Athanasianismo. O Império romano tinha começado a
desmonorar sob ataques bárbaros, e as tribos bárbaras a ascendência para
predomínio eram Arianas. Concebivelmente, Arianismo poderia ter emergido
vitorioso pelas conquistas bárbaras. Porém, esta ameaça terminou finalmente
quando os Francos se converteram ao Athanasianismo em 496.
Durante
este período de tempo, um outro credo importante Emergiu - o Credo
Athanasiano que não veio de Athanasius. Ele provavelmente representa a doutrina
trinitária de Augustino (354-430), depois se desenvolveu durante ou após seu
tempo. Este credo é a mais compreensiva declaração de trinitarianismo na
história antiga da igreja. Somente a parte ocidental da Cristandade o
reconheceu oficialmente.
Os pontos
principais de diferença entre o Leste e o Oeste na doutrina da trindade foram
como segue. Primeiro, o Leste tendeu para enfatizar a trindade de Deus. Por
exemplo, para os Capadocianos o grande mistério era como as três pessoas
poderiam ser uma. No Oeste havia um pouco mais de ênfase sobre a unidade de
Deus. Segundo, o Oeste creu que o Espírito procedeu do Pai e do Filho (a
doutrina de filioque), enquanto o Leste sustentou que o Espírito procedeu
somente do Pai. No final das contas isto se tornou um assunto doutrinário
principal atrás do cisma entre Catolicismo Romano e Ortodoxo Oriental em 1054.
O Credo
Atanasiano
Para
poder dar para ao leitor uma visão mais completa da doutrina da trindade, uma
parte do Credo Atanasiano é dado abaixo:
Quem
quiser será salvo: antes de todas as coisas é necessário que ele mantenha a Fé
católica. Qual Fé todo o mundo a mantenha integral e imaculada: de fora sem
duvida ele perecerá eternamente. E A Fé católica é esta: que adoramos um Deus
em Trindade, e Trindade em Unidade. Nenhum que confunde as Pessoas: nem
dividindo a Substância. Pois há uma Pessoa do Pai, outra do Filho, outra do Espírito
Santo. Mas a Divindade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, é todo o um: A
Glória co-igual, a Majestade co-eterna. Como o Pai é, tal é o Filho, e tal é o
Espírito Santo: O Pai não criado, o Filho não criado, e o Espírito Santo não
criado. O Pai incompreensível, o Filho incompreensível, e o Espírito Santo
incompreensível. O Pai eterno, o Filho eterno, e o Espírito Santo eterno. E
ainda eles não são três eternos: mas um Eterno. Como também não há três
incompreensíveis, nem três não criados: mas um Não Criado e um Incompreensível.
Igualmente o Pai é Todo-poderoso, e o Filho Todo-poderoso, e o. Espírito santo
Todo-poderoso. E ainda eles não são três todo-poderosos: mas um Todo-poderoso.
Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus. E ainda eles não
são três deuses: mas um Deus. Igualmente o Pai é Senhor, o Filho Senhor e o
Espírito Santo Senhor. E ainda não são três senhores: mas um Senhor. Da mesma
forma como somos compelidos pela verdade Cristã para reconhecer cada Pessoa por
Si mesma para ser Deus e Senhor: Assim somos proibidos pela religião católica
dizer, há três deuses, ou três senhores. O Pai não é feito por ninguém: nem
crido, nem gerado. O Filho é do Pai somente, não feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo é do Pai e do Filho, nem feito nem criado, nem gerado, mas
procedente. Assim há um Pai, não três Pais, um Filho, não três Filhos, e um
Espírito Santo, não três Espíritos Santos. E nesta Trindade nenhum é adiante,
ou depois do outro: nenhum é o maior ou menos que o outro. Mas o conjunto
de três Pessoas são co-eternas, e co-iguais. De forma que em todas as coisas,
como é dito antes, a Unidade em Trindade, e a Trindade em Unidade é para ser
louvada. Ele então que será salvo: deve pensar assim na Trindade... [107]
O Credo
dos Apóstolos
Antes de
fecharmos este capítulo, precisamos responder questões sobre o assim denominado
Credo Apostólico. Ele originou com os Apóstolos? Ele ensina trinitarianismo? A
resposta para ambas às perguntas é não. Este credo teve seu início em uma
confissão mais antiga de fé usada na igreja Romana. Foi chamado o Símbolo
romano Antigo (ou Credo). Vários estudiosos dataram o Símbolo romano Antigo de
até 100 a 200 D.C. Ele diz:
"Creio em Deus
Pai Todo-poderoso . E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; Que
nasceu pelo Espírito Santo da Virgem Maria; Padeceu sob Pôncio Pilatos
Foi crucificado foi sepultado; Ao terceiro dia ressuscitou dos mortos; Ele
ascendeu aos céus; e está sentado à mão direita do Pai; De onde virá
julgar os vivos e os mortos. E no Espírito Santo; Na remissão dos pecados; Na
ressurreição do corpo (carne). "[108]
Este
credo foi revisado para enfrentar o desafio de assuntos doutrinais novos, até
que finalmente ele alcançou sua forma presente perto do fim do quinto século.
As mudanças mais importantes foram as adições que afirmam o seguinte: Deus é o
criador do céu e da terra; Jesus foi concebido pelo Espírito Santo; Jesus
sofreu e morreu; Jesus desceu ao inferno (a sepultura); crença na santa
igreja católica (geral); crença na comunhão dos santos; e crença na vida
eterna.
Há duas
coisas importantes sobre as versões originais e posteriores. Primeiro, nenhum
tem uma ligação histórica direta com os doze apóstolos. Portanto as versões não
são mais sagradas ou confiáveis que qualquer outra escrita dos primeiros
séculos depois da época dos apóstolos. Segundo, elas não ensinam a doutrina
trinitária. Na maior parte elas seguem a linguagem bíblica muito de perto.
Elas descrevem somente o Filho de Deus em termos da Encarnação, não
indicando em nenhuma parte que o Filho é uma pessoa separada na Divindade ou
que o Filho é eterno. Elas afirmam crença no Espírito Santo, mas não como uma
pessoa separada da Divindade.Em vez disto elas colocam esta afirmação junto com
outras declarações relacionadas à salvação, levando-nos a acreditar que
elas estão falando sobre o dom ou batismo do Espírito Santo e à obra do
Espírito santo na igreja. Assim, não há nada realmente censurável na linguagem
se nós definimos as condições da mesma maneira que a Bíblia os usa.
Porém, os
trinitarianos têm reinterpretado o Credo dos Apóstolos, reivindicando que
apóia a sua doutrina. Os católicos romanos e protestantes ambos usam isto hoje
para declarar a sua cença trinitária. Eles associaram isto com trinitarianismo
a tal grau que os não trinitarianos não o usam por medo de ser mal compreendido.
Nós não
recomendamos o uso do Credo dos Apóstolos pelas seguintes razões. (1) Ele
não originou com os apóstolos como seu nome insinua. Nós não queremos criar uma
falsa impressão entre as pessoas usando aquele título. (2) Ele não
enfatiza necessariamente todos os temas importantes do Novo Testamento ,
especialmente alguns aspectos que são importante para enfatizar hoje levando em
conta falsas doutrinas desenvolveram durante os séculos. (3) em vez de tentar
formular um credo que compreencivelmente declara doutrina de uma maneira
restrita, preferimos usar a própria Bíblia para declarações sumárias de
doutrina. (4) O uso deste credo hoje nos associaria com o trinitarianismo.
Embora os escritores não tivessem esta doutrina em mente, a vasta maioria
de pessoas comuns hoje consideraria como uma declaração trinitária. Para evitar
identificação com o trinitarianismo e Catolicismo Romano, não usamos o
Credo dos Apóstolos.
Conclusão
Em
conclusão, vemos que a doutrina da trindade não é bíblica tanto em
terminologia e origem histórica. Ela tem suas raízes em politeísmo,
religião pagã, e filosofia pagã. A própria doutrina não existiu na história da
igreja antes do terceiro século. Nem sequer naquela época, trinitarianos
primitivos não aceitaram muitas doutrinas básicas do trinitarianismo
presente de hoje tais como a co-igualdade e co-eternidade do Pai e Filho. O
Trinitarianismo não alcançou domínio sobre a crença da Unicidade até por volta
de 300. d.C. Ele não alcançou vitória sobre o Arianismo até os recentes 300
tarde no quarto século.
O
primeiro reconhecimento oficial de doutrinas trinitárias veio do Concílio de
Niceia em 325, mas até mesmo este estava incompleto. Estabelecimento pleno da
doutrina não veio até o Concílio de Constantinopla em 381. Em resumo, o
trinitarianismo não alcançou sua forma presente até o fim do quarto século, e
seus credos definitivos não ocuparam forma final até o quinto século.
Capítulo
12. TRINITARIANISMO:
UMA AVALIAÇÃO
No último
capítulo tentamos dar uma apresentação honesta da doutrina da trindade e um
relatório efetivo do seu desenvolvimento histórico. Também discutimos
alguns problemas inerentes nesta doutrina. Concluímos que o trinitarianismo usa
termos não bíblicos e que ele alcançou sua formulação presente e dominante no
quarto século. Apesar disto, alguém poderia perguntar se o
trinitarianismo é pelo menos consistente com a Bíblia. Neste capítulo afirmamos
que a doutrina da trindade discorda com a doutrina bíblica de um Deus.
Terminologia Não bíblica
Como
discutimos no Capítulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO , a terminologia do trinitarianismo não é bíblica.
A Bíblia não menciona a palavra trindade nem mencionam a palavra pessoas
em referencia a Deus. A Bíblia nem mesmo relaciona a palavra pessoa
e três a Deus em qualquer maneira significante.
Terminologia
Não biblica em e de si mesmo não signifique que a doutrina descrita por ela é
necessariamente falsa, mas ela lança uma dúvida considerável sobre o assunto.
Isto é especialmente verdade quando a terminologia não biblica não
é somente uma substituição por terminologia bíblica, mas ao invés disto ensina
conceitos novos. Em resumo, terminologia não biblica é perigosa se
conduzir a modos de pensar não biblica e eventualmente a
doutrinas não biblicas. O trinitarianismo certamente tem este
problema.
Pessoa e
Pessoas
Falando
de Deus como uma pessoa não faz justiça a Ele. A palavra pessoa conota um ser
humano com uma personalidade humana - um indivíduo com corpo, alma, e espírito.
Assim, limitamos nossa concepção de Deus se nós O descrevermos como uma
pessoa. Por isto, este livro nunca tem dito que há uma pessoa na Divindade ou
que Deus é uma pessoa. O mais que dissemos é que Jesus Cristo é uma pessoa,
porque Jesus era Deus manifesto em carne como uma pessoa humana.
Falando
de Deus como uma pluralidade de pessoas viola ainda mais o conceito
bíblico de Deus. Indiferente de que significava pessoas a história da igreja
primitiva, hoje a palavra conota definitivamente uma pluralidade de indivíduos,
personalidades, mentes, vontades e corpos. Até mesmo na história da igreja
primitiva, temos mostrado que a vasta maioria de crentes a viu como um
afastamento de monoteísmo bíblico.
Três
O
uso do número três em relação a Deus é também perigoso. Se usado para
designar distinções eternas em Deus, ele leva a triteismo que é uma forma de
politeísmo. Se usado para designar as únicas manifestações ou papéis que Deus
tem, ele limita a atividade de Deus de uma maneira não feita nas Escrituras.
Deus se manifestou de numerosos modos, e nós podemos nem mesmo os limite a
três. (Veja Capítulo 6 PAI, FILHO, E
ESPÍRITO SANTO.) O uso
de três vai contra a ênfase clara que ambos os testamentos colocam em
associar
o número um com Deus.
Triteismo
Apesar
dos protestos dos trinitarianos, sua doutrina conduz
Inevitavelmente
a uma forma prática de triteismo. (Veja Capítulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO .) Os judeus e muçulmanos reconhecem isto, e por
esta única razão eles tem rejeitado a Cristandade tradicional tão
vigorosamente. Através da história, muitos cristãos tambem tem reconhecido
este problema. Como resultado, alguns tem rejeitado o trinitarianismo a favor
da crença Unicista. (Veja Capítulo 10 - OS QUE ACREDITAM NA
UNICIDADE E A HISTORIA DA IGREJA.) Outros tem visto os erros do trinitarianismo,
mas, em uma tentativa para preservar a unidade de Deus, tem caído no erro
maior de negar a deidade de Jesus Cristo (por exemplo, os Unitárianos e
os Testemunhas de Jeová). Em resumo, o trinitarianismo enfatiza
triplicidade em Deus enquanto a Bíblia enfatiza a Unicidade de Deus.
(Veja Capítulo 1 - CRISTÃO MONOTEISTA.)
Mistério
Os trinitarianos descrevem sua doutrina
universalmente como um mistério.
Como
discutido em Capítulo 4 - JESUS É DEUS, porém, o único mistério
relacionado com a Divindade é a manifestação de Deus em carne, e até
mesmo isso tem sido revelado àqueles que crêem. O mistério nas Escrituras é a
verdade divina previamente desconhecida mas agora revelada ao
homem.
Certamente
nossas mentes finitas não podem compreender tudo que há de saber acerca
de Deus mas podemos entender a verdade simples que há um Deus. Deus
pode transcender a lógica humana, mas Ele nunca contradiz a lógica verdadeira,
nem Ele é ilógico. Ele enfatiza Sua unicidade tão fortemente na Bíblia
que Ele dispersa qualquer confusão possível ou mistério sobre este
assunto.
A Bíblia
nunca diz que a Divindade é um mistério não revelado ou que a questão da
pluralidade na Divindade é um mistério. Em vez disso, ela afirma nos termos
mais fortes que Deus é um. Por que valer-se de uma explicação que a
Divindade é um mistério incompreensível para poder proteger uma doutrina
feita pelos homens com terminologia não bíblica quando as Escrituras nos
dão claramente uma mensagem simples, e não ambígua que Deus é absolutamente um?
É errado declarar que a Divindade é um mistério quando a Bíblia claramente
declara que Deus tem revelado o mistério a nós. (Veja Capítulo 4 - JESUS É DEUS.)
A
Divindade de Jesus Cristo
O
trinitarianismo afirma a deidade de Cristo. Porém, diminui da plena deidade de
Cristo como descrita na Bíblia. Como um assunto prático, o
trinitarianismo nega que a plenitude da Divindade está em Jesus porque
ele nega que Jesus é o Pai e o Espírito Santo. (Veja Capítulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO ) Ela não exalta o nome e a pessoa de Jesus
suficientemente ou Lhe dá o pleno reconhecimento que a Bíblia O dá.
Contradições
O
problema básico é que o trinitarianismo é uma doutrina não bíblica que
contradiz vários ensinos bíblicos e muitos versículos específicos das
Escrituras. Além disso, a doutrina contém várias contradições internas. É claro
que, a contradição interna mais óbvia é como pode haver três pessoas de Deus em
qualquer sentido significante e ainda haver somente um Deus.
Abaixo
temos compilado várias outras contradições e problemas associados com o
trinitarianismo. Esta lista não é exaustiva, mas dá uma idéia de quanto que a
doutrina se diverge da Bíblia.
1. Jesus
Cristo teve dois pais? O Pai é o Pai do Filho (I John 1:3), contudo a criança
nascida de Maria foi concebida pelo Espírito Santo (Mateus os dizem que o
Espírito Santo foi meramente o agente do Pai na concepção - um processo que
eles comparam com inseminação artificial![109]
2.
Quantos Espíritos são? Deus o Pai é um Espírito (João 4:24), o Senhor Jesus é
um Espírito (II coríntios 3:17), e o Espírito Santo é um Espírito por
definição. Contudo há um Espírito (I coríntios 12:13; Efesios 4:4).
3. Se o
Pai e Filho são pessoas co-iguais, por que o Jesus orou ao Pai? (Mateus 11:25).
Deus pode orar a Deus?
4.
Semelhantemente, como o Filho não pode saber tanto quanto o Pai? (Mateus 24:36;
Marcos 13:32).
5.
Semelhantemente, como o Filho não pode ter poder a não que o Pai Lhe dá?
(João 5:19, 30; 6:38).
6.
Semelhantemente, como explicar sobre os outros versículos das Escrituras que
indica a desigualdade do Filho e o Pai? (João 8:42; 14:28; I coríntios 11:3).
7. Como
foi que "Deus o Filho" morreu? A Bíblia diz que o Filho morreu
(Romanos 5:10). Nesse caso, Deus pode morrer? Pode uma parte de Deus morrer?
8. Como
pode ser um Filho eterno quando a Bíblia fala de um Filho gerado,
indicando claramente que o Filho teve um início? (João 3:16; Hebreus 1:5-6).
9. Se o
Filho é eterno e existiu na criação quem foi sua mãe naquele momento? Sabemos
que o Filho foi feito de mulher (Galatas 4:4).
10.Será
que "Deus o Filho" entregou Sua onipresença enquanto estava na
terra? Nesse caso, como ele pode ainda ser Deus?
11. Se o
Filho é eterno e imutável (inalterável), como pode o reinado do Filho ter
um fim? (I coríntios 15:24-28).
12. Se em
resposta às perguntas 3 a 11 dizemos que o Filho humano de Deus foi
limitado em conhecimento, foi limitado em poder, e morreu, então como
podemos falar de "Deus o Filho?" Há dois Filhos?
13. Quem
é que louvamos e a quem é que oramos? Jesus disse para adorar o Pai (João
4:21-24), contudo Estevão orou a Jesus (Atos 7:59-60).
14. Pode
haver mais de três pessoas na Divindade? Certamente o Antigo Testamento
não ensina três mas enfatiza Unicidade. Se o Novo Testamento acrescenta à
mensagem do Antigo Testamento e ensina três pessoas, então o que há de
prevenir subseqüentes revelações de pessoas adicionais? Se
aplicarmos a lógica trinitária para interpretar alguns versos da Bíblia,
poderíamos ensinar uma quarta pessoa (Isaias 48:16; Colossenses 1:3; 2:2; I
Tessalonicenses 3:11; Tiago 1:27). Igualmente, poderíamos interpretar
alguns versos da Bíblia para significar seis ou mais pessoas (Apocalipse 3:1;
5:6).
15. Há
três Espíritos no coração de um Cristão? Pai, Jesus, e o Espírito habitam
dentro do Cristão (João 14:17, 23; Romanos 8:9; Efesios 3:14-17). Todavia há um
Espírito (I coríntios 12:13; Efesios 4:4).
16. (Há
somente um trono no céu (Apocalipse 4:2). Quem senta sobre ele? Sabemos que
Jesus senta (Apocalipse 1:8,18, 4:8). Onde o Pai e o Espírito Santo sentam?
17.
Se Jesus está no trono, como Ele pode sentar mão direita de Deus ?
(Marcos 16:19). Ele senta ou está de pé à direita de Deus? (Atos 7:55).
Ou Ele está no seio do Pai? (João 1:18).
18. Está
Jesus na Divindade ou está a Divindade em Jesus? Colossenses 2:9 diz que
é o último.
19.
Determinado Mateus 28:19, por que os apóstolos consistentemente batizaram tanto
Judeus como Gentios usando o nome de Jesus, até a extensão do
rebatismo? (Atos 2:38; 8:16; 10:48; 19:5; 22:16; I coríntios 1:13).
20. Quem
ressuscitou Jesus dos mortos? O Pai o fez (Efesios 1:20), ou Jesus (João
2:19-21), ou o Espírito? (Romanos 8:11).
21. Se o
Filho e Espírito Santo são pessoas co-iguais na Divindade, por que a blasfêmia
contra o Espírito Santo é imperdoável mas a blasfêmia contra o Filho não é?
(Lucas 12:10).
22. Se o
Espírito Santo é um membro co-igual da trindade, por que a Bíblia sempre fala
dEle como sendo enviado do Pai e de Jesus? (João 14:26; 15:26).
23. O Pai
sabe algo que o Espírito Santo não sabe? Nesse caso, como eles podem ser
co-iguais? Somente o Pai sabe o dia e hora da Segunda Vinda de Cristo (Marcos
13:32).
24. A
trindade fez as Velhas e Novas alianças? Sabemos que o SENHOR (Jeová) fez
(Jeremias 31:31-34; Hebreus 8:7-13). Se Jeová é então uma trindade o Pai,
Filho, e Espírito tiveram que morrer para fazer a aliança nova efetiva
(Hebreus 9:16-17).
25. Se o
Espírito procede do Pai, o Espírito também é filho do Pai? Se não, por
que não?
26. Se o
Espírito procede do Filho, o Espírito é neto do Pai? Se não, por que não?
Avaliação
do Trinitarianismo
Cremos
que o trinitarianismo não é uma doutrina bíblica e que ele contradiz a Bíblia
em muitas maneiras. As Escrituras não ensinam uma trindade de pessoas. A
doutrina da trindade usa terminologia não usada na Bíblia. Ela ensina e
enfatiza pluralidade na Divindade enquanto a Bíblia enfatizar a Unicidade de
Deus. Ela diminui a plena deidade de Jesus Cristo. Ela contradiz muitos
versos específicos da Bíblia. Ela não é lógica. Ninguém pode entender ou
explicar racionalmente, nem mesmo aqueles que a defendem. Em resumo, o
trinitarianismo é uma doutrina que não pertence ao Cristianismo.
A
Doutrina da Trindade Contrastada com a Unicidade
Para
entender claramente como o trinitarianismo difere os ensinamentos da Bíblia
sobre a Divindade, preparamos uma tabela contrastante. A lista lateral
esquerdas registra os ensinos essenciais do trinitarianismo. As listas laterais
direitas os ensinos da Unicidade ou monoteísmo Cristão. Acreditamos que o
lado direito reflete os ensinos da Bíblia, e este é o sistema de crença
que tentamos apresentar ao longo deste livro.
Lista 11: Trinitarianismo e
Unicidade Comparados |
||
|
Trinitarianismo |
Unicidade |
1 |
Há três
pessoas em um Deus. Quer dizer, há três distinções essenciais na Natureza
de Deus. Deus é uma Trindade Santa. |
Há um
Deus sem nenhuma divisão essenciais na sua natureza. Ele não é uma
pluralidade de pessoas, mas Ele tem uma pluralidade de manifestações, papéis,
títulos, atributos, ou relacionamentos com o homem. Além
disso, estas não são limitados a três, |
2 |
Pai,
Filho, e Espírito Santo são as três pessoas na Divindade. Elas são pessoas
distintas, e eles são co-iguais, co-eternos e de co-essência. Porém, Deus o
Pai é a cabeça da Trindade em algum sentido, e o Filho e Espírito procedem de
Ele em algum sentido. |
Pai,
Filho, e Espírito Santo são designações diferentes para o único Deus. Deus é
o Pai. Deus é o Espírito Santo. O Filho é Deus manifestado em carne. O termo
Filho sempre se refere à Encarnação, e nunca a uma deidade aparte da
humanidade. |
3 |
Jesus
Cristo é a encarnação de Deus o Filho. Jesus não é o Pai ou o Espírito Santo. |
Jesus
Cristo é o Filho de Deus. Ele é a encarnação da plenitude de Deus. Na Sua
deidade, Jesus é o Pai e o Espírito Santo. |
4 |
O Filho
é eterno. Deus o Filho existiu desde toda a eternidade. O Filho foi gerado
eternamente pelo Pai. |
O Filho
é gerado, não eterno. O Filho de Deus existiu desde toda a eternidade somente
como um plano na mente de Deus. O Filho de Deus veio à existência atual
(significativo) na Encarnação em qual época o Filho foi concebido (gerado)
pelo Espírito de Deus. |
5 |
A
Palavra de João 1 (o Logos) é a segunda pessoa da Divindade, isto é Deus o
Filho. |
A
Palavra de João 1 (o Logos) não é uma pessoa separada, mas é o pensamento,
plano, atividade, ou expressão de Deus. A Palavra foi expressa em carne como
o Filho de Deus. |
6 |
Jesus é
o nome humano dado a Deus o Filho como manifestado na carne. |
Jesus
(significando Jeová-salvador) é o nome revelado de Deus no Novo Testamento.
Jesus é o nome do Pai, Filho, e Espírito Santo. |
7 |
O
batismo nas águas é administrado corretamente dizendo "no nome do Pai, e
do Filho, e do Espírito Santo. |
Batismo
nas águas é administrado corretamente dizendo "no nome de Jesus." O
nome de Jesus normalmente é acompanhado com os títulos de Deus, Cristo, ou
ambos. |
8 |
Veremos
a Trindade ou o Triuno Deus no céu. (Muitos trinitarianos dizem que
veremos três corpos que é triteismo declarado. Outros deixam aberta a
possibilidade que veremos somente um ser Espírito com um corpo. A maioria do
trinitarianos não sabem o que crêem sobre isto, e alguns admitem francamente
que não sabem. [110]) |
Veremos
Jesus Cristo no céu. Ele é o único no trono e o único Deus que jamais
veremos. |
9 |
A
Divindade é um mistério. Temos que aceitar pela fé o mistério da Trindade
apesar de suas contradições aparentes. |
A
Divindade não é nenhum mistério, especialmente para a igreja. Não podemos
entender tudo que há de saber acerca de Deus, mas a Bíblia ensina claramente
que Deus é um em número e que Jesus Cristo é o único Deus manifesto na carne. |
O que o
Membro Comum da Igreja Crê?
Vendo os
contrastes entre trinitarianismo e Unicidade, poderíamos perguntar o
que a pessoa comum que se chama uma Cristã realmente crê? É claro que, a
maioria das denominações Cristãs oficialmente aceita trinitarianismo. Porém, a
maioria de estudiosos trinitários cuidadosamente se distânciam do triteismo e
muitos usam terminologia que soam quase como Unicidade.
Muitos
membros de igreja realmente não entendem a doutrina do trinitarianismo e, como
um assunto prático, estão mais perto da crença, Unicista. Algumas perguntas que
se respondidas no afirmativo indicam uma tendência em direção a Unidade ou uma
aceitação funcional são:
·
Você
normalmente ora diretamente a Jesus? Quando você ora ao Pai, você muda para uma
linguagem que indica que de fato você está pensando acerca de Jesus (por
exemplo, usando "Senhor", "em seu nome", ou
"Jesus")?
·
Você
espera ver somente um Deus no céu, a saber, Jesus Cristo?
·
É correto
dizer que você raramente ou nunca ora diretamente ao Espírito Santo como uma
pessoa separada?
·
A doutrina
da trindade é desconcertante para você ou é um mistério para você?
Baseado
nas respostas a estas questões e outras semelhantes a elas, sentimos que
a maioria de crentes Bíblicos instintivamente pensam em termos da
Unicidade e não em termos trinitários. Além disso, parece que quando uma pessoa
recebe o batismo do Espírito Santo ela instintivamente pensa em termos da
crença Unicista.
A maioria
dos católicos e protestantes não tem um conceito bem desenvolvido da trindade,
não sabem em detalhes o que o trinitarianismo ensina, e não podem explicar
passagens Bíblicas em termos trinitarianos. Hoje, achamos uma
ênfase forte no trinitarianismo e formas extremamente triteisticas
principalmente de trinitarianismo em alguns grupos Pentecostais trinitarianos.
A razão aparente para isto é que eles tem enfrentado o assunto da Unicidade,
tem rejeitado conscientemente a Unicidade, e assim tem ido ao
trinitarianismo radical.
Uma
pergunta simples ajudará o membro da igreja trinitariana esclarecer suas próprias
crenças. A pergunta é: "Quando vemos Deus no céu, o que veremos?
" Se ele responde que veremos três pessoas com três corpos, então
ele é um trinitariano forte e radical. Sua resposta indica um triteismo pagão,
não o monoteísmo forte da Bíblia. (Veja Chapítulo 1 - MONOTEISMO
CRISTÃO.) Se ele
responde que veremos um Deus com um corpo, então ele está perto da
Unicidade. Dada esta resposta, é fácil demonstrar de Apocalipse que o único que
veremos é de fato Jesus Cristo, pois nEle habita toda a plenitude da
Divindade completamente.
Conclusão
A Bíblia
não ensina a doutrina da trindade, o trinitarianismo na verdade contradiz a
Bíblia. O trinitarianismo não acrescenta qualquer benefício positivo à mensagem
Cristã. Sem a doutrina artificial da trindade feita pelos homens podemos ainda
afirmar a deidade de Jesus, a humanidade de Jesus, o nascimento
virginal, a morte, sepultamento, e ressurreição de Cristo, a expiação, justificação
pela fé, a autoridade exclusiva das Escrituras, e qualquer outra doutrina que é
essencial ao r Cristianismo verdadeiro. Na realidade, realçamos estas doutrinas
quando aderimos estritamente à mensagem Bíblica que Jesus é o
único Deus manifesto em carne. Aderência à Unicidade não significa a rejeição
que Deus veio em carne como o Filho ou uma rejeição que Deus cumpre os papéis
de Pai e Espírito Santo. Por outro lado, a doutrina da trindade diminui dos
temas bíblicos importantes da Unicidade de Deus e a deidade absoluta de Jesus
Cristo. Portanto, o Cristianismo deveria deixar de usar a terminologia
trinitáriana e deveria voltar para trás para enfatizar a mensagem básica da
Bíblia. A maioria dos crentes Bíblicos não pensam em termos fortes trinitários,
portanto é uma transição a parte dele não seria muito difícil, pelo menos não
no nível individual.
No outro
lado, aderência estrita à crença da Unicidade traz muitas bênçãos. Ela
coloca uma ênfase onde deveria ser - na importância de terminologia bíblica,
pensamento, e temas. Ela estabelece o Cristianismo como o verdadeiro herdeiro
de Judaísmo e como uma crença verdadeiramente monoteística. Ela nos
lembra que Deus nosso Pai e Criador nos amou tanto que Ele Se vestiu em
carne para vir como nosso Redentor. Ela nos lembra que podemos receber
este Criador e Redentor em nossos corações pelo Seu Próprio Espírito.
A
Unicidade magnífica Jesus Cristo, exalta Seu nome, reconhece quem Ele
realmente é, e reconhece Sua plena deidade. Exaltar Jesus e Seu
nome na pregação e no louvor traz um movimento poderoso do Seu poder em
bênçãos, libertação, oração respondida, milagres, cura, e salvação. Coisas
maravilhosas acontecem quando alguém prega a mensagem da deidade de Jesus, o
nome de Jesus, e a Unicidade de Deus, mas raramente alguém se inspira sobre a
mensagem da trindade.
Uma
crença forte na Unicidade de Deus e a deidade absoluta de Jesus Cristo é um
elemento crucial na restauração da igreja a retificar as crenças bíblicas e
poder apostólico.
Capítulo 13. CONCLUSÃO
Em
resumo, o que podemos dizer acerca de Deus? Sabemos que há um Deus indivisível
(Deuteronomio 6:4). Deus é Espírito (João 4:24) e portanto invisível ao
homem (João 1:18; I Timoteo 6:16). Ele é onisciente, onipresente, e onipotente
(Salmo 139; Apocalipse 19:6). No Antigo Testamento, Deus se manifestou muitas
vezes de modos visíveis (Gêneses 18:1; Êxodo 33:22-23). Estas manifestações
temporárias e visíveis são chamadas teofanias. No Novo Testamento, Deus
se manifestou em carne humana como Jesus Cristo, o Filho de Deus (João
1:1, 14; I Timoteo 3:16).
No Velho
Testamento Deus se revelou pelo nome de Jeová ou Yahweh que significa o
Auto-Suficiente ou único Eterno.
O Novo
Testamento descreve freqüentemente o único Deus como o Pai. Este título
enfatiza Seu papel como Criador e Pai de todos (Malaquias 2:10),
como Pai dos crentes renascidos (Romanos 8:14-16), e como Pai do único
Filho unigênito (João 3:16).
Além
disso, a Bíblia usa o termo Espírito Santo para se referir ao único Deus.
Isto descreve o que Deus é e enfatiza Deus em atividade (Gênesis 1:2),
particularmente na atividade relacionado ao homem tais como a regeneração,
batismo, enchimento, e unção (Atos 1:4-8; 2:1-4).
A Bíblia
também usa a termo Palavra para se referir ao único Deus, particularmente ao
pensamento, plano, ou expressão de Deus (João 1:1, 14).
No Novo
Testamento, Deus se manifestou na carne na pessoa de Jesus Cristo. Esta
manifestação de Deus é chamada o Filho de Deus (não Deus o Filho) porque Ele
foi concebido literalmente no útero de uma mulher pela operação milagrosa do
Espírito de Deus (Mateus 1:18-20; Lucas 1:35). Assim a palavra Filho nunca
denota deidade sozinho, mas sempre descreve Deus como manifestado na carne, em
Cristo (Mateus 25:31), e às vezes descreve somente a humanidade de Cristo
(Romanos 5:10). Não dizemos que o Pai é o Filho, mas que o Pai está no Filho.
Não podemos separar o Filho da Encarnação (Gálatas 4:4). Então, o Filho não
preexistiu a Encarnação a não ser como um plano na mente de Deus, isto é como a
Palavra.
Jesus
Cristo é o Filho de Deus - Deus em carne (Mateus 1:21-23). Ele tem uma natureza
dupla - humana e divina, ou carne e Espírito. Em outras palavras, duas
naturezas completas são unidas inseparavelmente na pessoa de Jesus Cristo. Em
Sua natureza humana Jesus é o filho de Maria. Na Sua natureza
divina Jesus é o único Deus em Si mesmo (II Coríntios 5:19; Colossenses
2:9; I Timoteo 3:16). Jesus é o Pai (Isaias 9:6; João 10:30; 14:6-11), Jeová
(Jeremias 23:6), a Palavra (João 1:14), e o Espírito Santo (II Coríntios 3:17;
Gálatas 4:6; Efesios 3:16-17).
A Bíblia
claramente ensina a doutrina da Unicidade de Deus e a deidade absoluta de Jesus
Cristo claramente. Os cristãos primitivos acreditaram nesta grande verdade, e
muitas pessoas tem aderido a ela ao longo da história. Embora que no
curso da historia o trinitarianismo se tornou a doutrina predominante na
Cristandade, as Escrituras não o ensinam. Na realidade, a Bíblia não menciona
em nenhuma parte ou se alude a palavra trindade, a frase "três pessoas em
uma substância", ou a frase "três pessoas em um Deus." Podemos
explicar todos as Escrituras adequadamente em ambos os testamentos sem qualquer
necessidade de recorrer à doutrina da trindade.
O
trinitarianismo contradiz e diminui dos importantes ensinos bíblicos.
Diminui a ênfase Bíblica na unidade absoluta de Deus, e diminui da
deidade plena de Jesus Cristo. A doutrina trinitária como existe hoje não se
desenvolveu completamente e a maioria da Cristandade não a aceitou
completamente até o quarto século depois de Cristo.
Aqui
estão cinco maneiras específicas nas quais a doutrina bíblica de monoteísmo
Cristão difere da presente doutrina existente de trinitarianismo. (1) A
Bíblia não fala de um eterno existente"Deus o Filho; " pois o Filho
refere somente à Encarnação. (2) a frase "três pessoas em um Deus" é
incorreta porque não há nenhuma distinção de pessoas em Deus. Se
"pessoas" indicam uma pluralidade de personalidades, vontades,
mentes, seres, ou corpos visíveis, então é incorreto porque Deus é um ser com
uma personalidade, vontade e mente.
Ele tem
um corpo visível - o corpo humano glorificado de Jesus Cristo. (3) o termo
"três pessoas" é incorreto porque não há nenhuma triplicidade
essencial sobre Deus. O único número relevante a Deus é um. Ele tem muitos
papéis diferentes, títulos, manifestações, ou atributos, e não
podemos as limitar a três. (4) o Jesus é o nome do Pai, Filho, e Espírito
Santo, pois Jesus é o nome revelado de Deus no Novo Testamento
(João 5:43; Mateus 1:21; João 14:26). Então, podemos administramos corretamente
o batismo nas águas usando o nome de Jesus (Atos 2:38). (5)
Jesus é a encarnação da plenitude de Deus. Ele é a encarnação do Pai (a
Palavra, o Espírito, Jeová) não somente a encarnação de uma pessoa
chamada "Deus o Filho."
O que é a
essência da doutrina de Deus como ensinado pela Bíblia - a doutrina que temos
rotulado Unicidade? Primeiro, há um Deus indivisível sem nenhuma distinção de
pessoas. Segundo, Jesus Cristo é a plenitude da Divindade encarnada. Ele
é Deus o Pai - o Jeová do Antigo Testamento - vestido em carne. Tudo de
Deus está em Jesus Cristo, e achamos tudo que precisamos nEle. O
único Deus que nós veremos no céu é Jesus Cristo.
Tendo
dito tudo disto, por que uma compreensão correta de e crença nesta doutrina são
importante? Aqui estão quatro razões. (1) é importante porque a Bíblia inteira
a ensina e enfatiza. (2) Jesus deu ênfase como é
importante para nós entendermos que Ele realmente é o Jeová do
Antigo Testamento: "Porque se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos
pecados" (João 8:24). A palavra ele está em itálico na King James
Version, que indica não está no grego mas foi adicionada pelos
tradutores. Portanto Jesus chamou a Si mesmo o "EU SOU",
o nome que Jeová usou em Êxodo 3:14-15. Jesus estava dizendo, "Se
não crerdes que eu SOU, morrereis nos vossos pecados." Não é
obrigatório que uma pessoa tenha uma compreensão completa de todas as perguntas
relativas a Divindade para ser salva, mas ela deve crer que há um Deus e que
Jesus é Deus. (3) a mensagem Unicista determina a fórmula para o batismo
nas águas - em o nome de Jesus (Atos 2:38). (4) A Unicidade nos ensina como é
realmente importante o batismo do Espírito Santo. Desde que há somente um
Espírito de Deus, e desde que o Espírito Santo é o Espírito de Cristo,
Unicidade nos mostra que recebemos Cristo em nossas vidas
quando somos cheios ou batizados com o Espírito Santo (Romanos 8:9).
Escrituras.
Ela vem através de estudo com oração, procurando diligentemente, o intenso
desejo pela verdade. Quando Pedro fez sua grande confissão da
deidade de Jesus, Jesus disse: "Porque não foi carne e sangue
quem to revelou, mas meu Pai que está no céu" (Mateus 16:16-17). Portanto,
se quisermos entender o grande Deus em Cristo devemos colocar de
lado as doutrinas humanas, tradições, filosofias, e teorias. No seu
lugar devemos colocar a pura Palavra de Deus. Devemos pedir para Deus nos
revelar esta grande verdade através da sua Palavra. Devemos buscar Seu Espírito
para iluminar Sua Palavra e nos guiar em toda a verdade (João 14:26;
16:13). Não é suficiente confiar em dogmas da igreja, pois os dogmas da igreja
só são válidos se eles forem ensinados conforme a Bíblia. Devemos
voltar a própria Bíblia, temos que estudá-la, e temos que pedir a Deus
que ilumine pelo Seu Espírito.
É apropriados que encerremos este livro com
Colossenses 2:8-10, uma grande passagem de advertência, instrução, e inspiração
com respeito às verdades preciosas da Unicidade de Deus e a deidade de Jesus
Cristo.
"Cuidado
que ninguém vos venha enredar com sua filosofia e vã sutileza conforme a
tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo:
Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade. Também nele
estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade."
Amém!
Glossário
Adocianismo.
Tecnicamente,
uma doutrina do século oito que começou entre teólogos espanhóis os quais
ensinavam que o homem Jesus foi adotado à posição de Filho, por um ato de
Deus. Em geral, é qualquer crença que ensina que Jesus foi um homem
elevado a divindade em algum ponto de sua vida .
Agnosticismo. A negação de qualquer
conhecimento relativo à existência de Deus. Normalmente, o agnóstico também
nega a possibilidade de saber se Deus existe ou não.
Antropomorfismo. O uso de características
humanas para descrever Deus; por exemplo, a atribuição de emoções humanas e
partes do corpo humano à Deus. Normalmente isto é considerado como linguágem
simbólica ou figurativa para ajudar o homem entendendo a natureza de Deus.
ApollinarianismoÉ a posição Cristológica de
Apollinario, bispo de Laodicéia (morreu 390?). Em geral, ele acreditava
que Cristo teve uma natureza humana incompleta - mais especificamente,
que Cristo tinha um corpo humano e alma, mas não tinha um espírito humano. Em
vez de um espírito humano ele tinha o Espírito divino ou o Logos. O Concílio de
Constantinopla em 381, condenou o Apollinarianismo.
Apologisata. Alguém que defende o
Cristianismo contra objeções intelectuais. Na história da igreja primitiva, os
apologistas gregos foram líderes Cristãos de aproximadamente 130 a 180 D.C. que
escreveram tratados em grego, defendendo o Cristianismo contra os ataques
de filósofos pagãos.
Arianismo. O ponto de vista Christologico
de Ario (280?-336), um padre em Alexandria. Ario dizia que há um só Deus, e que
o Filho ou Logos é um ser divino como Deus, mas criado por Deus. Assim, Jesus
seria um semideus. Este ponto de vista quase varreu a Cristandade
no quarto século, mas foi condenado no Concílio de Niceia em 325 e novamente no
Concílio de Constantinopla em 381.
Ateismo. A afirmação ou crença que não
existe Deus.
Atanasianismo. A doutrina trinitária de
Athanasius (293-373), bispo de Alexandria. O Concílio de Niceia em 325 deu a
primeira aprovação oficial a esta doutrina e o Concílio de Constantinopla em
381 a estabeleceu de m,aneira mais completa. Éo ponto de vista ortodoxo dos
católicos romanos e também dos protestantes semelhantemente. Basicamente, ele
ensina que há três pessoas eternas na Divindade: Deus Pai, Deus Filho, e
Deus Espírito Santo. Estas três pessoas são co-iguais, co-eternas, e da mesma
essência.
Credo
Atanasiano. Um
antigo credo trinitário, que não foi formulado por Atanasio. Desenvolveu no
quinto século e provavelmente reflete a teologia de Agostinho. A parte
ocidental da Cristandade (a Igreja católica romana) oficialmente o adotou e os
protestantes geralmente o retiveram, mas a Ortodoxia Oriental nunca o
aceitou, porque declara que o Espírito Santo procede do Pai e do
Filho e não apenas do Pai. É a declaração mais completa na história da igreja
primitiva da doutrina da trindade. Veja Capítulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTORICO para ver parte do texto deste credo.
Binitarianismo. A crnça em duas pessoas na
Divindade: Deus Pai e Deus Filho. Uma forma desta doutrina
era prevalecente entre os apologistas gregos. Ela existe ainda hoje.
Christologia. A doutrina de Jesus Cristo e da
Encarnação. O Concílio de Chalcedon em 451 expressou a forma Cristã
tradicional neste assunto, quando afirma que Jesus Cristo era uma pessoa
com duas naturezas - humana e divina. Cristocêntrico. Um sistema
de teologia na qual a pessoa e a obra de Cristo é o alicerce e o ponto central
de tudo, é chamado de Cristocêntrico.
Cerintianismo. Uma doutrina Gnostica do
primeiro século assim chamada porque um dos primeiros proponentes foi
Cerinthus, o qual sustentava que Jesus e Cristo eram seres separados. De
acordo com este ponto de vista, Jesus foi um humano nascido de maneira
natural (não de uma virgem), enquanto Cristo foi um espírito que veio
sobre Jesus no seu batismo, e o deixou antes da crucificação.
Diteismo. A crença em dois deuses
separa e distintos.
Docetismo. Uma cença Gnostic do
primeiro século que dizia que Cristo foi um ser espíritual apenas. De
acordo com este ponto de vista, Cristo parecia ter um corpo humano real,
mas de fato não tinha.
Monarquianismo
Dinamico. Veja Monarquianismo.
Ebionitismo. Uma heresia do
primeira século que começou entre os judeus cristãos. Os Ebionitas
rejeitavam os ensinamentos de Paulo, e enfatizavam a importância da lei de
Moises. Geralmente, eles consideraram Jesus como um profeta
divinamente inspirado mas não como Deus.
Gnosticismo. Um termo que cobre uma gama extensiva
de pensamento religioso nos primeiros séculos depois de Cristo. Originou entre
o paganismo, mas adotou muitos elementos Cristãos, e se tornou uma grande
ameaça l ao Cristianismo. Em geral, o Gnosticismo ensinava que o espírito é
bom, a matéria é má,e que a salvação consiste em libertar o espírito da
matéria, e a salvação é alcançada por meio de um conhecimento secreto ou mais
alto (em grego, gnosis). O Gnosticismo quando aplicado à Divindade e à
Cristologia dizia o seguinte: O Deus Supremo é transcendente e inabordável, mas
d' Ele vem uma série de emanações progressivamente inferiores (chamados
aeons). O mais inferior destas aeons era Jeová. Cristo é um dos aeons mais
altos. Considerando que toda a matéria é má, Cristo era apenas um ser
espíritua,l e apenas tinha uma aparência de corpo (a doutrina do
Docetismo). Ou, alguns ensinavam que Cristo foi um ser espíritual
temporariamente associado ao homem Jesus que morreu (a doutrina do
Cerintianismo). João atacou essas idéias Gnosticas acerca da Divindade, também
Paulo nas cartas aos Colossenses.
Divindade. Sinônimo da palavra deidade.
Refere-se a condição de ser Deus, e a soma total da natureza de Deus.
Apologistas
gregos. Veja o
Apologista.
Homoiousios.
"Palavra grega que traduzida é da mesma natureza" ou "semelhante
em natureza.Os Arianos usavam este termo para descrever a relação de Jesus com
Deus. Muitos daqueles que defenderam o seu uso no Concílio de Nicéia
aparentemente não eram Arianos, mas eram contrário ao uso da palavra alternativa,
homoiousios com suas conotações do Sabellianismo. O Concílio de Nicéia rejeitou
o Arianismo e o uso da palavra homoiousios.
Homoousios. Uma palavra grega que traduzida
quer dizer "igual em natureza.Atanásio defendeu o seu uso e o Concílio de
Nicéia adotaram esta palavra para descrever o relacionamento de Jesus com Deus
embora alguns opuseram isto por causa de seu uso antes pelos Sabellianos.
Assim, começou como uma palavra Unicista, mas foi adotado pelos
trinitarianos.
Hypostase. (Plural: hypostases.) P
alavra grega que significado subsistência ou manifestação
individualizada, e geralmente se traduz como "pessoa." De acordo com
a doutrina da trindade, Deus existe como três hypostases. De acordo com a
Cristologia tradicional, Jesus Cristo tem duas naturezas, mas tem só um
hypostasis. Hebreu 1:3 diz que o Filho é a imagem expressa do hypostasis de
Deus, e não uma segunda hypostasis.
Imutável. Eternamente igual. Uma
qualidade que pertence só a Deus.
Incarnação. Em geral, é a incorporação de
um espírito em uma forma humana. Especificamente, é o ato de de Deus em se
fazer carne; quer dizer, a união entre divindade e humanidade em Jesus
Cristo.
Islamismo. Uma Religião Monoteística
fundada por Maomé no sétimo século na Arábia. Seus seguidores São chamados
de muçulmanos ou islamitas. A confissão islâmica de fé é, não há
Deus senão Alá, e Maomé é o profeta de Deus." O Islã
identifica Alá como o Deus de Abraão e aceita a Bíblia como a Palavra de
Deus. Porém, considera Jesus somente como um bom
profeta, afirmando que Maomé é o maior de todos os profetas. Também
ensina que o livro de Maomé, o Alcorão ou Qur'an, é a revelação final da
Palavra de Deus para a humanidade hoje. O
Islã é a
religião dominante no Oriente Médio, Norte da África, e vários países
asiáticos.
Judaismo. Religião Monoteística
baseado no Torah (a lei de Moises), ou o Velho Testamento dos Cristão. O
Judaísmo ensina que Deus é absolutamente um em valor numérico, e ele aceita a
lei de Moises como a Palavra de Deus para o dia de hoje, e rejeita totalmente
a deidade ou o papel Messiânico de Jesus de Nazaré.
Kenosis. Derivada da palavra grega
kenoo, que aparece em Filipenses 2:7 e significa não fazer nada, esvaziar, ou
tirar." Descreve a escolha de Deus ao despojar-se de Suas
prerrogativas e de Sua dignidade como Deus para se manifestar em carne
como um homem. Alguns trinitarianos defendem uma teoria kenotica
dizendo que "Deus Filho" se esvaziou ou colocou de lado os seus
atributos divinos, quando Ele se encarnou.
Logos. Uma palavra grega que se traduz
"palavra. (Verbo). "É traduzido como Verbo" em João 1:1. Nessa
passagem significa pensamento, plano, atividade, expressão vocal, ou expressão
de Deus. Quer dizer, pode referir-se ao pensamento na mente de Deus ou ao
pensamento de Deus que é expresso, particularmente quando se expressou em carne
através de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Na antiga filosofia grega significava
razão como o princípio controlador do universo. A Filosofia Neo-platônica,
particularmente a do filósofo Greco-judaico Philo de Alexandria, personificava
o Verbo e o descrevia como uma deidade secundária criada por Deus ou emanando
por Deus no tempo. Alguns dos apologistas gregos adotaram este conceito e
compararam o Logos com o Filho. O trinitarianismo abraçou esta crença, e
igualou o Logos ao " Filho de Deus" mas eventualmente disse que o
Logos era co-igual e co-eterno com Deus o Pai. As escritas de João
particularmente foram projetadas para refutar estes falsos conceitos sobre o
Logos e do Filho.
Manifestação. Manifestar significa mostrar,
revelar, exibir, tornar evidente, ou tornar claro.Uma manifestação é um ato ou
exemplo de manifestar. Primeiro Timoteo 3:16 diz: "Deus foi manifestado na
carne." Este livro usa a palavra manifestação para descrever qualquer
método, modo, papel, ou relação pelos quais Deus se revela a Si mesmo ao homem.
Assim, Pai, Filho, e Espírito Santo são manifestações de Deus em lugar de
pessoas, porque esta palavra posterior contém conotações anti-bíblica de
personalidades individualizadas que a palavra anterior não tem.
Modalismo. Um termo que é usado para
descrever a crença na história da igreja primitiva, de que Pai, Filho, e
Espírito não são distinções eternas na natureza de Deus mas simplesmente modos
(métodos ou manifestações) da atividade de Deus. Em outras palavras, Deus é um
ser individual, e vários termos usados para descrevê-lo (assim como Pai, Filho,
e Espírito Santo) são designações aplicadas a formas diferentes da ação dele ou
relações diferentes que Ele tem com o homem. Veja Capítulo 10 OS QUE ACREDITAM NA
UNICIDADE E A HISTORIA DA IGREJA para maiores esclarecimentos.
Também chamado de Monarquianismo modalistico, Patripassianismo, e
Sabellianismo. Basicamente, o modalismo é igual à doutrina moderna da
Unicidade.
Monarquianismo
Modalistico. Veja
Monarquianismo.
Modo. Uma forma ou maneira de
expressão; uma manifestação; não é uma distinção essencial ou eterna na
natureza de Deus.
Monarquianismo. Termo usado para descrever a
crença na história da igreja primitiva que enfatizava a união indivisível e a
soberania (monarquia) de Deus. Ela rejeitva qualquer distinção essencial na
natureza de Deus, negando assim a doutrina da trindade. Os historiadores usam o
termo para descrever duas crenças nitidamente discrepantes - monarquianismo
dinâmico e monarquianismo modalistico - mas isto não insinua nenhuma associação
histórica entre os dois grupos ou doutrinas. O Monarquianismo dinâmico
ensinavam que Jesus era um ser humano que se tornou o Filho de Deus por causa
da sabedoria divina ou o Logos que habitou nele. Aparentemente, o
monarquianismo dinâmico se recusava a considerar Jesus como Deus no sentido
restrito da palavra e não O adoravam como Deus. Porem o monarquianismo modalístico
(modalismo) teve maior influência na história do que o monarquianismo dinâmico.
O Monarquianismo de Modalistico ensinava que Deus é um ser individual e que
Pai, Filho, e Espírito Santo são termos que se aplicam a modos diferentes e
ação do único Deus. Diferente do Monarquianismo dinâmico, o monarquianismo
modalistico identifica Jesus Cristo como o próprio Deus (o Pai) manifestado em
carne.
Monofisismo. Uma Doutrina Cristologica que
apareceu depois do Concílio de Calcedônia em 451 e era contra a
declaração deste Concílio, de que Cristo tinha duas naturezas. O monofisismo
ensinava que Cristo teve apenas uma natureza dominante, e era a natureza
divina.
Monoteismo. A crença em um só Deus, pois
vem de duas palavras gregas que significa "um Deus. A Bíblia ensina o
monoteísmo estrito. Somente três religiões principais do mundo são monoteístas:
Judaísmo, Cristianismo, e Islamismo. Os judeus e muçulmanos vêem a doutrina da
trindade como uma rejeição do verdadeiro monoteísmo. Crentes da unicidade também
rejeitam o trinitarianismo porque o encaram como uma doutrina fora do
monoteísmo bíblico.
Monotheletismo
(ou
monotelitismo). No
sétimo século, uma doutrina Cristológica ensinava que Cristo tinha somente uma
vontade. A visão da maioria da Cristandade cria que Cristo tinha duas vontades
em cooperação - humana e divina - porém os monoteletistas acreditavam que
Cristo tinha uma natureza divino-humana.
Natureza. "O caráter inerente ou
constituição básica de uma pessoa ou um ser" (Webster's
Dictionary), Este livro usa esta palavra para descrever a humanidade e
divindade de Cristo. Nós expressamos isto dizendo que Cristo tinha uma natureza
dupla ou dizendo que Cristo tivera duas naturezas. Cristo teve uma natureza
humana completa (veja Capítulo 5 - O FILHO DE DEUS) e também uma natureza divina
completa (veja Capítulo 4 - JESUS É DEUS). Tanto a humanidade quanto a
divindade são componentes essenciais da natureza de Jesus Cristo.
Nestorianismo. É a Cristológia de Nestório (o
Patriarca de Constantinopla, 428-431). Nestorius ensinava que Cristo tinha duas
naturezas completas - humana e divina. Ele ensinava que não se deve chamar
Maria "Mãe de Deus" porque ela foi mãe apenas da natureza humana. O
Concílio de Éfeso em 431 condenou Nestorius por dividir Cristo em duas pessoas,
mas Nestorius negou a acusação. Possivelmente, ele ensinou que as duas
naturezas de Cristo eram unidas moralmente ou em propósito e não em essência ou
fisicamente. Porém, muitos historiadores concluem de fato que Nestorius
realmente ensinou que havia duas naturezas em uma pessoa, mas ele se tornou
vítima de um mal entendido e a oposição a ele foi devido o fato de ele dar
ênfase as distinções entre as duas naturezas e porque se recusou chamar Maria
mãe de Deus.
Credo de
Niceia. Foi o
resultado do Concílio de Niceia em 325. A versão atual inclui adições
feitas no Concílio de Constantinopla em 381 e no quinto século. O credo
na sua forma original condenava o Arianismo ao dizer que o Filho era da mesma
natureza (homoousios) que o Pai. Também declarva que o Filho é eterno e
implicava que o Pai e o Filho existem eternamente como pessoas distintas na
Divindade. O Concílio de Constantinopla somou frases que estabelecem que o
Espírito Santo também era uma pessoa eternamente distinta na Divindade. Assim,
o Credo de Nicene é importante por três razões: rejeitou o Arianismo, foi o
primeiro pronunciamento oficial a expressar uma visão trinitária de Deus, e foi
o primeiro pronunciamento oficial a rejeitar (embora implicitamente) o
modalismo.
Onipotência. É um atributo que apenas Deus
possui, e significa que Ele tem todo o poder.
Onipresença. É um atributo que apenas Deus
possui, e significa que Ele está presente em todos lugares ao mesmo tempo.
Devemos notar que isto é mais do que a habilidade de apareçer em qualquer lugar
a qualquer hora a ou a habilidade de estar em muitos lugares ao mesmo tempo.
Onisciência. É um atributo que apenas Deus
possui, e significa que Ele sabe todas as coisas, inclusive a presciência.
Unicidade. Quando é usado refererindo-se a
Deus, Unicidade significa o estado de ser absolutamente e indivisivelmente um,
ou um em valor numérico. Também, pode haver uma unicidade entre Deus e o homem
e entre dois homens no sentido de união de mente, vontade e propósito. Este
livro usa o termo Unicidade (com letra maiuscula) para indicar a doutrina que
ensina que Deus é absolutamente um em valor numérico, que Jesus é o único Deus,
e que Deus não é uma pluralidade de pessoas. Assim, Unicidade é um termo
moderno, que é basicamente equivalente ao modalismo ou ao monarquianismo
modalistico,
Ousia. Uma palavra grega que significa
substância, natureza, ou ser. É traduzido como "substância" na
fórmula trinitária "três pessoas em uma substância."
Patripassianismo. Nome dado ao modalismo, ao
monarquianismo modalistico, ou Sabellianismo. Veio de palavras latinas que
significam "o Pai sofreu." Alguns historiadores o usam para descrever
o modalismo porque Tertulliano acusou os modalistas de crerem que o Pai sofreu
e morreu. Porém, os modalistas aparentemente negaram as acusações de
Tertulliano. A palavra portanto representa uma interpretação errônea do
modalismo por trinitarios, porque o modalismo não ensina que o Pai é o Filho,
mas que o Pai está no Filho. A carne não é o Pai, mas o Pai estava na carne.
Assim, o modalismo não ensinava que o Pai sofreu fisicamente ou morreu.
Panteismo. Uma crença que compara Deus com
natureza ou à substância e as forças do universo. Assim, nega a existência de
um Deus racional, inteligente. Em vez disso, afirma que Deus é tudo e tudo é
Deus.
Pessoa. O significado principal da
palavra é um ser humano, um indivíduo, ou a personalidade individual de um ser
humano. Segundo a cristologia, o termo descreve a união das duas naturezas de
Cristo; isto é, que havia duas naturezas na pessoa de Cristo. Os trinitarianos
usam o termo para representar as três distinções eternas essenciais em Deus
(Pai, Filho, e Espírito Santo). Assim, nós temos a fórmula trinitária,
"três pessoas em uma substância" ou "um Deus em três
pessoas." Embora os trinitarianos geralmente dizerem que Deus não tem três
personalidades separadas ou mentes, a palavra pessoa tem fortes conotações de
individualidade de personalidade, mente e vontade. Para uma discussão das
palavras gregas e latinas traduzida como "pessoa", veja Hipostases e
Persona respectivamente.
Persona. (Plural: personae.) Palavra
latina traduzida como "pessoa." Tertulliano usou esta palavra na sua
fórmula trinitária, "una substantia et tres personae" ("três
pessoas em uma substância"). No antigo latim, o uso dessa palavra não
estava restrito ao seu significado moderno de ser auto consciente. Naquele
momento, poderia significar uma máscara usada por um ator, um papel em um
drama, ou pessoa jurídica em um contrato. Porém, poderia aplicar aparentemente
também a pessoas individuais. Tinha tambem conotações de personalidade
individual, algo que a palavra grega hypostasis não tinham originalmente.
(Veja Capítulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO .) Embora o Credo de Niceia tenha usado hypostasis,
palavra que mais tarde foi traduzida como "persona" Tertulliano já
havia usado a palavra persona muito antes, para descrever os membros da
trindade.
Politeismo. A crença em mais de um deus,
vem de palavras gregas que significa "muitos deuses." O
diteismo e o triteismo são formas de politeísmo. A Bíblia rejeita fortemente o
politeísmo. A maioria das religiões antigas eram politeistas, inclusive as da
Mesopotâmia, Egito, Canaã, Grécia, e Roma.
Pais
pós-apostólicos. Os
líderes da igreja Cristã nos dias após a morte dos doze apóstolos. Neste livro,
o termo se refere especificamente aos líderes entre os anos 90 a 140 D.C., os
mais proeminentes desses foram: Policarpo, Hermas, Clemente de Roma, e
Ignácio.
Sabellianismo. Outro termo dado ao modalismo
ou monarquianismo modalistico. É derivado de Sabellius, o mais proeminente
explicador da doutrina na história da igreja primitiva. Sabellius pregou em
Roma por volta do ano 215 D.C. A doutrina dele é basicamente equivalente a
Unicidade dos tempos atuais.
Subordinacionismo. É a crença que ensina que uma
pessoa na Divindade está subordinada a, ou que foi criada por outra pessoa na
Divindade. É claro que, isto pressupõe uma crença em uma pluralidade de pessoas
na Divindade. Entre os antigos trinitarianos, surgiu como a crença que o Logos
é o divino Filho, que está subordinado ao Pai. Este era o ponto de vista de
alguns apologistas gregos, entre eles Tertulliano, e Origenes. O arianismo é o
ponto extremo do desenvolvimento desta doutrina. O termo se aplica também, à
crença de que o Espírito Santo é subordinado ao Pai ou ao Filho. O
trinitarianismo ortodoxo, conforme é apresentado no credos de Niceia e de
Atanasio, teoricamente rejeitam qualquer forma de subordinatismo, mas a mesma
tendência permanece. (Veja Capítulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO .)
Substantia. É uma palavra latina que
significa substância, e foi usada por Tertulliano em sua fórmula
trinitária,
"três pessoas em uma substância".
Teofania. Uma manifestação visível de
Deus, geralmente de natureza temporária. Quando Deus aparecia no Antigo
Testamento em forma humana ou forma angelical, chamamos isto de teofania. Jesus
Cristo é mais do que uma teofania; porque Ele não é somente Deus aparecendo em
forma humana, mas é Deus se revestindo de fato em uma pessoa humana real
(corpo, alma, e espírito).
Trinitarianismo. A crença que ensina que há três
pessoas no único Deus. Segundo a história, Tertulliano (morto em 225?) Foi o
pai do trinitarianismo cristão, porque ele foi a primeira pessoa a usar a
palavra trinitas latino (trindade) em relação a Deus. Ele também foi o primeiro
a usar a fórmula, "una substantia et tres personae" ("três
pessoas em uma substância"). O trinitarianismo moderno afirma que há três
pessoas no único Deus - Deus Pai, Deus Filho, e Deus Espírito Santo - e que
estas três pessoas são co-iguais, co-eternas, e de co-essência. Assim, o
trinitarianismo ensina três distinções eternas na natureza de Deus mas nega que
sejam três deuses separados. O Concílio de Niceia em 325 D.C. marcou a primeira
aceitação oficial do trinitarianismo pelo Cristianismo. O Concílio de
Constantinopla em 381 reafirmados e deu mais clareza à doutrina. A declaração
mais completa do trinitarianismo na história da igreja primitiva é o Credo de
Atanásio que data do quinto século.
Trindade.
A
Divindade segundo o credo trinitário; isto é, Deus Pai, Deus Filho, e Deus
Espírito Santo.
Triteismo. A crença em três deuses. Como
tal, é uma forma de politeísmo. Os defensores do trinitarianismo negam que
sejam triteistas; porém, o trinitarianismo certamente tem tendências triteistas
e algumas formas extremas do trinitarianismo são triteistas. (Veja Capítulo 11 - TRINITARIANISMO:
DEFINIÇÃO E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO.) Por exemplo, qualquer crença que ensina que há
três mentes concientes na Divindade ou que há três corpos eternos na Divindade
pode ser chamada de triteista.
Unitarianismo. De um modo geral, é a crença
que ensina que há apenas uma pessoa na Divindade. Particularmente, este termo
normalmente descreve um movimento que enfatiza a união da Divindade, mas que o
faz negando assim a divindade de Jesus Cristo. Ele surgiu como um movimento
antitrinitario, entre o protestantismo, e foi organizado como uma denominação
que agora é chamada a Associação Unitariana-Universalista. Além de negarem a
divindade de Jesus Cristo o unitarianismo nega várias outras crenças
evangélicas ou fundamentais inclusive o nascimento virginal de Jesus e a
expiação substitutiva. Não se deve equiparar o Unitarianismo com a Unicidade
por duas razões. Primeiro, a Unicidade não diz que Deus é uma
"pessoa", mas antes, que há um Deus. Segundo, os crentes da Unicidade
afirmam a plena divindade de Jesus, o seu nascimento virginal, e a expiação
substituitiva, ao contrário da atual denominação
Unitariana-Universalista.
A Unicidade de Deus É UMA REVELAÇÃO ESCRITA E MARAVILHOSA; IMPORTANTE E
NECESSÁRIA PARA TODO CRISTÃO DE TODOS OS MINISTÉRIOS. EU CREIO E TAMBÉM O
RECOMENDO.
Pr. José
Carlos C.P.B. - BRASIL